Milagres do Amor - Cap. 59º

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Milagres do Amor
O show

Pov Narrador

Um barulho irritante ecoava pelo quarto, de início apenas uma música baixa se podia ouvir o que foi crescendo gradativamente, se tornando extremamente irritante. Arthur abriu os olhos, mas logo os fechou, colocando o travesseiro em sua cabeça, sabia que não era o horário de ir trabalhar e hoje chegaria mais tarde. Tentou continuar como estava, mas tinha certeza que Lua não acordaria, então jogou o travesseiro longe e levantou bufando. Procurou o aparelho que tocava insistentemente ‘’Viva la vida loca’’, caminhou pelo quarto e foi o achar dentro do closet, em uma mesinha.

Pegou o celular da Lua e atendeu sem verificar quem era.

– Alô? – sua voz grogue e grossa além do normal pelo sono.
– Bom dia formiguinha. – a voz animada de Chay se fez presente.
– Ah não, vai se foder Chay, você sabe que horas são? – se irritou.
– Arthur o que está fazendo com o… Ah deixa, a Ray pediu pra ligar. – se explicou.
– Às cinco e quarenta da manhã?
– É mano, a Lua tem um show pra fazer hoje, a Ray acha que a cabecinha de vento esqueceu.
– Deve ter esquecido mesmo. – falou se lembrando da noite agitada que deu a ela.
– Anda cansando muito a formiguinha é? Cuidado com o meu sobrinho hein. – riu Chay.
– Alguém já te mandou ir à merda hoje Chay?
– Não.
– Então, vai à merda. – disse desligando o telefone.

Saiu do closet e pensou em acordar a Lua, só que mudou de ideia quando a viu com um meio sorriso nos lábios, dormindo feito um anjo de bruços na cama. Mas bufou, se ele não a chamasse sem dúvidas ela ficaria chateada e o Chay não descansaria. Abaixou-se um pouco e a chamou balançando-a delicadamente.

– Amor, acorda.
– Ah Thur, me deixa dormir. – disse sonolenta e virou para o lado.
– Amor, eu sei que eu te cansei, mas o Chay acabou de ligar, falando que você tem um show pra fazer. – falou acariciando suas costas nuas.
– Oh não! – girou na cama colocando a mão na cabeça. – Que horas são?
– São dez para as seis.
– O que? – gritou e saiu da cama, correndo para o banheiro. – A Ray vai me matar.
– Vai com calma. Eles que esperem. – disse da porta do banheiro.

Lua continuou tomando seu banho e sai rapidamente colocando uma blusa preta soltinha e uma calça jeans clara, colocou alguns cordões e pulseiras, deixou os cabelos soltos e calçou botas pretas. Saiu do closet pegou sua bolsa e procurou seu celular.

– Amor, viu meu celular? – perguntou alisando a cama bagunçada, não lembrando onde colocou na noite passada.
– Toma. – saiu do banheiro com a toalha enrolada na cintura e lhe entregou. – Vai tomar seu café hein, não vai sair sem comer nada. – falou entrando no closet.
– Thur, não dá para comer nada, estou atrasada.
– Lua come alguma fruta ou vitamina. – gritou do closet. – Eu já vou descer.
– Ok, te espero lá embaixo.

Lua desceu e encontrou Ruth na cozinha lhe deu um beijo carinhoso na bochecha, pediu uma vitamina. Arthur desceu e ouviu algumas recomendações por parte dele, a avisando para tomar cuidado e coisas do tipo.

– Eu vou te levar.
– Não precisa, você tem que trabalhar, amor.
– Ainda está cedo eu te levo depois eu vou.

Lua assentiu, eles acabaram de comer e saíram em direção à garagem, onde Arthur escolheu seu volvo prata entre um de seus muitos carros e seguiram para o local onde Ray informou.

Encontraram o local lotado de fãs, embaixo do sol quente, acampando enfrente com faixas e cartazes com o nome de Lua. Alguns conseguem chegar perto do carro tentando ver algo, mas é impossível pelo vidro escuro.

– Não gosto disso, eles sofrem nesse sol e essa espera. – suspirou Lua.
– Eles serão recompensados mais tarde - sorri pra ela.

Arthur entrou logo após abrir a janela e os seguranças reconhecer ele e Lua do lado do motorista. Viram Mel e Ray correrem em direção ao carro, mas Arthur trancou o carro e elas começam a bater no vidro provavelmente gritando.

– O que a Mel está fazendo aqui?
– Ela que está fazendo as roupas que eu uso nos show, então vem para me ajudar a vestir, me maquiar coisa desse tipo. – tenta abrir a porta.
– Thur, eu já estou atrasada.

Arthur dá de ombros e se inclina beijando os lábios de Lua calmamente.

– Já estou com saudades. – diz passando o nariz por seu pescoço.
– Hum… Eu também. – responde colocando as mãos nos cabelos revoltos dele e fechando os olhos, sentindo a caricia suave em seu pescoço
– Tão cheirosa, o que anda passando?
– O óleo que sua mãe me deu para evitar estrias. É de morango.
– É, eu sei. Muito bom. – responde mordendo seu pescoço e ganhando um gemido baixinho.
– Amor, não faz isso comigo... – diz em um fio de voz.
– Fazer o que? – pergunta cínico, lhe acariciando um seio, que já se encontrava túrgido. Lua o envolve pelo pescoço e o beija libidinosamente, infiltrando seus dedos em seus cabelos puxando-os de encontro a ela. Ela se afasta, tentando ficar bem longe dele, procurando o ar.
– Chega amor, abre vai, já estou atrasada. – pediu arfante.
– Me dá mais um beijo então? – sorriu malicioso.

Lua sorriu brilhante e o beijou carinhosamente, pretendia lhe dar um beijo calmo e, mas como sempre seu marido não pretendia o mesmo.

A agarrou pela cintura e a sentou em seu colo, com uma perna de cada lado de seu quadril, apertando-a de encontro a ele, ela gemeu quando sentiu sua poderosa ereção de encontro a sua intimidade, tampada pelas suas calças jeans.

– Amor, não faz assim. – sua frase se perdeu no meio quando sentiu as mãos de Arthur de encontro a suas nádegas, ganhando mais contato de encontro a ele.

Ela apertou seus ombros, foi capturada em um beijo avassalador sem chance alguma de recuar, não que ela quisesse é claro. Arthur passou as mãos pela lateral de seu corpo, parando em seus seios e os apertando, levou um susto quando a musiquinha irritante que o despertara de manhã cedo começou a tocar calmamente, o fazendo se afastar.

– Que porra. – bufou sem ar, pegando telefone e vendo na tela que é Ray, a mesma que se encontrava do lado do carro com uma cara nem um pouco agradável.
– Abre amor, ela deve estar brava. – disse acariciando seus cabelos e beijando sua testa calmamente.
– Argh. Tudo bem, toma cuidado ok?
– Pode deixar. – ele lhe deu um selinho rápido e destranca as portas. Lua sai do carro pela porta de motorista mesmo, dando de cara com uma Ray e Mel muito bravas.
– Ah finalmente! Pensei que teria que arrombar o carro. – reclama Ray.
– Lua, estamos te ligando há horas, que merda, já estamos atrasadas. Tenho que fazer sua maquiagem e colocar sua roupa ainda… E você Arthur, seu irresponsável, está desviando ela. – disse brava.
– Vai se foder, meio metro. – riu e bateu a porta do carro, saindo logo em seguida abrindo espaço entre a multidão se aglomerou fora do local, colocando sua buzina para funcionar. Bufou irritado após conseguir finalmente ter a estrada livre dos fãs loucos, estava tranquilo com a segurança no local, pois ele mesmo escolheu os seguranças, e não eram poucos, se certificando que eram os melhores.

Dirigiu tranquilamente para o trabalho, entrou na garagem e segui para o elevador, caminhou para sua sala como sempre sem dar atenção a ninguém em sua volta.

– Bom dia, senhor Aguiar. – cumprimentou Pérola, com sua blusa com um decote avantajado, que mais mostrava do que escondia algo. Ele apenas balançou a cabeça e foi para sua sala. Ele bem sabia que se a Lua visse as blusas que sua secretária usava para trabalhar ia ter um dor de cabeça daquelas…
– Arthur... – entrou Bernardo na sala. – Mel estava me colocando louco atrás da Lua. – riu.
– É eu sei, eu estive com ela há pouco.
– Aquela maluquinha… Mas chefe, temos trabalho, descobri um ponto de drogas... – começou a falar sem parar. E assim passou horas falando de trabalho, até a hora do almoço, onde Pérola entrou na sala toda sorridente trazendo a comida para ambos.
– Está aqui a comida de vocês. – disse colocando a embalagem em cima da mesa, aproveitando para mostrar mais de seu decote a Arthur.
– Ok, pode ir agora. – responde sem ânimo e sai rebolando porta afora. Eles comeram em silêncio, hora e outra falando entre as garfadas. Voltaram ao trabalho minutos depois, não se importando com o horário de almoço. Quando o celular de Arthur tocou.
– Oi amor, já saiu do show?
– Sim estou no shopping agora, mas já estou indo pra casa. Só liguei para avisar.
– Foi tudo bem lá?
– Sim, maravilhoso como sempre.
– Eu já estou indo para casa, nos encontramos lá.
– Tá bom, te amo.
– Também te amo. – desligou e olhou para Bernardo.
– Bernardo pode ir, acabamos por hoje. – disse se levantando e ajeitando as papeladas espalhadas sobre a mesa.
– Sim chefe, já está na hora.
– Nos vemos depois. – Saiu da sala dando ordens para Pérola e foi para o elevador.

Chegou à garagem e entrou no carro, seguindo para casa. Chegou rapidamente, guardou o carro na garagem e entrou em casa. Achou uma mulher de costas pra ele e fechou os olhos respirando fundo, já conhecendo a pessoa.

– Senhor Aguiar. – chamou Ruth.
– O que essa mulher está fazendo aqui? – perguntou entre os dentes.
– Desculpe senhor, mas ela falou que não iria embora enquanto não falasse com Lua, que esperaria do lado de fora se fosse preciso. Ela também me falou seu nome, então a deixei entrar. Fiz mal?
– Não Ruth, tudo bem, pode ir. Arthur foi em direção à mulher que ao ouvir seus passos virou em sua direção.
– É maravilhoso finalmente conhecê-lo pessoalmente. – disse com um sorriso.
– O mesmo não posso dizer de você. – cortou

(…)

Lua entrou pelas portas do fundo da mansão, foi direto para a geladeira pegando um copo de suco de laranja.

– Jane? – chamou a empregada que estava limpando a cozinha.
– Sim, senhora?
– Entregue essas roupas para Brandon, ok?
– Obrigada senhora, eu não tenho como te agradecer por isso. – Disse pegando as sacolas de roupas da mão dela.
– Eu já disse para largar à senhora e não precisa me agradecer, mas só o trate bem. – sorriu meigamente para ela que retribuiu com um sorriso fraco.

Continua...

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Com mais de 10 comentários, próximo capítulo.

Respondendo ao Anônimo que acha que Brandon é filho do  Arthur. Não, Arthur não é o pai do menino. haha

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