Milagres do Amor - Cap. 58º

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Milagres do Amor
Brandon

Pov Narrador

– Ei, tudo bem. – chegou mais perto e se ajoelhou ao seu lado. – Qual é o seu nome?

Ele não respondeu.

– Pode falar comigo. – tentou mais uma vez.
– Ela vai me bater. – respondeu choroso em um fio de voz.
– Quem vai te bater? – perguntou pacientemente.
– A Jane.
– Por que ela vai te bater? Ela é sua irmã?
– Não minha mãe, ela mandou eu ficar aqui para ninguém me ver.

Lua juntou as sobrancelhas confusa, foi só ai que ela notou a semelhança entre os dois, o garotinho magro demais, com incríveis olhos azuis tristes como o da sua mãe, seus cabelos loiros e escorrido, seus lábios vermelhinhos. Porém ela notou algo a mais, nos em algumas partes do corpinho dele e seus lábios estavam levemente machucados ou arroxeados.

– Entendi, qual é o seu nome?
– Brandon.
– Você tem um nome muito bonito Brandon, eu sou Lua. – estendeu sua mão pra ele, que hesitou mais apertou levemente pra logo soltar.
– Quantos anos você tem?
– Quatro.
– Já é um rapazinho. - ele riu levemente, mostrando alguns dentes faltando. – Vamos lá falar com sua mãe? – levantou e estendeu sua mão para ele.
– Não, ela vai me bater, por favor. – chorou.
– Eu te prometo que ela não vai ok? Agora vem comigo.

Ele pegou sua mão ainda temeroso. Ela se abaixou e afagou sua bochecha. Ela sai do quarto e foi em direção a mansão, entrou na sala e deu de cara com Arthur falando com Ruth.

– Amor, cheguei mais cedo... – não terminou de falar quando seu olhar caiu na criança amedrontada do seu lado. – Quem é esse indivíduo? – perguntou com a voz grossa.

O garoto choramingou do seu lado, ela fez carinho em sua mãozinha pequenina e o acalmou.

– Tudo bem Brandon. – sorriu pra ele.

Olhou para Arthur de cara feia, que deu de ombros.

– Esse é o Brandon, Arthur.
– E? – ergueu as sobrancelhas.
– Ele é filho da Jane, que por algum motivo estava escondendo ele.
– Como? Não pode ser, quando eu a entrevistei não me disse nada que tinha um filho. – falou Ruth. – Eu vou buscá-la com licença.
– Ela não vai ficará aqui com esse menino Lua, já estou avisando. – falou sentando no sofá.
– Arthur, é só uma criança.
– Lua já imaginou toda empregada que tivemos for morar com seu filho aqui? Isso aqui vai virar uma creche.
– Vamos ver o que ela vai falar. – ele bufou.
– Eu nem ganhei um beijo quando cheguei em casa. – reclamou.

Lua riu e foi, ainda segurando a criança, em direção ao sofá e lhe deu um beijo demorado.

– Eca, que nojo. – se separaram quando escutaram Brandon falando.

Lua riu.

– Você ainda vai fazer muito isso anjinho. – falou Lua.
– Acho que não. - disse com sua voz baixinha.
– Poderia é parar de atrapalhar os outros. - falou Arthur de cara feia.

Lua ia retrucar quando Jane entrou correndo.

– Oh não seu idiota o que eu falei com você? – gritou para ele, que se escondeu atrás de Lua. – Seu fedelho.
– Ei, espere. Não precisa falar assim.
– Me desculpe senhora, mas estou cansada dele me atrapalhando trabalhar, já é o segundo trabalho que sou demitida por causa dele.
– Você não vai se demitida, fica tranquila. – Arthur pigarreou, Lua o ignorou. – Você não precisava ter escondido ele, era só ter me falado. Ele é seu filho não é?
– Infelizmente sim. – respondeu com veneno na voz.
– Infelizmente nada, ele é um anjinho, Jane.
– Ele só estragou minha vida.
– Não fale assim. Você não tem ninguém para ajudá-la?
– Não.
– E o pai? – Jane engoliu em seco.
– Ele não tem pai. – mentiu.
– Todo mundo tem um pai, minha querida, você não o fez sozinha. – retrucou Arthur seco. Lua olhou feio pra ele, que deu de ombros.
– O pai dele não o quis.  – O menino chorou e se agarrou mais em Lua, que acariciou seus cabelos.
– Tudo bem Jane, vocês podem ficar aqui. Não tem problema, ele pode andar livremente e se você precisar de alguma coisa é só me pedir.
– Muito obrigada. – se ajoelhou em seus pés – eu não tenho lugar pra morar e tão pouco como criá-lo.
– Pare com isso, levante-se. – ela se levantou e a olhou esperançosa.
– Ele pode comer aqui, ele tem roupas?
– Não muitas, a maioria foi doação. – responde parecendo não ligar.
– Eu vou te ajudar com tudo isso, mas você tem que me prometer que vai cuidar direito dele. Promete?
– Sim, muito obrigada mais uma vez senhora. Vem Brandon. – tentou pegá-lo, mas ele se esquivou.
– Não. – choramingou.
– Pode deixá-lo aqui, volte ao que estava fazendo. – Ela assentiu e saiu, não sem antes olhar com cara feia para o menino.
– Obrigado. – Lua olhou para o menino e se abaixou passando as mãos pelos seus cabelos loiros.
– De nada anjinho, agora por que você não vai tomar um banho e ficar limpinho e cheiroso?
– Eu não tenho roupa bonita pra vestir. – deu de ombros.
– Amanhã eu compro uma roupinha linda pra você, o que acha? – Os olhinhos do menino brilharam e abraçou.
– Eu vou agora então. – lhe deu um beijo na bochecha e correu para fora de casa.
– Com calma para não cair. – gritou antes dele sumir porta afora.

Ela sorriu e se levantou indo sentar do lado de Arthur que estava com uma carranca.

– Por que essa carinha meu general? – perguntou alisando seus cabelos revoltos.
– Sinto que isso não vai dar certo. – falou pensativo.

Lua foi para cima dele, sentando em seu colo, uma perna de cada lado de seu quadril.

– Não vejo como. – respondeu lhe dando um beijo na bochecha calmamente.
– Não se apegue ao moleque, amor. – lhe avisou acariciando suas costas.
– Como foi no trabalho? – desviou da pergunta.
– Tudo ótimo, só mais serviços pra fazer, mas bandidos e traficantes pra prender. Nada novo. – riu quando ela prendeu seu lábio inferior com os dentes.
– Hum... – pousou seus lábios calmamente nos dele, sem aprofundar o beijo.

Arthur apertou sua bunda, fazendo com que o corpo dela se espremesse ao seu, fazendo a gemer baixinho e aprofundar o beijo, deslizando sua língua pela boca dele. Lua envolveu seu pescoço com seus braços, apertando sua nuca. Ela deslizou uma mão, passando por seu peito, o sentindo estremecer na sua palma, até chegar à onde queria, apertou seu membro, que já a cutucava, o sentindo gemer em sua boca. Enquanto suas línguas se enroscavam em um beijo libidinoso e gostoso.

 – O que vocês estão fazendo? – uma voz fininha lhes interrompeu, fazendo com que Lua saísse de cima de Arthur em um rompante e quase cair do sofá de susto. Arthur bufou e olhou feio para o menino.
– Você não ia tomar banho? – perguntou Lua extremamente corada, tentando se recuperar do susto.
– É só que eu queria te perguntar qual roupa eu uso agora, essa verde ou essa azul? – perguntou com sua voz de criança, mostrando em suas mãozinhas pequenas, duas camisas, em um estado não muito bom.
– Fala sério. – gritou Arthur se levantando do sofá, irritado. Fazendo com que Brandon desse um passo pra trás de olhos arregalados extremamente assustado.
– Usa a verde anjinho. – respondeu Lua indo até ele.
– Tudo bem, mas o que você estavam fazendo? – perguntou inocentemente, bastante curioso. Lua corou e esfregou as mãos nervosamente.
– Nós estávamos quase fazendo sexo garoto. – responde Arthur bebendo uma dose de uísque.
– Arthur! – ralhou Lua.
– O que é sexo? – perguntou colocando o dedo na boca, pensando e deixou cair uma camisa.
– Viu o que você fez? – Lua falou para Arthur que riu e deu de ombros.
– Pode deixar que eu explico então amor, sexo é …
– Nem pensar, vai falar besteira. – ralhou com ele, que levantou as mãos e riu.

Ela olhou para Brandon que estava olhando tudo curioso e respondeu:

– É uma das tantas formas de um casal demonstrar que se amam.
– Como o beijo?
– Exatamente como o beijo. – riu par ele.
– Mas se o beijo se faz com a boca, como que se faz o sexo? – colocou a cabeça de lado esperando uma resposta.
– Garoto esperto. – gargalhou Arthur.
– Quero ver você sair dessa, amor.
– Arght, Arthur você me paga. – ele riu mais. – Bom meu anjinho vamos fazer assim, quando você crescer mais eu te conto tudo, ok? – perguntou torcendo para ele aceitar essa.
– Mas eu já sou grandinho. – disse com um biquinho, colocando a mão na testa mostrando pra ela sua altura.
– Muito grande. – riu Arthur sarcástico.
– Sim você é, mas tem que crescer mais um pouquinho meu anjinho, agora vai lá tomar seu banho bem quentinho e depois volta aqui que eu vou te dar um sorvete bem gostoso. – apertou sua bochecha levemente fazendo-o rir.
– De morango com calda também de morango? – perguntou com os olhinhos brilhando.
– Claro do jeito que você quiser.
– Eba! – gritou e sai correndo porta afora. Lua suspirou cansada.
– Que feio amor, desviar a atenção dele com sorvete de morango? – fez um biquinho e colocou a mão na cabeça, pra logo cai na risada.
– Arthur seu… Seu... – Lua jogou uma almofada nele que desviou rindo. – Como você faz isso comigo? – perguntou indignada colocando a mão na cintura e fazendo uma cara de brava.
– Desculpe amor, mas ele nos interrompeu falei por falar. – disse chegando mais perto e a enlaçando pela cintura, colando seus corpos. – Mas tenho que te dizer que foi uma doçura ver você corando enquanto explicava para o moleque.
– Argh! – ela tentou sair de seu abraço, mas ele a prendeu como garras em sua volta.
– Minha linda, esquece isso vamos ao que interessa. – sussurrou em seu ouvido, descendo seus lábios para seu pescoço, se deleitando com a pele arrepiada sobre seus lábios. – Vamos estrear nossa cama nova? Hein, que tal? – Lua gemeu baixo e a falsa irritação foi esquecida imediatamente.

Arthur a pegou no colo e subiu para seu mais novo ninho de amor. Nas paredes que guardariam os segredos mais quentes e amorosos, que observava e viam tudo, para quando eles ameaçarem se esquecer elas sussurrariam de volta, refrescando as memórias inesquecíveis.

(Luan Santana - Amar não é pecado)

Eu não sei de onde vem essa força que me leva pra você
Eu só sei que faz bem,
Mas confesso que no fundo eu duvidei
Tive medo e em segredo,
Guardei o sentimento e me sufoquei

Mas agora é a hora, eu vou
Gritar pra todo mundo de uma vez
Eu tô apaixonado
Eu tô contando tudo e não tô
Nem ligando pro que vão dizer
Amar não é pecado
E se eu tiver errado, que se

Dane o mundo, eu só quero você

Continua...

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Com mais de 10 comentários, próximo capítulo.

12 comentários:

  1. Morta KKKKKKKKKKKKKKKK
    Arthur, malvado! Isso nunca se fala para uma criança

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  2. Arthur não tem jeito rs

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  3. Minha nossa que Arthur perveço kkkkkkk Lua ta feita com ele quando for o filho deles kkkkkkkkk

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  4. Como sempre o Arthur muito sincero haha sinto que ele ainda vai se apegar a este menino...

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  5. Não sei porque mais eu acho que o menino é filho do Arthur porquê no inicio da fic ele ficava com varias ! Não me levem a mal

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  6. Eu acho essa Jane mt esquisita

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  7. Gostei e o cap final e giro.

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