Uma Linda Mulher - 2ª TEMP. | CAP.54

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Uma Linda Mulher - 2ª Temporada





Capítulo: 54


Arthur – Está tudo bem filho, papai está aqui… – tentou acalmar Gabriel. – Papai está aqui…

O passar da vida, naquele momento era inacreditável e impossível não olhar para trás…
“Marieta – Vai sem medo Mel, o máximo que vai acontecer se cair da bicicleta é ir para o chão… - A gargalhada de Marieta, Mel e sua própria, quando a menina caiu em um divertido tombo de sua primeira bicicleta ecoou pelos cômodos da casa.
Marieta - Eu não disse, o chão, está aí, agora sabe como é minha pequena princesa... - Então Arthur abriu um sorriso iluminado mais uma vez pela emoção." 
"Guarde uma parte dele, e quando pensar em desistir deixe que esse maravilhoso calor te aqueça…" E o sol entrou pela janela aberta da cozinha, e seu coração se aqueceu de forma que a tranquilidade daquele último olhar, ficaria guardado em sua memória. Para sempre…
Lembranças são eternas, sufoque se delas…
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Quando o relógio informou que já eram seis horas da tarde, Lua desceu as escadas, com os cabelos presos em um rabo de cavalo não tão arrumados, com o mesmo conjunto que vestia na manhã, saindo pela porta da cozinha observou Arthur sentado nas escadas do quintal que dava para o piso da piscina, o sol era fraco, como todo inicio de noite no México. Limpou as lágrimas que insistiam em cair de seu rosto desde da hora que seu marido havia cruzado a porta da cozinha, sentou se ao lado dele. Arthur permanecia de terno, com a camisa para fora da calça com os primeiro botões abertos, a gravata larga caindo por seu pescoço, os olhos brilhantes pelas lágrimas e vermelhos pela dor. Não disse nada por longos instantes...
Arthur – As crianças?
Lua – Linda, dormiu há meia hora… – enxugou o rosto – Gabriel dormiu agora. Tive que explicar a ele que… – franziu a sobrancelha se calando. Arthur a mirou, a vendo com a cabeça baixa entre as mãos que escondiam a todo custo o semblante tão machucado de sua esposa.
Arthur – Não quero ser forte agora… – murmurou, e Lua entendeu seu pedido, tentou se recompor sentindo a brisa da tarde lhe golpear o rosto em um ar quente e aconchegante. Arthur levou as mãos até o rosto de Lua, limpando as lágrimas deixando que seus olhos dessem livre caminho para suas. A abraçou novamente, com força, Lua lhe alisou os cabelos lhe distribuindo beijos carinhosos e ternos pelo pescoço… 
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Giovanna terminou seu banho, a casa toda estava silenciosa, sentiu o primeiro arrepio da noite respirando fundo trocando de roupa rapidamente. Passando pelo quarto de Mel observou que tudo estava vazio e silencioso como no resto da casa, caminhou para o quarto do pequeno Bruno que tranquilo permanecia dormindo. Na última porta com a emoção nos olhos e no coração a encontrou sentada sobre a cama de Marieta, com um vestido rosa de seda pura e leve entre os dedos, mirando o final de tarde esplendido que se fazia com o por do sol.
Giovanna – Mel… – a chamou mais duas vezes antes de se aproximar, sentindo o perfume de rosas por todos os cantos do quarto. – Mel, precisa tomar banho e descansar… – sua voz doce e terna tirou Mel de seus pensamentos.
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Gabriel jogou a última rosa branca, observando as pessoas caminharem dispersas para seus carros, o sol tomava conta de grande parte do cemitério bem cuidado, o céu azul não transmitia a tristeza que ele sentia em seu interior. Observou seu pai que se abraçava a Mel com força, tratando de se passar de forte como sua mãe vinha fazendo desde de que havia acordado, observou Nelita sentada ao canto, com o olhar perdido, dobrando e redobrando o lenço em suas mãos, o toldo branco que os protegia do sol naquela manhã começava a ser retirado. Mirou Micael que agora oferecia um copo de água a Giovanna que desolada e sem ninguém para a consolar se tentava a todo custo esconder as lágrimas por debaixo do óculos escuro.
Arthur – Filho… – Ouviu seu pai o chamando. Leu pela última vez o nome de sua avó na lápide branca sobre o gramado tão verde e iluminado, e virou se caminhando em direção a Arthur que com as mãos estendidas esperava por ele.
Lua – Vá a frente, eu os alcanço… – Mel assentiu abraçando sua cunhada mais uma vez, para logo depois caminhar para o carro que os aguardava junto ao irmão que levava Gabriel nos braços. Lua tirou o sapato alto de bico fino tendo contato com a grama. Fechou os olhos respirando fundo, caminhando até a frente da lápide recém colocada, virou se vendo todos finalmente entrarem dentro de seus carros e partirem após a madrugada e a manhã intensamente triste e vazia. Sentou se na grama, tirando o óculos escuro.
Lua – Será que pode me ouvir? – perguntou observando o buquê de rosas brancas colocados por Arthur no pequeno vaso ao lado da lápide. – De qualquer maneira, há coisas que eu não tive tempo de dizer e preciso que saiba… – fungou, suspirando buscando força e energia. – Eu esperei o dia em que você chegaria e me diria que sabia sobre tudo… – sorriu mordendo os lábios. – Na realidade, eu acho que você sabia de tudo…O estranho Mari é que ainda te sinto tão presente dentro de mim, como sinto minha mãe. Pode parecer tolo, mais você está perto dela agora? - sua voz falhou pelo choro. – Porque se estiver, diga a ela que sinto saudades e diga também que eu me orgulho de você, que fez um ótimo trabalho aqui em baixo, criando seu menino que agora é o meu homem. Eu gostaria de dizer obrigada Mari, não só por isso mais por tantas coisas. E agora… – limpou as lágrimas – Tudo o que eu consigo me lembrar é de sua mirada me medindo de cima abaixo naquela festa, para depois me receber de braços abertos, como se eu fosse a mais pura e bela das mulheres… - Lua negou com a cabeça. – Deus, mesmo que eu não fosse, você fez com que eu me sentisse exatamente assim. Não pelo vestido ou pela maquiagem, mais sim pelo seu olhar tão azul que sempre me dizia que Céus… Tudo iria ficar bem! – sorriu tristemente se levantando. - Eu cuido do seu garoto por aqui… – sua voz foi baixa e trêmula – Olhe por nós daí de cima Mari. E me de força para ser tudo o que essa família precisar que eu seja. - Lua se virou colocando o sapato, caminhando para a última limusine preta parada na calçada, observou Mel que mirava a janela com os olhos cobertos pelo óculos escuro, Gabriel estava encostado em Nelita com os olhos baixos e tristonhos, Linda estava com Sophia, que pela manhã após um longo abraço e palavras belas de conforto havia oferecido esse favor a amiga, e com a confiança total que Arthur e Lua depositavam na mesma, haviam lhe entregado Linda com um grande agradecimento. Então observou a fortaleza que justamente nesse momento a olhava. Não sabia porque via que Arthur estava de óculos escuro, mais sim porque sentia. Subiu as mãos até o rosto do mesmo, lhe tirando o óculos.
Lua – Agora sim, posso te ver… – sorriu acariciando aquele rosto tão belo e tão abatido. Arthur retribuiu o sorriso fraco, entrelaçando seus dedos. Encostou se sobre o ombro de Lua fechando os olhos, ela mirou para fora da janela, acariciando seu rosto com a ponta dos dedos… 

Desceram na casa de Mariet…De Mel, caminhando todos para a sala na qual Robert esperava Mel com o filho nos braços, e Sophia esperava Lua com Linda adormecida nos mesmos...




Hello Hello :)
Amores, só deu para postar agora, tive que sair a tarde.
Com mais 10 comentários, posto o próximo capítulo.

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