Lua
Era ainda cedo e os meus pais estranharam eu já estar em pé para tomar o pequeno almoço. Segurei o Thiago ao colo enquanto o Edward estava com o meu pai.
- Cereais, por favor. - Pedi.
- Bom dia, ao menos.
- Desculpa pai. Bom dia.
- Então, como foi a festa?
- Foi boa.
- Só isso? - Perguntou a minha mãe. - Imploras-te tanto para ir à festa e agora dizes que foi apenas boa?
- Mãe, foi ótima. Pronto!
- Estás de ressaca?
- Não pai. Nem bebi álcool.
- Mesmo assim, não acho que a festa tenha valido a pena. - Disse a minha mãe. Não, não valeu a pena - Pensei eu.
- Se quiserem, posso ficar com os manos. Há muito tempo que não estou com eles e qualquer dia a escola começa e não aproveito nada.
- Está um anjo para cair do céu?
- Vai chover sapos?
- Dinheiro? - Os meus pais continuaram com as gracinhas
- É melhor aproveitar antes que ela mude de ideias. - O meu pai colocou o resto do pão na boca e sacudiu as mãos enquanto se levantava e saia da cozinha. A minha mãe fez o mesmo.
- Hoje somos só nós. E o Arthur. - Sussurrei para os meus irmãos que agora estavam no chão enquanto comiam um pouco de pão.
Os meus pais saíram de casa e eu fui destrancar a porta do meu quarto. Deixei os meus irmãos e ver tv na sala enquanto fui tomar banho.
Quando voltei ao quarto, o Arthur ainda dormia. Vesti uma roupa e quando ia pegar no secador, deixei-o cair, sem querer, no chão.
- Ei... - Reclamou ele. Levantou a cabeça e esfregou os olhos.
- Desculpa lá. - Disse eu. Juntei o secador e segui para a casa de banho.
Comecei a secar o cabelo e, quando terminei, o Arthur entrou na casa de banho.
- Desculpa por isto... não me lembro exatamente do que aconteceu...
- Imagino. - Comecei a escovar os dentes.
- Estás chateada? - Perguntou ele. Rodei os olhos e não respondi. - Pois, já vi que sim.
Permanecemos em silêncio até eu passar a boca por água e virar-me para o Arthur que estava sentado na tampa da sanita.
- A idiota sou eu. Eu é que acreditei que me ias ajudar na porra daquele pacto de perder a virgindade. Tens a tua vida e eu tenho a minha. As coisas vão acontecer quando tiverem que acontecer. - Suspirei - Mas também tiveste culpa por me teres prometido ajudar e não cumpris-te. Foste te enrolar com uma loira qualquer.
- Desculpa... eu não sei mais o que dizer.
- Não digas nada. - Saí da casa de banho e percebi que ele veio atrás de mim.
- Sabes porque é que eu não me queria envolver assim contigo? Porque tinha medo disto. De nos chatear-mos e deitar-mos ao ar uma amizade de anos.
- Nada está perdido.
- Então olha para mim. - Ele pediu - Diz-me nos olhos que não estás chateada.
Comecei a bater o pé enquanto tinha os braços cruzados.
- Vá, diz. - Ele insistiu. - Vês? Não consegues. - Ele aproximou-me e tocou-me de leve no braço. Senti um choque elétrico. Virei-me para ele
- Porra Ashton! - Bati o pé mais uma vez não tirando a minha pose de má. - Logo loiras? As morenas são tão melhores, mais bonitas e menos porcas. Aquela rapariga era mais rodada que sei lá o quê.
- Ciúmes, amor? - Ele riu e abraçou-me enchendo o meu rosto de beijos
- Para! - Pedi - Tens de tomar um banho e lavar bem esses dentinhos porque não quero apanhar vermes.
- Sempre às ordens, linda. - Agora abracei-lhe
- Idiota! - Disse ao seu ouvido.
Ele levou os seus braços à minha cintura, levantou-me e rodou-me em plena corredora de casa. Gritei e gargalhei porque realmente estava a ficar tonta, até Arthur parar e olhar para os seus pés...
- Mana? - Os meus lindos irmãos olhavam para Arthur com uma cara estranha.
- Amores, este é o Arthur. O amigo da mana. - Agachei-me para ficar do tamanho deles.
- Olá. - Disse o Arthur, fazendo o mesmo que eu.
Edward começou a andar à volta do Arthur enquanto o Thiago apertou o nariz do pobre coitado. Ele estava a achar piada e só pararam quando eu implorei ao Arthur para ir tomar um banho.
Notas finais
Adorei os comentários no capítulo anterior. Tem gente acertando!! Mas só mais para a frente é que vão entender tudo, ok?
Ansiedade a Miil!! Viu a Dança do Arthur Agora a pouco?? Arrasoooooou !!!!!!!
ResponderExcluirMaiiiiis Por Favor
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