MILAGRES DO AMOR - CAP. 27º

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Milagres do Amor
Intrigas




Pov Narrador

Depois de um delicioso café da manhã, preparado especialmente por Rita, Lua subiu e estava arrumando suas malas, assim como Chay, Mel e Bernardo, pois as de Arthur já estavam arrumadas. Arthur estava agora ligando para Louise vir pega-los, na verdade pegar as milhões de malas de Mel que iriam com ela.

Ricardo, Rita e suas primas ficariam na casa para ajeitar as últimas coisas para se mudarem na próxima semana.

Lua acaba de sair do banho e dá de cara com a Alana sentada na cama.

– Alana? – pergunta abismada.
– Eu queria conversar com você antes de vocês irem. – diz com uma expressão triste.
– Tudo bem, pode me esperar um minuto? Vou trocar de roupa. – diz desconfiada.
– Claro.

Lua pega sua roupa que estava em cima da cama e volta para o banheiro. Vestindo uma blusa azul e um coletinho rosa com um cintinho cor de ouro marcando-o, uma calça Jeans justa, deixa os cabelos soltos e sai do banheiro.

– Pode falar Alana – diz sentando na poltrona e calçando suas sandálias.
– Olha Lua, eu queria me desculpar por ter te empurrado. – diz com um falso arrependimento – Eu queria fazer uma brincadeira eu pensei que você sabia nadar, você me disse que sabia. – afirmou.
– É eu sei, só entrei em pânico e a dor na minha cabeça contribuiu pra isso – diz passando a mão no corte debaixo de sua franja.
– Me desculpe por isso também.
– Tudo bem Alana – diz sorridente.
– Queria te agradecer por não ter falando para meu primo, ele…
– Eu o conheço, mas não precisa agradecer. Já passou ficou no passado – diz sincera.

Alana dá um sorriso forçado.

– Já que ficou tudo resolvido entre nós, podemos mudar de assunto não é?

Lua assente.

– Então nós vamos mudar em poucas semanas, vai ser maravilhoso, pena que o Arthur não vai estar conosco – diz fingindo de inocente.
– Como assim?

– Bingo – pensa e ri internamente. – Primeira briga do casal perfeitinho.

Era tudo que ela precisava para fazer uma intriga.

– Oh, você não sabia?
– Sabia do que?
– Acho melhor eu parar por aqui, não sou eu que devo falar isso pra você – diz tentando sair do quarto.
– Espera, começou agora termina. – diz Lua franzindo o cenho.
– Tudo bem, mas o Arthur não pode ficar sabendo que fui eu que contei.
– Certo, fala.
– Bom, o Arthur vai para o Brasil daqui a quatro dias. – diz rindo internamente.
– Brasil? – pergunta Lua confusa.
– Sim, e vai passar dois meses lá, treinando alguns homens.

Lua senta na cama pensativa, não acreditando no que Alana está lhe contando.

– Mas, Lua, fica tranquila ele nunca te trairia, apesar do Brasil ser conhecido pelas mulheres serem belíssimas, mas ele não te trocaria.

Lua assente atordoada, sua mente fervilhando.

– Lua, me desculpe mais uma vez, não queria te dar essa notícia, ainda mais agora que vocês começaram a namorar. – diz falsa.
– Ok.
– Luinha, vamos flor, está na hora. – grita Mel entrando no quarto, mas para quando vê Alexia. – O que você está fazendo aqui? – pergunta irritada.
– Ela só veio pedir desculpas, Mel.
– Desculpa? Lua, não acredita nessa cobra. – lança um olhar venenoso para a prima.
– Cobra é…
– Parem as duas. – interrompe Lua.
– Bom, Lua falei tudo que tinha pra falar. Boa viagem. – saí rebolando porta afora.
– Um dia ainda grudo nos cabelos sebosos dessa vadia.
– Mel, ela é sua prima. O que ela fez pra vocês não gostarem dela?
– Lua, além da arrogância que ela tem, ela já aprontou poucas e boas pra cima de mim e dos meus irmãos. Comigo ela roubou meu namorado quanto eu tinha doze anos, com Chay vive fazendo intrigas com meus pais e com o Arthur ela tem um ciúme doentio e uma paixão não correspondida.

Lua assente espantada.

– Por isso que eu falo, não acredita no que essa cobra fala. – diz sucinta
– Até mesmo que o Arthur vai viajar para o Brasil?
– Bom… Eu… - gagueja.
– Não precisa falar mais nada. – diz triste saindo do quarto.

Desce decidida a falar com ele, mas desiste parando na escada, vendo todos se despedindo alegremente prometendo que em breve vão se encontrar novamente.

Ela desce dá e recebe abraços. Após todos se despedirem, colocar as malas no carro, onde Louise as levará junto com Luke. Chay, Bernardo e Mel entram no carro, no banco de trás e Lua e Arthur no da frente.

– Tudo bem? – pergunta Arthur após observar sua postura esquisita desde que desceu do quarto.
– Sim. – responde sem se virar, agarrada a o sapo gigante de pelúcia, que por sua insistência ficou em seu colo.

Arthur coloca sua mão nas costas da dela, que repousava tranquilamente segurando o sapo.

– Se é por estarmos indo embora agora, nós voltaremos. – diz sorrindo.

Lua o encara rapidamente e desvia, olhando para suas mãos. Virando-a e apertando a dele. Seus olhos brilhavam, não o brilho normal de carinho e amor que era lançado com frequência para Arthur, mas sim um brilho ferido e triste, o que não passou despercebido para os olhos e mente rápidos dele.

– Eu sei, não é por isso. – diz rapidamente.

Arthur estava pronto para perguntar o motivo então, quando a voz estridente de sua irmã o corta.

– Depois Arthur, vamos agora? –  interrompe Mel.

Iria ser grosso com ela, mas após virar e encarar seus olhos e ver nele um sinal claro de aviso. Vira-se e começa a dirigir.

Após duas horas na estrada, que pareceu mais rápido da volta que na ida, chegam finalmente em casa.

Nada foi dito, apesar de Chay estar no carro, o silêncio permaneceu ali.

Porque estavam dormindo ou sentindo a áurea negativa dentro do carro.

– Obrigada Arthur, vai à festa não é? – pergunta Bernardo ainda dentro do carro.
– Sim. O Louise vai te levar em casa.
– Obrigado novamente.

Todos saem do carro menos Lua e Arthur, que entra com o carro na garagem.

– Lua, chegamos. – diz após desligar o carro.
– É, eu sei – responde virada para a janela, com a cabeça apoiada no sapo.
– Pretende ficar aqui pra sempre? – diz brincalhão tentando aliviar o clima.
– Não posso? – retruca sem se virar.

Arthur suspira.

– Quem te contou?

Após o olhar de Mel e Lua ter ficado em silêncio a viagem toda, ele logo soube que ela descobriu sobre a viagem, e não foi pela sua boca.

– Não importa. Eu vou sair. – o interrompe saindo do carro.
– Lua, espera. – diz culpado – Merda – soca o volante após não ser ouvido.

Sai do carro e vai para a sala de estar e encontra Mel ali o esperando.

– Você contou pra ela? – pergunta irritado.
– Assim você me ofende, sabe que não fui eu. – diz magoada.
– Então quem foi? Você era a única que sabia.
– Olha eu não sei, a Alana pode ter ouvido nossa conversa. Eu a encontrei falando com Lua e logo depois ela ficou desse jeito.
– Inferno – esbraveja massageando as têmporas.
– É melhor você se acalmar ou se não vocês vão brigar feio. – o avisa puxando-o para o sofá e sentando ao seu lado. – Ela está magoada e triste. Por que você não contou?
– Eu tentei, mas sempre que eu ia falar acontecia alguma coisa. Como eu iria falar depois do que aconteceu ontem? Não tinha como. – tenta se explicar.
– Ela iria fica assim de qualquer jeito, mas foi pior ela não ter ouvido da sua boca.
– Droga. – diz passando as mãos pelo cabelo e rosto.
– Você deveria ter contado quando pode, mas não adianta nada lamentar pelo leite derramado, você tem que reverter à situação agora.

Arthur assente e bufa ao mesmo tempo.

– Quer algo pra beber? Talvez te relaxe.
– Não – diz seco se levantando.

Vai para a escada e chega ao quarto de Mel. Bate, nada, então entra.

Encontra Lua deitada, ainda agarrada ao sapo, que está começando lhe irritar de ciúmes.

Respira fundo e entra, fechando a porta e sentando vagarosamente ao seu lado.

Continua...

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Obs: Postando para a Milly, porque ela no momento não esta podendo usar o not.

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