Milagres do Amor - Cap. 20º

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Milagres do Amor
Acorrentado em ti

Pov Narrador

Naquela manhã ensolarada e extremamente quente de Santa Mônica, enquanto os pássaros cantavam anunciando a sete horas da manhã, Lua acordava depois de uma noite tranquila e com sonhos maravilhosos. Ela permanece na cama com os braços de Arthur em sua volta e sua cabeça em seu peito, pensando nos acontecimentos do dia anterior. Se vê flutuando, os pensamentos do beijo mágico trocado com o homem musculoso e viril ao seu lado e as palavras sinceras trocadas, nublam seus pensamentos.

Lembra a forma meiga e afetuosa que Arthur a beijou, seu hálito quente e saboroso se misturando com o seu.

Sua boca saliva de vontade de repetir a dose, é até capaz de sentir o gosto doce e forte em seus lábios novamente.

Sorrindo e com um desejo incontrolável, que até ela não sabia que tinha, se levanta cuidadosamente, tirando os braços de Arthur vagarosamente de seu redor e senta na cama.

Ela olha para Arthur, que apesar do sono leve não acordou com seu movimento na cama, observa cada centímetro de seu rosto sereno e lindo, parando nos lábios que formou um bico pequenino, mas encantador.

Abaixa-se ficando no mesmo nível que a cabeça dele. Beija sua bochecha direita, depois à esquerda, testa, nariz, queixo, quando vai beijar sua boca, hesita, e lhe chama carinhosamente.

Arthur que agora está acordado abre os olhos, ao sentir o hálito quente de Lua soprando em sua boca.

Eles trocam um sorriso e olhar apaixonado, Lua deixa de olhar em seus profundos olhos castanhos, e vai para beijar sua boca, mas desvia na última hora, beijando apenas o cantinho. Em seguida levanta e senta de frente pra ele, que está com uma cara emburrada.

– Bom dia, Thur.
– Bom dia? Você é má, há poucos minutos atrás era um bom dia. – diz dramático.
– Por que não é mais? – pergunta cinicamente se levantando da cama.
– Jura que você não sabe?
– Juro, sabe eu esqueço das coisas muito rápido. Se você puder me lembrar – diz sorrindo matreira, mordendo os lábios.

Arthur a olha com um cenho franzindo e joga o lençol verde, que estava sobre seu corpo, caminhando sensualmente e vagarosamente até chegar a Lua, da qual nem chega ao seu queixo de tão pequena que é ou talvez pelo seu tamanho excessivo.

– Então minha namorada é esquecidinha? – diz em seu ouvido, fazendo com que todos os pelos de Lua se arrepiassem.

Lua engole em seco, pensa que não foi uma boa ideia provocá-lo. Ela sente algo fervendo dentro de si, um fogo que desce até sua intimidade, causada apenas pela voz rouca e sexy de Arthur.

– Aham – consegue responder por fim.

Arthur coloca suas mãos grandes no pescoço de Lua, que fecha os olhos e boca para não gemer alto.

– Acho que eu vou querer ser acordado todos os dias assim. – Diz depositando beijos cálidos e calmos por todo seu pescoço. Lua solta um suspiro e agarra a nuca de Arthur ficando nas pontas dos pés, chegado assim em seus olhos.
– Se você quiser eu te acordo todo dia assim. – diz soltando um sorriso de orelha a orelha, que é logo interrompido pelos lábios afoito de Arthur.

As línguas se encontram em um beijo poderoso e quente, se enrolando uma na outra, provando o gosto que cada uma possui, sentindo a viciante maciez e umidade.

Arthur envolve sua cintura, a colando em seu corpo quente. Lua infiltra seus dedos ao longo de seus cabelos o puxando mais para si.

Depois de longos minutos, eles cessam o beijo com selinhos, cada um abraçado ao outro aproveitando o cheiro de seus pescoços, tentando acalmar a respiração acelerada.

– Acho que eu vou precisar de um balão de ar – brinca Lua.
– Docinho, então anda com um a partir de agora.

Os dois riem, quando se separam Arthur volta a deitar na cama.

– Vai dormir mais?
– Sim.
– Ah, você não ia me levar á praia?
– Eu vou docinho, só que ainda está muito cedo. Me dá mais uma hora?

Ok, só mais uma hora.

Lua vai até a cama lhe dá um beijo na testa e vai para o banheiro. Toma seu banho, faz sua higiene, coloca uma roupa qualquer e desce.

– Não sabe cozinhar?
– Não, infelizmente. Mas gostaria de aprender.
– Se você quiser eu posso te ensinar – diz com um sorriso meigo no rosto em formato de coração.
– Você faria isso pra mim? – diz Lua com os olhos brilhando.
– Sem dúvidas, querida.

Lua dá um sorriso e vai abraçar Rita, animadamente.

– Obrigada.
– Mas mãe, eu estou morrendo de fome.
– Me diz quando você não está com fome? – ironiza.

Chay senta e faz um muxoxo, que faz Lua e Rita soltarem uma longa gargalhada.

– Eu vou acordá-lo, Chay. Vou te salvar, certo?
– Jura? Ah é por isso que eu te amo cunhadinha.

Lua cora e vai em direção ao quarto. Chegando lá, encontra Arthur dormindo tranquilamente.

– Oh God, imagem do paraíso – pensa.

Arthur está com uma mão atrás da cabeça, apoiado no travesseiro, com uma perna esticada e a outra levantada, vestindo uma bermuda verde e uma blusa branca.

Ela pensa como irá acordá-lo por fim se joga na cama, do seu lado, e grita.

– Thur, acorda.

Arthur dá um pulo da cama.

– Que merda Lua, quer me matar? – pergunta irritado caindo na cama de novo.
– Claro que não, vamos, levanta.
– Já se passou meu horário?
– Quase. Thur, todo mundo só vai tomar café quando você descer.
– Os deixa esperando então. – diz de olhos fechados.

– Não funcionou, então minha outra tática – pensa.

Ela se aproxima de seu corpo, colocando as mãos em seus cabelos desgrenhados e sussurra em seu ouvido.

– Larga de ser mau, vamos levanta dessa cama seu preguiçoso – termina mordendo o lóbulo de sua orelha.

Arthur desperta e abre os olhos na hora sentindo seu corpo se arrepiar por inteiro.

– É melhor não brincar com fogo Lua Blanco. – diz fazendo uma cara maliciosa.
– Eu tenho a medida certa para apagar seu fogo, general- diz sensualmente, mordendo seu lábio.
– Puta que pariu – Arthur vira na cama, ficando por cima dela – Então me mostre essa medida. – diz rouco de desejo.
– Você vai ter que procurar – Lua diz e se mexe um pouco, roçando assim seu corpo no dele.

Arthur dá um sorriso safado e desce seus lábios sobre os de Lua, chega a encostar e se afasta ,mordendo seu lábio inferior e soltando.

Lua pragueja baixinho e segura um gemido.

É, o feitiço virou contra o feiticeiro.

Arthur migra seus lábios para o pescoço dela, dando beijos molhados, deixando um rastro de fogo em sua pele. Aperta suas mãos em sua cintura, fazendo com que Lua sinta a potência de sua excitação na sua barriga.

Lua geme baixinho e Arthur ri.

– Thur… Estão nos esperando – tenta dizer, espalmando suas mãos em seu peito musculoso, que se afasta um pouco.
– Você me atiça e depois quer fugir nér? – brinca com Lua.

Ela fica extremamente vermelha e o puxa de volta escondendo seu rosto em seu pescoço.

– Dessa vez passa docinho. Mas eu ainda vou procurar essa medida. – diz saindo de cima dela, não sem antes lhe dar um selinho, e parando na porta do banheiro. – E você não vai poder fugir –  diz sorrindo, um sorrido quente, e pisca em sua direção.

Entra no banheiro, tomando um banho gelado para acalmar os ânimos.

Deixando uma Lua arfante e molhada na cama.

Apesar das tentativas frustradas de seu pai, Lua pensou que seria difícil ter uma vida normal depois disso. Achou que nunca seria capaz de sentir desejo por alguém, de chegar perto de um homem, muito menos de fazer sexo sem pensar na pessoa nojenta que era seu pai.

Porém ela viu que com Arthur era totalmente diferente, não tinha medo dele, a não ser o medo de desapontá-lo por sua pouca experiência, tinha desejo e amor.

– Se acalme Lua. Mas que homem quente. – pensa mordendo os lábios.

Uma batida na porta interrompe seus pensamentos, levanta rapidamente e a abre.

– Luinha- entra Chay e Mel afoitos no quarto.
– Bom dia Lua – diz Mel lhe dando três beijinhos em cada lado de sua bochecha. – Como vocês demoraram viemos buscá-los.
– Bom dia, tudo bem.
– Cadê o Arthur?
– No banho.
– Eu falo então – se pronuncia Chay- A parada é a seguinte: Nós queremos sua ajuda pra dar uns pegas.
– Uns pegas? – Lua pergunta confusa.
– É, Luita, uns beijos, amasso, namorar pelado – Chay diz com um sorriso malicioso, fazendo Lua fica envergonhada.
– Eu já entendi Chay, mas quem são os pretendentes?
– A minha é Rayanna, que será sua produtora.
– O meu é… O… É – Mel tenta, mas a vergonha toma conta do seu ser, a impedindo de falar.
– Desembucha Mel. Ah deixa que eu falo então, é o Bernardo.
– Jura? – pergunta Lua surpresa.

Claro que ela percebeu os olhares entre eles só não imaginou que fosse assim tudo acontecer tão rápido. Com ela e Arthur foi tudo vagarosamente.

– Sim – Mel assente – Eu gostei dele, mas você terá que me ajudar com o Arthur, ele é muito ciumento.
– Mel, com Arthur é complicado.
– Que nada Luita, só falta ele beijar o chão que você pisa. Você o molda direitinho, só dar uns amassos que ele cai na sua – Diz Chay divertido, deixando ela envergonhada.
– Eu não sei, eu posso tentar, eu ajudo como eu puder.

Quando ela termina de falar os dois pulam em cima dela, caindo na cama, abraçando-a.

– Ei, da para vocês saírem de cima dela? Não vou dividi-la com ninguém – Arthur diz sério saindo do banheiro.
– Ah mano, larga de ser egoísta só uma lasquinha – provoca Chay.
– Sou mesmo, lasquinha na casa do caralho. Vamos, os dois fora do meu quarto.

Os dois se levantam rindo e finalmente deixam Lua respirar.

– Qual é o motivo de tanta alegria? – pergunta com uma sobrancelha erguida.
– Curiosidade matou o gato! – Diz Lua o observado.

Ele está vestido com uma camiseta azul, que deixa seus braços mais amostras, com uma bermuda preta. Seus cabelos molhados e mais bagunçados caem em seu rosto.

Lua morde os lábios e tenta acalmar a respiração que acelerou de uma hora para outra.

Ela se aproxima de Arthur que está de cenho franzido pela resposta, e lhe dá um selinho demorado.

Arthur até esquece o que estava pensando e a abraça pela cintura.

– Você está um gato – sussurra Lua.

Arthur apenas sorri e aprofunda o beijo.

– Ah, dá pra se pegarem mais tarde? Estou morrendo de fome. – diz Chay emburrado.

Eles se separam rindo.

– Já não era sem tempo, pensei que ia ficar horas aqui. – brinca Mel rindo.
–Vocês dois não tem o que fazer não? Chay vai procurar uma mulher para você e você Mula vai arrumar uma cozinha vai.
– Por que eu não posso arrumar um homem? – pergunta Mel de cenho franzido.
– Porque não está na hora. Você é muito nova.
– Acho que você esqueceu que somos gêmeos, temos a mesma idade.
– Não, eu sou mais velho três minutos. E vamos parar por aqui. – diz puxando Lua para a porta.
– Seu chato.
– Thur espera que vou trocar de roupa. – diz Lua tentando o parar.
– Lua você já esta vestida.
– O biquíni, oras.
– Pra que? Entra no mar de roupa e tudo.
– Você só pode estar brincando – diz Lua incrédula – Vai tomar seu café que eu desço daqui a pouco.

Arthur até que tentou fazê-la desistir de usar um biquíni, era tentação de mais pra ele, mas é obvio que ela não aceitou.

Ele desce com Chay para a cozinha, pois Mel ficou para ajudar Lua.

Depois de dez minutos elas descem.

Lua esta com uma saída de praia vermelha, caída nos ombros, que vai até as coxas.

Arthur tenta não olhar muito, sua sanidade implora por isso, e toma seu café.

Eles conversam amenidades riem muito, até que a empregada interrompe avisando que tem uma visita.

– Desculpe-me atrapalhar o café de vocês, mas eu vim conversar com Lua – diz Rayana.
– Não atrapalha querida, sente-se conosco – diz Rita educadamente.

Rayana se senta entre Mel e Lua.

– Então Lua já pensou no que eu te disse? – pergunta Rayana bebericando seu café.
– Sinceramente não. Mas acho que você deveria fazer um teste primeiro.
– O que? Não imagina, eu já ouvi você cantar, é esplêndido. Eu só preciso de sua confirmação para lançá-la ao mundo. E acho que já tenho o lugar perfeito – dizendo isso seu olhar cai sobre Chay que pisca um olho, ela apenas sorri e desvia sua atenção.

Lua olha para Arthur.

– O que você acha?
– Vai dar certo. Certeza – diz a incentivando.
– Luinha, eu também acho que vai dar certo, sua voz é o máximo eu até compraria seu CD. Mas como vou ser seu segurança vou ganhar de graça. – diz Chay fazendo todos caiem na gargalhada.
– Mas, tipo… você deveria pensar melhor Rayana e escolher direito. Eu, por exemplo, deveria ser escolhida.
– Me desculpe… Seu nome é Alana, não é? – ela assente – Eu não estou abrindo um concurso de talentos não, muito menos deixando em aberto essa discussão. Sem querer ser grossa minha querida, mas já sendo, mesmo que você tivesse uma voz linda, não superaria a dela – diz apontando para Lua – Sua Beleza? Eu tenho minhas dúvidas, claro que você é bonita, só que precisaríamos trabalhar mais em você, já nela nada precisa ser mudado. O que eu procurava eu já achei, tenho certeza que ela fará muito sucesso, além de sua beleza evidente ela tem beleza interior, muito difícil de encontrar, apesar de ter conhecido ela ontem, ela me parece uma pessoa extremamente educada e encantadora.

– Ou nunca – completa Arthur rindo descaradamente na cara dura.
– Ray, posso te chamar assim não é? – pergunta Mel.
– Claro. Todos vocês podem.
– Então ela não se ofendeu não, apenas a carapuça serviu. – diz debochada.
– Tudo bem, eu sei que é o sonho de muitas meninas se tornarem uma estrela famosa, milhões de meninas me procuram, mas infelizmente poucas têm o talento pra isso. Eu quando menos esperava achei – diz dando um sorriso para Lua.
– Tudo bem Rayana, eu aceito – Lua fala depois de toda a confusão.
– Oh será fantástico Lua, você não irá se arrepender.

Elas sorriem e continuam tomando seu café, esquecendo o clima tenso anterior.

Quando Rayana se prepara par ir embora, Lua sente alguém chutando sua canela e percebe que é o Chay, ele mexe os lábios, onde não sai som algum, Lua não entende tudo só a parte do convida e praia, mas logo entende.

– Rayana, não quer ir à praia conosco?
– Vocês vão agora? – pergunta animada.
– Sim.
– Então acho que vou, nós podemos conversar um pouco e tomar esse sol maravilhoso.
– Claro.

O sol estava razoavelmente forte, deixando a paisagem deslumbrante. A praia estava um pouco cheia, pessoas nas barracas conversando e bebendo.

O vento balançava as palmeiras do lugar, a areia branquinha dava boas vindas a quem é que quisesse apreciar a visão da imensidão azul do mar ou apenas se bronzear.

Todos chegaram à praia, Arthur que não era muito fã de sol, foi logo procurar um barraca onde pudesse se esconder.

Um garçom, que ficava indo de mesa em mesa na beira da praia, vieram acomodá-los.

Lua estava deslumbrada com a visão do marzão em sua frente. Sem dúvidas ela amou ao vivo e a cores, pelas fotos é tudo muito bonito, mas nada se comparava a estar no lugar de verdade.

– Lua? – chamou Arthur sentado ao seu lado.
– Hum? – virou para ele.
– Já passou protetor solar?
– Não.
– Então passa, do jeito que é branca vai ficar ardendo, o sol está forte. – disse preocupado.
– Tudo bem.

Ela levantou e tirou sua saída de praia, mostrando assim seu biquíni vermelho com bolinhas brancas, não muito pequeno.

Ela começou a passar o protetor, cada movimento sendo acompanhado por Arthur.

– Dai-me forças – pensa agoniado.

Ele desvia o olhar, procurando oxigênio e tentando não ficar excitado.

– Thur, passa nas minhas costas? – Lua pergunta
– Claro – diz rouco.

Ela se vira e ele começa a passar calmamente, apreciando sua pele macia.

Lua morde os lábios tentando ignorar o calor crescente que se apossa de sua pessoa, enquanto ele continua passando o protetor.

– Gostou do meu biquíni? – pergunta inocentemente, tentando aliviar a tensão que se formou.
– Qualquer coisa em você fica lindo docinho. – diz terminando de passar, ela se vira e sorri brilhante pra ele.

Seu olhar cai nos seio fartos, que mesmo com o biquíni razoavelmente grande, não consegue tampá-los totalmente. Lua percebe seu olhar e cora.

– Ok, pode me falar, você passou muitas vezes na fila da beleza não é? – brinca com os olhos ardendo de desejo.

Lua sorri e o abraça, uma péssima ideia, seus seios ficam comprimidos no peito másculo, apenas com o pano fino do biquíni impedindo totalmente o contato.

– Vamos entrar? – Lua pergunta ainda abraçada nele.
– Sim.

Ele se afasta e tira sua bermuda e camisa. Mostrando a Lua o corpo mais lindo que ela já viu. Sua sunga preta deixa em evidencia a potência que ali existe, suas coxas grossas e fortes moldando-a, seu peitoral definido, ombros largos e fortes, seu abdômen, onde qualquer mulher sonharia em ficar lavando roupa, dando até para contar os gominhos de seu tanquinho.

Lua engole em seco.

Arthur entrelaça sua mão na dela e vão em direção ao mar.

– Eles fazem um belo casal! – diz Rita radiante.
– Sem dúvidas querida acho que a única que vai conseguir suportá-lo. – ri Ricardo.

Lua coloca os pés na água e se afasta.

– Está gelada. – reclama.
– Larga de ser fresca, vem entra logo. – diz puxando-a.
– Thur, acho melhor entrarmos depois, melhor, você entra primeiro depois eu. – diz se esquivando

Ele assente e dá um mergulho, fica alguns minutos aproveitando a água e volta a superfície, parecendo um Deus emergindo, balança os cabelos e passa as mãos neles.

Lua apenas suspira apreciando a visão.

Ele vai até Lua.

– Vem – estende a mão.

Ela balança a cabeça negativamente e dá uns passos pra trás. Arthur ri pra ela.

– Acho que mais tarde.
– Nem pensar, eu entrei agora é você. – diz indo em sua direção.
– Mas nós podemos entrar depois – diz mordendo os lábios.

Ele vai em sua direção e a abraça, passando as gotas de água em seu corpo para o dela. Pega ela no colo e vai em direção a água novamente.

– Não – diz se mexendo em seu colo – Me larga, Thur.
– É melhor puxar bastante ar. – diz e mergulha com ela.

Volta rapidamente.

– Argh- diz batendo em seu peito.

Ele a larga na água.

–Vai me dizer que não esta boa? – diz se aproximando do seu rosto.
– Não – menti.
– Sua mentirosa. – diz e a beija, enroscando sua língua macia na dela.

Ela envolve seu pescoço e retribui.

– E agora? – diz Arthur entre beijos.
– Agora sim – responde rindo.

Eles ficam alguns longos minutos no mar e voltam abraçados para a barraca e se sentam.

– Luinha vamos comprar sorvete? – diz Chay que nem criança.
– Vai sozinho, oras – diz Arthur.

Chay olha para Lua suplicando-a com o olhar.

– Tudo bem, vamos.

Arthur olha pra ela e franze o cenho, ela sorri e o beija.

– Ciúmes do próprio irmão Arthur? – diz Chay gargalhando.
– Vai se fuder. – diz pegando a carteira.
– Pode deixar que eu compro. – diz Chay.
– Vai chover então – diz Mel.
– Fica quieta, mula. – ela apenas ri e mostra o dedo do meio pra ele.
– Toma, coloca – diz Arthur erguendo a saída de praia vermelha para Lua.
– Pode ser o short?
– Você trouxe?
– Sim – diz pegando na bolsa que trouxe, um short jeans curto.
– Preferia a saída de praia, mas isso tá bom. – diz emburrado.

Lua sorri e dá um beijo demorado em seus lábios.

– Larga Lua, vamos logo. – diz Chay puxando-a.

Eles seguem para a barraquinha mais a frente e Arthur observa.

Quando seu celular toca, ele vê o número e não atende. Vendo que é do FBI.

– Quem é em priminho? Já esta traindo sua Luinha? – pergunta Alana debochadamente.

Arthur não fala nada.

– Quem cala consente. – ri diabolicamente.

Ele vira pra ela, os olhos fechados em fenda e o maxilar travado.

– Alana. Não. Me. Irrita – diz pausadamente, ela apenas balança as mãos em sinal de rendição e ri.

O celular toca novamente e Arthur atende irritado.

– O que? – diz seco.
– Chefe, desculpe estar ligando na sua folga. Mas é que eu liguei para te lembrar que daqui a três dias, acontecerá uma festa que o senhor será premiado, poderá trazer quem o senhor desejar e quantas pessoas quiser. Como não o encontramos em casa resolvemos ligar, poderia avisar ao Bernardo, já que ele é seu parceiro? – diz o subordinado meio trêmulo do outro lado da linha.
– E eu tenho cara de mensageiro? Avisa você. – diz ficando de pé e se afastando da barraca.
– Desculpe, senhor. Mais uma coisa, só para lembrar que dois dias depois da festa o senhor treinará os novatos do exército.
– Olha aqui, eu sei muito bem que você só está fazendo a merda do seu trabalho. Mas eu sei muito bem dos meus compromissos e não preciso que ninguém fique me enchendo por causa disso. – diz grosso desligando o celular.

Apesar de ter falado que sabia de seus compromissos, ele havia esquecido completamente que teria que treinar jovens para o exército. Com essa história de Lua, tudo em sua mente foi bloqueado, e só o que importava e importa é ela.

Ele nunca se importou com o trabalho excessivo que realizava, gastando todo seu tempo e dia, mas agora era diferente, não poderia deixar Lua, não era a hora pra isso, não sabia se suportaria ficar sem ela… Dois meses inteiros, para treinar jovens com seus hormônios aflorados e extremamente inconsequentes e desastrados.

Ela acha estranho ele não a chamou de anã então era sério mesmo.

– Eu te conheço Arthur, pode falar comigo.

Arthur a encara e suspira derrotado.

Ele dá um suspiro longo e cansado, e volta para seu lugar na barraca. Passa as mãos várias vezes pelo cabelo e olha para o nada pensativo. Agradecendo ao Chay por ter levado Lua dali, sua cara não deveria ser das melhores.

Mel vendo o estado do irmão se aproxima, sentando do seu lado.

– O que foi irmão? – diz preocupada.
– Nada Mel.

Ela acha estranho ele não a chamou de anã então era sério mesmo.

– Eu te conheço Arthur, pode falar comigo.

Arthur a encara e suspira derrotado.

– Daqui a mais ou menos duas semanas terei que viajar ao Brasil para treinar novos soldados americanos que irão ajudar nas favelas de lá. – diz frustrado, bagunçando seus fios encobreados.
– Mas isso não é tudo de ruim. Você vai treinar novos guerreiros, vão salvar vidas. O que te preocupa? – diz tentando ajudá-la.
– Eu terei que ficar dois meses lá.
– Então é grave? – pergunta abismada.
– Nojento, cruel, horrível o que você quiser chamar. – diz tenso. – Mas não a outra forma, terei que ir de uma forma ou outra, só não sei como contar pra ela.
– Eu ficarei com ela. – diz tranquilizando-o

Compenetrados na conversa nem percebem que Alana ouviu tudo, tirando suas próprias conclusões e tentando tirar proveito da situação.

A risada estrondosa de Chay enche o ambiente, e logo chegam à barraca, após conversarem sobre Rayana e formas dele ‘pegá-la’ como ele mesmo diz.

– Thur, trouxe de morango pra você. – diz Lua sorridente estendendo o picolé a Arthur.
– Obrigada docinho. – dá um sorriso fraco.
– Você gosta de morango?
– Sim.
– O que aconteceu? – pergunta preocupada, percebendo seu semblante.
– Nada. – diz e sorri agora falsamente feliz, dando um selinho demorado em seus lábios, tentando distraí-la com sucesso.

Mentir é uma coisa natural pra ele, mas não para Lua, cedo ou tarde teria que contar pra ela, só não sabia quando ou como faria.

Continua...

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Vocês irão querer matar a Alana quando o Arthur viajar...
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