Milagres do Amor
Família
Pov Narrador
Depois
de terem almoçado um delicioso prato preparado por Arthur e muito elogiado por
Lua, eles foram fazer suas malas.
Lua
percebe que não faz a mínima ideia para que lugar iria ir e que roupa levar.
Ela vai para o quarto de Arthur que se encontra com a porta aberta e o chama.
–
Thur – Quando ela passa pela porta tem uma visão maravilhosa. Arthur está
curvado sobre uma gaveta, pegando algumas roupas, deixando sua bunda à mostra.
–
Meu Deus, pra que tanta bunda? Acho que esse homem não tem nenhum
defeito. – pensa. – Um dia eu ainda passo a mão nessa bunda gostosa! –
Quando ela percebe que seus pensamentos estão se tornando cada vez mais
pervertidos ela tenta os afastar de sua mente.
–
Lua? Arthur a chama pela terceira vez e começa a rir de sua careta.
–
Oi – se assusta.
–
Você me chamou – diz rindo, seu sorriso torto.
–
OH! Para de rir droga, eu preciso de ar! – pensa, tentando manter seu coração
calmo porque ele está ameaçando sair do peito pela boca afora.
Ela
vai em direção à janela, e respira fundo. Tudo acompanhado do olhar de Arthur
que não entende nada… Ou talvez entendesse, mas finge que não.
–
Tudo bem docinho?
Lua
olha pra ele que continua com o mesmo sorriso e olhar curioso.
–
Tudo – diz tímida e cora imediatamente.
–
Por que está corando?
–
Porque você é um filho da puta de um gostoso, oh me desculpe Rita, mas seu
filho é um pão, um pão não uma picanha, daquelas bem suculentas, que dá vontade
de comer sem parar e ainda lamber os beiços. Também com tanta carne que ele
possui… Para Lua que merda! – briga com seus próprios pensamentos.
–
Arthur para de me confundir, argh. – briga com ele.
–
Eu não estou fazendo nada – alarga mais o sorriso.
–
Para de sorrir.
–
Ok, desculpe – diz prendendo o riso e ficando sério.
–
Não sei o que é pior ele rindo e me deixando tonta, ou sério me deixando sem
ar. – pensa.
Arthur
percebe na hora que ela está meio desconcertada pelo seu sorriso, ele bem sabe
que causa esse efeito nas mulheres, e dá graças a Deus que com ela não é
diferente.
–
Então o que você queria?
Lua
senta-se na cama e olha para o tapete do seu quarto, que de repente esta mais
interessante que um certo homem, musculoso, viril, lindo ,maravilhoso em sua
frente.
–
Eu… Esqueci. Tudo culpa sua. – diz brava.
Arthur
não se segura mais e começa a rir da cara de brava de Lua.
–
Para – diz jogando uma meia, enrolada que estava em cima da cama. – Ah lembrei-
diz sorrindo – Pra onde nós vamos?
–
Santa Mônica.
Lua
abre a boca em um sorriso radiante, como uma criança que acabou de ganhar um
chocolate.
– Sério,
para praia?
Arthur
assente.
–
OMG, OMG! Isso vai ser muito bom.
–
Tem certeza que você não conhece a Mel? – ri, Lua dá de ombros, imersa em seus
pensamentos para retrucar. – Sim para a praia. Meus pais moram a poucos minutos
da praia.
A
expressão de Lua muda do nada.
– O
que foi? – pergunta Arthur
–
Eu não tenho biquíni – diz torcendo o nariz.
–
Não se preocupe, quando chegarmos lá minha irmã comprará com você. Você já foi
à praia?
–
Já fui a muitos lugares, viajando nos livros e em fotos – diz rindo.
–
Então você vai amar ver ao vivo e a cores.
–
Sem dúvidas, vou arrumar minha mala – diz saindo saltitante do quarto.
Arthur
continua rindo, mas volta arrumar sua mala. Quando acaba liga para Bernardo
informando o horário que eles sairão. Vai tomar seu banho, veste uma roupa
simples e tênis, arruma o cabelo, ou melhor, tenta arrumá-lo e desce com sua
mala esperando Lua.
Senta-se
no sofá e seus pensamentos voam, ele finalmente percebe que fez a escolha
certa. Ele parecia mais um frouxo fugindo dela. Agora ele se sente mais feliz
com Lua ao seu lado, mostrando coisas novas, lhe ensinando a gostar de coisas
que antes não se importava, ensinando-o a ser feliz.
Depois
de algum tempo esperando, e incrivelmente Arthur não reclamou ou tentou
apressá-la, ela surge na escada. Ele sobe e ajuda com a mala.
–
Está pronta? – pergunta.
–
Não sei, essa roupa está boa? O short não está muito curto? – Arthur a gira
olhando todos os ângulos. Olhando bem para suas pernas bem torneadas.
Ela
está usando uma blusa preta e um short rasgadinho e um pouco curto, seu sapato
um pouco alto e também preto e óculos de sol.
–
Olha… curto está, mas não muito. Você está linda – Lua cora e mastiga os
lábios.
–
Obrigada, mas não quer que eu troque? – diz receosa.
–
Não, está bom.
Arthur
respira tentando tirar os olhos de suas pernas, sua imaginação dá pulos,
pensando coisas inapropriadas.
–
Você também não está nada mal – diz rindo
–
Obrigada.
Eles
vão em direção à garagem. Quando Lua ao entrar quase tem um ataque cardíaco,
todo tipo de carro e motos ele tem ali, de marcas diferentes, cores, um mais
lindo que o outro.
–
Thur, você faz coleção de carros e motos?
–
Pode se dizer que sim. Como eu te disse, eu não tenho com o que gastar, ai eu
gasto em carros, coisa que realmente eu gosto.
–
Eles são lindos.
Ele
vai em direção à sua Mercedes prata, colocando as malas no porta malas.
Luke
entra na garagem alegre correndo que nem um louco.
– E
o Luke? – pergunta Lua.
–
Ele vai também. Dei folga para todos os empregados.
Nisso
a campainha toca e Arthur vai atender. Minutos depois volta acompanhado de
Bernardo e o apresenta a Lua.
–
Lua esse é o Bernardo. Bernardo essa é a Lua – eles trocam um aperto de mão.
–
Prazer Lua, é bom finalmente conhecer você.
Arthur
olha com cara feia para Bernardo que se encolhe, mas Lua deixa passar.
Luke
que até então estava se divertindo entre os carros de seu dono entra em disparado
dentro do carro, parecendo que já sabia que iria viajar.
– Eu
não vou atrás com esse cachorro não né? – pergunta Bernardo amedrontado.
–
Vai, por quê?
–
Arthur esse cachorro vai me morder. Ele vive rosnando pra mim.
–
Eu vou então Bernardo, pode ir na frente – diz Lua.
–
Jura? – Lua assente – Mas espera, ele não te morde?
–
Não, é manso que nem o dono. – Lua e Bernardo começam a gargalhar e Arthur
franze o cenho para Lua, mas no final apenas solta um risinho de lado.
Arthur
termina de arrumar as malas e entra no carro. Todos prontos eles seguem viajem.
Depois
de uma hora e meia na estrada ele param em um restaurante onde almoçam.
Bem,
Lua é obrigada a almoçar, depois de Arthur insistir muito. Após o almoço voltam
para a estrada, conversam bastante, Luke permanece quieto no banco recebendo
carinho de Lua.
Horas
na estrada eles finalmente chegam, Lua e Bernardo ficam abismados com a casa,
em cores pastéis com um jardim imenso e bonito.
Arthur
encosta o carro na rua e desce abrindo a porta para Lua que desce com Luke logo
atrás.
–
Aqui é lindo – diz Lua encantada.
–
Sim é. Vamos entrar? – pergunta Arthur.
Ela
assente, ele coloca a mão em suas costas a guiando para a casa, sendo
acompanhados por Bernardo. Contorna a piscina e bate na porta que é aberta pela
empregada, uma senhora de mais ou menos quarenta anos, baixa e redonda, cabelos
pretos e enrolados.
–
Senhor Aguiar. – Arthur coloca seu dedo indicador em sua própria boca, fazendo
sinal par ela ficar em silêncio, ele guia Lua até a entrada ampla da sala, onde
sua mãe, pai e duas primas estão sentadas no sofá.
Melanie
desce a escada quicando e vai falar com sua mãe.
–
Mãe, o Arthur não ligou não? – pergunta com o cenho franzido.
–
Não filha.
–
Mais que merda! – pragueja.
E
se vira dando de cara com Arthur, Lua e Bernardo.
–
OMG! – grita de susto. Todos olham em sua direção, estáticos e surpresos.
A
primeira a sair do transe é Alana, prima de Arthur. Com seus cabelos
extremamente pretos e longos, seus olhos também pretos, corpo bonito, porém não
muito definido. Ela possui uma queda por Arthur, que é claro já percebeu isso,
e a detesta, não só por isso, mas sim, por ela ser extremamente egoísta e
arrogante.
–
Thuzinho! – diz e sai correndo para abraçá-lo, mas é parada por duas mãos
grandes em seu ombro.
–
Pra você é Arthur sem variações – diz seco – Me diz o que você está fazendo
aqui?
–
Eu e a Alexia estamos morando com nossos tios. – diz mostrando sua irmã que
está sentada com um sorrisinho para Arthur.
Alexia
é uma pessoa boa, porém muito influenciada por sua irmã Alana, são gêmeas um
pouco idênticas e possuem dezessete anos. Os cabelos de Alexia são menores de
que o de Alana.
–
Que merda, vocês não tem casa não? – pergunta irritado.
Continua...
Se leu, comente! Não custa nada.
Milagres do Amor
Quando o sentimento domina a mente.
Pov Narrador
Arthur
se senta na poltrona do lado da janela, ficando de frente para seus pais.
–
Vamos lá, me contem o que está acontecendo.
Seus
pais se entreolham. Arthur vê a indecisão estampada em seus rostos.
–
Eu sei que está acontecendo algo e se vocês não me falarem, eu irei descobrir
sozinho de qualquer forma – diz seco e fuzilando-os com os olhos.
–
Filho, nós não queremos ser um problema. Eu vou resolver – diz Ricardo tenso.
–
Que merda. – explode.
Se
levantando rapidamente, seus pais dão um pulo de susto.
–
Eu odeio que escondam as coisas de mim. Eu quero saber e agora. – fala seco,
indo em direção a mesa, onde havia as bebidas ,onde prepara um uísque.
Ninguém
gosta de testar os limites ou ver Arthur Aguiar bravo, com seus pais não podia
ser diferente. Eles sabem muito bem como é o gênio de seu filho.
Sua
mãe resolve falar.
–
Bem, filho, seu pai não irá falar por vergonha, orgulho ou sei lá o que. Mas a
situação é que o hospital onde seu pai trabalha, dede que começou sua carreira,
foi vendido e os novos donos não querem ninguém, absolutamente nenhum antigo.
Seu pai foi transferido para Los Angeles e começará a trabalhar em três meses.
Porém ele parou de trabalhar a mais de um mês e não podemos continuar no luxo.
O dinheiro está acabando, e o que você nos manda dá somente para pagar os
empregados. Por isso estamos diminuindo as despesas, mudaremos em breve. – conclui
Rita.
–
Me escute pai, somente isso. Olha, eu iria levar Mel para passar algum tempo
com a Lua, ela estava muito sozinha lá em casa, coisa que ela detesta – diz
Arthur com um sorrisinho fraco de lado.
Rita
observa atenta o brilho diferente nos olhos de seu filho, quando tocou o nome
de Lua.
–
Então nós passaremos algum tempo aqui. E depois todos nós vamos pra minha casa.
Vocês sabem que lá é enorme, dá muito bem para todos morarmos lá.
– Filho
você vai ter que mudar sua rotina, sua vida por nós. Não, está absolutamente
fora de questão. – diz Ricardo firme.
–
Pai, minha rotina já foi alterada e eu não ligo pra isso. E outra, vocês não
queriam que eu ficasse perto, que nós voltássemos a conviver como antes? – seus
pais assentem – Então? É uma bela oportunidade.
Ricardo
suspira e decide aceitar, de qualquer forma seu filho ia fazê-los mudar de
ideia mesmo.
–
Tudo bem, mas se nós atrapalharmos pode dizer e quando eu começar a trabalhar
eu irei te ajudar.
–
Certo. Vocês não vão atrapalhar. Eu sei que você não queria aceitar por causa
do dinheiro, mas pai eu não gasto nem a metade da fortuna que ganho todo mês. E
o que eu tenho no banco da pra sustentar o país – ri sem humor.
Após
da conversa, eles começam a conversar sobre outras coisas animadamente. Arthur,
porém, não para de olhar um minuto se quer, para seu luxuoso e caro relógio de
pulso.
–
Filho, preocupado com algo? – pergunta Rita percebendo sua inquietude.
–
Eles estão demorando muito para voltarem.
–
Ela é muito especial pra você não é filho? – pergunta Ricardo curioso.
–
Lua? – eles assentem.
Arthur
hesita, mas acaba contando a verdade.
–
Muito.
Seus
pais se olham e sorriem. Finalmente seu amado filho está se deixando cair na
rede do amor.
Rita
se levanta e abraça o filho, apesar da surpresa Arthur retribui.
– É
bom ver você assim.
– Assim
como? – arqueia uma sobrancelha.
– Ah
filho, você mudou está completamente diferente. Só o amor é capaz de fazer essa
mudança drástica. – reponde Ricardo, com um sorriso bobo brincando em seus
lábios.
Não
tem sentido mentir ou tentar contornar o que seus pais dizem. Ele sabe que é a
mais pura verdade.
Ricardo
o abraça apertado.
–
Obrigado por tudo filho. Você ainda vai ser muito feliz pode apostar.
No
shopping, Mel arrasta Lua para todo lado comparando tudo que via pela frente.
Aproveitando o bom humor de seu irmão, o que era raro. Chay e Bernardo servem
de burro de carga para as garotas.
No
final eles ficaram a tarde inteira perambulando no shopping. Quando chegam a
casa encontram um Arthur espumando de raiva.
–
Que merda Melanie. Era para comprar algumas coisas e olha a hora. Já ia atrás
de vocês – diz indignado.
–
Maninho não seja exagerado. – diz Mel saltitante com um sorriso de orelha a
orelha.
–
Exagero? – diz franzindo o cenho.
–
Nos desculpe Thur, nós nos empolgamos. Comprei o celular – diz mostrando o
aparelho a ele.
– Tudo
bem, Comprou tudo que queria docinho? – pergunta enquanto da um beijo em sua
testa. Ela assente.
Todos
na sala ainda espantavam com a naturalidade de Arthur com Lua. Afinal ele nunca
foi de trazer mulher alguma para dentro de casa, muito menos mostrar todo afeto
e carinho tão espontaneamente assim.
–
Então família. Vamos ao luau aqui próximo de casa? – diz Mel animadamente.
–
Nem pensar só tem gente puxa saco nesse lugar. – diz Arthur fazendo cara feia e
indo se sentar no sofá.
–
Ah Arthur, todo lugar que você vai é assim. Chama atenção ou por causa do
trabalho ou por sua beleza. Não é Luinha? – diz lançando um sorriso para Lua,
que cora e assente.
–
Então vamos?
Mel
olha sugestivamente para Lua que mexe no celular. Ela dá um tapa no aparelho
que quase cai, fazendo assim que Lua olhe pra ela. Lançando um olhar pidão.
Lerda
como é, Lua não entende nada, Mel então mexe os lábios, sem emitir som algum e
diz:
–
Fala com ele. – Lua assente.
–
Thur, você me prometeu que me levaria à praia.
–
Eu sei docinho, mas… – ela o interrompe.
–
Já adiamos uma vez e um luau deve ser divertido – pede com um sorriso.
No
outro lado da sala Chay e Bernardo, que se deram muito bem por sinal, fazem uma
aposta, se ele irá ou não. Na qual Bernardo leva a melhor.
Arthur
observa Lua em pé esperando sua resposta e todos olhando para ele.
–
Lua…
–
Tá bom, se não quiser ir não vamos. – diz fazendo bico.
–
Ok, vamos nesse troço. – Lua da um sorriso pra ele que retribui.
–
Aêeeeee – Mel pula em seu lugar e sai puxando Lua escada a cima, para seu
quarto, mas antes grita para todos irem se arrumar que sairiam logo.
Depois
de uma hora esperando Lua e Mel, as únicas que faltavam, Arthur que não tem o
dom da paciência, se altera e grita da escada.
–
Mel se você não descer com a Lua nesse momento, eu não vou à porra de lugar
nenhum.
–
Arthur, olha a boca – repreende Rita, ele apenas da de ombros.
Mel
aparece no começo da escada, com um vestido apertado e florido com sandálias
leves, seu cabelo como sempre espetado.
Bernardo
levanta com a boca aberta e vai em direção à escada.
–
Está muito encantadora Melanie. – ela cora e agradece.
Arthur
do lado de Bernardo não gosta nada do olhar trocado entre os dois.
–
Trate de fechar essa boca Bernardo, se ficar com gracinhas com minha irmã eu
atiro em suas bolas. – diz firme, Bernardo arregala os olhos.
–
Arthur! Para com isso deixa o rapaz. – ralha sua mãe.
–
Maninho, pare já com esse seu mau humor que já estamos descendo e Lua está
linda, devo dizer. – diz lançando um sorriso zombeteiro em sua direção.
–
Melanie, o mau humor é por você ter raptado a formiguinha o dia inteiro – ri
Chay que é acompanhado por todos, que tentam esconder o riso.
Arthur
por sua vez, coloca um sorriso falso no rosto e vira para Chay.
–
Muito engraçado Chay, se continuar a falar besteiras eu vou marcar esse seu
rostinho. Com um belo soco.
–
Desculpa, fechei minha boca – faz um gesto com os dedos como se tivesse zipando
sua boca.
Arthur
se vira para reclamar mais uma vez com Melanie, quando dá de cara com Lua.
Em
um vestido branco e rosa tomara que caia, que vai um pouco abaixo das coxas, um
cintinho marcando bem sua cintura, seus cabelos presos em um rabo de cavalo
firme, com uma flor rosa do lado oposto a sua franja.
Calçava
uma sandália delicada branca sem salto. Ela olha corando para Arthur que
continua em choque pela luz e delicadeza que emanava dela.
Bernardo
se aproxima e lhe sussurra:
–
Fecha a boca Arthur. – ri Bernardo.
Arthur
percebe que estava com cara de bobo e se recompõe.
Mel
e Lua descem. Arthur estende a mão a Lua que aceita de bom grado.
–
Está linda docinho. Como a mais perfeita flor de um jardim.
–
Obrigada – diz corando fortemente.
Alana
e Alexia observam a cena romântica, que se desenrola, nada satisfeitas.
–
Vocês estão lindas e tudo. Mas vamos logo, que estou sentindo que é hoje, é
hoje que eu afogo o ganso – Diz rindo.
–
Chay Suede Aguiar, olha o palavreado – diz sua mãe lhe dando um beliscão no
braço.
–
Ai mãe.
Todos
riem, até Alana e Alexia, que já estavam na porta prontas para sair. Eles andam
uns dez minutos e chegam ao luau. Bem decorado com cores vibrantes e
chamativas, muito bebida, tinha um palco no centro, cadeiras e mesas
espalhadas.
Muitas
pessoas pararam o que estavam fazendo e olharam, o ilustríssimo Aguiar
chegando. Arthur, porém, só revira os olhos.
Procura
uma mesa, puxa a cadeira de Lua, depois senta ao seu lado. Cada um se arruma em
seu lugar e logo lhe servem bebidas. Lua assim que chega percebe os olhares e
as viradas de cabeça, direcionado a Arthur, pelas mulheres que ali se divertiam
e bebiam. Ela estava sentindo uma coisa estranha, que descobriu logo de cara,
sendo ciúmes.
Fazendo
assim que ficasse com uma cara não muito agradável.
–
Está tudo bem? – pergunta Arthur visivelmente preocupado com a mudança repentina
dela. Lua apenas assente e começa em uma conversa animada com Rita e Mel.
–
Bom, alguém sabe fazer uma coisa muito boa, para nos mostrar? Alguém se
habilita?
Arthur
pensa e ali do seu lado tem uma pessoa com voz e coração de anjo.
–
Por que não indicá-la? –pensa.
Conhecendo
ela como ele já conhecia, sabia muito bem que ela não iria por vontade própria
então daria uma forcinha.
Levantou-se
e falou:
–
Eu tenho uma indicação – todos, na mesma hora se viram em sua direção,
curiosos.
–
Senhor Aguiar traga-o até aqui.
Lua
que até então permanecia em seu lugar, quieta prestando atenção no apresentador
e tomando seu suco de laranja, não entende nada, mas estava se roendo de
curiosidade, como os outros, para saber quem é.
Foi
quando o olhar de Arthur cai sobre ela, e da o seu sorriso torto, o que faz com
que Lua perca o fôlego e o recupera novamente.
–
Dia de sorte docinho – diz ainda sorridente.
Foi
ai que ela o entendeu, ela era a indicação.
–
Não e não.
–
Sim e sim.
Arthur
a pega pela mão, praticamente a arrastando entre as pessoas, até chegar em uma
pequena escada que subia para o palco.
Vendo
seu pavor e sua histeria, tenta acalmá-la.
–
Você vai se sair muito bem!
–
Não vou! – diz firme.
Seus
olhos já começam a formar pequenos lagos. Arthur segura seu queixo e diz:
– Olha
eu já te vi cantando. Tenho certeza que todos vão gostar. Você precisa de uma
chance para mostrar do que é capaz. Você é muito boa cantando, eu confio em
você. – ele tenta ser o mais sincero possível, se sai bem apesar de não ter experiência
nenhuma em incentivar alguém a fazer algo.
Suas
palavras deram forças a Lua.
–
Jura? – pergunta mastigando os lábios e levemente corada.
–
Sem dúvidas. – os olhos incrivelmente verdes de Arthur, passam toda segurança e
confiança a Lua, apenas pelo seu brilho e sinceridade ali estampados.
Lua
se acalma respira fundo e sobe no palco. Os organizadores a ajudaram no que era
preciso, dando um violão, colocando um banco, onde ela se sentou, no centro do
palco.
–
Bem pessoa, aqui está nossa indicada de ouro, Lua. – diz o organizador.
Todos
estavam ansiosos para ouvi-la. Lua por sua vez estava mais nervosa que nunca,
querendo se enfiar em algum buraco, olhou para Arthur que continuava perto da
escada.
Ele
apenas balançou a cabeça a incentivando a ir em frente, ela respira fundo e
lembra de suas palavras.
–
Eu confio em você.
Ela
não queria desapontá-lo, tirou forças de seu interior e começou a tocar.
Os
primeiros acordes do violão, era tudo que se ouvia, todos permaneceram em
silêncio. Ela fechou os olhos, guardou seu acanhamento em algum lugar de sua
mente, ali ela virou outra Lua, sem pudores, sem cautela, satisfeita, feliz e
livre. Começou a cantar.
(Pés cansados)
Fiz mais do que posso
Vi mais do que aguento
E a areia dos meus olhos é a mesma
Que acolheu minhas pegadas
Sua voz calma e bonita ecoou por todos os cantos,
juntamente com a melodia calma, trazendo paz e tranquilidade.
Depois de tanto caminhar
Depois de quase desistir
Os mesmos pés cansados voltam pra você.
Pra você.
Em
determinado momento ela abriu os olhos, olhou para Arthur e cantou o verso,
olhando diretamente para os castanhos olhos brilhantes lindos de Arthur, que
brilhavam sem parar em sua direção. Um sinal claro que ela estava ali por ele.
Eu lutei contra tudo
Eu fugi do que não era seguro
Descobri que é impossível viver só
Mas num mundo sem verdade.
Depois de tanto caminhar
Depois de quase desistir
Os mesmos pés cansados voltam pra você.
Pra você.
Sem medo de te pertencer.
Voltam pra você.
Depois de tanto caminhar
Depois de quase desistir
Os mesmos pés cansados voltam pra você.
Pra você.
Meus pés cansados de lutar
Meus pés cansados de fugir
Os mesmos pés cansados voltam pra você.
Pra você.
As
pessoas inicialmente não deram nada por Lua, após sua voz ser lançada em
direção de cada um, como uma breve carícia, todos caíram do cavalo.
A
música jamais escutada antes, mexeu com todos, cada um se identificou com a
letra, que fluía graciosamente dos lábios de Lua, como se ela fosse uma sereia
enfeitiçando a todos, com sua voz melodiosa, suave e bonita.
Quando
o último verso foi cantado, após um breve minuto de choque ou talvez inveja por
partes de alguns, sua plateia explodiu em palmas, estrondosas e vibrantes.
Lua
agradeceu e sai do palco emocionada, onde foi recebida por um glorioso sorriso
presunçoso de Arthur.
–
Eu sempre tenho razão – diz arrogante, mas com um ar brincalhão.
Lua
ri e o abraça, sentindo o delicioso perfume, másculo, viril e verdadeiramente
sexy, que emanava de sua camisa.
Eles
voltam para a mesa, com todas as atenções em sua direção, a timidez voltou, seu
rosto atinge altos tons de vermelho.
–
Caraca formiguinha você canta muito. Você sabe que eu sou sincero, eu pensei
que perderia minha audição ao te ouvir cantar, mas foi foda. Quem sabe eu não
vire seu segurança particular, quando estiver famosa. – Chay fala empolgado, o
mesmo tom foi seguido por todos da mesa. Espantados com tamanha intensidade que
ela colocou na música.
Lua,
só agradecia e corava mordendo os lábios.
–
Olá – uma voz veio atrás de Lua, uma loira escultura com um vestido curto e
preto – Sou Rayana Carvalho. – cumprimento a todos educadamente e se virou a Lua.
– Lua, há tempos eu venho esperando e procurado um talento como o seu. – Lua a
olha confusa. – Eu sou de LA, sou dona da empresa Hale, que já mostrou ao mundo
milhões de famosos. Vim até aqui pessoalmente, pois me disseram que vinha muita
gente boa neste luau, eu estava à procura de uma pessoa com a sua voz.
–
Minha voz?
–
Sim, minha queria. Pode se levantar, por favor? – Lua se levanta confusa e
Rayana a observa.
–
Perfeita, seu corpo é espetacular, seu cabelo divinos, seu rosto muito bonito.
Enfim eu vejo um sucesso aqui.
– O
mesmo eu digo de você. Espetacular, divina, linda Rayana. – Chay a interrompe
cortejando-a.
Ela
olha pra ele e da um sorriso.
–
Obrigada.
Eles
se encaram, e um desejo cresce ali. Lua pigarra e diz:
–
Me perdoe, mas acho que estar enganada eu não me encaixo nisso.
– O
que? – Mel quase solta um grito, dando um pulo na cadeira – Prazer em te
conhecer Rayana, a melhor produtora que temos na América. Sou Melanie Aguiar,
amiga e – ela chega mais perto de seu ouvido e lhe sussurra – Em breve cunhada
de Lua.
–
Oh sim – elas trocam um aperto de mão.
Rayana
olha para Arthur e logo percebe o que ela está falando. Percebeu o carinho do
Aguiar com Lua ao sair do palco.
–
Então Lua, o que me diz?
–
Eu não sei – diz e olha para Arthur.
–
Senhorita…
–
Rayana.
–
Isso. Ela ira pensar e depois te dar a resposta, ok? – responde Arthur por ela.
–
Sem pressa, aqui esta o meu cartão – entrega-o a Lua – Nós podemos nós
encontrar?
–
Claro. – Lua responde.
–
Vocês moram aqui?
Arthur
vendo a dúvida de Lua responde ele mesmo.
–
Não, em poucos dias todos nós iremos para LA.
–
Isso é perfeito. Se sua resposta for sim, será muito mais fácil lançá-la ao
mundo da música, porque você não precisa de nenhuma mudança.
–
Obrigada. – lhe da um sorriso tímido.
Rayana
acaba sendo convidada a se sentar por Chay. Todos se conhecem melhor.
Chay
cada vez mais joga charme e indiretas para Rayana, que adora.
Mel
e Bernardo estavam ficando mais próximos.
Tânia
chega a Arthur lhe dando um beijo molhado em seu pescoço. Lua vira a cabeça e
vê a cena, seu coração se incha de dor e ciúmes ao mesmo tempo.
Arthur
dá um suspiro irritado e nem vira para saber quem acaba de fazer tal proeza.
Pois conhece de longe, esse cheiro doce de mais que só Tânia tem.
Ele
pega um guardanapo e limpa onde ela o beijou.
–
Por acaso eu tenho cara de babador pra você ficar me babando? – se vira irritado.
–
Meu Arthur, eu também estava com saudades. – diz, não ligando para a patada que
levou e se aproxima de Arthur para beijá-lo.
Lua
não acredita no que seus olhos estão lhe mostrando, respira fundo e continua
olhando a cena. Era o que queria fazer a muito tempo, mas por falta de coragem
não fez. Se arrepende e se pudesse voltar atrás naquela noite em que quase se
beijaram pela primeira vez, onde Luke atrapalhou, não teria se afastado como a
covarde que era. Talvez Arthur estaria em seu braços tocando seus lábios, e não
o da vaca loira que cada vez se aproxima mais da boca do homem que deveria ser
dela.
O
choro começa a querer sair e Lua o faz descer novamente.
Tânia
passa a mão na boca e desce até o decote, que dava para ver sua alma, tentando
ser sensual, porém acaba sendo vulgar.
–
Meu Arthur é o cacete. Quando eu estiver com vontade de te beijar, me interna,
pois eu fiquei definitivamente louco. – diz irritado.
Chay
cai na gargalhada e leva uma cotovelada de Rayana.
–
Tânia não estraga minha noite!
–
Por acaso você está namorando alguém? – diz com sua voz irritante.
Arthur
olha para Lua que abaixa o olhar com um semblante triste. Ele não entende o
porquê, mas responde.
Ele
se sente mal, mas o que poderia dizer? Ele nem beijou ou teve algo a mais com
Lua, não tinha outra alternativa.
Ele
olha pra ela, ao seu lado, onde percebe uma única lágrima brilhante escorrer
pelo seu rosto. Lágrima da qual Lua não conseguiu segurar.
Graças
à burrice dos homens em relação às mulheres, Arthur se pergunta o que está
causando isso. Ele se prepara para consolá-la e perguntar o que ouve, quando
uma a voz irritante de Tânia o interrompe.
–
Então, eu estava louca para repetir o que fizemos há anos atrás e tenho certeza
que será bem melhor. – Diz sem se importar com a família de Arthur que escutava
tudo.
–
Tânia eu não quero ser grosso com você. Então vai embora. – diz entre dentes.
–
Eu não me importo com sua grosseria, eu até gosto. Você foi o melhor que eu
tive.
–
Eu te avisei – ele se levanta e abaixa os olhos em sua direção – Você foi sem dúvidas
a pior foda que eu já tive. Não chegou nem na segunda, não venha me dizer que
está melhor agora. Você é tão ruim de cama que nada faria você melhorar.
–
Nossa, você que é gostoso mesmo e só você nos deixa assim acesas. E ai topa? –
diz Victória maliciosa.
Lua
continua segurando o choro e percebe que Arthur não disse não, sente sua
garganta se fechar e a esperança de ser feliz, escorrendo entre seus dedos.
Rita
e Mel percebem que Arthur permanece calado, as duas ao mesmo tempo lhe chutam a
canela. Arthur se assusta e olha com cara feia para as duas, que balançam a
cabeça em direção a Lua.
Ele
olha e vê em seus olhos dor se mesclando com sofrimento, ele para de encará-la
e percebe a besteira que está fazendo.
Lua
se aproveita da confusão e sai em direção ao calçadão.
Por
um momento Arthur olha para onde Lua deveria esta sentada e não a encontra,
procura em volta e não a vê.
–
Ela foi pra lá – sua mãe aponta para o calçadão e sem pensar duas vezes, ele
corre até lá.
A
vê um pouco distante, mas a alcança e a puxa pelo braço.
–
Ei, o que ouve?
–
Nada. – mente.
–
Lua, não tive culpa, merda – ele passa as mãos nervosamente pelos cabelos, ele
não tem a mínima ideia do que falar.
–
Um de nós terá que admitir Arthur. Não posso mais continuar vivendo assim, se
você não der esse passo, sabe que eu não conseguirei. Sou fraca, covarde de
mais para tal. Tudo que eu passei eu tento esquecer, só com você fui capaz de
direcionar minha mente para outro lugar. Porém quando fico sozinha, eles voltam
sem dó nem aviso. Eu não quero sofrer mais, a dor do amor é pior que existe,
isso já foi longe demais. – conclui, Arthur olha surpreso par ela.
Lua
se vira e continua andando.
–
Lua… – Arthur sai do transe e a segura novamente.
–
Eu preciso ficar sozinha. – diz sem se virar, retirando a mão dele de seu
braço.
Ele
para e observa se afastar, mas começa a caminhar em sua direção, uma mão no seu
ombro o impede.
–
Dê um tempo a ela. Ela precisar colocar tudo pra fora o que segurou por tanto
tempo essa noite. – sua mãe o aconselha.
–
Mãe eu preciso…
–
Não agora – o interrompe – Algumas mulheres são assim. Precisam chorar tudo que
tem pra chorar, para a dor se dissipar pelo menos um pouco. Se você for atrás
dele agora, vai ouvir o que não quer, e o que ela não quer dizer. Acabarão se
magoando.
Arthur
vê a razão nas palavras de sua mãe e dá um suspiro cansado.
–
Que droga mãe, eu não fiz nada para ver tanta dor e mágoa em seus olhos. – se
desespera passando a mão nos cabelos.
–
Não, não fez. É ai que está, você simplesmente não fez nada. Eu não sei o que
aconteceu com ela no passado, mas ela é o tipo de pessoa que sofre em silêncio.
Mostra-se forte, porém precisa de um apoio e você deu esse apoio. Você é o
alicerce dela.
–
Eu não sei o que fazer.
Arthur
se joga em seus braços, como nunca fez desde seus nove anos, percebe como
sentiu falta desse abraço caloroso e esse cheiro maternal.
O
coração de Rita se incha de emoção, por sentir novamente aquele abraço, de
estar tentando protegê-lo apesar de ser um homenzarrão enorme, se sente mãe
dele como jamais sentiu.
Eles
ficam abraçados por um longo tempo até que Rita quebra o abraço.
–
Me desculpe, seu eu pudesse ficaria com você para sempre em meus braços,
tentando protegê-lo. Mas você tem que ir vê-la. – ele assente, ela conclui –
Ela merece todo o amor que você puder dar. Como eu queria ser capaz de dizer o
que o futuro reserva ou como viver, mas como não posso.
Eu
apenas digo, para seguir seu coração, ele sempre te levará ao caminho certo.
–
Obrigada mãe. – ele se baixa e lhe dá um beijo na testa.
–
Vá, meu querido.
Ele
se vira e vai em direção a casa que viveu por longos anos. Determinado a mudar
sua vida.
Continua...
Se leu, comente! Não custa nada.
Próximo capitulo tem o primeiro
beijo, e olha... Valeu apena a espera. Garanto!
Até o próximo capitulo. Com 10 comentários,
posto o próximo.
Coitada da Luh, o Arthur tbm né Affs, mas continua ta perfeita sua web
ResponderExcluirAss: Rayssa ❤❤❤❤❤
Ahh queroo mais.. Vem primeiro beijo super ansiosa
ResponderExcluirMt lindo!
ResponderExcluirAi que lindos, posta maiss
ResponderExcluirMaaaais :)
ResponderExcluirPosta mais pf
ResponderExcluirQue raiva dessa Vitória estragou todo o clima de luar
ResponderExcluirQue raiva dessa Vitória estragou todo o clima de luar
ResponderExcluirQue raiva dessa Vitória estragou todo o clima de luar
ResponderExcluirMaiiiiiiiiiiis ♡
ResponderExcluirAwwn tadinha da Lua, posta maaiisss
ResponderExcluirBy: Naat'
Ai ansiosa por mais :)
ResponderExcluirPostaa maiss
ResponderExcluirMuito bom
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