Milagres do Amor
A Música
Pov
Narrador
Arthur passou a
noite toda acordado preocupado com Lua. Qualquer movimento na cama ele acordava
e media sua temperatura, da qual não subiu mais depois do remédio.
O sol estava
nascendo quando ele se levantou, fez sua higiene, tomou banho, desceu deu comida
ao Luke e foi fazer o café. Quando estava quase tudo pronto ele escuta o
telefone tocando.
– Alô – atende
– Arthur!
– Sim –
reconhece na hora o dono daquela voz, Bernardo.
– Sou eu,
Bernardo – diz tímido.
– Sim, pode
falar.
– Eu liguei pra
saber se você já se recuperou? – ri.
– Ah, eu estou
bem… Ham, valeu por me trazer em casa e por me ouvir, ok?
– Que nada
cara. Você já resolveu as coisas com ela?
– Mais ou
menos, tudo tem que ser feito com calma
– Tem razão. Eu
já sei como pode me agradecer pela ajuda.
– Pode falar. –
diz Arthur curioso.
– Como semana
que vem estamos de folga, que tal viajarmos?
Arthur pensa e
resolve chamá-lo para ir à casa de seus pais, afinal ele foi um bom ouvinte.
– Eu vou para
casa dos meus pais, hoje ou amanhã. É em, Santa Mônica, se você quiser ir.
– Jura? Eu vou
adorar. Cansei de ficar sozinho nesse apartamento. Quando você vai? – pergunta
radiante.
– Eu não sei.
Lua estava com febre ontem se ela acordar melhor iremos hoje. Eu te ligo.
– Tudo bem,
fico esperando. E melhoras pra ela. – Arthur desliga e vai para a cozinha
preparar uma bandeja de café da manhã para levar para Lua. Ele sobe e coloca a
bandeja na mesa da sacada. Pega um livro e se senta esperando ela acordar.
Lua após alguns
minutos acorda procurando por Arthur, como não o encontra no quarto, acha que
ele tinha ido trabalhar. Levanta da cama indo em direção ao banheiro quando
tropeça nos próprios pés, só estava esperando o choque com o chão que não veio,
e sim mãos fortes e grandes segurando sua cintura, lhe enviando choques pelo
corpo todo.
Lua olha pra
cima e seu olhar encontra com o de Arthur, que a encara segurando um riso pela
sua falta de equilíbrio.
– Bom dia pra
você também. – ri a levantando.
– Ah, para de
rir da minha cara – fica vermelha e afunda a cabeça no peitoral de Arthur,
absorvendo todo seu cheiro másculo e viril.
– Posso dizer
que conheço bastante de você agora.
– É mesmo? Tipo
o que? Não vale só os defeitos – brinca com a voz abafada pelo peito de Arthur.
– Hum… Você
quando está doente fica muito manhosa, é extremamente teimosa, atrai o perigo,
me deixa ver mais o que – finge pensar, mas volta logo a falar – cai atoa, você
é encantadora, quando acorda fica com uma cara tão linda. – ri.
– Ah para, está
me deixando com vergonha. – bate de leve em seu peito e vai para o banheiro.
– Lua, eu adoro
ver você corando – gargalha, e vai atrás dela.
Senta-se na
bancada da pia, onde Lua planeja escovar os dentes. De início ela não se
importa com ele ali. Mas quando olha para ele e o pega rindo dela, fica mais
vermelha ainda.
– Para – diz
coma boca cheia de espuma da pasta de dente.
– Nem pensar,
essa visão está tão fofa. – Ele ri e aperta suas próprias bochechas fazendo um
biquinho irritando Lua.
– Sai Arthur –
diz o empurrando para fora do banheiro.
Quando ela acha
que está sozinha e volta a escovar os dentes, Arthur aparece na porta e diz:
– Eu continuo
vendo.
Lua joga o
creme de barbear nele que desvia rindo e vai para a sacada.
Lua acaba de
fazer sua higiene irritadíssima com Arthur, sai do banheiro o procurando
achando-o na sacada.
– Olha aqui
senhor Aguiar, eu… - sua frase se perde no meio, indo embora com o vento junto
com sua raiva.
Na sua frente
Arthur está sentado na mesa redonda, com pães, bolos, frutas, geleias,
biscoitos, sucos, tudo para um luxuoso café da manhã, enfeitado com uma rosa
vermelha no centro.
– Tudo seu –
diz Arthur com expectativa.
– Ai meu Deus! –
Lua diz com lágrimas nos olhos, Arthur levanta surpreso com sua reação.
– O quê foi?
Não gostou?
– Não… Não é
isso é que… Ninguém nunca fez isso por mim, obrigada – diz o ficando na ponta
dos pés o agarrando pelo pescoço, se afundando ali.
– Docinho,
agora você vai ter que se acostumar. – ela o olha com os olhos brilhando e
sorri.
– Eu não sei
como te agradecer por tudo que você tem feito por mim. – Arthur limpa sua lágrimas
com cuidado e carinho.
– Eu sei como –
diz rindo.
– Sabe?
– Sim, que tal
você tocar para mim?
– Eu não sei,
talvez você não goste – diz negativamente.
– Claro que
vou. Agora se sente e aprecie minha obra prima – diz apontando para a comida –
Agora eu que vou cuidar da sua alimentação quero ver você não querer comer.
Lua mostra a
língua pra ele que ri.
– Você quem fez
isso tudo? – pergunta abismada.
– Sim. Vamos lá
está bom. Eu quero te levar logo para a sala do piano.
– Você tem
piano?
– Sim. Você não
andou pela casa?
Ela nega.
– Por que não?
– Porque o dono
da casa não estava. – diz simplesmente enquanto come um pedaço de bolo de
chocolate com suco. – Isto está muito bom.
– Obrigado.
– Bem que você
poderia me ensinar a cozinhar em? – olha sugestivamente pra ele.
– O quê? Ah
dona Lua… vai falar que você nessa idade não sabe cozinhar?
– Não. – responde
fazendo bico.
– Ah coisa
fofa, fica assim não, eu ensino você.
– Mesmo? E para
de me irritar
– Sim. Mas você
irritada é tão fofa. – ri da cara dela.
– Oh, seu cara
de pau – diz procurando algo para jogar nele.
– Não foi dessa
vez docinho. Vamos coma logo que eu quero ouvi-la tocar.
– Não sei se
você merece mais.
– Olha só que
mal agradecida você é. Eu cuidei de você a noite inteira e ainda fiz um
maravilhoso café e não mereço? – diz fingindo-se de ofendido.
– Pensando por
este lado… E obrigada por cuidar de mim – diz corando.
– Sempre às
ordens. Se sente bem?
– Sim,
maravilhosamente bem. Você até serve para ser médico sabia?
– Não sirvo
não, deixo essa tarefa para meu pai.
– Ele é médico?
– Sim, eu
cuidei de você tão bem, porque liguei pra ele.
– Me conta mais
sobre sua família? – pergunta curiosa.
– Minha mãe,
Rita é decoradora. Ela quem decorou toda a casa.
– Realmente ela
sabe o que faz, ficou linda sua casa.
– Eu também
gostei. Meu irmão Chay é mecânico e Mel estuda moda.
– Que legal. Eu
também pensava em estudar moda – diz com um sorriso.
– Se você quiser
eu… - Lua o interrompe.
– Nem termina
essa frase. Você não tem obrigação nenhuma de fazer essas coisas por mim. O
dinheiro é seu e você tem que gastar com você, não comigo.
– Lua, não vem
com esse papo não, ok? Eu não ligo de gastar, eu tenho tanto.
– Mesmo assim
não deveria.
– Deveria sim e
vou continuar. – diz seco
– Thur…
– Psiu, acabou
o assunto. Gostou do café? – muda de assunto.
– Amei,
obrigada.
– Agora minha
recompensa.
Ele se levanta
e a pega pela mão, levando-a até o andar de baixo, onde está um lindo piano de
cauda preto.
Lua fica
encantada com o piano, e se senta.
– Tem certeza?
Você pode ficar com dor de ouvido. – diz amedrontada, mastigando seus lábios.
– Anda Lua – a
incentiva.
– Ok. Eu
compus.
Então ela
começa a tocar e cantar: Link da música.
Eu quase
posso ver
Esse
sonho que estou sonhando.
Mas há
uma voz dentro da minha cabeça dizendo que eu nunca irei alcançá-lo.
Cada passo
que estou dando
Cada
movimento que eu faço
Parece
perdido sem nenhuma direção
Minha fé
está abalada
Mas eu, eu
tenho que continuar tentando.
Tenho que
manter minha cabeça erguida.
Sempre
haverá uma outra montanha
Eu sempre
vou querer movê-la
Sempre
vai ser uma batalha difícil
Às vezes
eu vou ter que perder
Não é sobre
o quão rápido chegarei lá
Não é
sobre o que está me esperando do outro lado
É a
escalada.
As lutas
que estou enfrentando
As
oportunidades que estou tendo
Às vezes
podem me jogar no chão
Mas não,
eu não estou rompendo
Eu posso
até não saber
Mas este
são os momentos que eu vou lembrar mais e
Só tenho
que continuar
E eu, eu
tenho que ser forte
Apenas
continuar empurrando
Sempre
haverá uma outra montanha
Eu sempre
vou querer movê-la
Sempre
vai ser uma batalha difícil
Às vezes
eu vou ter que perder
Não é sobre
o quão rápido chegarei lá
Não é
sobre o que está me esperando do outro lado
É a
escalada.
Continue
em movimento
Continue
correndo
Mantenha
a fé
Querido
É tudo
sobre
É tudo
sobre a escalada
Mantenha
a fé
Mantenha
a sua fé
Ela cantava com
a alma, a melodia suave se mesclando com sua voz doce, enchendo todo o ambiente
de paz e tranquilidade. Quando ela cantava não existia nenhum requisito de
timidez e sim uma alegria e amor em sua voz, melodiosa. Aquela Lua tímida e
ferida ia embora com o vento que logo trazia a nova Lua, uma mais confiante e
determinada.
A cada verso
que Lua cantava, Arthur se via mais fascinado e encantado por ela.
No final quando
ela terminou de cantar a última parte, Arthur ficou paralisado com tamanha
potência e tranquilidade, em sua voz, como se fosse uma cantora experiente com
anos de prática.
Seu talento era
evidente.
Quando ele
consegue sair do transe, percebe que Lua acabou e explode em aplausos fechando
boca, que até então permanecia aberta.
– Maravilhoso,
Lua, foi perfeito. Parabéns.
– Obrigada –
diz envergonhada, mastigando os lábios.
– Você tem
outras, não têm? – Lua assente – Então quando voltarmos da casa dos meus pais
você vai me mostra.
– Tudo Bem.
Você vai para casa dos seus pais? – pergunta com um sorriso imenso nos lábios.
– Nós vamos e ainda
tem o Bernardo na bagagem.
– Bernardo?
– Sim, ele
trabalha comigo. Você vai conhecê-lo.
– Eles ficarão
radiantes.
– Com certeza,
docinho. – diz rindo e abraçando-a.
Continua...
N/A: Gente, a música
que a Lua ‘’compôs’’ é uma tradução da música The Climb
da Miley Cyrus.
Se leu, comente! Não custa nada.
Se tiver mais de 10 comentários, mais tarde tem mais um capitulo.
Estou amando! Quando vai ser o primeiro beijo? Mais!
ResponderExcluirPf mais
ResponderExcluirPft
ResponderExcluirAmo essa web ja le mais adorando reler de novo kkk mais
ResponderExcluirPosta maiss
ResponderExcluirPosta mais pf
ResponderExcluirQueremos mais
ResponderExcluirQueremos mais
ResponderExcluirQue linda
ResponderExcluirA família do thur vai aparece e a Mel
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