O Clube – Cap. 85
O ruim é acordar e
saber que tudo não passou de um sonho. Então vamos dormir mais, para sonhar o
que desejamos de novo.
- Estava chorando? – Perguntou mesmo já adivinhando
qual seria a resposta dela.
- Acordei chorando na verdade... Sonhei com... ele. –
Suspirou.
POV
NARRADOR
Arthur foi à farmácia, e não
demorou. Uns 20min, já estava de volta a casa. Entrou no quarto apenas para
deixar os remédios que havia comprado. Lua tinha adormecido, era melhor assim.
Desse jeito ela não pensaria tanto no filho, mas ele não podia escolher qual
sonho ela sonhar, e nem ela. Essa manhã ela sonhou com Nathan. Sonhou que ele
ainda estava em sua barriga, e acordou com os olhos cheios de lágrimas ao
perceber que tudo continuava igual, e que Nathan não existia mais. Que tudo não
passava de uma enorme vontade dela querer que ele ainda estivesse ali. Passou a
mão com cuidado pela barriga e segurou as lágrimas que queriam continuar
caindo. Será que ela nunca pararia de chorar? Será que ela sempre choraria ao
se lembrar dele? As perguntas pulavam de um lado para o outro em sua cabeça. Lua
fechou os olhos com força e sentiu um caminho molhado de lágrimas mancharem
suas bochechas e chegarem aos seus lábios. Levou as mãos vagorosamente até o
rosto, e tentou limpar as lágrimas. Não queria mais chorar. Não queria lembrar-se
de Nathan como uma coisa triste em sua vida, embora ele fosse. Ela não queria
pensar nele assim.
Arthur estava na sala com
Manu em seu colo. A garotinha estava na fase perguntas. Não parava um segundo
sequer de boca fechada. Queria saber por que as pessoas morrem. Por que sua mãe
tinha virado estrelinha. Por que seu irmão também tinha ido para o céu.
Perguntou se ela ia demorar a ir lá, no céu. Perguntou por que Lua não estava
ali com eles. Arthur estava a ponto de manda-la ficar calada. Ele não queria se
estressar com a filha. Ele não queria pensar em respostas para as intermináveis
perguntas de Manuela. Nanda veio buscar a menina para darem uma volta na praça
que ficava no bairro. E Manu aceitou. Indo feliz da vida com planos de tomar
sorvete de morango e comer algodão doce. Ele ficava aliviado ao vê-la tão bem,
tão cheia de saúde. Ele pedia tanto para que nada de ruim acontecesse com ela. Talvez
ele não suportasse mais nada tão ruim, não suportaria mais nada que se nomeasse,
perda.
Levantou-se do sofá e subiu
as escadas. Ainda ia dar 10h. Abriu a porta com cuidado para não acordar Lua.
Mas ele estava enganado, dormindo era a última coisa que ela estava. Ela
levantou o rosto para ver quem era, e viu Arthur sorrir de lado ao fechar a
porta. Caminhou até ela e sorriu cordialmente. Sentou-se na cama de frente para
a noiva, e segurou as mãos dela.
- Estava chorando? –
Perguntou mesmo já adivinhando qual seria a resposta dela.
- Acordei chorando na
verdade... Sonhei com... ele. –
Suspirou. Arthur tirou com cuidado uns fios de cabelos que estavam no rosto
dela.
- Não fique zangada. – Pediu
baixo. – Mas você tem que aceitar... Não quero ver você chorando sempre que as
lembranças dele vierem átona.
- Não consigo fingir que
estou bem, se é isso que você quer. – Falou com uma leve irritação na voz. E
puxou rapidamente suas mãos das dele. Por que ele estava tão incomodado com
suas lágrimas? Será que nem chorar ela podia mais? Perguntou para si mesma.
- Não estou te pedindo para
fingir nada, amor...
- Mas é o que tá parecendo. –
Retrucou.
- Só quero seu bem.
- Então me deixe chorar! –Exclamou.
- Luh, não quero te ver
chorando.
- Não vou estar aqui amanhã.
– Ela disse séria. Arthur a olhou confuso.
- Do que você tá falando?
Aonde você pensa que vai?
- Pra casa. – Ela respondeu.
– Você não vai mais precisar me ver chorando. Já que isso te incomoda. –
Finalizou.
- Não me incomoda. –
Esclareceu. – Me deixa triste. Não quero te ver assim. Não te pedir para ir
embora. – Falou tentando manter a calma. Perder a cabeça com ela nesse estado
seria a pior coisa que poderia acontecer agora. Arthur passou as mãos pelos
cabelos, nervoso. Era óbvio que ele não deixaria ela ir embora.
- Eu quero ir. – Insistiu. –
Não disse que você me mandou ir.
- NÃO QUERO QUE VÁ. NÃO
QUERO QUE VOCÊ SAIA DAQUI! – Gritou perdendo toda a paciência. Levantou-se da
cama e andou pelo quarto. – O QUE TE FAZ PENSAR QUE EU TE QUERO LONGE DAQUI?
LONGE DE MIM? – Ele ainda gritava sem se dar conta de tal ato.
- Não grita. Isso não vai me
assustar, e nem vai me fazer mudar de ideia.
- Eu quero saber! – Ele
fechou os olhos e cerrou os punhos socando o ar.
- Quer explicação maior que
essa? – Ela fez um gesto abrangendo todo espaço. – Você todo estressado,
tentando fingir que tá tudo bem. Se fazendo de forte. Irritado comigo por
sempre me encontrar chorando. Você não é obrigado a me aturar, a me suportar.
Desculpa, mas eu realmente não estou sendo e nem vou ser uma boa companhia.
Companheira, noiva, amiga, parceira e nem nada... Eu não vou conseguir... Arthur.
– Finalizou sentindo lágrimas grossas escorrerem pelo seu rosto e chegarem a
sua boca. Tentou seca-las passando as mãos, mas de nada adiantou. Elas
continuaram descendo livremente. Arthur se aproximou da garota e a abraçou com cuidado,
mas ainda assim, um abraço forte. E tentou acalenta-la em seus braços.
- Não estou irritado com
você. – Ele falou baixo. – Nem pense nisso. – Pediu. – Você me conhece e sabe
que não está tudo bem comigo. Não sou tão forte, só quero ajudar você. E pra
isso, não posso parecer tão fraco ou mais fraco que você. – Admitiu se
justificando. Afastou-se da noiva e segurou seu rosto com as duas mãos. – Não fala
assim, não diz isso. Você é sim a melhor companhia, a única que eu preciso. Você
consegue sim, basta querer tentar... – Disse baixo, e deu um selinho nos lábios
dela. E se afastou novamente olhando nos olhos de Lua.
- E... Eu... – Ela tentou
falar.
- Shhh... Não vou deixar
você sair. Não adianta você tentar me convencer do quão ruim vai ser sua
companhia. Você pode repetir mil vezes, ou um milhão de vezes, e mesmo assim eu
não vou deixar você ir, Luh. – Arthur disse firme e passou o nariz levemente no
nariz de Lua, em um beijo de esquimó.
- Arthur...
- Não diz nada. Agora nós
vamos descer e vamos almoçar... – Falou mudando de assunto.
- Não estou com fome. – Ela
lhe disse.
- Mas você precisa comer, e
vai comer. – Arthur lhe disse sério.
- Aah não, por favor. – Ela
pediu fazendo um bico.
- Não. Esse bico não vai me
convencer, a única coisa que você vai conseguir com ele, é uma mordida. –
Arthur aproximou os lábios do pescoço dela e depositou vários beijos ali, e
depois trilhou um caminho de beijos até os lábios dela, que ainda sustentava um
bico, e mordeu, como havia falado. Aprofundou o beijo quando sentiu Lua dar passagem
e puxou a garota com cuidado para o seu colo. Ela colocou as mãos envolta do
pescoço dele e acariciou sua nunca com a ponta dos dedos. Já ofegantes, eles
cessaram o beijo com selinhos. Arthur abriu um sorriso ao encarar os olhos de
Luh. Passou a ponta dos dedos pelo rosto dela. – Eu não quero passar mais
nenhum segundo longe de você. Além do mais... – Ele parou e deu um selinho na
garota. – Eu ficaria sem beijo. E não ficar sem isso também...
- Safado! – Ela exclamou lhe
dando um tapa no braço. – Mas minha mãe vem, ela vai querer que eu fique em
casa. – Disse baixo.
- Aqui é a sua casa, e é
aqui que você vai ficar. Sem contar que não existe enfermeiro melhor que eu, e
nem mais gostoso e atencioso também. Olha só... Você tá podendo. – Sorriu
maroto ao finalizar a frase.
- E nem tão convencido quanto
você, né? – Ela apertou levemente o nariz dele e riu.
- Aham, e você não vai me
enrolar... Vamos almoçar! – Ele se levantou da cama com a garota ainda em seu
colo.
- Arthur! – Ela exclamou. –
Me põe no chão! – Mandou fazendo força para descer.
- Não faz força! –
Repreendeu ele. – Você sabe que não pode. – Disse. – Vou cuidar de você e nem
ouse reclamar. – Avisou e saiu do quarto descendo as escadas com uma Lua, agora
quieta em seu colo. Colocou a garota no chão assim que chegou a cozinha.
- Cadê a Nanda? A Manu?
Soph? Alê? – Lua perguntou estranhando o silêncio. Quando Manuela estava em
casa, o silêncio era uma coisa rara.
- Nanda levou Manu para dar
uma volta, e o casal está no trabalho. – Arthur respondeu colocando sopa no prato
de Luh.
- Eu odeio sopa. – Lua
reclamou ao olhar para o prato.
- Sinto muito, mas você vai
ter que comer. – Arthur sorriu sem mostrar os dentes e se sentou ao lado dela
com seu prato de lasanha, o mesmo parecia estar delicioso. Lua passou a língua nos
lábios e olhou para o prato de sopa a sua frente e fez uma cara triste.
- Isso é injusto! –
Reclamou.
- Se você colaborar, logo,
logo estará comendo lasanha. – Sorriu.
- Seeei... Que saco! – Disse
emburrada.
- Come, amor... – Arthur
disse. – Eu que fiz. – Comentou.
- Nossa! – Lua exclamou. –
Deve está horrível. – Disse tentando segurar o riso.
- Ata, valeu aí... – Ele fez
joinha. – Mas tudo que eu faço é gostoso! – Se gabou.
- Se você tá dizendo... –
Ela deu de ombros.
- Não é gostoso?
- O que? – Lua perguntou.
- Tudo o que eu faço. –
Esclareceu.
- Depende... A sopa está razoável.
– Ela sorriu sem mostrar os dentes.
- E o resto? – Perguntou
fazendo Lua rir alto.
- Se cala, Arthur. – Pediu
rindo e ele bufou.
- Não custa nada você responder...
- E não custa nada você se
calar... Estou comendo, não era isso que você queria?
- Sim. – Disse encerrando o
assunto. Mas continuou arrumando um jeito de implicar com Lua durante todo o
almoço.
A NOITE -
APENAS TENTANDO DORMIR. DORMIR.
Lua trocou de roupa e
caminhou até a cama, Arthur tinha ido colocar a filha para dormir. Ela queria
fazer isso também, mas sabia que se olhasse para a pequena Manuela, seu plano
de não chorar iria por água abaixo. Ela se lembraria de Nathan, e se lembraria
de tê-lo perdido. Sentou-se na cama com cuidado e ficou olhando para o nada.
Pelo menos ela não tinha chorado mais, e se continuasse assim, talvez até
pudesse se recuperar mais rápido, como Arthur havia comentado. Sorriu e soltou
um longo suspiro logo depois. Minutos depois Arthur adentrou o quarto. E se
aproximou de Lua.
- O que aconteceu? – Ele
perguntou neutro, tentando esconder sua enorme preocupação.
- Nada. – Ela sorriu
sincera. – Só quero dormir. – Completou baixo.
- Vou trocar de roupa e já
venho, tá? – Disse e Lua assentiu.
Arthur trocou de roupa, colocou
uma calça de moletom e uma camiseta branca. E voltou para a cama. Lua ainda
estava sentada. Ela vestia uma camisola azul claro. Arthur deitou na cama e
puxou a garota para perto dele. Lua se ajeitou com cuidado e envolveu a cintura
de Arthur com os braços. Ele depositou um beijo na testa dela.
- Tenta dormir... – Lhe
disse.
- Eu não quero sonhar... –
Ela comentou baixo. – Mas ao mesmo tempo, é como se no sonho tudo fosse real.
Como eu queria que fosse. – Admitiu.
- Eu sei, e entendo... E
qualquer coisa, eu tô aqui. – Ele disse lhe dando mais um beijo calmo na testa
e fazendo carinho em seu braço com a ponta dos dedos.
- Obrigado...
- Não agradeça. Eu amo
você... – Disse e afastou o rosto para olhar a garota.
- Eu também amo você, e cada
dia mais. – Confessou sorrindo. Arthur sorriu também.
- Em outros tempos acabaria
com a gente sem roupa. – Arthur comentou baixo. Fazendo Lua rir.
- Os tempos mudam, mas a sua
safadeza continua igual... Ou pior. – Comentou fazendo-o rir.
- Sinto falta. – Confessou
enterrando o rosto nos cabelos de Luh. Eles estavam há dois meses sem sexo. E
ele esperaria ainda mais quase três meses se Lua ainda estivesse grávida. Mas
agora, mesmo assim, teria que esperar mais um mês e pouquinho, ou até quando
Lua se sentisse a vontade.
- Dorme, Arthur. Você está
cansado. – Ela soltou um riso e sentiu suas bochechas esquentarem.
- Eu aqui, confessando uma
coisa dessas, e você me manda ir dormir? Isso é frustrante, amor! – Exclamou.
- Quero dormir...
- Você tá com medo de mim? –
Ele perguntou incrédulo, mas prendendo o riso.
- Claro que não. – Ela
revirou os olhos. – Você não é uma ameaça.
- Posso me tornar. –
Provocou. – Mas não vou te agarrar. – Disse.
- Nem se eu quisesse? –
Perguntou provocando-o também. Arthur riu.
- Agora?
- Sim. – Ela respondeu.
- Bom – Ele começou. – Eu
teria que ser forte o bastante para te dizer, não. – Finalizou. – Meu plano e
cuidar de você. – Disse e apertou o nariz dela de leve.
- Uhm... Tá. – Ela cerrou os
olhos. – Vamos dormir.
- É o que nos resta. – Ele
disse em tom triste. – Dorme bem. – Sussurrou aproximando os lábios dos dela.
- Você tá aqui... –
Murmurou.
- Sempre! – Afirmou e apertou
Lua em seus braços. E assim dormiram.
QUINZE
DIAS DEPOIS.
Lua tinha voltado à
faculdade, óbvio que Arthur tentou convence-la do contrário. Alegando que ela
tinha que ficar em casa, em repouso, como o médico havia mandado. Lógico que
ela não aceitou os argumentos dele. Ela não aguentava mais ficar em casa. Tinha
que sair dali, ou acabaria enlouquecendo. Ainda nem tinha tocado nas roupas do
filho, nem no quarto havia entrado. Tinha que doar tudo. Não iam servir mais
para eles mesmos. Mas tinha que falar com Arthur, ele tinha planos de ter outro
filho, e pra isso, ele nem precisava dizer nada, ela sabia. Talvez os móveis
ficariam, mas ela não queria que ficasse nada. Nada que lembrasse o filho que
ela havia perdido.
Suspirou assim que Arthur
estacionou o carro em frente à faculdade. Teriam aulas nos dois turnos. Não
estava nem com cabeça para pensar nos assuntos, nas matérias, mas não tinha
nada melhor para fazer. Pelo menos ali ninguém a não ser Karen, sabia que Lua havia
perdido o filho. Ninguém se importava. Ninguém faria perguntas. Saiu do carro e
foi acompanhada por Arthur.
- Teimosa! – Comentou. –
Devia ter ficado em casa. – Disse.
- Eu tinha até me esquecido
de como suas amiguinhas Any e Isa só faltam te comer com os olhos... – Comentou
ignorando totalmente ele.
- Elas não são minhas
amiguinhas. Deixa de implicância.
- Enfim... Agora eu estou
aqui. – Sorriu sem mostrar os dentes.
- Oi, Luh! – Karen exclamou
e se aproximou de Lua.
- Oi, Karen. – Lua disse lhe
dando um abraço.
- Tudo bem? – Lhe perguntou
sorrindo de lado.
- Tudo indo... – Respondeu
sorrindo fraco. – Não quero tocar nesse assunto. – Completou.
- Ok. – Karen assentiu. –
Oi, Arthur.
- Oi, Karen.
- Ka, como boa amiga que
você é...
- Começou. – Arthur retrucou
enquanto anotava alguma coisa.
- Shiu. – Lua murmurou. – O
que aconteceu na minha ausência? – Perguntou fazendo Karen rir e Arthur bufar.
- Ignora, Karen. Ignora. –
Sussurrou.
- Karen? – Lua insistiu. A
garota olhou para ela sem saber o que falar.
- Arthur? – Uma puta chegou,
ops a Isa* Lua olhou para garota e ergueu as sobrancelhas.
- Oi. – Arthur respondeu sem
vontade, ele sabia que ela só fazia isso para irritar Luh. E se ela conseguisse
isso. Ele mataria ela, sério mesmo. Ele levantou a cabeça e encontrou Isa
sorrindo cinicamente. Lua continuava encarando-a.
- Poderia me ajudar com
aquelas questões que ficou de me ensinar? – Perguntou. Questões? Ok, ela tá
doida. Ou não tem amor a vida.
- Questões?
- Sim, não lembra?
- Não.
- Naquele dia que... – Lua
interrompeu.
- Não. Ele não vai. E não
iria nem se a sua vida dependesse disso. Ok? – Sorriu cinicamente ao finalizar.
Isa a olhou com uma sobrancelha erguida.
- Olha aqui, você acha que
eu sinto dó por você ter perdido o bebê? Haha bem feito. Você é uma idiota,
Luh. – Jogou seu veneno rindo. Lua franziu o cenho e se surpreendeu por não ter
sentido vontade de chorar, e sim, ter sentido raiva e ódio, e um prazer incrível
ao deixar a marca de seus dedos no rosto de Isa.
- E você é uma puta
oferecida. Já que ninguém quer, você oferece né? Ah só lamento, na verdade, eu
acho bem feito. Olha querida, parece que você exagerou no blush em um lado do
rosto. – Zombou sorrindo cinicamente. Isa estava com a mão no rosto e bufando
de raiva. Ao lado de Lua, dois seres tentavam segurar uma risada escandalosa,
enquanto o resto da turma explodia em gargalhadas e assistia cena.
- Você me paga sua idiota!
ME PAGA! – Gritou. E Lua riu.
- Vou esperar, gostei de
bater em você. – Disse. Isa saiu doida de raiva da sala e Arthur encarou Lua
que ainda ria, mas se ele bem a conhecesse, ela logo choraria pelo simples fato
de terem metido o filho que ela tinha perdido, na conversa. E ele não deixaria
isso acontecer, não na frente de todos. Karen tinha ido para o lugar dela.
- Amor... – Ele se aproximou
da garota e a olhou. – Tudo bem?
- E só queria ter matado
ela. – Sussurrou aproximando os lábios do ouvido dele e sentindo Arthur a
abraçar.
- Quer ir embora? – Ele lhe
perguntou.
- Não, Arthur...
- Não chore. Você bateu
nela. – Sussurrou. – Fiquei surpreso. – Confessou.
- Eu também. – Ela admitiu.
E sentiu Arthur depositar um beijo em seu ombro.
*
Chegaram em casa uma
16h15min. Lua foi direto para o quarto, precisava tomar um banho. E precisava
chorar as lágrimas que tinha segurado o dia inteiro. Ela tinha evitado se
aproximar de Manu nesses, dezessete dias. Ela só esbarrava com a menina vez ou
outra, mas não queria se afastar dela. Mas sempre que pensava na pequena, ele vinha a sua mente. Ela precisava
deixa-lo em um lugar que ele não escapasse com tanta frequência. Ela precisava
adormecer esse fato em sua vida. Suspirou ao sentir a água quente tocar sua
pele, e se assustou ao perceber os braços de Arthur a abraçarem por trás.
- Que susto! – Exclamou
quase dando um pulo.
- Não vou deixar você
chorar, não. Hoje não. – Sussurrou e apertou mais a inda a garota junto dele.
- Eu preciso... – Ela murmurou.
- Não. Não precisa. – Ele
virou a garota de frente para ele e a imprensou contra a parede do banheiro.
- Arth... Arthur...
- Eu sei a hora de parar,
amor... – Ele assegurou e beijou os lábios dela. É claro que ele não tentaria
algo a mais, embora quisesse, e muito. Sentiu Lua segurar em sua nuca, e ele
desceu as mãos inquietas para a cintura dela, imprensando-a cada vez mais contra
a parede. Intensificando o beijo, deixando ambos sem ar, e encerrando com selinhos.
– Eu amo você.
- Amo você. – Ela sussurrou também.
Tomaram banho em silêncio. E
depois saíram, foram vestir suas roupas. Tinham que estudar para a prova do dia
seguinte. Lua já tinha perdido bastante assunto, tinha que recuperar o tempo
que perdeu, e Arthur a ajudaria nas matérias.
- Eu queria falar com você sobre
um assunto... – Disse assim que ele entrou no quarto com uma bandeja nas mãos.
- Um assunto?
- Que você quer eu esqueça.
- Ah Luh! – Exclamou.
- Não, escuta...
- Ai... – Ele suspirou. –
Diz.
- É sobre as roupas, os
móveis lá do quarto... A gente tem que dar um jeito, você não acha? – Disse
encarando Arthur que estava surpreso com a decisão dela.
- O que você quer fazer com
elas?
- Não sei... Doar...
- Tudo?
- Sim...
Continua...
N/A: Caramba!
Terminei uuuuhuuuul \O/ Tô escrevendo desde as 17h, por aí e só terminei agora
23h, se engana quem pensa que escrever uma fic não dá tanto trabalho. Dá, e
como dá. Mas aqui está o capítulo, espero de coração que gostem.
Só vou
atualizar se tiver bastante comentários. Então já sabem:
Se leu, comente! Não custa nada.
Últimos Capítulos
Tomara que essa fase ruim passe!!!
ResponderExcluirBy: Naat'
Vai passar. Vamos torcer pra isso, Naat. :-D
ExcluirOieee vaca, sim, estou aqui comentando. hahahaha
ResponderExcluirMenos, Brenda. Não se empolgue Haha aqui é onde eu ainda tenho moral sabe? Cadê o respeito para com a minha pessoa? Haha ok.. parei!
ExcluirNem percebi que comentou hahaha
Seu moral acabou vaca, eu to na área agora. bjs
Excluirhahahahahahahaha
Esse capítulo fudeu com as minhas estruturas estou chorando demais!!
ResponderExcluirLua pfvr não se afasta da Manu tadinha, ela ama você.
CARA ESTOU EM LÁGRIMAS
Nunca ouvi dizer que vaca chorava. Mas ok. Como mundo mudou, acho que vocês também né? Kkkk
ExcluirAinda mais depois das fotos e textos no grupo né? :'( Estou em lágrimas também. Bate aqui \o__
Como assim nunca ouviu dizer que vaca chorava, migan você é uma prova viva disso hahahahaha.
ExcluirAQUELE GRUPO FUDEU COM AS MINHAS ESTRUTURAS HOJE, FIQUEI SEM CHÃO, TOTALMENTE EM LÁGRIMA. E LER A FIC PIOROU MAIS AINDA O MEU ESTADO. BATI o/ kkkkk
Como assim nunca ouviu dizer que vaca chorava, migan você é uma prova viva disso hahahahaha.
ExcluirAQUELE GRUPO FUDEU COM AS MINHAS ESTRUTURAS HOJE, FIQUEI SEM CHÃO, TOTALMENTE EM LÁGRIMA. E LER A FIC PIOROU MAIS AINDA O MEU ESTADO. BATI o/ kkkkk
Meu coração doeu por Lua estar passando por isso. Mais o tempo cura tudo ou cicatriza.
ResponderExcluirArthur ohh senhor um noivo desses sonho de vida *--*
Tomara que dias melhores estejam por vir \Ó/
Adoooreeeei Milly *--* arrasou :* bju
Dias melhores virão. E Lua vai ser muito feliz, como merece.
ExcluirObrigada, Danni ♥ Beijos...
Amei amei amei....rsrs
ResponderExcluirAin tadinhos, tomarem que passem por essa fase difícil, JÁ QUERO MAIS
ResponderExcluirGenteeeee...eu nunca chorei tanto na minha vida...tive ate que ficar longe dos meus pais se não eles ia me chamar de doida e perguntar o pq (obs: eles nem sonham que eu leio web...nem HO)...
ResponderExcluirSou sua fããã .adoro todas as web's histórias
HOT***
ExcluirHaha, ooh Lavinia. Desculpe ;-)
ExcluirImagino. Sempre choro horrores lendo livros e fanfics. Mas a primeira vez que alguém me viu chorando ao terminar de ler um livro, foi quando terminei de ler 50 tons. Nossa, chorei tanto, de deixar os olhos inchados... :'( ... Mas as pessoas aqui sabem que eu leio fanfic kk (mas não hot e nem que eu escrevo esse gênero. Aliás, minhas amigas sabem e lêem as fics :-D haha)
Olhe só, tenho fã ♡ haha, que amor, obrigada!
Beijos...
HOT***
ExcluirMuito perfeito o cap, com pena da Lua :/ ansiosa por mais
ResponderExcluiransiosa por mais :)
ResponderExcluirPena que ta acabano :/ eu amo essa web
ResponderExcluirGenteeeee...eu nunca chorei tanto na minha vida...tive ate que ficar longe dos meus pais se não eles ia me chamar de doida e perguntar o pq (obs: eles nem sonham que eu leio web...nem HO)...
ResponderExcluirSou sua fããã .adoro todas as web's histórias