Peça-me o que quiser ou deixe-me - 3º temp. - 1º,2º,3º e 4º Capítulo (Adaptada)

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Capítulo 1:
Riviera Maya - Hotel Mezzanine
Praia de areia branca...
Águas cristalinas...
Sol cativante...
Coquetéis deliciosos...
... e Arthur Aguiar.
Insaciável!
Essa é a palavra que define perfeitamente o apetite que eu tenho por ele. Para mim ele é um marido incrível, bonito, tesudo e sexy. Entretanto eu ainda não consigo acreditar. Estou casada com o Arthur! Com o Iceman!
Estamos em Tulum, México, desfrutando de nossa lua de mel e não quero que acabe nunca.
Estou acomodada em uma rede maravilhosa, tomando sol de topless. Eu amo sentir os raios de sol no meu corpo, enquanto meu Iceman fala a poucos metros de mim por telefone. Por sua testa franzida sei que está concentrado em questões da empresa e eu sorrio.
Arthur está queimado e lindo, com sua sunga azul. Enquanto eu olho para ele... Eu assisto... E quanto mais eu faço, mais eu gosto e mais me excita.
Será o efeito Aguiar?
Com curiosidade, vejo que algumas mulheres que estão sentadas no agradável bar do hotel também olham para ele. Não é para menos. Eu reconheço que o meu garotão é um deleite para os olhos, e com diversão sorrio, mas estou prestes a gritar: Ehhh, suas lobas, é tudo meu!
Mas eu sei que não preciso fazer isso. Arthur é todo, absolutamente meu, não há necessidade que eu grite isso aos quatro ventos. Após o bonito casamento em Munique, três dias depois, meu marido me surpreendeu com uma maravilhosa e romântica viagem de lua de mel. E aqui estou  eu, na praia exótica de Tulum no Caribe Mexicano, desfrutando de boa vista e ansiosa para retornar à privacidade do nosso quarto.
Eu tenho sede. Me levanto da rede, pego meu iPod, coloco a parte de cima do meu biquíni amarelo e me dirijo ao bar da praia.
Que tempo maravilhoso!
De repente, eu sorrio ao ouvir a voz de Alejandro Sanz e cantarolo enquanto caminho.
“Ya lo ves, que no hay dos sin tres,
Que la vida va y viene y que no se detiene...
y qué sé yo...”
Já te falo que não há dois sem três. Dizem isso para mim.
A brisa suave bate em meu cabelo e eu continuo cantarolando até chegar ao bar.
“Para qué me curaste cuando estaba herido
si hoy me dejas de nuevo el corazón partío.
¿Quién me va entregar sus emociones?
¿Quién me va a pedir que nunca la abandone?
¿Quién me tapará esta noche si hace frío?
¿Quién me va a curar el corazón partío?”
Peço uma Coca-Cola gigante com gelo para o garçom e quando eu bebo o primeiro gole, umas mãos rodeiam a minha cintura e alguém diz no meu ouvido:
– Já estou aqui, pequena.
Sua voz...
A sua proximidade...
Sua maneira de me chamar de “pequena”.
Mmmmm... Me deixa louca e com um grande sorriso. Eu vejo as mulheres do bar corarem com a proximidade de Arthur. Não é por menos! E eu, mais feliz que um perdiz (ave), apoio a cabeça em seu peito e ele me beija na testa.
– Gostaria de uma Coca-Cola?
Ele diz sim com a cabeça, se instala no banco ao meu lado, pega a bebida que ofereço e, após um longo gole, sussurra:

– Obrigado. Eu estava com sede. – E com um sorriso zombeteiro, depois de passar seus olhos azuis sobre meus seios, pergunta: 

Capítulo 2:


– Por que você está vestindo a parte de cima do biquíni? Está me privando de uma maravilhosa vista.
– É que me incomoda estar com os mamilos ao ar aqui no bar.
Arthur sorri. Transfere-me seu calor e de repente a música muda e parece uma romântica ranchera (música mexicana).
Viva as rancheras!
Quantas músicas antigas. Quanto sentimento! Eu nunca imaginei que gostava tanto. Arthur, que na intimidade é a pessoa mais romântica que eu já conheci em toda a minha vida, ao ouvir a música me olha perigosamente, se aproxima de mim e agarra-me pela cintura possessivamente e pergunta:
– Quer dancar, moreninha?
Oh, não acredito...
Eu adoro isso!
Eu gosto quando se deixa levar pela naturalidade e só pensa nele e em mim.
Começa a canção que Dexter nos dedicou em nosso casamento e cada vez que ouvimos dançamos apaixonados.
Louca...
Estou tão feliz...
Eu saio do banco e lá no meio do bar da praia, sem nos importarmos com os turistas que nos observam, abraçados, dançamos diante da inveja de várias mulheres, enquanto a voz de Luis Miguel canta:
“Si nos dejan, nos vamos a querer toda la vida.
Si nos dejan, nos vamos a vivir a un mundo nuevo.
Yo creo podemos ver el nuevo amanecer de un nuevo día.
Yo pienso que tú y yo podemos ser felices todavia.”
Oh, Deus... Oh, meu Deus, que momento!
Isso é o que eu quero, que deixem eu e Arthur sermos felizes, ou melhor, que nos deixem. Porque algo que temos claro é que, nós somos fogo e a água e, embora nos desejamos com loucura, somos duas bombas sempre carregadas e a ponto de explodir.
Desde o casamento não voltamos a discutir. Paz e amor. Nós dois estamos numa nuvem que só nos beijamos, nós dizemos coisas bonitas e estamos dedicados um ao outro.
Viva a lua de mel!
A canção continua e nós, apaixonados, seguimos dançando. Arthur me faz feliz. Nós apreciamos o tempo todo. Nós dançamos, esquecemos do mundo e nos olhamos com verdadeira adoração.

Seus olhos azuis me penetram, me diz o quanto ele me deseja e quando a música termina, meu marido, meu amante, meu louco amor me beija, sentado no banquinho, sussurra algumas centímetros da minha boca:
– Como diz a música, vou te querer a vida toda.
Mãe... Mãe... Sim, é para devorá-lo aos poucos de tão lindo que é!
Cinco minutos depois, quando finalmente deixamos de nos abraçar com carícias doces, aos olhos curiosos de algumas mulheres que estão assistindo, eu pergunto:
– Você falou com Dexter no telefone?
– Não, com o sócio do Dexter. Quer que nos reunamos amanhã em seus escritórios para tratar vários assuntos.
– Onde fica o escritório?
– Cerca de vinte minutos daqui. Na Playa del Carmen. Então, amanhã de manhã vamos...
– Vamos? – O corto – Não... Não... Dirá que você vai. Eu prefiro esperar aqui.
Arthur ergue as sobrancelhas. Não o convencido do que digo. Eu sorrio e ele pergunta:
– Sozinha?
Sua expressão me faz rir e disposta a conseguir meu propósito, eu respondo:
– Arthur..., Eu não estou sozinha. O hotel está lotado e a praia também. Você não vê?
Franze a testa. E o Iceman volta! Ele afirma:
– Você vai ficar sozinha, Lu, e eu não gosto.
Achando engraçado, solto uma risada e falo:

– Vamos ver, querido...

Capítulo 3:


Às seis e meia da manhã eu acordo e ouço Arthur no banho. Eu quero dar-lhe um beijo antes de sair, mas estou com muito sono, então esperarei ele terminar. Mas quando eu acordo são dez e meia da manhã e só posso murmurar:
– Merdaaaaa.
Tombando de novo na maravilhosa e enorme cama que compartilho com o meu amor, pego meu celular e teclo:
Você está bem?
Eu me preocupo com o meu garoto tanto quanto ele se preocupa comigo. E um minuto depois recebo a resposta:
Quando estiver com você, tudo vai ficar bem.
Eu te amo.
Eu sorrio como uma boba, rolo na cama e aprecio o seu cheiro nos lençóis. Espreguiço-me um pouco e, em seguida, abro o meu Facebook no meu laptop e posto uma foto minha e do Arthur na praia. Dois segundos depois, meu mural está cheio de comentários das minhas amigas “As Guerreiras”. Achando graça, eu leio coisas como: "Coma seu marido!", “Se você não quiser, dê para mim!” E outro dizendo "Eu quero um Arthur na minha vida."
Eu rio. “As Guerreiras”, Essas amigas que um dia eu conheci através de uma rede social, estão felizes pelo meu casamento e não param de fazer piada sobre a minha lua de mel. Será que me invejam?
Depois de uma ducha fresquinha, eu decido ligar para o meu pai. Eu quero falar com ele. Olho o relógio e calculo a diferença de horário. Na Espanha é de manhãzinha, mas eu sei que ele já está de pé. É como Arthur, dorme pouco.
Sento-me na cama, digito o número, escuto dois toques e quando tira do gancho, digo:
– Oi, papaiii. Bom diaaaa!
Ao reconhecer a minha voz, meu pai ri.
– Olá, minha vida. Como está minha moreninha?
– Bem, pai, Está tudo ótimo! – E depois de ouvi-lo sorrir, eu acrescento: – Este é um grande momento e eu estou me divertindo muito com Arthur.
– Fico feliz em saber, bonita.
– É sério, pai, você tem que se animar e vir. Deveria dizer ao Bicho e Lucena que a próxima viagem tem que ser aqui. Vocês vão adorar.
Meu pai ri.
– Nossa, moreninha, Lucena não sai da Espanha por nada! Foi ao seu casamento na Alemanha apenas porque era você. E te digo mais!

– Passou muito mal na viagem?

Capítulo 4:
– Não, filha, ela passou muito bem. Mas leva muito mal a questão da comida. Segundo ela, como em sua casa não se come em nenhum lugar!
– Pois faça essa viagem com Bicho e sua esposa, com certeza se encantarão!
– É isso mesmo... É seguro que eles gostarão
Nós conversamos por um tempo. Conto-lhe mil coisas e ele me conta como vai tudo. É um pouco preocupado com a crise. Ele teve que demitir um dos seus mecânicos e isso atingiu o coração do meu pai. Quando eu consigo que sorria novamente, pergunto:
– Flynn está se comportando?
– Como um doce, é uma boa criança para a babá Lucía. Ele a come com beijos! - Eu sorrio ao imaginar e ele continua: – É sério, querida, ele está se divertindo com Luz e os meninos da rua. Formam uma quadrilha perigosa aqueles dois! Certamente, não vê o que aquele pequeno gosta. E ele tem bom gosto. Eu lhe  dei presunto corrientito, e ele rapidamente olhou para mim e disse: "Manuel, este presunto está ruim?”.
– Não me diga!
–Te digo. E o salmorejo da Pachuca. Nossa! O deixa loquinho. -Eu sorrio. – Não tem vez que não entramos no bar que aquele garotinho não peça um salmorejo. E eu lhe digo, com Luz está ótimo. Ensinou a ele a andar de bicicleta e...
– Por Deus, papai, se alguma coisa acontecer. - Eu digo preocupada.
Por favorrrrrrrr, eu acabo de falar como Arthur.
– Calma, filha... O rapaz é difícil e embora tenha dado dois bons golpes contra o portão...

– Papaaaaaaaaai... 

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