Adivinha quem sou (Adaptada)- Capítulos 71 e 72

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 Capítulo 71:
Todos ficamos calados, até que Tony mal-humorado diz:
— Sem sabendo se era sua filha ou não, eu já dava dinheiro para sua tia cuidar dela. Eu disse a Elsa que não contasse a ninguém. Não queria problemas com você.
— Sem vergonha. – sussurro ao ouvi-lo — Tornou-se muito rentável isso de não cuidar de sua sobrinha. Omar dava dinheiro. Tony também e...
— Eu também. – diz Arthur, deixando-nos sem palavras — Assim como vocês dou uma quantia de dinheiro mensalmente para a menina e pedi discrição.
Os três irmãos se olham incrédulos e, de repente, começam a falar sobre a menina pela primeira vez e não acreditam no que ouvem. A tia da pequena tem montado um bom negócio com ela.
— Ou seja, – os corto — os três dão dinheiro para Elsa e a cara-de-pau não dá um pouco de carinho, a deixa trancada em casa e sabe-se mais o que.
— Que a tranca? – gritam Omar e Arthur.
Assento. Não me dão crédito e continuo:
— Bastou alguns dias aqui para ver o que esta mulher faz com a menina. Em todo esse tempo, a única pessoa que vi dar carinho a essa pequena foi a Tata. Mas, claro, a pobre mulher vive com o Ogro e está de mãos atadas para ser capaz de fazer qualquer coisa por ela.
Omar se desespera. Tony pragueja e Arthur se aproximando de mim diz:
— Querida, eu acho...
— Olha, Arthur, me deixe terminar. – digo o olhando — Zangue-se comigo, se quiser, mas essa garota só procura carinho em uma casa onde ela é rejeitada por algo que ela não tem culpa. E enquanto estou aqui, esse carinho não posso negar, mesmo que não goste o safado do Anselmo Aguiar, ou quem quer que seja. Não sei o que posso fazer por essa menina, se falar com a assistente social ou com quem, mas sem dúvida algo tem que ser feito. Preciosa não pode continuar a viver assim.
Os três irmãos não pareciam desconfortáveis e grito:
— Mas não viram como é carinhosa esta pequena comigo? Somente me viu duas ou três vezes e me abraça com desespero.
Ninguém fala.
— E por fim, – concluo — vou dizer uma coisa mesmo que fiquem aborrecidos comigo, não conheci pessoalmente a mãe de vocês, mas pelo que vocês me contaram dela, tenho certeza que não gostaria nada com o que está acontecendo aqui. – E apontando para Omar, acrescento — E mais sendo você o pai.
Ele abaixa a cabeça. Tony concorda e Arthur admite:
— Você está certa, Lua. Sabendo o que sei agora, minha mãe deve estar muito zangada. Isso deve ser solucionado e...
— Diga-me, – interviu Omar — o que eu poderia fazer com a menina?
Vivo em Los Angeles. Sou um produtor musical. O que eu poderia fazer? – repete.
Tony olha para ele e responde:
— Claro, cuidar melhor do que você tem, sem dúvida.
Seu irmão se lastima e Arthur intervém:
— Ela é uma Aguiar, Omar, e agora que sei isso não vai ficar assim.
Concordo orgulhosa, olhando o desesperado pai da criança, dizendo:
— Omar, se não quer viver com ela, não o faça. Mas certifique-se de ter uma boa qualidade vida e não a vida de merda que leva com a imbecil de sua tia.
Depois de alguns segundos de silêncio, Omar me olha, depois, olha para a praia, onde Tifany toma sol com tranquilidade e afirma categoricamente:
— Eu farei. Garanto a vocês que farei.
— Sua família tem dinheiro e meios para ajudar essa menina a ser feliz.
– Todos os três me olham e concluo — Faça isso, por ela, por sua mãe e por vocês mesmos.
Depois que termino me sinto tão agitada. Acabo de puxar por meu corpo para o resto da raiva que ficava.
— Você ficou cansada. – observa Arthur , pegando a minha mão.
— Você não sabe o quanto.
De repente, eu dou risada dura. Eu já sentia falta dela!
Arthur sorri e Tony exclama novamente:
— Cunhada, que grande gênio!
— Sou uma Blanco, você acha que só os Aguiar tem gênio.
Dando um passo em minha direção, Omar põe a mão no meu ombro e diz:
— Obrigado por sua sinceridade. Você é como mamãe e gostemos ou não, precisamos de uma mulher como você ao nosso lado para perceber o verdadeiro significado das coisas.
Emociono-me. Ai, vou chorar. Começo a tremer o queixo e me dou o ar com a mão. Ao me ver assim os três me abraçam. Sinto-me protegida por estes três grandes homens e eles brincam até me faz sorrir.
Quando finalmente me acalmo, voltamos à praia, onde nos espera Tifany, e Arthur, sem soltar minha cintura, me beija na cabeça e orgulhoso afirma:

— Blanco e Aguiar, boa combinação!

 Capítulo 71:
Nesse dia, quando chega o horário de comer, todos voltamos a ‘Vila Melodia’.
Quando entro na casa, a primeira coisa que faço junto com os três irmãos e Tifany é procurar por Tata. Ela nos leva para seu quarto, onde a pequena Preciosa dorme e todos nós a olhamos. Como é linda!
Quando saímos do quarto, comentamos por alguns minutos o que vai acontecer e vejo que Omar está envolvido, mas Tifany está alheia. Não gosta do que ouve. Não diz nada. Isso me faz saber que não concorda com o plano de seu marido. Arthur me olha, percebe que observo e aperta minha mão.
Tata está deslocada com o que ouve, mas assente. Faz-nos saber que podemos contar com ela para o que for. Inclusive comenta que se os três meninos a ajudarem sairá da casa com a menina e deixará o Ogro.
Rapidamente, os três se recusaram. A menina e ela continuarão lá.
Definitivamente acordaram e se deram conta da realidade. Essa menina é um deles e vão defendê-la com unhas e dentes. Finalmente, Arthur toma as rédeas do assunto, como sempre, controla a situação. Ele falará com seu pai.
O Ogro é um bom advogado e pode ajudá-los.
Ao entrar na sala, Anselmo já está sentado à mesa e nos olha com atitude intimidadora.
É claro que, se tivesse sido ator, como mal e vilão não teria preço!
Olho Tifany e vejo que ela não o olha. Está intimidada e quando vamos nos sentar, me agarrar e cochicha:
— Não se sente lá!
— Por que? – pergunto no mesmo tom.
A jovem olha para ver se alguém nos ouve e sussurra:
— Este era o lugar de Luisa, a mãe.
Fico desconcertada.
Todos esses dias estive sentada onde não deveria?
Estive desafiando o Ogro todos esses dias sem saber?
Isso me aborrece muito. Por que Arthur ou outra pessoa não me disse nada?
Uma vez que sei, procuro outro lugar, mas quando vou me sentar do outro lado da mesa, Anselmo me olha e pergunta:
— Lua, por que você vai se sentar aí?
Opa! Chamou-me pelo meu nome?
Todos me olham, coço a cabeça e dando de ombros, invento:
— Eu pensei que Omar se sentaria e...
— Este é o seu lugar – ele diz — Vem. Sente-se.
Novamente todos me olham e Arthur, surpreso, franze o cenho, enquanto percebo que ele notou que o Ogro me chamou meu nome.
Sem dizer nada, volto a me sentar no mesmo lugar onde me sentei todos esses dias e sorrio como uma boba.
Minutos mais tarde, para não variar em Villa Monastério comemos em silêncio e, para espanto de todos, Anselmo não diz nada. Olho para Arthur esperando que diga algo sobre Preciosa, mas com o olhar, me diz para ser cautelosa. Ele buscará o momento certo. Assento. Ele tem razão.
De repente, Anselmo diz:
— Sua mãe se remexerá em seu túmulo ao ver os tolos que temos sido todo esse tempo. – Todos olhamos e ele continua — Lua tem razão temos que resolver a situação dessa menina e deixá-la longe de sua tia bruxa.
Tome isso! Não posso acreditar que o Ogro disse isso!
Olho para Arthur que não me olha. Só olha para o pai.
— Papai, eu tinha pensado...
— Omar, – corta o Ogro, levantando a voz — se sabia que ela era uma Aguiar deveria ter me dito. Envergonha-me ter dado esse tratamento a um neto meu e me envergonha ainda mais saber que você sabia que era sua filha e tratou assim.
Ouço Tifany tossir. Ela não gosta da conversa. Anselmo a olha e pergunta:
— Tem algo a dizer, minha jovem?
Ela nega com a cabeça e o velho continua, nos olhando:
— Sei o que aconteceu na estrada. Aproximei-me, ao ouvir a freada e não pude evitar de ouvi-los falar. Especialmente Lua.
Fecho os olhos. Vou levar uma bronca.
Vejo que os três irmãos se olham e Arthur tenta se desculpar:
— Papai, se quiser podemos falar mais tarde e...
— Não há nada para falar filho. – responde com voz cansada — Preciso dos testes de paternidade do desmiolado do seu irmão e tentarei resolver essa bagunça o mais rápido possível. Tata, você se encarregará dela enquanto trato. Não a quero ver nas mãos de sua tia. E quanto a essa sem vergonha, enquanto arrumam os papéis, a quero fora de ‘Vila Melodia’.
— Sim, Anselmo. Eu mesma a expulsarei. – responde a mulher, sorrindo.
Omar olha para seu pai e sussurra:
— Papai, perdão. Sei que o que fiz foi errado e...
— Mais do que a mim, peça perdão a sua mãe e a essa menina.
Certamente elas sofreram mais do que você e eu.
O silêncio retorna a sala de jantar e eu olho para todos. Estão sérios.
Isso foi muito forte e finalmente, Omar diz nos surpreendo:
— Eu cuidarei de tudo. É minha filha.
Todos o observam e Tifany fala:
— Bebê, em nossa vida não há lugar para uma menina. A casa não está equipada e...
— Pelo amor de Deus, – grunhi Anselmo — Pare de chamar meu filho com esse nome ridículo!
— Eu vou cuidar dela. – continua Omar — Ela é minha filha e viverá comigo você goste ou não. – Olha para a sua esposa e deslocado, acrescenta
— Quando vi que poderia ter terminado debaixo das rodas daquele carro, me assustei. Percebi tantas coisas que...
— É bom se dar conta dos erros. – corta seu pai, me olhando, e suavizando a voz, continua, olhando para o filho — Fique tranquilo, Omar.
Vamos resolver. Mas acho que até que a pequena tenha carinho por você, deve viver nesta casa. Será criada como merece. É uma Aguiar e não se fala mais nisso. Vamos comer.
Estou chocada! Não acredito no que acabo de ouvir e percebo que os demais estão tão espantados como eu. Estou a ponto de aplaudir. De dar quatro beijaços no Ogro, mas temo que mude de idéia se fizer isso. Então olho para Arthur. Ele pisca um olho, feliz, como e calo até que o patriarca me olha e pergunta:
— Gosta da comida, Lua?
Eu sorrio e respondo amável:
— Sim. A carne é muito saborosa, o que é?
E Tata responde rapidamente:
— Pequenos filés bovinos. Aqui se chama de bife acebolado.
— Para minha família sempre o melhor. – afirma Anselmo. E depois acrescenta – Lua, depois comer, gostaria de falar com você.
Sinto um calafrio. O que tem para falar comigo?
Mas sem querer me acovardar, cruzo um olhar com Tony, que pisca para mim e assento.
— Ok, Anselmo.
Busco a proteção de Arthur. Preciso dele ao meu lado para falar com se pai e ele, ao ler meu desespero no olhar, se oferece:
— Eu a acompanharei.
Anselmo assente sem dizer nada e continuar comendo.
Tata sorri e me pergunta sobre as refeições de minha terra. Eu respondo com prazer, enquanto os demais também estão envolvidos.
Pela primeira vez, conversamos ao redor da mesa enquanto comemos e algumas risadas ecoam na estância e vejo Anselmo sorrir. Não diz nada, mas ao menos sorri.
— O que você acha de preparar uma comida espanhola um dia desses?
Arthur sorri alegre. Sabe que não tenho ideia de como cozinhar e responde:
— Parece-me uma excelente ideia.
Eu rio. Como pouco os envenenarei. Percebendo o olhar de seu pai, pergunto:
— Anselmo, você acha uma boa ideia?
— O que cozinhará para nós? – ele pergunta.
Penso rapidamente. Minhas especialidades são ovos fritos com batatas e bacon, omelete de batatas com cebola, pastéis, croquetes congelados e pouco mais. Em minha casa, com minha mãe e minhas duas avós tão boas cozinheiras, Não me preocupei em aprender. Mas determinada a não me deixar intimidar digo:
— O que você gostaria de experimentar da comida espanhola?
Ele me olha. Examina-me com seu olhar de aço e responde:
— Quando Luisa e eu viajamos para a Espanha há anos, provamos muitas coisas, – E se deixando levar pelas memórias, sorri e esclarece — a saborosa paeja. Pratos maravilhosos com grão de bico, feijão ou carne. E me lembro de um peixe nome bienmesabe*, que comemos no Cádiz, que era delicioso.
* Bienmesabe – também pode ser chamado de como cação marinado ou cação à milanesa.
Bienmesabe? Que peixe é esse? Acho que eu nunca provei, mas assento e murmurou:
— Ah, sim... É ótimo. Um dos melhores pescados que tem – E ao ver como todos me olham acrescento — Sem menosprezar os que têm aqui, é claro.
Anselmo me olha e pergunta:
— Que tal se você preparar no sábado para comermos? Tito, Hector e Joaquim estarão aqui e poderíamos ter uma refeição familiar antes da noite de festa.
Minha segurança quebra. Acho que me lancei muito inconscientemente ao ringue e o touro vai me pegar, mas ao ver como todos me olham aceito:
— Ótimo! Parece-me excelente.
— Você cozinhará Bienmesabe? – pergunta Anselmo.
Mãe... Mãe... Mãe, mas em que confusão estou me metendo, sozinha?
Respiro fundo, penso e respondo:
— Se eu encontrar, claro que sim! Você verá como me saio bem.
Arthur sorri. Não acredita em minhas palavras, mas eu, disposta a conseguir meu objetivo, concluo:
— Bem, no sábado, vocês já sabem, comidinha espanhola!
Quando terminamos de comer, conversamos com Tata sobre o almoço de sábado. Estou amedrontada. Depois de um tempo, Arthur pega minha mão e me leva para o jardim. Preciso de ar.
De repente, começo a dar risada. Isso é surreal. Meti-me em um babado sozinha e agora não sei como vou sair dele. Arthur, me beijando, cochicha:
— Caprichosa... Em que problema você voltou a se meter?
Meia hora mais tarde, a Tata nos chama. Anselmo quer Arthur e eu em seu escritório. Nervosa e sem soltar a mão do meu homem, entro no mausoléu onde nunca tinha ido. O escritório do Aguiar pai, é, no mínimo, impressionante.
Uma vez estando os três sentados, o pai de Arthur diz:
— Gostaria que vocês não me interrompessem tudo bem?
Nós assentimos.
— Como previu no primeiro dia em que se sentou à minha mesa, algum dia teria que pedir desculpas por tudo e isso é o que vou fazer, Lua. – Olho surpreendia e ele continua — Minha vida com Luisa não foi fácil por causa de sua profissão e nunca quis essa vida para nenhum dos meus filhos. E menos ainda para Arthur, que é o mais parecido comigo e o que mais fugiu das câmeras, flashes e da. – Toma ar — Sem você saber, Lua, cada vez que você me enfrentava, via minha Luisa e isso, ainda que me desesperasse, me agradava. Se tem algo que eu sempre gostei era a sua humanidade, sua paciência comigo para me fazer ver as coisas de outra forma, sua sensibilidade e saber que, se algum dia acontecesse algo comigo, ela lutaria por nossos filhos como uma leoa que era. E você não fica atrás. Durante dias, você enfrentou minha intolerância e minha falta de educação de uma forma que não posso criticar. Eu era o ogro que todo mundo vê em mim, e ainda assim, aqui está você, com uma maturidade que deixa a minha no chão – Ele sorri e eu também — Neste tempo, você não só amou meu filho, mas também a Pulgas, a Tata e todos os que entram nesta casa. Eu fiz uma proposta muito feia e muito tentadora que rejeitou e naquele dia percebi que você não era como eu pensava. Depois desse dia me dei conta que, por amor, você não tinha dito nada a meu filho. Porque não queria fazê-lo sofrer e enfrentar a mim. Na outra noite ouvi você falando no telefone com seu irmão e sua mãe. Eu estava na cozinha no escuro, e você não me viu. E fiquei surpreso quando, ao falar com sua mãe, você disse que eu era amável, bom e muito carinhoso com todos. Aí, garota... Naquele momento, percebi que minha atitude com você tinha que mudar. Mas então você chegou com vários chichaítos e foi impossível conversar com você, embora Arthur se encarregou de fazer e me colocar no meu lugar. – Respira fundo e, em seguida, continua: — Estou envergonhado, Lua. Se Luisa pudesse, retornaria do céu e me daria umas boas broncas por ser um velho intolerante e bastardo – Ele sorri e inconscientemente, eu também faço — Tive três filhos. Três homens e acho que estou percebendo que um dos meus problemas é que não sei como tratar uma mulher. Minha Luisa era minha esposa, uma leoa! Mas você é outro tipo de mulher, minha filha, a partir de agora, e não sei como tenho que te tratar para que se sinta bem. Estou morrendo de vergonha por ter me comportado com você como não merece, e espero que me dê a oportunidade de poder começar do zero e obrigá-la a beber leite, que já sei que não gosta, mesmo que você minta para sua mãe. – Observo-o emocionada — E, para concluir, graças a você, todos os Aguiar abriram os olhos a respeito de Preciosa e a verdade apareceu, apesar do meu filho desmiolado Omar se preocupar em esconder.
Minha respiração está tão acelerada que não consigo falar. Olho para Arthur. Ele sorri e pisca para mim e ao olhar novamente para seu pai e este reitera:
— Peço desculpas por tudo, Lua, como você disse. E eu te agradeço por tudo. Porque você merece. Sem dúvida alguma, sua chegada a esta casa marcou esta família em um antes e depois e agora só espero que o meu filho e você me perdoem e sejam muito felizes juntos.
Ele se cala e me olha esperando que eu diga algo. Mas estou tão nervosa que não sei o que dizer e como sempre, começo a rir. O Ogro e meu homem sorriem. Isso me tranquiliza e quando consigo recuperar o controle, segurando a mão de Arthur, digo:
— Eu nunca pensei que algum dia ouviria você dizer coisas tão lindas,
Anselmo. Claro que está perdoado e faço ideia de que essa situação não tem sido fácil para você. De repente, seu filho, esse que prometeu que nunca iria se casar com uma cantora, aparece e diz que vai fazê-lo justo com uma delas. Eu entendo, de verdade. – Ambos rimos e acrescento — Eu também peço desculpas por tudo que disse e que possa ter incomodado você.
— Está perdoada, filha. Totalmente perdoada. E agora que tudo ficou claro entre nós, quero pedir uma coisa. – Assento e acrescenta — Estou certo de que com essa voz que você tem e a família que vai formar, será bem sucedida no mundo da música. Só peço que não esqueça quem é agora e quem te ama como você é agora, não quando seja famosa. Mantenha os pés no o chão e tudo vai ficará bem.
— Eu prometo, Anselmo. Eu prometo que ficará bem.
Então o homem se levanta, abre os braços e sem a necessidade de dizer nada, sei o que quer e eu dou. Nós derretemos em um maravilhoso abraço. Arthur, que se manteve em silêncio todo esse tempo, nos observa. Eu olho e sei que agora está totalmente feliz.
Naquela noite, quando meu amor e eu fechamos a porta do meu quarto, me lembra do que ocorreu na parte da manhã, quando estávamos no mar. Sem demora coloco a música, a que sei que ele gosta: Maxwell. Arthur sorri.
Aproximo-me dele, o beijo na boca e instantes depois ele murmura enquanto morde meus lábios:
— Você pediu o que queria, coelhinha, e agora eu peço.
— O que você quer? – sussurro, beijando seu pescoço enquanto minhas mãos vão direto para sua virilha.
Sorrimos.
Ele olha desde sua altura com essa cara de presunçoso que me deixa louca. Excitada, dou um tapa, desabotôo o jeans e colocando a mão dentro, murmuro:
— Oh, sim... Assim que eu quero, sempre para mim. – E, me separando alguns milímetros, ordeno, enquanto me sento na beira da cama — Tire a roupa.
Lembro-me neste momento algo que li uma vez e decido colocar em prática. Sob seu olhar atento, busco minha bolsa, abro e sorrio ao encontrar o que eu procuro. Rapidamente, volto para cama e ao ver meu rosto, Arthur pergunta:
— O que você pegou?
Alegre, mostro uma bala de menta. Ele levanta as sobrancelhas e explico:
— Li em alguns lugares que isso aumenta o prazer.
Sorrimos enquanto desembrulho a bala e coloco na boca. O forte sabor da menta me faz estremecer.
Com sua atitude tão masculina, que como sempre me deixa extasiada, meu amor se livra dos sapatos, tira a camisa, as calças e a cueca.

3 comentários:

  1. Ohhh que fofo ainda bem que o ogro se deu conta das besteiras q estava fazendo .. Amando essa webb!!!!

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  2. muito lindo da parte do ogro feliz por eles ;))

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