Ao sair do quarto, ouço que Arthur discute com o pai. Não é pra menos.
Vou para o meu quarto e aproximo-me da janela, enquanto massageio a mão. Aspiro
amplamente o ar marinho que entra. Como este homem pode ter tudo e viver tão
amargo?
Penso em meus pais. O amor que eles demonstraram para Arthur desde o
início e eu me desespero. Por que eu não recebi isso também? Estou começando a
acalmar, quando a porta do quarto se abre. É Arthur, que fechando numa batida,
dispara:
— Se você continuar assim, nós vamos!
— O que?!
— O que você ouviu. É muito desconfortável estar no meio de vocês e...
— Não diga isso a mim, diga a ele. Você sabe perfeitamente bem que o
seu pai que está buscando isso continuamente e...
— Bem, você sabe que ele é mais esperto. Não vá para o seu jogo.
— E deixar-me afundar? O que me incomode? O que eu faço? – Respondi
irritada. — Inferno, Arthur... Com pouco e conhece para esperar isso de mim.
Aproximando-se de forma intimidadora, sibila:
— Espero que sabedoria, maturidade, equilíbrio. Você não se deu conta?
Irritada com seu tom de voz, eu me afasto e respondo:
— Não fale como ele. Eu não sou uma tonta.
— Bem, às vezes...
O cortei com o impulso de um tsunami.
— Você ia dizer que vocês se parecem? – Arthur não respondeu. Se cala
e como uma fera grito:
— Acabou! Quero sair daqui agora mesmo! Rendo-me. Seu pai tem estado
comigo. Foda-se o seu dinheiro, o casamento e tudo mais. Eu não posso
continuar!
Arthur não se move. Só me olha e, aproximando-me dele em atitude
intimidante, eu sigo:
— Não é fácil ver como o pai da pessoa mais importante na minha vida
me despreza continuamente, fala mal de mim, me humilha, me desacredita, porque
ele acredita que só quero o seu dinheiro ou que me lance ao estrelato como
cantora. Não é fácil ouvir que a tal Caty é a mulher ideal para você. Por que
você nunca me contou sobre ela?
— Porque ela é passado, Lua. Eu não perguntei por seus ex-namorados.
Não estou interessado.
Ele está certo. Nunca me perguntou e eu continuo:
— Segundo seu maravilhoso pai, ela é a mulher perfeita para você. Ela
vai fazer você feliz e eu uma porra miserável. Como você acha que eu me sinto
quando ouço isso? – Arthur não responde e continuou: — Não é fácil não mandar o
seu pai se foder cada vez que ele abre a boca, e me difama.
— Ok, querida, acalme-se. Seu tom de voz me faz saber que está se
segurando.
Tenho a boca tensa e poupo contar o episódio desagradável em que seu
pai tentou me chantagear com uma carreira musical para deixá-lo, a Loira
Tingida ou todos os desagrados que me faz todos os dias. Contar-lhe causaria
muitos danos, mas eu gritei furiosa:
— Seu pai não é um ogro, ele é um bastardo!
— Lua, não exagere.
— Não exagero, Arthur, desito! – eu digo com raiva. — Desde que eu
cheguei, eu tento entender que é especial, mas se comporta como uma diva!
Quando a diva era sua mãe! –Te dói que a mencione, mas eu não posso voltar
atrás. — Tudo o que faço ou digo é questionável, reprovável. Reconheça que ele
me tenta... E embora eu tente manter a minha língua, meu gênio e meu
temperamento controlado por você, se eu ficar aqui, eu acho que a má víbora em mim
vai sair e aí sim você vai me odiar. Então, me tire dessa casa!
Tenta me abraçar, mas eu o empurro. Dirijo-me para longe dele e não
deixá-lo vir para mim o afeta. O irrita. Arthur, que deve estar tão doente como
eu, explode e estamos envolvidos em uma tremenda discussão em que nenhum de nós
coloca freios em suas censuras ou reclamações.
Aos gritos, Arthur admitiu que tem dúvidas que eu quero continuar com
a minha
carreira de cantora. Eu respondo as suas dúvidas são infundadas e ele
me respondeu que ele viveu com uma cantora e sabe tudo sobre isso. Seus
comentários depreciativos me ferem. Vejo a vontade de seu pai se realizando e a
dúvida enerva-me ainda mais e eu fico como uma fera.
Ele não está longe atrás de nós e quando não podemos dizer mais nada,
abre a porta e vai embora.
Como sempre, me deixando sozinha.
Desesperada, eu olho para fora da janela e vejo se mover em direção a
garagem. Ouço o motor do carro e pouco depois que se vai.
Deito na cama e choro de angústia por um tempo. Quando me tranquilizo,
não sei o que fazer ou para onde ir. Enquanto olho ao redor do quarto, eu vejo
meu celular. Ocorre-me uma coisa. Pesquiso no Google sobre Caty Thomson,
pediatra.
Rapidamente aparecem várias páginas, abrindo uma delas vejo uma
pequena clínica pediátrica em Los Angeles. Bem! Todos os três estarão na mesma
cidade. Eu me desespero.
Busco fotos e as encontro. Caty é de pele escura e, para piorar as
coisas, de Porto Rico, como eles. Agora entendo por que Anselmo me chama
desdenhosamente de loira. Claro, eu não estou morena, como sua amada Caty.
Leio vários artigos em que ela está com Arthur, junto à Luisa e
Anselmo em vários eventos de caridade. Eles parecem felizes. Fala-se sobre o
seu suposto romance, mas nunca confirmado. Embora em outra série de fotos são
vistos na praia, se beijando. E pensar que a está beijando como me beijou,
quebra o meu coração. Irritada com a minha curiosidade absurda, atiro o celular
sobre a cama e volto a chorar.
A dor na mão alivia e durante horas aguardo o retorno de Arthur, mas
ele não volta.
Fico com dúvidas. Com ciúmes. Faz-me sentir terrível. Não desço para o
jantar, embora Tata me peça. Eu me recuso. Não quero estar na mesma sala com
aquele velho rabugento.
Choro e me desespero e às duas da manhã , quando eu sei que todos
estão dormindo, desço à cozinha para beber água. Entro no escuro e penso em meu
irmão Argen. Eu preciso falar com ele e, sem hesitação, me deixo cair no chão
em um canto da cozinha e, depois de calcular a diferença de horário, o chamo ao
telefone. Ouço dois toques e então:
— Oi, minha meninaaaaa.
Sua voz amorosa me emociona e começo a chorar. Argen se preocupa. Pede
que, por favor, pare de chorar e fale com ele. Rapidamente me recomponho. Eu
não posso fazer isso com o meu irmão e enxugando as lágrimas, lhe faço saber:
— É isso aí... E eu perdi.
— O que está acontecendo, Lua?
Eu preciso ser honesta, dizer a verdade e murmuro:
— Tudo está uma bagunça, Argen. Tudo está dando errado.
— Você está mal com Arthur?
— Com Arthur não, a porra do seu pai! Esse maldito Ogro acha que eu
estou com ele por dinheiro. Não acredita que estou apaixonada. Chama-me de
loira com desprezo. Entende que tenho 26 anos e não tenho um cérebro.
Rejeita-me por ser uma cantora e insiste em que seu filho não vai ser feliz
comigo e que ... E que... devo deixá-lo.
Meu irmão bufa e diz:
— Relaxe, Lua. Se esse homem diz é porque não te conhece. Se te
conhecesse...
— Ele não quer saber de me conhecer, Argen – lamento desesperada. — Só
quer me desesperar, humilhar e tira-me do sério por discutir comigo em todos os
momentos e que seu filho me odeie e finalmente me deixe. Hoje nos enfrentamos como
nunca e eu... Agora não sei onde Arthur está e...
De repente, ouço a minha mãe, que tira o telefone de meu irmão e
disse:
— Querida, como você está?
Engolindo o nó de emoções que não me deixa viver, eu respondo:
— Oi, mãe. Eu estou bem... Muito bem.
— Como esta a família de Arthur?
Aí como queria mais , postr dois desse ♥
ResponderExcluirTadinhaaa de Lua.... Ela tem que ir embora dessa casa..... Afff arthur tá igual o pai dois chatos.... Posta outro hj!!!!!!! Necessitoo
ResponderExcluirTadinha da lua, posta maiss
ResponderExcluirMDS vc para na melhor parte!! Mais
ResponderExcluirSai dessa casa Lua, essa casa só trás infelicidade pra você. Postaaaa maiiiiiiis.....
ResponderExcluirbixinha da Lua esse ogro filho da p---
ResponderExcluirTadinha da Lua
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