Capítulo 93:
Assim
que chegamos ao circuito, encontramos Roberto na entrada. Ele me cumprimenta e
me diz para esperar meu pai na reta dos boxes. Explico a Arthur como chegar lá
e ele brinca comigo, dando aceleradas que me fazem gritar e me segurar nele.
Ao
chegarmos aos boxes, ninguém está lá. Descemos da moto e fico olhando para ela.
É
linda.
—
Quer que eu te ensine a usar?
Sua
pergunta me surpreende e eu reajo como uma criança.
—
Hummm, não sei.
— Tem
medo?
—
Nããããão.
—
Então qual é o problema?
O sol
bate direto no meu rosto e eu pisco um olho para enxergar Arthur melhor.
—
Tenho medo de cair e de estragá-la.
— Não
vou te deixar cair — responde com segurança.
Isso
me faz sorrir. Esse é Arthur, um homem seguro.
Por
fim, incentivada por ele, subo na moto. Olho ao redor e vejo que meu pai ainda não
apareceu. Durante alguns minutos, Arthur me explica que as marchas estão no pé esquerdo,
depois me indica como acelerar, como usar a embreagem e como frear. Em seguida
arranca com a moto.
—
Uau, que barulho incrível!
— As
Ducati todas têm esse som assim, menina. Forte e rouco. Agora vem, engata a primeira
e...
Faço
o que ele me pede e a moto morre.
Com
um sorriso carinhoso, ele arranca outra vez.
—
Isso é como um carro, querida. Se você soltar a embreagem depressa, o carro morre.
Engate a primeira, solte devagarzinho e acelere.
Me
chamou de “querida” duas vezes em menos de duas horas. Uau!
Volto
a engatar a primeira, solto devagarzinho e, droga!, a moto morre de novo.
— Não
se preocupe. — Ri, aproximando-se de mim.
Repete
tudo e desta vez eu me concentro. Engato a primeira, solto devagarzinho a embreagem
e acelero. A moto começa a andar e ele aplaude enquanto dou gritinhos. De repente
eu freio e a moto dá um tranco. Arthur grita e vem correndo.
— Se
você frear só com o freio dianteiro, pode cair.
— Ok.
Repetimos
o processo vinte vezes e cada vez eu me saio pior. Freio pior e não me conformo.
A cara de Arthur é impagável.
—
Vamos, desça da moto.
—
Nããããão... Quero aprender!
—
Outro dia continuamos com as aulas — insiste.
— Ah,
por favor, Arthur... não seja desmancha-prazeres.
Seus olhos
não sorriem. Está tenso.
—
Chega, Lu. Não quero que você quebre a cabeça.
Mas
eu já tomei gosto pela coisa e agora quero continuar.
— Só
mais uma vez, por favor. Só mais uma.
Arthur
olha para mim, muito sério, mas acaba cedendo.
— Só
uma vez, e depois você desce, combinado?
—
Ebaaaa! Então engato a primeira e... — Ao ver seu rosto tenso, pergunto: — Vem cá,
por que você está tão preocupado?
— Lu...
tenho medo que você se machuque.
—
Você fica angustiado quando não sabe o que vai acontecer?
—
Fico.
— Por
quê?
Sem
entender minhas perguntas e com a testa franzida, responde:
—
Porque preciso saber que você está bem e que não vai te acontecer nada.
Arranco
de novo. Engato a primeira, solto a embreagem e acelero com cuidado. A moto vai
devagarzinho e Arthur está ao lado.
— Arthur!
— Que
foi?
—
Fique sabendo que a angústia que você acaba de sentir nem se compara com a que senti
por sua causa nessas duas semanas. E, agora, olha só isso!
Engato
a segunda, acelero e a moto se movimenta. Ponho a terceira... quarta e saio diretamente
ao circuito. Pelo retrovisor eu o vejo boquiaberto e então sorrio. Estou empolgada
por dirigir uma moto outra vez. É algo de que sempre gostei e que me proporciona
liberdade. Enquanto faço as curvas do circuito de Jerez, penso em Arthur. Em sua
cara de preocupação. E volto a sorrir. Eu o imagino nos boxes, sozinho e desconcertado.
Acelero.
Saio da pista e entro
nos boxes. Está sentado num degrau. Quando me vê, levanta-se.Capítulo 94:
Sua
expressão é dura. Iceman está de volta. Mas, feliz por tê-lo feito sofrer por
alguns minutos, chego até ele e freio bruscamente sem desligar o motor. Tiro o
capacete e, no melhor estilo As panteras, olho para ele.
— Vem
cá, Arthur, você achava mesmo que a filha de um mecânico não sabia dirigir uma moto?
Arthur
se aproxima de mim. Parece prestes a me dizer alguma coisa não muito amigável, até
que me segura pelo pescoço e me beija com verdadeira paixão. Ainda em cima da moto,
eu o agarro e devoro até que escuto a voz do meu pai.
— Eu
já sabia que a mulher que estava correndo na pista era minha
moreninha.
Rapidamente
me separo de Arthur. Pisco para ele, o que o faz sorrir, e me viro na direção do
meu pai.
—
Pai, esse aqui é um amigo meu. Arthur Aguiar.
Meu
pai sorri e o examina de alto a baixo. Sei que ele sabe que esse é o homem que não
sai da minha cabeça. Arthur dá um passo à frente e apertam as mãos com força.
—
Prazer em conhecê-lo, senhor Blanco.
— Me
chame de Manuel, rapaz, ou terei que te chamar por esse sobrenome esquisito que
você tem.
Ambos
sorriem e sei que foram com a cara um do outro. Depois, Arthur olha para mim e se
dirige ao meu pai:
—
Manuel, o senhor tem uma filha meio mentirosa. Tinha me dito que não sabia
dirigir uma moto e, depois de me fazer ensinar a ela como usar a embreagem,
saiu disparada como uma flecha.
—
Você disse isso a ele, sua sem-vergonha? — meu pai brinca.
Confirmo
com a cabeça, achando graça.
— Arthur,
minha moreninha foi campeã de motocross de Jerez por vários anos e, hoje em dia,
continua ganhando prêmios.
— Sério?
—
Aham — eu digo, divertindo-me.
Durante
um tempo, Arthur e meu pai ficam fazendo graça e eu entro na brincadeira.
Estou
diante dos dois homens que mais amo na vida e isso me faz feliz. Alguns
instantes depois, meu pai começa a andar e volta em nossa direção.
— Me
acompanhem, crianças.
Quando
vou seguir meu pai, Arthur me agarra pela cintura e me puxa para si.
—
Moreninha, você é uma caixinha de surpresas.
Pisco
para ele e finjo lhe dar um soco na barriga que o faz rir.
—
Cuidado com o olho, porque também fui campeã regional de caratê.
Eu o
escuto assobiar, surpreso, quando meu pai diz ao entrar num boxe:
—
Olha o que preparei pra você.
Bem
na minha frente está a moto com a qual ganhei esses prêmios de motocross.
Limpa
e reluzente. Uma Ducati Vox Mx 530 de 2007. Emocionada, ando até lá e subo nela.
O celular do meu pai começa a tocar e ele sai do boxe para atender. Arranco com
a moto e seu som áspero ecoa ao nosso redor. Depois olho para Arthur e digo
enquanto ele dá risada:
— Já
te disse que adoro o barulho forte e rouco das Ducati?
Kkkkkkkkk rachei de rir essa Lua é mala
ResponderExcluircoitado do Arthur quase deu um treco kkkkk
adoreeeei u.u
Essa Lua kkkkkkkkk.Quero namoro logoo.Maaaais perfeitoo
ResponderExcluirQ lindooooooooooo , os capítulos deveriam ser mais longos , ameiiiiiiiii
ResponderExcluirKkkkkkk que lindos ....ah Lua esta bem apaixona ....
ResponderExcluirCada dia melhor sua web
ResponderExcluirADOREIIII' Continuaa
ResponderExcluirAdoreiiiiii....muito perfeita essa web!!! Momento descontraído do casal!!!! Adorei.. Posta maissssss!!!!!!!
ResponderExcluirAi que lindos !!
ResponderExcluirQue bom que sogro w genro se deram bem kkkk
Posta +++++++
Ameeii *-*
e *
Excluir