Treinando a Mamãe - Capitulo 36

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Consegui dar conta e me surpreendi por isso. A noite chegou logo, bem... Por um lado é bom. Tempo correr rápido as vezes é bom. Por outro lado foi ruim, Amy iria embora. Acordei de 2 da manhã, depois de 4 da manhã... Em seguida ás 6 da manhã, e agora eram 9:40 e estava eu, trocando a frauda da Thammy. Felizmente o Théo estava dormindo. Infelizmente eu estava exausta.
Amy dormia na minha cama. Suas malas já estavam prontas na sala. Mais uma vez, eu estava passando por aquela agonia de saber que ela iria embora. Desperdicei 6 fraudas para trocar o Théo ontem a noite com a ajuda da Amy, que me ajudou muito por sinal. Hoje gastei mais 6 fraudas para acertar uma na bebe. Thammy estava pronta.  Coloquei ela no berço e apaguei o abajur... Ela tinha que dormir, ou então eu iria enlouquecer. Encostei a porta do quarto deles e sai em passos lentos. Tive uma breve sensação de que Arthur chegaria cedo, igual da outra vez. Fiquei parada na sala observando a porta. Mas não... A campainha não  tocou. Meus seios estavam inchados e doloridos, meu corpo pesado e eu estava faminta. Suspirei fundo e me virei em direção a cozinha. Amy estava saindo do quarto.
- Ué, já acordou? - Franzi o cenho, e perguntei num tom baixo.
Eu não tinha percebido de primeira, mas ela estava chorando. Seu rosto estava sim molhado pelas lágrimas. Me preocupei e fui até ela. Lhe abracei antes de tornar a falar, e caminhamos até o sofá.
- O que houve, dengo? - Sentamos no sofá, e eu segurei seu rosto com as duas mãos.
- Vou embora hoje. - Seu choro era silencioso, ainda estava controlando-o.
- Eu sei. - Com certeza os meus olhos estavam transmitindo a tristeza de saber.
- Não queria ir, não mesmo. - Abaixou a cabeça, e se entregou ao choro.
Eu contrai os lábios, e fiz força para me manter sob controle. Mas vê-la chorando daquele jeito era de dar nó no coração. Doía toda aquela situação. Me pergunto como seria a minha vida hoje se a Amy não estivesse vindo, se eu nunca tivesse conhecido ela, se o Arthur nunca tivesse voltado.
- Amy... - Tentei lhe acalmar. Mas nem eu mesma conseguia me acalmar.
- Meu pai não vai mais de deixar voltar. Eu sei que não. Eu tenho que fazer alguma coisa. - Estava ficando nervosa, o choro estava muito extenso.
- Amy, Calma! - Falei firme lhe olhando nos olhos. - Calma.
- Não quero ir... - Seu corpo sacudia com o choro desesperador ás 10 da manhã. - Você vai esquecer de mim, pra sempre.
- Claro que não sua boba. - Afaguei seu cabelo desalinhado. - Você é meu xodó, minha pequena, minha... Eternamente minha. Não tem ninguém que faça você sair do meu coração, do meu pensamento. Amy, você me ensinou a ser mãe, você me ensinou a amar de verdade. - Pausei contendo o choro. - Você me ensinou a viver, meu amor.
- Você também. Me. Ensinou. A viver. - Falou hesitando, em meio ao choro. - Você me ensinou a segurar bebes. - Vi um sorriso lutar contra o choro.
- Você me ajudou a trocar frauda... - Também sorri, com os olhos cheios de lágrimas.
- Depois de 6 jogada fora.
- Gosto do numero 7. - Não consegui conter. Senti as lágrimas rolarem pelo meu rosto.
- E eu gosto de você. - Disse, acariciando meu rosto. - Muito... Mamãe.
- Eu também gosto de você, muito... Filha. - Fechei os olhos sentindo aquele toque.
Ela me abraçou forte, e eu retribui aquele abraço. Talvez não visse mesmo ela, nem tão cedo... Pelo menos enquanto ela estivesse sobre os cuidados de Arthur. Mas o amor que nasceu entre nos duas, o elo, a força, a amizade, a cumplicidade... É, é muito grande não morre com distancia.

A campainha tocou e meu corão bateu na boca. Era ele. Arthur iria levar a minha menininha.
Levantei com ela. Bem... Ela levantou a contragosto, mas eu segurei firme a sua mão e caminhamos até a porta. Não estava afim de encará-lo novamente, mas pela minha filha eu comecei a sentir a obrigação de fazer qualquer coisa. Por ela, só por ela! Abri a porta e ele estava la diante de nós. Vestindo uma calça jeans escura, uma camisa de linho cinza e um blazer preto. bem formal. O cabelo escuro meio bagunçado, e um óculos preto que logo retirou ao nos olhar. Amy lhe olhou e ele sorriu para ela. Eu lhe encarava, e ele sentia aquele meu olhar furioso. Era tão petulante que me olhou de relance, e voltou o olhar para a Amy, como se eu não estivesse ali.
- Entra, papai. - Disse, num tom falho, apertando a minha mão.
- Não, princesa. Pega suas coisas e vamos. - Ele disse seco.
- Entra, por favor.- Ele percebeu o semblante de choro dela. E eu vi no seu olhar que aquilo lhe incomodou. Ela estava quase tornando a chorar novamente. Tentei lhe tranquilizar, com o simples toque na sua mão. - Por favor papai. -  Era uma suplica, ela estendeu a mão livre e a contragosto ele segurou, entrando na minha casa. Sem dar nenhuma palavra, e sem soltar a mão dela eu em empurrei a porta, fechando-a.
Ele largou a outra mão dela, e lhe olhou.
- Vamos, Amy.
- Conversa um pouco, com a minha mãe. - Sua voz era chorosa. Ela iria começar a chorar a partir daquele momento.
- Amy, temos que ir. - Arthur tava ficando nervoso, ou impaciente.
- Então vai ver os bebes. - Aquilo tava me deixando agoniada. Ela insistindo nervosa, ver o estado dela. Nunca tinha visto-a assim. Da primeira vez ela não ficou desse jeito.
Larguei a mão dela sentando no braço do sofá e lhe virei para mim, Segurando seus ombros.
- Não insiste.- Disse, com um nó na garganta, ao ver os olhos dela cheios de lágrimas prestes a rolarem em seu rosto.
- Mas... Mas... Papai. - Ela quis virar para ele, mas eu impedi. Mantive-a me olhando.
- Não Amy, não! Ele não quer, ele não está interessado nos bebes. Fica tranquila. Eu vou ficar bem. - Falei firme, passando por cima da minha louca vontade de chorar. - Não vai embora, com esse sentindo de despedida, você sabe que eu odeio despedidas... E você também odeia, ou começa a odiar agora.
Ela largou a minha mão, e ficou em frente ao sofá, nos olhando. Chorando por sinal. Eu permaneci sentada.
- Pai... Deixa eu ficar.
- Amy, não começa.
- Por favor... - Aquela forma que ela tava lhe olhando... implorando, suplicando. Aquilo me matou. Ele continuava Áspero.
- Amy, você não vê? O que você quer? Ficar com uma mulher que te abandonou sem ao menos te olhar, quando você nasceu? - Sua voz aumentou de tom agora. Eu ergui os olhos incrédula e me levantei lhe encarando.
Ela sentou-se no sofá aos prantos. O que ele estava pensando? Porque fazer aquilo, falar aquilo, agir daquele jeito?
- Ei, O que você quer? - Fiquei frente a frente com ele. - Não precisa piorar as coisas, não está vendo o estado dela?
- Conheço a minha filha, não se mete Lua. Ao contrario de você, eu conheço a minha filha.
- MINHA FILHA TAMBÉM. - Gritei, perdi a cabeça. Definitivamente eu me descontrolei.
- Tá bom... Eu vou Pai, eu vou. - Ela levantou apavorada ao perceber o começo de uma briga feia.
- VOCÊ A HA O QUE? QUE PODE ARMAR TODO ESSE CIRCO, FAZER EU ME APEGAR... A-a... apegar - Minha voz falho. - Simplesmente, tratar de tudo depois como se nada tivesse acontecido? Você que criou isso Arthur, e o que você quer agora? Dar uma lição de moral em mim? Qual é a moral  que você tem?
- A Moral de pai, Moral de mãe... De responsável. Dei amor, carinho, atenção, um teto... - Me encarava também. - Coisa que você Lua. Você não fez a minima questão de fazer.
- E cade a moral de pai agora? Com os seus dois filhos lá no quarto, e você nem ai? Cade? - Lhe olhava com desdem, mas tinha abaixado o tom de voz. - Cade seu amor, seu carinho, sua atenção, cade? Você deu o troco em mim, e agora quer ter moral? Está fazendo a mesma coisa... OW... Canalha.
Passei a lhe olhar com entoo.
- VOCÊ NÃO SABE DE NADA! - Alterou a voz mais uma vez, manuseando a mão para me amedrontar. Não tinha medo de homem e essa não iria ser a primeira vez.
Em meio aquela confusão, Amy começou a passar mal. Tinha colocado a mão na garganta e parecia não conseguir respirar. Enquanto ela puxava o ar, eu virei ao perceber que tinha algo errado. Lhe vi com os lábios roxos.

                                                                                                                          Continua...................
louise bonora
Assim como vcs a gente também tem vida pessoal; trabalha, estuda e com o tempo temos que focar em certas coisa.

12 comentários:

  1. ameei a atitude da lua, e agora oq o Arthur vai fazer... UI...UI

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  2. oq sera q eles vao fazeer??? amando a web posta assim que puder. Izadora B.

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  3. Arrasou Lua \Õ/ tadinha da Amy triste uma situação dessa...
    Arthur está agindo da mesma forma se ele achou errada e tudo de ruim a atitude dela ñ deveria fazer igual.
    adoreeeeei :D

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  4. E agoraaaa ai meu deus curiosidade mata !!??

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  5. Amandooooo demais, Tadinho da Amy e dos bebes!

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  6. Eu sei amor, eu sei.. Posta mais, tá divoooooowh está web 😍✌️

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  7. briga feia da lua e do thur . tadinha da amy,ela é quem mais sofre com tudo isso Xx adaline

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  8. Ai deus, tadenha da Lua e da Amy :( :( que ódio do Arthur, tomara que ela se case e apareça no mundo inteiro e o Arthur veja e se sinta mal muito mal por ter abandonada

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