Peça-me o que quiser (Adaptada)- Capítulos 76 e 77

|

Dedicado á Luh  <3


Capítulo 76:

— Por que você acha que pode me fazer sofrer?

— Eu não acho... eu sei.

— Essa resposta não vale. Me diz: por quê?

Arthur me observa em silêncio. Tenho a sensação de que estou prestes a explodir, como uma cafeteira italiana.

— Você é uma garota ótima que merece alguém melhor.

— Alguém melhor?

— Sim.

Me mexo inquieta. Sei do que ele está falando, mas quero que se expresse com clareza.

— Quando você se refere a alguém, é...

— Me refiro a alguém que cuide de você e que te trate como você merece. Talvez esse tal de Fernando...

Escutar esse nome me deixa sem palavras.

— Não coloque Fernando nessa história, ok?

Arthur faz que sim com a cabeça. Um silêncio constrangedor volta a se instalar entre nós.

— Você merece alguém que te diga lindas palavras de amor.

— Você já faz isso, Arthur.

— Não, Lu, não minto, você sabe que não faço isso.

Tento relaxar o ambiente, que está ficando pesado.

— Tá bom... você nunca me disse coisas carinhosas, mas me trata bem e vejo que se preocupa comigo. Por que está dizendo isso tudo?

— Lu... seja realista — Arthur endurece a voz. — A palavra “sexo” te dá alguma pista?

Sorrio com amargura. Ele percebe.

— Sim, claro que me dá pistas — digo, interrompendo o que ele estava a ponto de dizer. — Me indica que foi o sexo que nos uniu. Mas, quando duas pessoas se conhecem e se atraem, a primeira coisa que precisa surgir entre elas é química. E nós dois temos química.

— Com esse tal de Fernando também rola química?

De novo menciona Fernando. Isso me incomoda. Me enfurece. Por que não para de falar no Fernando?

— Estou aguardando sua resposta, Lu — insiste, quando vê que eu não respondo.

— Vem cá, você pode esquecer o Fernando de uma vez por todas? Isso é da minha vida particular. Por acaso eu te pergunto sobre sua vida particular? — Ele nega com a cabeça e continuo: — Não entendo aonde você quer chegar, não acho que eu tenha te pedido nada e...

— Não vou te dar nada que não seja sexo.

Sua resposta é irrebatível e minha respiração fica entrecortada. Não entendo suas mudanças de humor. Uma hora ele me olha com devoção e logo depois diz que entre nós só haverá sexo.

— Não tem problema, Arthur. Sou suficientemente crescida para poder escolher com quem vou pra cama e com quem não vou.

— Claro, e espero que você faça isso mesmo. Mas eu não te dei opção.

— Ah, não?

— Não, Lu. Simplesmente gostei de você e te procurei. É o que sempre faço quando alguém me atrai.

Essa resposta me atinge em cheio.

— Babaca! — grito enfurecida. — Agora você está se comportando como um verdadeiro babaca.

Não se move. Não responde.

Arthur se limita a me olhar e a aceitar meus insultos.

— Lu... pode me xingar se quiser, mas você sabe que é verdade. Fui eu que desde o primeiro dia que te vi provoquei tudo o que houve entre a gente. No arquivo. No restaurante aonde te levei. No quarto do meu hotel, quando fiquei assistindo enquanto outra mulher te possuía. Na casa de swing de Barcelona. Você nunca tinha feito nada disso. Mas eu te levei pro meu mundo. Admite, pequena.

— Mas Arthur...

— Há pouco tempo você disse que não quer participar das minhas brincadeiras, esqueceu?

Está certo... de novo ele está certo.

— Gosto de tudo que faço com você — respondo, perdendo toda a razão que ele disse que tenho. — Seu jogo me atrai e...

— Eu sei, pequena, eu sei — diz, colocando a mão na minha perna. — Mas isso não me impede de pensar que não sou o homem que te merece e que talvez outra pessoa te faça mais feliz. — Está claro em quem Arthur está pensando, mas desta vez não toca no nome dele. — Olha, Lu, gosto de sexo, gosto de jogos eróticos e pervertidos, e adoro ver uma mulher sentir prazer. Neste momento, essa mulher é você, mas algo me diz que preciso parar, que você não deveria entrar no meu jogo ou...

— Não sou a santa que você supõe. Já tive várias relações e...

Meu comentário o faz sorrir e ele me interrompe:

— Lu... para mim você é uma santa, sim. O que você fez nas suas relações anteriores não tem nada a ver com o que quero que você faça comigo.

Meu estômago se contrai.

Só de pensar no que ele quer fazer comigo, fico com a boca seca.

— O que você quer fazer comigo?

— Tudo, Lu, com você eu quero fazer de tudo.

— Estamos falando só de sexo?

A pergunta o pega de surpresa.

Seus olhos não me enganam. Sei que há algo que guarda para si e preciso saber o que é.

— Não. E esse é o problema. Não posso permitir que você fique muito envolvida comigo.

— Mas por quê?

Não responde.

Apenas encosta sua testa na minha e fecha os olhos. Não quer olhar para mim. Não quer responder. Sei que está acontecendo com ele o mesmo que comigo. Sente algo mais, mas não quer admitir.

Permanecemos assim por alguns minutos, até que aproximo minha boca da sua e sussurro:

— Eu te desejo.

Arthur continua com os olhos fechados. De repente, parece muito cansado. Não entendo o que está acontecendo com ele.





Capítulo 77:

— Hoje não, pequena. Um movimento errado e posso acabar machucando seu braço.

— Mas nem está doendo mais... — explico.

— Lu...

— Eu te desejo e quero fazer amor com você. É pedir muito? Daqui a pouco você vai embora e, considerando tudo o que disse, não sei se quando você voltar estaremos juntos de novo.

Minhas palavras o comovem. Consigo ver em seu rosto.

Finalmente aproxima seus lábios dos meus e me dá um beijo doce e cheio de carinho.

— Posso ficar com você esta noite?

Claro. Quero que ele fique sempre.

Mas suas palavras e em especial seu olhar me soam a despedida e, inexplicavelmente, meus olhos se enchem de lágrimas. Arthur as enxuga, mas não diz nada. Depois se levanta e me estende a mão. Eu a pego e vamos juntos até meu quarto.

Ali dentro, ele tira a roupa e eu o observo.

Arthur é grande, forte e sensual.

Seu porte é magnífico e viril, e isso umedece não apenas minha boca.

Quando ele já está nu, pega debaixo do travesseiro meu pijama do Taz, senta na cama e eu me aproximo. Deixo que tire minha roupa. Ele o faz lentamente e com ternura, sem parar de me olhar nos olhos. Quando estou completamente nua, Arthur se levanta e me abraça. Me abraça e me aperta com delicadeza contra seu corpo, e eu sinto que, apesar de seu tamanho todo, ele se refugia em mim.

Estamos nus. Pele com pele. Pulsação com pulsação.

Ele baixa a cabeça à procura da minha boca. Eu a dou. Eu a ofereço. Sou sua sem que ele me peça.

Seus lábios saborosos encostam nos meus com uma delicadeza que me provoca arrepios, e depois faz aquilo de que tanto gosto. Passa a língua pelo meu lábio superior, em seguida o inferior, e, quando espero o ataque à minha boca, faz algo que me surpreende. Pega minha cabeça com as duas mãos e me beija com suavidade.

Sua língua molhada passeia com deleite por dentro da minha boca e eu deixo enquanto sinto entre as pernas minha própria umidade e a ereção dele. Quando seu beijo doce e pausado está me tirando o fôlego, Arthur se separa de mim e senta de novo na cama. Não para de me olhar e, atraída como um ímã, eu monto nele.

— Pequena... — diz com sua voz rouca. — Cuidado com seu braço.

Hipnotizada, minha cabeça concorda e sinto as pontas de seus dedos subindo por minha coluna e desenhando círculos em minha pele. Fecho os olhos e desfruto do contato e da delicadeza de seus desenhos. Quando os abro, sua boca procura a minha e me beija com carinho enquanto ele me aperta contra si. De um jeito calmo e pausado, ficamos uns dez minutos trocando mil carícias, até que minha impaciência me faz levantar sobre suas pernas e eu mesma enfio em mim seu pênis duro e excitado.

Minha carne se abre para recebê-lo e eu solto um gemido ao sentir sua invasão. Arthur fecha os olhos com força e sinto que se contrai para manter o autocontrole. Lentamente movo meus quadris pra frente e pra trás em busca de nosso prazer. Espero um tapa, um forte golpe que me atravesse, mas não. Arthur apenas me olha e se deixa levar por meus movimentos como uma onda em calmaria.

— O que houve? — sussurro inquieta. — O que você tem?

— Estou cansado, querida.

Sua voz sensual me chamando de “querida”, suas palavras e a suavidade de seus dedos ao passar pelo meu corpo me envolvem.

Agora eu estou entendendo!

Ele está tentando fazer o que lhe pedi. Fazer amor. Nada de tapinhas. Nada de penetrações fortes. Nada de exigências. Mas neste momento, com ele dentro de mim, eu não quero isso. Quero ceder aos seus caprichos, às suas ordens. Quero que seu prazer seja meu prazer. Quero... quero... quero.

Comovida pelo controle que vejo em seu olhar, me deixo levar pelo prazer, decido aproveitar o que ele está fazendo por mim e convencê-lo a mudar de ideia para que me possua como quero que ele faça. Levo sua boca aos meus seios. Arthur aceita e os lambe com doçura, com ternura. O calor se apodera de mim, e ao mesmo tempo sinto que Arthur deixou o momento por minha conta. Me reviro em busca do meu próprio prazer e consigo alcançá-lo. Respiro ofegante. Me aperto contra ele. Grito e solto um gemido. Seu corpo estremece enquanto o meu vibra enlouquecido porque seu lado bruto e selvagem assume o comando da situação e me penetra com avidez.

Preciso disso!

Desejo isso!

Quero que minhas vontades sejam as suas, mas Arthur se recusa. Não quer entrar no meu jogo e, finalmente, quando o calor inunda meu desejo inflamado, apoio os braços em suas coxas e sou eu que me movo de forma brusca. Estou à procura do meu prazer, louca para encontrá-lo. Quando o orgasmo vem, grito e me contorço em cima dele e, então, apenas então, Arthur agarra minha cintura. Sinto a tensão de suas mãos, ele me aperta uma só vez contra seu corpo e logo se deixa levar em silêncio.

Permaneço abraçada a ele alguns minutos.

Não entendo por que se comportou desse jeito.

— Lu... é disso que eu estava falando. Para eu conseguir ter prazer no sexo, preciso de muito mais.

Me recuso a olhar para ele.

Me recuso a soltá-lo.

Não quero que isso acabe e menos ainda perdê-lo.

Mas, por fim, Arthur se levanta da cama e me arrasta com ele. Pega um lenço de papel da mesinha de cabeceira e me limpa. Depois se limpa. Sem dizer nada, pega o pijama do Taz. Põe o short em mim e depois a blusa de alcinha. Ele veste a cueca. Apaga a luz e me obriga a deitar ao seu lado. Desta vez me vira e me abraça por trás. Está preocupado em não machucar meu braço. Não falamos nada. Apenas tentamos descansar enquanto ouvimos o som das nossas próprias respirações em nossa despedida.



Meninas eles ainda não decidiram o que são. Mas eu garanto que daqui a uns capítulos vão ser oficialmente namorados, mas não é para já :(

Anonimo- Acho que seria mais bonito se postasse a trilogia inteira ou não? Não tinha lógica postar só essa linda :)

13 comentários:

  1. Ah não ! Que despedida o que ?! Eles não vivem um sem o outro !!
    Posta +++++++++
    Ameeii *-*

    ResponderExcluir
  2. Amore então se vc vai postar a trilogia inteira, tem base de quantos capitulos vão ser? Obrigado por me responder linda :)

    ResponderExcluir
  3. Ah não, despedida não ! Eles se amam soh não perceberam ainda... Posta +++++++
    Amando muito mais em 3.2.........1

    ResponderExcluir
  4. Loca para que eles começem a namora ligo ;)

    ResponderExcluir
  5. Despedida não :( ,quero namoro,triste,nao quero eles separados :(.maaais por favor mais

    ResponderExcluir
  6. Ahhhh tadinhossss.... Anciosaaaa de.mais pelo proximoooo!!!

    ResponderExcluir
  7. A Lua ta ficando tarada kkkk Arthur ta escondendo algo serio ? kkk me conta kkk ansiosa ;)

    ResponderExcluir
  8. Tem tempo q tou pra perguntar oq é trilogia mesmo?
    +++

    ResponderExcluir
  9. Aaaahhh quero chora ... Isso foi uma despedida .... Amo essa web amo msm!!!!! Eh vou adora mais ainda quando eles forem namorados

    ResponderExcluir
  10. Adoro essa web..ansiosa para os próximos capitulos

    ResponderExcluir
  11. Minha nossa essa pigoita da Lua uma hora quer uma coisa outrora outra, nããoo Arthur ta querendo dizer ñ mais o ♡ de um pertence ao outro
    não gosteii :-/ dessa de despedida.
    Adorandooo Jess *-*

    ResponderExcluir