Capítulo 25:
Que
roupa eu coloco?
Acabo
vestindo uma calça jeans e uma blusa preta do Guns’n’Roses que ganhei de presente
da minha amiga Ana. Prendo o cabelo num rabo alto e às 13h o interfone toca.
Que
pontual! Certa de que é ele, não atendo. Que tente de novo. Dez segundos
depois, toca novamente. Sorrio. Pego o interfone e pergunto indiferente:
—
Sim?
—
Desce. Estou te esperando.
Uau!
Nem um bom-dia, nem nada.
O
Senhor Mandão está de volta!
Depois
de beijar a cabeça do Trampo, saio de casa esperando que meu look com jeans não
lhe agrade nem um pouco e que ele desista de sair comigo. Mas fico maravilhada quando
chego à rua e o vejo de calça jeans e blusa preta ao lado de uma espetacular Ferrari
vermelha que me deixa sem palavras. Ah, se meu pai visse isso!
O
sorriso volta a meus lábios. Adorei!
— É
sua? — pergunto, aproximando-me de Arthur.
Dá de
ombros e não responde.
Então
presumo que o carro é alugado e me apaixono à primeira vista por aquela máquina
imponente. Passo a mão com delicadeza, enquanto sinto que Arthur olha para mim.
—
Posso dirigir? — pergunto.
—
Não.
— Ah,
vaaaaaai — insisto. — Não seja desmancha-prazeres. Deixa, por favor!
Meu pai tem
uma oficina mecânica e te garanto que sei o que fazer.
Arthur
olha para mim. Eu olho de volta.
Ele
suspira e eu sorrio. Por fim, nega com a cabeça.
— Me
mostre Madri e, se você se comportar direitinho, talvez eu deixe você dirigir.
— Isso me empolga e ele continua: — Eu dirijo e você me diz aonde ir. Então,
aonde vamos?
Fico
pensando um minuto, mas em seguida respondo:
— O
que acha de irmos à parte mais turística de Madri? Plaza Mayor, Puerta del Sol,
Palacio Real, conhece?
Não
responde, então dou a direção e mergulhamos no trânsito. Enquanto ele dirige, aproveito
o fato de estar numa Ferrari. Surreal! Aumento o volume do rádio. Adoro essa música
de Juanes. Arthur abaixa o volume. Aumento de novo. Ele abaixa mais uma vez.
—
Assim não consigo ouvir a música! — protesto.
—
Está surda?
—
Não... não estou, mas um pouco de animação dentro de um carro não é nada mau.
— Mas
também tem que cantar?
Essa
pergunta me pega tão de surpresa que respondo:
—
Qual é o problema? Você não canta nunca?
—
Não.
— Por
quê?
Contrai
a expressão do rosto enquanto pensa... pensa... e pensa.
—
Sinceramente, não sei — responde, enfim.
Espantada
com isso, eu olho para ele e digo:
— Mas
ouvir música é uma coisa maravilhosa. Minha mãe sempre dizia que quem canta
seus males espanta, e algumas letras podem ser tão significativas pro ser
humano que até são capazes de nos ajudar a entendermos nossos sentimentos.
—
Você fala da sua mãe no passado. Por quê?
—
Morreu de câncer há alguns anos.
Arthur
toca minha mão.
—
Sinto muito, Lu — murmura.
Faço
um gesto de compreensão com a cabeça e, sem querer parar de falar sobre a minha
mãe, acrescento:
— Ela
adorava cantar e eu também adoro.
— E
você não tem vergonha de cantar na minha frente?
—
Não, por quê? — respondo, dando de ombros.
— Sei
lá, Lu. Talvez por pudor.
— Que
nada! Sou viciada em música e passo o dia cantarolando. Sério, eu recomendo.
Volto
a aumentar o volume e, demonstrando a pouca vergonha que tenho, mexo os ombros
e cantarolo:
Tengo la camisa negra, porque
negra tengo el alma.
Yo por ti perdí la calma y
casi pierdo hasta mi cama.
Cama cama caman baby, te digo
con disimulo.
Que tengo la camisa negra y
debajo tengo el difunto.
Por
fim, vejo seus lábios insinuando um sorriso. Isso me dá confiança e eu continuo
cantando, música após música. Ao chegarmos ao centro de Madri, paramos a
Ferrari num estacionamento subterrâneo, e eu olho com tristeza para o carro
enquanto nos afastamos dele. Arthur percebe e sussurra ao pé do meu ouvido:
—
Lembre-se. Se você se comportar bem, vou te deixar dirigir.
Minha expressão muda, e um tremor de
alegria me domina por completo quando eu o ouço rir. Finalmente! Ele sabe rir!
Tem uma risada muito bonita. É algo que ele não faz muito, mas, nas poucas
vezes que faz, é encantador. Após sair do estacionamento, me pega pela mão com
firmeza. Isso me surpreende e, como me agrada, não a retiro.
Caminhamos
pela calle del Carmen e desembocamos na Puerta del Sol. Subimos pela calle
Mayor e chegamos à Plaza Mayor. Vejo que ele se maravilha com tudo o que vê, enquanto
continuamos nosso passeio em direção ao Palacio Real. Quando chegamos está fechado
e, como a fome começa a bater, sugiro almoçarmos num restaurante italiano de uns
amigos meus.
Ao
chegarmos, meus amigos nos cumprimentam encantados. Logo nos acomodam numa mesinha
meio afastada das outras e, depois de pedirmos os pratos, eles nos trazem algo
para beber.
— É
boa a comida daqui?
— A
melhor que tem. Giovanni e Pepa cozinham muito bem. E posso te garantir que todos
os produtos vêm diretamente de Milão.
Dez
minutos depois, ele comprova o que eu disse ao degustar uma saborosa mozarela de
búfala com tomate.
— Uma
delícia.
Tira
mais um pedaço e me oferece. Aceito.
— Não
é? — digo. — Eu te falei.
Faz
que sim com a cabeça. Pega outro pedaço e volta a me oferecer. E eu aceito de novo,
entrando no seu jogo. Agora sou eu que tiro um pedacinho e dou a ele. Comemos da
mão do outro sem nos importarmos com o que as pessoas ao nosso redor estão pensando.
Terminada a mozarela, Arthur limpa a boca com o guardanapo e olha para mim.
—
Quero te propor uma coisa — diz.
—
Hummmmm... Vindo de quem vem, tenho certeza de que é algo indecente.
Sorri
diante do meu comentário. Toca com o dedo a ponta do meu nariz e diz:
— Vou
passar um tempo aqui na Espanha e depois volto à Alemanha. Imagino que você
saiba que meu pai morreu há três semanas... Quero visitar todas as sucursais da
empresa na Espanha. Preciso conhecer a situação de cada uma delas, já que
pretendo ampliar o negócio a outros países. Antes era o meu pai quem cuidava de
tudo e... bem... agora quem dirige a empresa sou eu.
—
Sinto muito pelo seu pai. Me lembro de ter escutado...
—
Ouça, Lu — me interrompe. Não me deixa entrar em sua vida. — Tenho várias reuniões
em diferentes cidades espanholas e gostaria que você me acompanhasse. Você sabe
falar e escrever perfeitamente em alemão e preciso que, após as reuniões, você envie
uma série de documentos à minha sede na Alemanha. Na quinta-feira eu tenho que estar
em Barcelona e...
— Não
posso. Tenho muito trabalho e...
— Em
relação ao trabalho, você não precisa se preocupar. O chefe sou eu.
—
Está me pedindo que largue tudo e te acompanhe nas suas viagens? — pergunto boquiaberta.
—
Estou.
— E
por que você não pede a Miguel? Ele era o secretário do seu pai.
—
Prefiro você. — E ao ver minha cara, ele acrescenta: — Você viria como
secretária.
Suas
férias seriam adiadas até nossa volta e depois você poderia tirá-las. E, claro,
os honorários da viagem você é quem vai decidir.
—
Uffff....! Não me anime com meus honorários, que eu vou abusar de você.
Apoia
os cotovelos na mesa. Junta as mãos. Põe o queixo sobre elas e murmura:
—
Pode abusar de mim.
Meus
lábios ficam trêmulos.
Não
quero entender o que ele está me propondo. Ou pelo menos não quero entender da
forma como estou entendendo. Mas, como não consigo ficar quieta de jeito
nenhum, pergunto:
—
Você vai me pagar para estar comigo?
Assim
que digo isso, ele me olha fixamente e responde:
— Vou
te pagar pelo seu trabalho, Lu. Que tipo de homem você acha que sou?
Nervosa,
sinto meu estômago se contrair e pergunto novamente. Desta vez num sussurro,
para ninguém ouvir:
— E
meu trabalho, qual será?
Imperturbável,
crava em mim seus impressionantes olhos azuis e diz:
—
Acabei de te explicar, pequena. Você vai ser minha secretária. A pessoa encarregada
de enviar aos escritórios centrais da Alemanha tudo o que falarmos nessas reuniões.
Minha
cabeça começa a girar, mas, antes que eu diga qualquer coisa, ele pega minha mão.
— Não
posso negar que você me atrai. Adoro-te surpreender e, principalmente, te ouvir
gemer. Mas, acredite em mim, tudo o que estou te propondo agora é totalmente decente.
Isso
me deixa excitada e me faz rir. De repente me sinto como Demi Moore no filme
Proposta
indecente.
— Nos
hotéis, ficaremos em quartos separados, né? — pergunto.
—
Claro. Cada um vai ter seu próprio espaço. Você tem até terça para pensar.
Nesse dia preciso de uma resposta ou vou procurar outra secretária.
Giovanni
chega com uma apetitosa pizza quatro estações e a coloca no centro da mesa.
Depois vai embora. O aroma de especiarias me deixa com água na boca e eu sorrio.
Arthur me imita e a partir de então não tocamos mais no assunto. Fico aliviada
por isso. Preciso pensar. E agora nos limitamos a aproveitar nosso maravilhoso
almoço.
Capítulo 27:
Após
sair do restaurante, Arthur pega minha mão novamente de forma possessiva, e eu
me deixo levar. Cada vez gosto mais das sensações que me provoca, apesar de eu
estar meio perturbada com sua proposta.
Uma
parte de mim quer recusar; mas outra quer aceitar. Gosto de Arthur. Gosto de
seus beijos. Gosto do jeito como me toca e de seus joguinhos. Caminhamos em
busca de sombra pelos jardins do Palacio Real, enquanto falamos sobre mil
coisas, mas nada em profundidade.
—
Topa ir ao meu hotel? — pergunta de repente.
—
Agora?
Olha
para mim. Percorre meu corpo com desejo e sussurra com voz rouca:
—
Sim. Agora. Estou hospedado no hotel Villa Magna.
Sinto
um aperto no estômago. Entrar num quarto com Arthur significa... sexo. Sexo,
sexo e mais sexo. E, após encará-lo por alguns segundos, balanço a cabeça
concordando, certa de que é isso que quero dele. Sexo. Caminhamos de mãos dadas
até o estacionamento.
— Vai
me deixar dirigir?
Me
olha com seus inquietantes olhos azuis e aproxima sua boca do meu ouvido.
—
Você se comportou bem?
— Muitíssimo
bem.
— E
vai cantar de novo?
— Com
certeza.
Eu o
ouço rir, mas ele não me responde. Depois de pagarmos o estacionamento, ele olha
de novo para mim e me entrega as chaves.
— Seu
desejo é uma ordem, pequena.
Emocionada,
dou um salto à Rocky Balboa que o faz sorrir de novo. Fico na ponta dos pés e
beijo seus lábios. Desta vez sou eu quem o segura pela mão e o puxa para procurarmos
a Ferrari.
—
Uhuuuuu! — grito, empolgada.
Arthur
entra no carro e coloca o cinto de segurança.
—
Bem, Lu — diz. — É todo seu.
Dito
e feito.
Ligo
o motor e depois o rádio. A música de Maroon 5 preenche o interior do veículo
e, antes que Arthur mexa no volume, eu olho para ele e murmuro:
— Nem
pense em abaixar.
Faz
cara de contrariado, mas sorri. Está de bom humor. Saímos do estacionamento e eu
me sinto como uma amazona com esse carro incrível nas minhas mãos. Sei onde
fica o hotel Villa Magna, mas antes decido dar uma voltinha pela rodovia M-30. Arthur
não fala nada, apenas me observa e aguenta, imperturbável, o volume do rádio e
minha cantoria.
Meia
hora depois, quando me dou por satisfeita, diminuo a marcha e saio da M-30 para
seguir até o hotel Villa Magna.
—
Feliz com o passeio?
—
Muito — respondo, emocionada por ter dirigido um carro desses.
Suas
mãos fazem cosquinhas nas minhas pernas e acabam se detendo no meu púbis.
Faz
pequenos círculos sobre ele, e eu fico molhada no mesmo instante. Constrangida,
quero fechar bem as pernas.
—
Espero que dentro de meia hora você esteja ainda mais feliz — diz.
Seu
comentário me faz rir, enquanto sinto suas mãos brincalhonas me tocando por cima
do jeans. Isso me deixa ainda mais excitada e, quando chegamos à entrada do
Villa Magna e descemos do carro, ele segura minha mão, pega de volta as chaves
do carro e as entrega ao porteiro. Depois me puxa até o hall dos elevadores.
Dentro de um deles, o ascensorista não precisa perguntar nada: sabe
perfeitamente aonde tem que nos levar.
Quando
chegamos ao último andar, as portas do elevador se abrem e eu leio: “Suíte
Presidencial.”
Ao
entrar, respiro o luxo e o glamour em estado puro. Móveis cor de café, jardim japonês...
Então percebo que há duas portas na suíte. Resolvo abri-las e descubro dois quartos
maravilhosos com camas king size.
— Por
que você se hospeda numa suíte dupla?
Arthur
se aproxima de mim e se apoia na parede.
—
Porque num quarto eu brinco e no outro eu durmo — murmura.
De
repente, umas batidas na porta chamam minha atenção, e entra um homem de meia-idade.
Arthur olha para ele e diz:
—
Traga morangos, chocolate e um bom champanhe francês. Deixo à sua escolha.
O homem faz que sim e sai do quarto. Eu
ainda estou em choque sentindo o prazer das coisas exclusivas. Nos afastamos da
porta alguns metros e andamos pelo quarto. Vou direto pra uma varanda. Abro as
portas e entro.
Claro que vocês merecem
maravilhoso
ResponderExcluirNecessito de mais plmd,maravilhoso,as coisas vao esquentar,obaaaa,amanha de manha cedo tem mais?
ResponderExcluirAss:Gabs❤️
Aii que coisa maravilhosa !!
ResponderExcluirDoida pra ver o que vai acontecer nesse quarto !!
Posta ++++++++
Ameeii *-*
Aguiar de bom humor que novidade
ResponderExcluirArthur sorrindo que issoo,lua faz milagres kkk maisss
ResponderExcluirLua loca elo ferrari do Aguiar
ResponderExcluirAna
*pelo
ExcluirAna
Lua e suas cantorias kkkk,necessitoo de maaais amanha cedo ok?!Opaaa parece que as coisas vao esquentar u.u kk
ResponderExcluir+++++++++++++++++++++++++++++
ResponderExcluiressa suite vai abaixo com esses dois
ResponderExcluiramando a web
amando a web...<3
ResponderExcluirPerfeitaaa de maissa!!!! Adorreii!
ResponderExcluirMais por favor ++++++
ResponderExcluirHunnnn quero mais kkk ta perfeita de mais ansiosa a coisa vai ser quente kkk
ResponderExcluirÊêê web perfeita ❤❤ amando ❤
ResponderExcluirObrigada escritora mais linda dp mundooo ♥♥♥
ResponderExcluirTipo sua web é muito top to louca pra que o Arthur sinta ciúmes da lua e que ele seja possessivo ! Vc tá de parabéns é uma ótima escritora .
ResponderExcluirEssa web e baseada em 50 tons de cinza?
ResponderExcluirMe responde por favor, queria muito saber...
Amando ela ❤❤❤💙💙💙💙