POV’s Lua Blanco
Quando eu pensava que tudo ia dar certo na
minha vida, eis que levo com um balde de água fria. A vida nos prega partidas
quando menos esperamos e eu provo a quem quiser que isso é a mais pura verdade.
Julguei que Arthur tinha mudado. Ele mudou.
Mudou para o lado errado. Agora é grosso, frio, plena pedra de gelo. Onde está
aquele Arthur sincero, simpático, amoroso e apaixonado? Agora só vejo uma pedra
de gelo se mexendo de um lado para o outro com a desculpa que tem duas empresas
e uma fábrica e reputação do padrinho a manter.
Eu queria um Arthur dedicado à família.
Alguém que me amasse, que me entendesse e que estivesse tão ansioso por ter um
filho como eu. Mas acho que peço de mais, quando nada mereço.
O shooping me faz esquecer as coisas. Não
que eu fosse completamente louca por compras, mas sei lá, dá sempre para
relaxar. Mas naquela tarde, nem isso me fez alegrar. Eu tinha muita coisa já
comprada para o meu bebé e não precisava de mais até saber realmente o sexo do
bebé.
Uma volta para praia, tomando sorvete de
maracujá me fez ir além dos horizontes.
- Boa tarde, podia te fazer
uma pergunta?
- Claro. – respondi eu ao
rapaz
- Eu estou aqui meio
perdido. Sabe me dizer onde fica o shopping?
- Simples. Vira à esquerda,
naquela rua e segue reto. É o edifício enorme branco com janelas grandes
escuras. – respondi
- Muito obrigado. É difícil
quando se vem cá pela primeira vez.
- Pois é. Eu estou
acostumada, por isso… - ri
- Você tem um sorriso muito
bonito. E essa barriguinha? É de grávida ou…?
- Sim, é de grávida. – me
entusiasmei – Como notou? Afinal, estou só de três meses.
- É, mas tem uma ondinha
perfeita. Diferente. É garoto ou garota?
- Ainda não sei. Como lhe
disse, estou de três meses.
- Nossa, que maravilha.
Adoraria ser pai também. Seu marido deve estar muito feliz.
- Pois… - baixei um pouco o
rosto. Entretanto, terminei o sorvete e coloquei no lixo
- Deixe oferecer-lhe outro
sorvete. Aposto que grávida não irá recusar uma proposta dessas
- Não, não obrigada. – quis
ser simpática
- Eu insisto. – ele me
sorriu – Meu nome é Conor.
- Lua. – sorri e apertamos
as mãos
Depois de chegar em casa, notei um silêncio
que passou, em menos de dois segundos, à maior confusão da minha vida. Nunca
tinha visto Arthur daquele jeito. Olhei para o sofá e vi a sua blusa de
trabalho rasgada, manchada de sangue. Ele veio na minha direção, querendo me
matar, colocando gelo sobre o seu olho enquanto o seu lábio estava inchado
também.
- E que tal? Gostou disso?
Gostou? – ele gritou comigo – Sabe quem o fez? Sabe? O seu querido amiguinho
Eike. Está satisfeita? Era isso que queria? Parabéns! Conseguiu! Conseguiu
acabar com a minha reputação e com metade dos meus trabalhos feitos em menos de
um mês!
- Do que você está falando?
O que aconteceu?
- O seu amiguinho Eike
entrou hoje na minha empresa parecendo um louco. Aquele lá tem câncer? Onde?
Onde? Onde ele tem? Ele tem mais forças que um touro! – Arthur reclamou de dor
ao tirar o gelo – Me deu a maior sova da minha vida, mas também ele não ficou
melhor. – Arthur tinha um sorriso horrível no rosto
- Eu não estou entendo nada!
– gritei – Porque ele te fez isso?
- Ah, jura que não sabe? –
ele riu irónico – Você e a sua grande boca foram contar para ele a verdade. A
verdade de eu não querer esse filho.
- Mas tudo não passa disso –
eu gritei – A VERDADE!
- E precisa de ir contar
para todo o mundo? Precisava ir espalhar por todo o mundo que eu não quero ser
pai? – eu estava sentada no sofá, de cabeça baixa enquanto ele gritava comigo
sobre o alto da minha cabeça
- TALVEZ TENHA SIDO BEM
FEITO SIM! – gritei com ele. Começava a me irritar e a sentir nervosos vindos
do além que me faziam chorar – Você assim aprende a lidar com a realidade.
Talvez abra os olhos.
- E acha que é assim? Com
violência?
- Pelo que sei, você bateu
nele também
- Está defendendo ele?
- Ele tem mais razões que
você! – me levantei – Ele me defendeu. Ele me ama como amiga e…
- Como amiga? – Arthur riu
mais uma vez irónica – ME POUPE! – ele gritou
- Pára de gritar. – chorei
mais e segurei a minha barriga – Eu não mereço isso. – peguei a minha bolsa do
sofá
- Onde você vai?
- Para bem longe de você,
seu monstro!
Quando ia a sair, Arthur me segurou pelo
braço e esperou eu voltar. Eu o larguei, jogando o meu braço para trás e até o
machucando na porta. Arthur jogou o seu gelo para o chão, segurou o meu braço e
forçou o beijo. Eu me debati mais uma vez e bati em seu rosto.
Eike não era o melhor para receber uma
visita minha. Eu havia discutido com Arthur por conta dele e precisava
urgentemente de falar com alguém. Yasmin foi a escolha. A garota estava mesmo
sozinha em casa e senti o seu rosto mudar depois que me viu.
Eu estava uma lástima, um caco. Meu cabelo
estava despenteado, meu rosto estava todo borrado de maquilhagem, já para não
falar na minha roupa desajeitada.
Um abraço. Um conforto. Uma palavra amiga.
Um banho. Um chá quente.
- Porque você não me contou?
Porque? – perguntava eu à Yasmin
- Eu não podia te dizer uma
coisa daquelas. Eike entrou na empresa parecendo um louco. Ele bateu a porta do
gabinete do Arthur com força e os dois começaram a discutir bem alto. Depois ouvi
coisas caindo, berros dos dois e por fim Mark entrou lá dentro para tentar separar
eles.
- O Mark é que os separou?
Arthur não me disse
- Sim, foi ele. Eu é que o
chamei. – Yasmin suspirou – Até pensei que os dois se iam matar. Mas olha… o
Arthur saiu bem pior que o Eike.
- Sério? – estranhei – Nunca
pensei que o Eike fosse assim
- Pois é… eu acho que ele
gosta mesmo de você.
- Eu não duvido disso.
Arthur fica até com ciúmes. Mas é só amizade, até porque ele me contou que
estava namorando.
- E você já viu a namorada
dele?
- Bom… não.
- Lua… - Yasmin me encarou –
Está na cara que ele gosta de você.
- Yasmin, eu sou casada!
- Eu sei disso! Mas será que
ele sabe?
- Claro que sabe. Ele é
padrinho do meu casamento.
- Sim, mas… mesmo assim. Acho
que você devia se afastar dele. A menos que…
- A menos que? – me levantei
– Que o quê? Eu amo o Arthur, amo muito! – me sentei – Apesar de que… estes
dias as coisas têm estado pior que terríveis. Nunca pensei que a nossa relação
chegasse a este ponto. Eu já pensei, inclusive, eu me separar dele.
Estava tão cansada daquele dia que só me
apetecia dormir e só acordar quando todos os meus problemas estivessem
resolvidos. Estes dias não têm sido fáceis para ninguém, em especial para mim.
Acordei na manhã seguinte, ainda na casa
dela, com a campainha tocando freneticamente. Parecia algo do outro mundo que
estava acontecendo e que não tinha como esperar. Eu fui levantando aos poucos,
mas Yasmin foi mais rápida ao vir de roupão do quarto e abrir a porta de casa.
- A Lua? – foi a primeira
coisa que ouvi. Era Arthur. Yasmin passava a mão no rosto amassado de sono
enquanto dava espaço para Arthur passar. – Lua…
- Sabe por acaso que horas
são?
- Eu sei, eu sei. Mas eu
estava preocupado. – ele se aproximou de mim, pegou a minha mão e me beijou –
Desculpa, mais uma vez. Eu te disse tanta coisa horrível ontem que…
- Ah, me esquece Arthur. –
larguei a mão dele – Eu estou cansada das vossas desculpas.
- Eu vou me retirar e vos
deixar à vontade. – disse Yasmin, indo em direção ao corredor que dá acesso aos
quartos
- Não, não precisa. Eu e ele
não temos nada para conversar.
- Temos sim! – Arthur insistiu
– Temos de falar… você tem de voltar para casa.
- Eu apenas adormeci… não
era minha intenção ficar cá. – me levantei do sofá com a insistência da ajuda
de Arthur – Yasmin, obrigada por tudo.
- Tomem o café da manhã
aqui.
- Não precisa. – disse eu
- Obrigado Yasmin, mas eu
levo ela para tomar o café da manhã. – Arthur sorriu, pegando delicadamente a
minha mão
- Não, eu insisto. Pelo menos
a Lua tem de comer. Lua, não se esqueça que você come por dois.
- Mas ele está bem. –
coloquei a mão na minha barriga – Obrigada, mais uma vez, por tudo. – fui até
Yasmin e a abracei.
O que será que vai ser dessa relação? Vai durar muito?
Hoje eu posto mais!
O arthur n merece a lua
ResponderExcluirNossa que babado kkkkkk
ResponderExcluirPosta mais
Seria bom que no meio dessas brigas a Lua desmaice e Arthur a levava para o hospital.Ele ia se sentir cupado e ia cuidar mais do bebe e da Lua!!!
ResponderExcluirO Eike gosta muito da Luinha,alguem tinha que dar essa surra nele !
ResponderExcluirAdorei essa surra, e acho que agora a doença de lua devia ter uma pequena crise e a gravidez ser dificil, p assim vermos se arthur a daria valor...
ResponderExcluirPosta maaais...
Toda fic é isso. Tá chato já. O Artgur não está errado, até porque ela está dando todo suporte para a gravidez, porém a lua está criando confusão entre o arthur e outras pessoas. Acho que a Lua está muito dramática. Principalmente em relação ao Eike.
ResponderExcluirA lua devia ir embora e passar um tempo longe do arthur ai ele ia se sentir culpado
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirVcs sempre colocam a culpa no arthur e só levam em conta as coisas ruins q ele faz,mas nao pararam pra pensar q nessa web a Lua ja fez mt coisa idiota!Isso é uma fase,uma hora ele vai entender q esse beve é um.simbolo do amor deles e nao o fim do casamento!
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