A Promessa - Capitulo 26 Parte 3

|
Capitulo 26 Parte 3

Cheguei em casa por volta da meia-noite. Luana ainda estava com Mel, deixando o lugar tão escuro e vazio quanto eu me sentia por dentro. Nevara o dia todo e minha casa estava coberta por quase trinta centímetros de neve recente. Minha casa?  Ela não era mais minha. Como pude perde-la  tão casualmente? Como pude ser tão ingênua? Quando ele ,e pediu para ser cossignatário, nem passou pela minha cabeça que pudesse ter acesso total á minha conta-corrente.
Acho que chorei a noite toda. Chorei menos pelo Dinheiro do que pela confirmação demais profundas suspeitas – ele nunca me quis. Eu não era nada para ele além de uma imbecil. Era impossível me amar.
No dia seguinte, ainda me encontrava na cama , á uma da tarde, quando Jan trouxe Luana para casa.
- Senhora Blanco? – gritou. – Voltamos.
Não queria que Luana ou Jan me vissem naquele estado, sem banho, sem roupas, meu rosto inchado e marcado pelas lagrimas.
- Obrigada, jan – falei, rouca, por trás da porta.- Posso Pagá-la amanhã?
- Sem problemas, senhora Blanco. Luana, e eu nos divertimos muito, não é?
- É.
- Até mais tarde – ouvi Jan dizer.
Pouco depois, minha porta se abriu. Meu quarto parecia uma caverna, com as cortinas cerradas e a luz apagada.
- Oi, mamãe – Luana falou.
Na penumbra, pude ver que ela segurava sua boneca Molly, e vestia um chapéu grande demais para ela.
Minha voz estava tensa e enfraquecida, mas tentei parecer normal.
- Você se divertiu, querida?
- Sim. Posso acender a luz?
- Deixe apagada.
- Você está doente?
- Estou com dor de cabeça – falei.
Ela caminhou até o meu lado, e se aproximou o suficiente para ver que eu tinha chorado. 
- Qual é o problema, mamãe?
- Nada. – Luana apenas me contemplou. Ele era mais esperta que isso. – Nada que eu possa dizer.
- É o senhor Arthur?
Cai no choro. Como uma menina de seis anos pode ser tão astuta? Luana subiu na cama e se aconchegou junto a mim.
- Você pode segurar a Molly.
- Obrigada. Prefiro segurar Você.
- O senhor Arthur disse que não a faria chorar.
Passei as mãos sobre suas bochechas, puxando seu longo cabelo.
- Ele não é quem pesávamos ser.
- Ele não é o senhor Arthur?
- Não sei.
- Ele é alguém mau?
- Sim, querida. É sim.
- Ele não parecia mau.
- Nem sempre as pessoas são o que parecem ser. 

                                                                                                  Continua....
Capitulo. Dedicado a Kesia :)  

2 comentários: