"Certezas" - 49º Capítulo

No capítulo anterior…

POV NARRADOR

- Não é que eu não goste dele… é só porque o Arthur está crescendo rápido de mais. Ele vai acabar se perdendo numa estrada desconhecida e você vai acabar indo no mesmo caminho. Ir viver junto implica muita coisa. Vocês são se ver quase 24horas por dia e vão se fartar num instante. É melhor cada um ficar no seu canto. No máximo… eu te deixo você ir passar os finais de semana na casa dele.

Quando é colocado algo na cabeça de um adolescente, ele tende a fazer precisamente o que acha certo.

Lua estava decidida a ir viver junto e nem as promessas da mãe a fizeram mudar de ideias. Ela ia mesmo viver com Arthur. O garoto estava nas nuvens, totalmente radiante com a ideia de partilhar o apartamento com Lua. 

Mas tudo isto não seria cedo de mais? Não era melhor eles esperarem mais uns tempos? Quem sabe anos? Afinal… anos ainda têm 18 anos.

Lua organizou tudo. Colocou de lado o que precisava, o que era necessário e o que realmente deveria ir na mala. Dona Blanco estava muito triste com a ida da filha para a casa do namorado, mas se não fosse assim, a relação entre mãe e filha nunca mais ia ser a mesma. Aquela casa, casa dos Blanco, agora não ia ser mais a mesma. 

Arthur foi buscar Lua no sábado de manhã. Sábado e domingo são as folgas dele. 

No caminho para o apê de Arthur, os dois estavam com um sorriso bobo no rosto e não se falavam. Lua de vez em quando dava a mão a Arthur, enquanto ele dirigia. Os dois se olhavam e sorriam. Pingo, o filhinho deles, vinha no banco de trás do carro atento ao movimento do outro lado da janela.

- Parece mentira né? – ele cortou o silêncio

- É… parece que estou sonhando.

- Sonho bom?

- Com você? Sempre! – sorriram novamente – Minha mãe caiu na real esta manhã, quando eu desci com as malas nas mãos.

- Ela precisa entender que você cresceu.

- Eu sei disso. Mas será que ela sabe? – ambos suspiraram

Depois de duas horas de viagem, finalmente os dois chegaram. O prédio estava situado numa zona calma da cidade de Londres. Havia alguns bares, umas mercearias e inclusive escolas e centros de saúde. Bom, muito calma, realmente não é. Mas fica longe de confusões e perseguições criminais.

Eles entraram no prédio. O apartamento de Arthur ficava no quinto andar, por isso subiram de elevador. Pelo caminho, encontraram alguns vizinhos com quem Arthur já falava. Eles olharam a Lua dos pés à cabeça e cumprimentaram, simpáticos.

- É aqui. – disse Arthur chegando à porta. Ele tirou as chaves do bolso e abriu a porta. – Vem, entra. – ele sorriu. Ela entrou à frente dele.

Lua ficou fascinada com o apartamento. Não era luxuoso, mas tinha condições otimas para um casal tão jovem viver. Todos os cómodos estavam montados e decorados. A cozinha estava arrumada assim como a sala e os quartos.

- Como é viver sozinho?

- Um pouco triste, sabe? – ele riu – Sei lá, acho mil vezes melhor chegar a casa depois do trabalho e ter um abraço pra receber ou um beijo. – Arthur abraçou Lua por trás e colocando o rosto no ombro dela. 

- Agora isso vai mudar. – os dois se beijaram.

Eles foram ver o resto dos cómodos. Havia dois quartos, porém, só um montado. O outro tinha apenas as paredes pintadas de branco e uma cortina na janela.

- E este quarto? O que você vai fazer?

- Não sei. Veremos futuramente. – os dois sorriram bobos novamente.

Lua se adaptou muito bem à casa de Arthur, que agora também era dela. 

A rotina era sempre a mesma: os dois acordavam bem cedo e se arrumavam pra ir trabalhar. Arthur ia colocar Lua no hospital e depois ia para a empresa trabalhar como secretário. Lua fazia o seu trabalho voluntário e depois ia de onibus para casa. Ela cozinhava, limpava a casa e depois esperava por Arthur chegar. E era sempre assim.

Num final de semana qualquer, exatamente num sábado, eles estavam festejando o facto de já viverem à um mês junto. Eles tinham saído de manhã. Levaram o Pingo até um parque para poderem brincar um pouco. Enquanto Pingo corria de um lado para o outro, na grama, Arthur e Lua se sentaram num banco de jardim por baixo de árvores. As folhas das árvores escondiam os raios de sol fortes que se faziam naquele dia. O ventinho fraco passava e levava para trás os cabelos soltos de Lua. Ela estava com a cabeça deitada no ombro de Arthur. Estavam os dois de mãos dadas.

- Um mês repleto de amor.

- Que só vem melhorando…

- Minha mãe disse que a gente se ia fartar de estar juntos. 

- Você acha? – perguntou Arthur

- Claro que não. Eu me sinto bem com você.

- Mas…?

- Mas o quê?

- Não tem um “mas”?

- Claro que não. Estou bem com você e ponto!

- Eu te amo, sabia?

- Eu também te amo! – assim os dois se beijaram

(…)

E depois daquele jantar romântico à luz das velas, preparado por Arthur, os dois dançaram na sala uma música lenta e apaixonada. Arthur sussurrava ao ouvido de Lua tudo o que mais gostava nela. Ela soltava risadas e de vez em quando batia no outro dele por ele ser tão safado. 

- Porque hoje eu vou te fazer… mulher. – Arthur cantou ao ouvido de Lua

- Você canta pessimamente, mas valeu a intenção. – Lua riu ainda com os braços de volta dos ombros dele.

Arthur riu e a olhou bem dentro dos seus olhos. Afastou um pouco o cabelo dela para lhe beijar a testa, depois aproximou o corpo dela para o seu e capturou os lábios dela. De seguida, ele sorriu para ela, que estava um pouco tímida dessa vez, pegou a sua mão e a levou para o quarto. 

Lua se sentou na cama e ficou olhando Arthur tirar a camisa e desapertar a gravata.

- Vai acontecer o que eu penso?

- Você não quer? – ele perguntou

- Quero. Quero muito.

- Da outra vez você estava bem mais safada.

- Mas é que agora eu sei que vai mesmo acontecer e estou nervosa.

- Não precisa. Vai tudo correr bem. – Arthur foi até à gaveta e tirou de lá uma caixinha pequena de camisinhas. Inclusive, de vários sabores. Depois, fechou a porta do quarto e foi de novo até Lua. – Como vê, nada nem ninguém nos vai interromper.

Arthur se deitou por cima de Lua e beijou toda a extensão do pescoço dela. As línguas se entrelaçavam. O clima começou a esquentar quando Arthur vez questão de apertar a cintura dela, subindo a mão e parando nos seios dela. Lua tirou o vestido com a ajuda de Arthur e de seguida ajudou-o também a tirar a camisa dele.

Lua perdeu a vergonha, ficou por cima dele e distribuiu beijos pelo peitoral dele. Levou as mãos até à beira das calças de Arthur e desabotoou. Arthur de seguida as tirou. Lua, mais uma vez, foi safada e parou as mãos no bumbum dele por cima da cueca boxer que ele tinha vestida.

Já sem roupas, Arthur olhou bem nos olhos de Lua e sussurrou “é agora”. Ela respirou fundo e colocou as mãos nas costas dele para poder arranhar assim que sentisse uma dor. Arthur investiu pela primeira vez na Lua e sofreu fortes arranhões nas costas.

- Machucou?

- Continua! – ela pediu

Arthur continuou a penetra-la devagar para que se acostumasse, porém, era quase impossível. Conforme os minutos foram passando, ele investia nela, cada vez mais rápido. 

- Você é perfeita. – sussurrou ele

Num instante, Lua se acostumou àquela dorzinha e quis, inclusive, tomar o lugar dele. Ou seja. Eles trocaram as posições. Lua ficou por cima, enquanto Arthur ficou por baixo segurando forte as coxas dela. 

Lua sentia todo o seu corpo se arrepiar. Percebeu também que estava chegando ao ápice do prazer. Era como se ela e Arthur estivessem num muito à parte, só deles. Os minutos passavam voando. 

Arthur empurrou Lua para o lado para poder beija-la novamente e passou a mão, novamente, por todo o corpo dela. Ela gemeu quando ele beijou o seio dela, enquanto apertava outro. 

Mais uma vez, Arthur ficou por cima nela e a penetrou. Arthur olhou bem nos olhos de Lua e viu ela corar. 

- Mais… - pediu ela

Ele aumentou as investidas, aumentou a velocidade; um gemia o nome do outro; Lua arranhava as costas de Arthur e finalmente os dois atingiram o clímax. 

(…)

E na manhã seguinte, ela acordou primeiro que ele. Veio a cabeça dela imagens sobre o que aconteceu na noite interior e ela sorriu. De seguida, levantou um pouco de lençol e olhou para baixo. Aquilo tinha mesmo acontecido. Aí… ela gargalhou e acordou ele.

E se eu vos dissesse que o próximo capítulo é o último?

PS: as minhas férias terminam hoje!

E aí, preparados para o último capítulo? Quero muitos comentários!