POV’s Arthur Aguiar
Depois dos cinco dias em casa, devido à
morte do Jonathan, voltei ao trabalho. A empresa paralisou completamente. Nem empresários,
nem editores e funcionários trabalharam e agora tínhamos um monte de encomendas
e coisas a fazer.
A parte da manhã foi muito exaustiva. Trabalhei
para caramba sem descansar e quase sem almoçar. Fui almoçar às 3horas da tarde,
sendo que a minha hora de almoço começa à 1h. Tudo bem, nem estava morrendo de
fome assim.
- Sr Aguiar, tem aqui um
senhor que quer falar com você.
- Quem é? – perguntei à
secretária.
- Ele diz que é o Joseph.
Vem da parte do tribunal.
- Do tribunal? – me levantei
meio tenso – Porque razão?
- Ele pediu para entrar. Posso
ceder?
- Sim. Claro, mande ele
entrar. – disse eu à Ellie.
Ellie saiu e mandou o homem entrar. Ele era
alto, forte e moreno. Aparentava ter uns 40 anos. Seu rosto era sério e nem me
deu um sorriso assim que entrou. Bom, eu também não queria sorrisinhos da parte
dele, eu sou macho! Ele vinha de fato castanho-escuro e com uma mala preta
debaixo do braço. Depois de darmos um aperto de mãos amigável, ele se sentou na
cadeira à frente da minha secretária e começamos a falar.
(…)
Cheguei tenso em casa. Não sabia como
encarar tal coisa. Não estava mesmo à espera.
Lua provavelmente já tinha chegado a casa. Eu
conseguia ouvir o barulho do duche, então fui até ao quarto esperar ela. Ela chegou
uns 10 minutos, depois de mim, apenas de toalha em volta do corpo.
- Oi amor.
- Oi anjo… - sorri e dei a
ela um selinho.
- Pensei que ia entrar no
banho comigo. – ela sentou na cama e pegou um creme hidratante para passar na
pele.
- Eu até entrava… mas hoje
não.
- Porque? – ela me perguntou
- Um cara do tribunal foi lá
hoje à empresa…
- Do tribunal? O que
queriam? – Lua tapou o frasco do creme e me deu mais atenção.
- Nada de mal… quero dizer…
- Desembucha! – ela pediu
- Ele levou um monte de
papeladas para lá e eu confesso que ao inicio eu não estava entendendo nada do
que ele estava dizendo. Eram muitos números de processos, muitas datas e eu
estava confuso. Envolvia o nome do meu padrinho. Quero dizer, é por culpa dele
que o homem foi lá
- Adianta Arthur, eu não
estou entendendo.
- O meu padrinho colocou
tudo em meu nome Lua… tudo. – dizia eu espantando ainda, sem conseguir
acreditar – Ele colocou as duas empresas e a fábrica… tudo em meu nome. Tudo aquilo
é meu. Tudo.
- O que-que? – Lua gaguejou.
Tive de repetir imensas vezes para que Lua
entendesse que agora estávamos ricos. Não tinha nem razão para ela continuar a
trabalhar, mas Lua disse que trabalhar é tudo o que ela mais ama fazer. Então,
para que ela não me chamasse de machista, eu falei para ela continuar no seu
trabalho. Apesar de reforçar a ideia de que ela não precisa!
- Eu estou muito orgulhosa
de você. – ela se levantou e veio se sentar no meu colo, colocando as mãos à
minha volta. – Você merece tudo o que te está acontecendo.
- Obrigado, Lu. – beijei ela
– Eu sinto que a minha vida está se completando aos poucos, sabe? Eu acho que
lutei muito para ter o que tenho e que realmente este foi um presente e uma
grande ajuda do meu padrinho.
- Você tem de o agradecer. Eu
aposto que, lá em cima, ele está vendo você. – ela sorriu para mim
Não imaginei que tivesse tantos problemas
agora. Eu estava com duas empresas aos meus pés e uma fábrica também. eu tinha
de contratar novo pessoal para trabalhar, tinha de tratar de tudo: importações,
exportações, nível de fabrico e até novos horários e regras.
- Cansa ser chefe, sabe? –
disse ao Mark. Apesar de tudo, eu não me tornei assim tão superior e a nossa
relação de amizade continuou a mesma.
- O quê? – Mark riu – Você não
faz nada além de estar sentado.
- Isso é o que você pensa. –
o encarei – Amanhã começam novas pessoas a trabalhar. Uma delas vem para cá. Se
chama Yasmin e vai ser a nossa consultora de moda.
- Você terá de tratar dos
desfiles de moda em que apresentam os sapatos e as roupas produzidas por nós?
- Sim. – suspirei – É muito
trabalho cara. Muito mesmo.
- Tenho pena de você! –
respondeu irónico – Mas e essa Yasmin… é gata? – rimos
(…)
Outro
dos problemas era a concorrência. Eu já tinha recebido várias propostas de
trocas de vendas, mas sendo o advogado, são todas falsas e apenas me querendo
enganar, enquanto pensam que eu sou jovem e que não entendo nada do que estou
fazendo.
Enquanto tratava dos detalhes do próximo
desfile de moda, alguém me apareceu na minha sala de trabalho. Ele entrou sem
bater nem à porta. Conor, filho do Jonathan, apareceu na minha sala como um mal-educado.
Nós éramos primos, na verdade, mas não chegamos, porque Conor sempre foi aquele
primo mais velho e muito convencido, além de rebelde e independente. Porém, não
vivia sem o dinheiro do pai. Ele estava nos EUA, mas assim que soube da morte
do pai, regressou a Londres para ver o que lhe tinha “sobrado”. Assim que
soube, veio guerrear comigo.
- Esse não é o seu lugar,
seu filho da… - ele entrou batendo com a porta
- OLHA COMO FALA! – me levantei
e gritei com ele – Quem você pensa que é para entrar aqui assim? Sabe que eu
tenho seguranças? Eles vão te colocar na rua.
- Eu estou pouco me lixando
para os seguranças. Eu quero o que me pertence.
- E desde quando o que te
pertence está aqui?
- Desde que essa porra toda
era do meu pai logo…
- Logo…? – o encarei – Não vi
nada escrito no testamento que parte daqui fosse dado para você.
- Você quem é para falar
assim comigo?
- Sou dono do chão que você
está pisando agora! – o encarei novamente – Me faz um favor? Vai embora Conor. Estou
com pouca paciência para tolices e tenho muito que faça.
- Isso não vai ficar assim –
eu ri na cara dele
- Por favor Conor, olha o
que você está dizendo. Que poder você tem? Você não tem nada! Nada! – gritei
- Você terá muito menos,
escreva o que eu lhe digo! – ele apontou o dedo para mim e saiu da minha sala
batendo com a porta novamente.
Depois de ele fechar a porta, não demorou
muito tempo para ela se abrir novamente. Eu já me tinha sentado novamente, mas
me levantei, pensando que fosse ele de novo.
- Quem era o babaca? –
perguntou Mark
- Filho do Jonathan. Pelo que
entendi… ele não gostou muito de saber que agora tudo isso era meu.
(…)
Depois do jantar, eu fui tomar um banho e
voltei ao quarto de box vestida, deitando de seguida ao lado de Lua. Pensei que
ela estivesse já dormindo, mas a manhosa se chegou para perto de mim e deitou a
cabeça no meu peito, entrelaçando de seguida as nossas mãos por baixo do
lençol.
- Olha essas mãos… - quase
ri quando senti Lua colocar uma das mãos dela na barra minha box
- Não está a fim? – ela perguntou
toda maliciosa
- Até estaria… mas são
tantos problemas.
- Não quer me contar? Faz bem
desabafar. – ela sentou na cama e olhou para mim
- Não quero
- Fala comigo. Eu sei que se
pas…
- Não quero! – voltei a
repetir e a calei.
- Tudo bem… - ela voltou a
deitar, ficando de barriga para cima e não me dizendo mais nada.
- Conor foi lá hoje na
empresa. Me cheira que ainda vou ter muitos problemas por causa daquele babaca.
- Estou aqui para tudo. –
ela voltou a deitar e beijou o meu ombro
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ResponderExcluirPleasee
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Aii meu deeuus! Será que Lua e Arthur brigaram por conta dessa Mia e desse Conor? Ansiosa para o próximo capitulo! Amando a Weeb! Bjss Sua Perfeitaa!
ResponderExcluir++++++++++ <3
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