A Promessa - Capitulo 22 Parte 3

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Capitulo 22 Parte 3


 Chegamos á fazenda depois que escureceu, mas a viagem correu bem, estávamos meia hora adiantados para a nossa reserva, marcada para as sete. Arthur estacionou em uma pequena área de Terra lavrada, perto do iluminado centro de visitantes.
- Aqui estamos – anunciou. – A Fazenda Hardware.
- Está com fome? – perguntei.
- Apesar de ter comido quase toda a sua granola, estou. O que há na cesta de piquenique?
Estiquei o braço para o banco de trás.
- Fiz o meu nada famoso, mas ainda assim muito bom, pão sírio com salada de frango. – Tirei um sanduíche da cesta e lhe entreguei. – Aqui está.E trouxe chocolate quente para beber. Ah, e para a sobremesa, temos bolo de chocolate.
- Bom – falou. Desembrulhou o sanduíche e deu uma mordida. – Merecia ficar famoso – comentou.
- A fama não melhoraria seu sabor.
- Não, apenas confirmaria a suspeita de que é bom.
Demos cabo de tudo, menos do bolo. Quando faltavam cinco minutos para sete, caminhamos até o centro de visitantes. Pegamos nossos bilhetes e caminhamos para o pátio atrás do estabelecimento. O ar frio da montanha estava congelando, e a temperatura havia caído para um único digito. 
 Um homem com chapéu de caubói feito de feltro e enfeitado com uma faixa de pele de cobra, luvas e culotes de couro se encontrava em pé ao lado de um comprido trenó de madeira escura, atrelado a dois enormes cavalos de raça. O trenó possuía quatro bancos e havia faroletes elétricos presos á parte dianteira.
- Eu sou Roger – anunciou com a fala arrastada do Oeste americano. – Serei o seu motorista esta noite. Bem-vindos á Fazenda Haedware. Percorreremos alguns de nosso acres, não todos – disse, com um largo sorriso -, já que este é um passeio sob o luar, e não um passeio ao nascer do sol.
Subimos a bordo do trenó, com outros cinco casais e uma família com dois meninos pequenos, que se sentaram no banco da frente para ficar próximos dos cavalos.
Havia cobertores de lá grossa dobrados sobre os bancos, e Arthur e eu pegamos um deles e nos cobrimos com ele. Roger falou ‘’Eia’’, e bateu nas rédeas, e o trenó se moveu para frente, atrás dos poderosos animais, ao longo de um prado límpido e coberto de neve, que se abriu á nossa frente como um  grande mar iluminado pela lua.
Durante o passeio, Roger mostrou a vida selvagem e respondeu a perguntas, mas sua voz era como uma conversa em outra mesa de um restaurante. Não estávamos ali para fazer um tour. Estávamos no último banco do trenó, com outro jovem casal, que se aninhava inclinado na direção oposta, deixando um espaço entre nós.
- Isso e bonito – falou Arthur. – Olhei as estrelas.
Inclinei-me para trás, para admirá-las todas. Na ausência das luzes da cidade, as estrelas era muito visíveis no céu, nítidas e intensas, como se tivessem sido polidas e penduradas sobre nós como parte do passeio.
- Bonito e frio – falei, meus dentes começaram a bater.
Ele sorriu.
- Não é esta a ideia?
- Do que você está falando? – brinquei.
Ele colocou o braço a minha volta, apertando-me contra o seu corpo quente e firme. Com sua outra mão, segurou meu braço debaixo do cobertor, deslizou sua mão até as minhas que estavam aninhadas sobre o meu colo, e segurou-as. Pousei a cabeça em seu ombro e fechei os olhos, desaparecendo em seu calor, o som do trotar dos cavalos, o deslizar macio do trenó, e o ar frio e úmido contra o meu rosto. Sentia-me incrivelmente feliz e segura – mais feliz do que estivera em anos.
Durante o resto do passeio, nenhum de nós falou, e eu queria acreditar que era porque as palavras seriam muito desajeitadas para o que estávamos sentido. Fiquei pensando se Arthur sentia a mesma coisa, e torcia para que sim.
Cerca de uma hora depois que partimos, as luzes do distante centro de visitantes reapareceu. Suspirei. 
      
                                                                                             Continua....

Muito obrigado meninas!


Uma belieber. Esse mistério todo do Arthur é porque ele não quer machucar a lua.

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