A Promessa - Capitulo 19 Parte 2

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Capitulo 19 Parte 2

- Acredito em você.
- Na verdade, estou entre um trabalho e outro, no momento.
- E acabou de comprar um BMW?
- Tenho estabilidade financeira.
- Isso é bom – falei. – E o que você fazia quando estava empregado?
- Era consultor financeiro. Ajudo uma clientela privilegiada com sua carteira de valores. Pessoas como você.
- Como eu, sem dúvida. Tenho uma pergunta. A primeira vez que nos vimos...
- A cabeçada – falou.
- Isso. A cabeçada. Fiquei imaginando o que um homem como você estaria fazendo sozinho em uma loja de conveniência na manhã de natal.
- Um homem comoeu?    
- Um homem muito bonito e bem-apessoado.
- Eu poderia perguntar a mesma coisa a você – tirando a parte do ‘’homem’’.
- Precisava compra leite e manteiga.
- Bem, além de procurar alguém para dar uma cabeçada, a resposta não é assim tão interessante. Havia acabado de me mudar para utah, e não tinha feito compras ainda, e fiquei sem café. Como era Natal, fui ao único lugar que supunha estar aberto. E então, voilá, este anjo aparece e me transforma em um bobo gaguejante que dá cabeçadas.
- Claro, claro, eu parecia um anjo.
- Mais do que imagina.
- Você tem família?
- Meus pais moram em toledo, Ohio. Tenho um irmão mais novo que vive em Maryland. Ele é muito esperto. Fala sete línguas e trabalha para a Agencia Nacional de Segurança. – ergueu seu cálice e sorriu para mim. – tenho quase certeza de que é um espião, mas ele não admite. Na verdade, esperava passar o natal com meus pais, mas este ano isso simplesmente pareceu um pouco... – parecia procurar a palavra certa – longe demais.
A garçonete apareceu com um jarro d’água, e encheu nossos copos. Sorriu para Arthur.
- Voltarei com as entradas.
- Obrigado – falei.
Inclinei-me para frente.
- Não me leve a mal, mas é difícil acreditar que um home bonito e persistente como você não seja casado.
- Eu já fui – disse, simplesmente.
- Foi?
Sua expressão alterou-se.
- Eu a perdi. Ela morreu de câncer.
- Sinto muito – falei.
- Eu também – disse, com tristeza. – ela era tudo para mim. Doce, inteligente, bonita. – E deteve-se, tomado pela emoção.
- Sinto muito, deve ter sido muito doloroso.
Quando voltou a falar, ele disse;
- Foi como ter o coração arrancado, e ainda precisar viver. – Ele inspirou profundamente, depois expirou. – Mas você entende, não é? Você perdeu seu marido para o câncer.
- Não sei- falei. – Não foi a mesma coisa.
- Por que?
Franzi a testa.
- Eu não sei quando gostaria de compartilhar.
- Está tudo bem – ele disse. – quanto estiver á vontade.
Contemplei os olhos de Arthur e tudo que vi foi compaixão.
- Descobrir que ele me traia. Apenas algumas semanas depois disso, ele foi diagnosticado com câncer terminal. Poe esse motivo, fiquei com ele. Eu até mesmo o perdoei. As coisas entre nós foram boas até poucas semanas antes de ele morrer, quando confessou ter tido muitos casos. Quase uma dúzia.
Arthur suspirou. 
                                                                                      Continua....

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