"Certezas" - 22º Capítulo

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No capítulo anterior…

POV LUA

“Querido diário, nunca aparece uma boa notícia, que logo depois não venha outra ruim e estrague tudo. Fiquei felicíssima quando o Arthur disse que terminou tudo com a Bruna. Agora eu sinto que tenho ele só para mim. Todo aquele Arthur Queiroga Bandeira de Aguiar é meu. Todo aquele bocado de mau caminho é meu. Toda aquela pessoa carinhosa, gentil e alegre é minha. 
Agora que podemos dar um passo na nossa relação, descubro que ele pode ir para longe de mim. O que devo fazer? Será que ele vai? Será que ele não vai? Devo já começar a procurar na internet como viver sem o namorado por perto? Ou devo esperar e ver o que vai acontecer? E se ele decidi ir embora e nem começar a namorar comigo?
Se isso acontecer, é o meu fim!”

Havia passado a noite inteira chorando. Como me vou acostumar com a ausência do Arthur? Como vou eu todos os dias acordar sem uma mensagem dele? Como vou viver sem o seu abraço? E a minha lista? Quem vai me ajudar a completar? Perguntas sem resposta. 
Minha mãe ia entrar mais tarde no trabalho e eu nem sabia. Pensei que tinha a casa só para mim e, apenas de camisola, desci até à cozinha com o rosto todo vermelho de choro, preocupação e ansiedade. Ela estava preparando o meu almoço: verduras e peixe cozido. Tem pior?

- Mãe?
- Bom dia Lua.
- E o trabalho? Não me diga que foi também despedida? – minha aflição aumentou para o dobro
- Credo Lua! – ela bateu na madeira – Claro que não! Entro mais tarde e enquanto isso estive tratando de umas coisas para você. Mais quem foi despedido?
- Esqueceu? – a encarei – O pai do Arthur oras
- Pensei que esse assunto estava resolvido. Ele não conseguiu dar a volta ao assunto?
- Você acha mesmo mãe? – a perguntei rendida. Sentei no balcão da cozinha e tirei uma maça para comer
- Não pense que esse será o seu café da manhã. – minha mãe me avisou – Tem pão de sementes em casa e leite frio como você gosta. Além do mais, quero você preparada porque tenho uma tarefa para você fazer hoje
- Que tarefa?
- A sua lista!
- A minha lista? Como você sabe da existência dela? – perguntei assustada. Afinal, só eu, o Arthur e o falecido Matheus é que sabíamos dela
- Ficou tolinha? Você é que não sabe da lista! – eu fiquei sem saber o que dizer – É a lista da faculdade em que eu te inscrevi.
- O quê? – saltei do balcão em um pulo
- Eu fui na tua clínica e lá fazem aquelas coisas que eu te expliquei ontem. Eu levei todos os seus documentos da escola, em que você andou antes, e eles disseram que você podia começar assim que quisesse. Aquilo não são aulas obrigatórias, mas se você tiver o estudo, você poderá fazer provas de equivalência à faculdade.
- Oh meu deus! Mãe! Eu não acredito! – a abracei por trás enquanto ela concluía o nosso almoço – Mãe, você não tem noção do quanto está me fazendo feliz. Por favor, me diz o que fazer e tudo o que comprar, eu faço tudo agora! – disse eu super animada
- Oh minha linda! – minha mãe se virou para mim e me abraçou – É tão bom te ver assim com vontade de fazer algo. É tão bom te ver novamente motivada. Espero mesmo que se ocupe com tudo isso… porque você sabe o que pode acontecer nos próximos dias.
- O que pode acontecer?
- O Arthur… - minha mãe me olhou e suspirou – Você sabe que ele pode ir embora. Eu não quero que sofra mais filha. Por isso eu acho que é melhor você se ir desapegando dele. É bom que conheça pessoas novas e que…
- Não! Eu não vou fazer isso! – gritei com ela – Eu amo o Arthur. Ele é das únicas pessoas que me entende e que faz tudo por mim. Ele me ajuda tanto com a porra dessa doença que só me mata dia após dia. Ele foi o único que não me abandonou enquanto amigo. Todos os outros me deixaram pra trás pensando que eu era fraca! – comecei a chorar sem querer. Tinha de gritar com alguém e fazer toda essa raiva sair de mim 

Minha mãe pousou a faca no balcão e me olhou com uns olhos apertados tentando não chorar à minha frente. Sem eu dizer mais anda, saí da cozinha e me tranquei no meu quarto. Eu podia ter ido mal com a minha mãe, mas também não tinha dentro do meu peito tantos pensamentos e maldades que bem não me faziam.
Foi bom descarregar. Embora que não tenha sido na pessoa certa.
Eu estava sensível. Não podia escutar a voz de ninguém que logo começava a chorar. Desta vez eu não tinha razão. Bom, na verdade eu tinha, mas não era por isso que eu chorava. Eu chorava porque estava carente. Preciso de amor e carinho. Preciso de abraços e beijos.

- Filha… - eu não respondi. A porta estava trancada e eu não pretendia me levantar. Preferia chorar. – Eu vou trabalhar agora. O almoço está pronto. Não fique nesse quarto o dia inteiro. Não se esqueça da sua corridinha diária, do seu exercício… a lista das coisas precisas para a faculdade está em cima da mesa da cozinha e o dinheiro está naquele lugar que você sabe. Tire um tempo e vá lá. Até logo minha linda! – disse a minha mãe


Depois de cinco chamadas que eu não atendi, ele decidiu conversar comigo por mensagem.

“Estou preocupado já Lua. Me liga pelo amor de deus!”
“Eu estou bem”
“Então por que não me atende? Está chateada comigo?”
“Porque razão estaria?”
“Não atende as minhas ligações”
“Estou com uma voz de choro. Não quero que me ouça”
“De choro? Porque linda? O que aconteceu?”
“Aconteceu que… nada Arthur, não se preocupa.”
“Fala comigo!”
“Eu não posso. Vou sair. Mais tarde te explico tudo!”

É tão bom ver ele preocupado comigo. Tão bom ver que alguém ao menos se importa.

Depois do banho tomado em condições e de uma roupa totalmente confortável, saí para fazer a lista de compras para a escola. Eu estava animada e muito confiante. Estava até nervosa. Eu fico feliz só de comprar material novo. Adoro o cheio dos livros e dos cadernos novos. Dá até pena de os abrir e saber que com o tempo se vão estragar.


Já em casa, minha irmã tinha chegado e por milagre algum, não tinha trazido o namorado atrás. Eu estava um pouco chateada com ela, pois com esta situação do namorado novo, ela tem mudado muito. 
As três, eu, a minha mãe e a Estrela, jantamos sobre um silêncio profundo. Não sabíamos o que dizer umas às outras por isso o silêncio era a melhor coisa. Assim que a minha irmã terminou de jantar, foi embora sem falar mais nada. Nem um “boa noite”. Eu pelo contrário, agradeci a minha mãe por tudo o que ela tem feito por mim.

- Eu sei que às vezes sou engrada com você. A maneira que eu falei hoje com você não se vai voltar a repetir, eu juro. – sorri para ela que sorriu de volta. Por cima da mesa da cozinha, demos as mãos – Eu comprei tudo o que estava na lista. Menos dois livros que vão vir por encomenda. Estou muito ansiosa! Na semana que vem eu começo a ir à tal faculdade. 
- Já contou ao Arthur?
- Não. Eu conto depois. Acho que ele tem mais com que se preocupar agora – fiz um sorriso fraco para a minha mãe

Antes de ir para a cama, tomei os meus remédios todos e vi a minha febre. Ela estava um pouco alta. Mais que o normal. Mas com outro remédio em cima, ela baixará. 
Dei uma vista de olhos por todo o meu material e me certifiquei que estava intacto. 
Antes de deitar na cama, fui apagar a luz. Me deitei e quando me fui abafar, senti algo na janela. Chuva? Meteoros vindo do espaço? Pedrinhas? Me levantei e abri um pouco da janela. 

- Arthur? – ri ao ver a sua figura desengonçada a subir a janela do meu quarto (que ficava no segundo andar da casa) – Sou louco! 
- Por você linda! – me emocionei com tal ação. Levei as mãos ao seu rosto e dei a ele um breve selinho!

1- mini web "Baby Siter" já tem um fim! não tem como eu continuar. Cliquem Aqui para quem ainda não leu.
2- Eu tenho apenas esta web, não tenho outra. Por isso, não me perguntei quando vou postar X web
3- Estou mega chateada, não com todas lógico! Mas deixa pra lá, dps passa!

Gostaram do capítulo de hoje? amanhã tem mais!


5 comentários:

  1. Eu Ameii!!Posta 2 capitulos amanha pf amore

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  2. Amo essa web demais. O blog anda tão parado,abre mais vagas Cris,beijo .

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  3. Cris faz o seu trabalho que todos nos amamos! Deixe os comentários pra lá, se alegra menina, porque teu talento é grande.

    Mandy S.

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