"Certezas" - 19º Capítulo

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No capítulo anterior…

POV ARTHUR

Entrar numa propriedade privada? Feito!
Correr riscos? Mais que feito!
Deixar de ser BV? A caminho…

Pov Lua

Nervosismo. Borboletas na barriga. Medo. Insegurança. Onde é que eu devia colocar as mãos? Devo beijar logo de língua? E se ele não gostar do meu beijo? Oh meu deus, ele vai me beijar agora. E agora?

“Inesquecível. Essa é a palavra que, sem dúvida, é a que melhor define o primeiro beijo. Sensação única, juntar os lábios pela primeira vez com alguém é um marco na vida de qualquer pessoa, homem ou mulher, uma experiência marcante, que ficará para sempre na memória.”

Um abraço gostoso, uma carícia ou outra no cabelo, mãos tranquilas e um beijo calmo. Sentamos na grama daquele parque, sem pressas nos beijávamos como se não houvesse amanhã. Bom, também não é bem assim. Esta era a primeira vez que eu beijava alguém e ainda não sabia bem controlar a respiração.
Arthur fazia breves pausas, passava o seu nariz no meu, sorria, me chama de linda… me deixava nas nuvens. Quando ele encostava os seus lábios nos meus e os abria para receber o meu beijo, eu ficava de olhos abertos, vendo os seus fechados e… entendi pela primeira vez que ele se entregava a mim.

A chuva começou a cair um pouco mais forte. Não que nos molhasse por completo, porque as árvores daquele parque até nos protegia.
Ele parou o beijo com vários selinhos seguidos e sorriu para mim novamente.

- Você… - eu queria lhe agradecer por tudo, mas não encontrava palavras suficientes para este momento
- Shiu. – ele colocou o dedo nos meus lábios – Vamos. – ele deu uma risada e me puxou pela mão

Entramos naquela mansão novamente. Luxúria, riqueza, glamour… meu deus, que glamour. Quando eu me sentava naquele sofá de pele preto, me sentia como se fosse uma celebridade: rica, bonita e poderosa.

Era tempo de voltar para casa. Para a nossa casa. Fugimos daquela mansão sem deixar rasto. Apenas deixamos um bilhete para a senhora, dona da casa, dizendo que afinal não iríamos comprá-la porque havia surgido uma boa oferta nos EUA. Coitada, deve ter acreditado em tudo.

No caminho para casa, eu e o Arthur não falávamos nada. Talvez vergonha, receio… eu não sei ao certo. Cada vez que nos olhávamos, sorriamos um para o outro e baixávamos o rosto ao mesmo tempo, envergonhados.
Eu ainda sentia as borboletas na barriga de um lado para o outro. Cada vez que passava a língua nos meus lábios, ainda conseguia sentir o gosto dele. Também ainda não conseguia esquecer o cheiro maravilhoso do seu perfume. Que coisa perfeita, senhor.

- Dezoito horas em ponto! – ele havia me deixado à porta de casa. Estava quase escurecendo e com certeza a minha mãe já havia chegado em casa.
- Eu não tenho palavras para o que aconteceu hoje. – disse, pegando as mãos dele – Eu nunca tive assim alguém na minha vida. Você é tão perfeito, que parece não ser real. Você parece que é um anjo que veio do céu para me dar esperança de vida. Você é irreal. – ele me beliscou devagar a mão
- Viu? Sou real. – rimos – Eu fiz isso porque necessitava de fazer isso, entende? É uma maneira de demonstrar o que eu sinto por você. Cada dia fica mais forte, acredite. Eu não o fiz por ficar bonito, eu fiz porque te amo!
- Eu também te amo! – nos abraçamos novamente. Coloquei as mãos de volta do seu pescoço e em seu ombro deitei no meu pescoço, colocando o meu rosto entre o seu pescoço. Senti novamente o cheiro do seu perfume. Droga! Que vontade de beija-lo novamente.

Um celular tocava. Era o dele. Interrompeu logo o nosso abraço. Ele levou a mão direita ao bolso e pegou o celular que não parava de tocar um único segundo. Ele olhou para o ecrã e desligou a chamada.

- Pode atender. – disse eu
- Não. Não quero. – ele suspirou e guardou de novo o celular
- Quem era?
- A Bruna. – meu coração começou a bater forte quando ouvi o nome dela. Estava tão centrada no seu beijo, no seu abraço e no seu sorriso, que acabei esquecendo que o Arthur ainda tinha namorada.
- Arthur…
- Não. – ele me interrompeu – Não se importe com ela
- Mas você a traiu… - balancei a cabeça negativamente. Traição não é bom!
- Eu vou falar com ela.
- E como acha que ela vai reagir?
- Ninguém reage bem a uma traição. – baixei o rosto e suspirei
- Quando você me beijou, pensou nela?
- Você acha mesmo?
- Responda por favor.
- Claro que não. Juro para você que hoje ainda não me tinha lembrado dela. Só agora que vi a chamada é que lembrei da Bruna. Eu converso com ela amanhã e de seguida com você.
- Eu não quero que se prejudique por mim
- Você acha mesmo que eu gosto dela? – Arthur começou a rir
- Não sei… - cruzei os braços e ri
- Claro que não tolinha. Eu gosto é de você! – ele me abraçou novamente

Escutei a porta de casa abrir e de lá vir a minha mãe. Ela sorriu para nós, quando nos separamos do abraço e Arthur pegou a minha mão. Olhei pra ele e sorri.

- Boa tarde meninos. Como foi o passeio? Lua, se divertiu?
- Muito mãe! – respondi eu com um sorrisão no rosto – Foi um dos melhores dias da minha vida!
- Meu deus! Ainda bem… valeu a pena ter confiado no Arthur então.
- Sempre vale. – disse eu
- Bom, eu vou andando. – disse Arthur
- Eu fiz um bolo de laranja, não quer provar?
- Fica para outro dia. Eu só vim deixar a Lua em casa. Tenho de ir pra casa ainda.
- Tudo bem. Vá com cuidado
- Eu sei. Pode deixar. – ele sorriu. Logo depois se virou para mim, sorriu novamente e beijou o meu rosto – Depois te ligo, tá?
- Tá! – respondi, sorrindo para ele.

Minha mãe percebeu um sorrisinho diferente nos meus lábios e um brilho igualmente diferente nos meus olhos. Eu estava realmente diferente. A sensação de beijar pela primeira vez faz parecer que subimos uma escada para o topo da vida. Parece que cresci. Parece que se passou um ano sem nos darmos de conta. Parece que amadureci e me tornei mais responsável com novos cargos sobre os ombros.

Deitada na minha cama, olhei para o teto e recordei o meu primeiro beijo, novamente. Peguei o meu diário e comecei a escrever tudo. Desde o primeiro arrepio até o ultimo selinho que o Arthur me deu. Queria guardar isto para sempre na memória.
Na última página do meu diário, estava a tal lista dos meus desejos. Reparei que sete, de vinte, já estavam feitos. Todos eles foram importantes para mim.

Alguém bateu à porta e me fez guardar rapidamente o diário por baixo do travesseiro. Era a minha mãe e a minha irmã. A minha mãe vinha com uma pequena fatia do bolo que havia feito e a minha irmã trazia um copo com suco de laranja. Ambas com um sorriso malandro. As duas tinham escrito na testa “te dou disto, em troca daquilo”.

- Então maninha, como foi o passeio? Onde foram?
- A uma pista de boliche
- Sério? Eu nunca entrei numa. Foi legal?
- Sim, muito! Conheci um cara muito legal, o Luís. Ele me ajudou a ganhar dois jogos contra o Arthur
- Que bom. E que mais? – perguntou a minha mãe
- Depois, demos umas voltas e… - eu não queria contar que tínhamos invadido uma casa privada, visto que isto poderia nos trazer sérias consequências – E depois, viemos para casa.
- Não acredito que tenha sido assim tão rápido! – a minha irmã cruzou os braços
- Mas foi! – quis ser teimosa
- Filha, você sabe que pode contar sempre com a gente! – e a verdade é que eu podia mesmo
- Conta vai! – pediu a minha irmã mega curiosa
- Ok… - me rendi a elas – O Arthur me beijou! Eu beijei pela primeira vez! Não sou mais BV! – as três gritamos e nos abraçamos
- Mas como foi? Ele te tratou bem?
- Oh meu deus, a minha filha está crescendo!
- Ele me tratou super bem… - disse eu quase com lágrimas nos olhos – Ele foi super gentil comigo, um doce. Eu… eu estou apaixonada!


Hoje tem mais se comentarem <3 e agora, o que deve acontecer?

4 comentários:

  1. Esse foi o capítulo mais fofo até agora *.*

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  2. Ameeeeeeeeeeeeeeeeeeeiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Posta Mais hojeeeeeeeeeeeeeeeeeee pfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpf

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