Capítulo 14 - Hope

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P.O.V’s Arthur Aguiar
-QUE PORRA ELE TÁ FAZENDO AQUI? –Impactei minhas mãos na mesa do meu escritório.
-Calma aí, irmão. Ele voltou por algo. – Mika disse calmo, como se ninguém soubesse daquilo.
-Claro, porra ou você acha que ele voltou pra vim tomar um chá aqui na mansão e dizer como ele está levando a vida com a vadia da Giovanna?
-Relaxa, Arthur. Ninguém vai te derrubar. –Chay tentou acalmar a situação.
  A sala ficou completamente silenciosa, apenas com o barulho de nossas respirações aceleradas.
-Já sei! –Fábio se manifestou pela primeira vez, levantando o braço. Bufei. –Nós vamos dar uma festa. –As atenções foram unicamente para ele.
  Isso era loucura. Essa festa não mudaria absolutamente nada.
-Qual seu plano, Fábio? –Exclamou Chay impaciente para joguinhos.
-UMA FESTA, CARALHO! Se anima, desgraça! –Bateu na cabeça de Chay. –Faremos uma festa pra mostrar que você ainda é o foda de Los Angeles.
  Mika abriu a boca em um perfeito “o”, abriu e fechou a boca, então abriu novamente.
-Podemos chamar umas mulheres, convidar uns sócios, colocar algumas prostitutas da boate e pode ser uma isca pro filho da puta do Brandon comparecer.
  Deus! Como não pensei nisso? Isso é perfeito.
-Qual será a data? –Perguntei e logo gritaram em comemoração.
-O que acha do dia 27 de Julho? Cai em um sábado. –Disse Fábio ao verificar o calendário em seu celular.
-Ótimo! Vamos começar á organizar. Precisamos fazer os convites hoje, não quero demora. –Concordaram. –Vocês acham mesmo que ele virá?
-Chamaremos os maiores profissionais da nossa sociedade e se ele quer mesmo entrar nesse ramo, não deixará de marcar presença. –Disse Fábio. Como sempre, o mais inteligente entre nós.
-Tem razão.
  Porém, tudo que vem á minha mente é: Ele virá com Giovanna.
  Ele já me destruiu emocionalmente, mas dessa vez ele tem ela. Dessa vez ele quer, me destruir com ela. É uma pena que querer não é poder. Realmente é uma pena, pois se fosse o contrário, eu teria o mundo aos meus pés. E quanto digo o mundo, eu digo até o diabo aos meus pés.
(...)
P.O.V’s Lua Blanco
-Boa tarde! –Cumprimentou Sophia, me olhando atenta.
  Estava com suas mãos formando uma perfeita “conchinha” em baixo de sua cabeça e seus cabelos levemente bagunçados.
-Boa tarde. –Virei meu corpo de lado, ficando de frente para ela. –Eu juro que se você não tivesse falo algo, eu me assustaria ao te ver me olhando assim, -fingi reação incrédula. –parecendo uma psicopata.
  Gargalhou. Era ótimo escutar sua gargalhada, por saber que até pouco tempo eu fui a culpada de sua dor.
-Você é uma boba, Lua. Acha que vai me distrair? –Semicerrou os olhos.
-O que fiz? –Sorri sapeca.
-Quero saber detalhe por detalhe, do por que pegou meu carro em plena madrugada e resolveu passear pela cidade.
-Não foi bem isso. Eu resolvi visitar minha amiga, Melanie e depois dei uma passadinha em casa, escondida, claro. –Fechei meus olhos para lembrar das imagens que registrei em meu coração, como se fossem lembranças.
  Boas lembranças.
-Julie estava acordada agarrada em seu ursinho, chamado Teddy, isso é tão irônico, eu sei. –Sorriu, concordando com a cabeça, porém escutando-me atentamente. –Pensei que ela estivesse dormindo, até porquê crianças da idade dela não ficam acordadas até tarde, se é que me entende,  –Assentiu com um sorriso malicioso. –mas ela estava acordada e com a luz do abajur ligado.
  Respirei fundo.
-Ela percebeu minha presença, Sophia. E naquela despedida, eu juro que queria ficar, mas o relógio não para pra ninguém e talvez se eu tivesse saído daquela mansão mais cedo, eu não estaria com marcas no corpo e muito menos você. Depois que sai de lá, passei na casa de Melanie. Nós conversamos por pouco tempo, mas foi o suficiente para gravar pelo menos uma parte da nossa conversa em minha memória. –Fechei os olhos para tentar impedir algumas lágrimas. –Eu queria ter procurado por minha mãe pelo mundo inteiro se fosse preciso, mas eu não tive o mínimo interesse em saber onde ela está esse tempo todo. Se está passando fome, se encontrou alguém ou se ao menos, –Inspirei fundo. –está viva. E se eu tivesse feito o esforço que prometi a ela quando pequena, eu não estaria aqui e na hora da possível negociação entre meu pai e Aguiar, eu estaria longe. Então Billy finalmente, me deixaria em paz. Isso não aconteceu, porque tenho uma enorme preguiça de ir atrás de pessoas que ainda se importam comigo.
  Senti a primeira lágrima salgada chegar aos meus lábios entreabertos, fazendo-me sentir o gosto.
-Todo o cúmulo da esperança que tive já se esvaziou. Acho que eles, nunca irão nos tirar daqui, talvez estejamos destinadas a morrermos usadas e nojentas. Talvez, esse seja nosso futuro, e falar isso dói demais. Eu queria poder construir uma família com alguém que me ame verdadeiramente, mas pelo rumo que as coisas andam... Minhas esperanças morreram. Foram por água abaixo e sinto-me destruída, por ter fracassado. Nós poderíamos estar bem longe, mas eu entreguei o jogo. E agora irei me entregar para eles. Acabou para mim, Sophia. Eu pertenço á Aguiar, completamente a ele, de corpo e almaquerendo ou não. Eu lamento, mas não tentarei mudar isso. Talvez, eu estivesse predestinada.  –Funguei.
-Deus nunca lhe predestinaria a algo tão ruim. Você terá um futuro melhor, basta aguardar. –Escutei sua voz doce.
-Isso levará quanto tempo?
  Então finalmente tive coragem de encarar á ruiva que me olhava com dó nos olhos.
-Eu realmente não sei. Talvez, o tempo que for necessário. Posso te dar um abraço? -Sorriu e eu assenti.
  Sentei no edredom macio e levantei para que ela não fizesse esforço físico. Seus braços se encontravam abertos, esperando por mim. 
-Eu não deveria ter iniciado esse assunto. –Sussurrou.
-Eu realmente precisava colocar tudo que guardo para fora, para alguém que consigo me sentir segura. Digo, que posso confiar. –Meus instintos acreditaram que ela estava sorrindo.
  O barulho de ferro fez com que nos separássemos e ficássemos sentadas comportadas na cama.
-Com licença, Senhoritas. –Assentimos.
  Entrou no quarto o mesmo senhor que nos ajudou, quando Sophia estava sangrando até pelos quadris.
-Sr. Aguiar pediu para que eu lhe entregasse isso, Lua.
  Entregou-me um envelope roxo e verde neon.
-Obrigada. –Sorriu e deu meio volta.
  Assim que escutamos a porta sendo trancada, Sophia disparou.
-O que é isso? Abre logo! –Ri com seu desespero.
  Abri o envelope. Tirei um simples pedaço de papel branco dali. O que aquilo fazia em um envelope tão chique?
  Isso poderia ser um convite para minha festa, caso não fosse uma das minhas garotas de programa. Será minha acompanhante em minha festa no próximo sábado. Receberá seu vestido, ao longo da semana, visitará um SPA e por fim irá em um salão de beleza. Você não tem escolha. Será minha acompanhante, querendo ou não.

  Justin Bieber

Como diz a Duda, eu não posto para o vento. Por isso, quem tanto pediu esta web, é obrigado a comentar!! Se comentarem muito, eu posto mais um hoje!

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