Foi apenas obra do destino - 28º Capítulo

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POV ARTHUR

Aqueles olhos negros me faziam lembrar antigos tempos. Ela tinha o poder de fazer aquilo comigo. Olhava bem dentro dos meus olhos, pegava as minhas mãos e depois me beijava.
Sempre que estávamos chateados, enquanto namorávamos, era assim que eu caia nos braços dela. era pura mágica. Aquele sorriso cativava qualquer um. Aquelas palavras mansas nos faziam deixar levar. 
Tudo o que ela disse foi verdade. A história do casamento, dos filhos e das viagens. Enquanto namorávamos, eu pensei que tudo aquilo ia ser possível. Eu pensava de mais no futuro.

Por alguma razão, o destino trocou o sentido dos meus pensamentos e fez aquele namoro acabar. Aquele namoro, em que eu me entregava de corpo e alma.
Lua apareceu na minha vida, de repente, tal como apareceu no meu quase beijo, com a Raquel.

- Eu sabia! – ela gritou, chegando e me fazendo despertar daquele transe todo. Dei um passo para trás e vi Raquel ficar do meu lado, encarando a Lua – Eu sabia que você ia fazer merda mesmo! Você não cansa de lutar atrás de uma coisa que já não é sua? – Lua encarou Raquel, enquanto colocava a mão na cintura
- Aff, você? – Raquel balançou a cabeça – Garota, vai embora! Não entende que está a mais?! Eu e o Arthur ainda temos muito que conversar.
- Não vejo o quê. Ele está comigo…
- Está por estar. A nossa história ainda não acabou
- Acabou sim! Ele me ama a mim, não a você
- Você é só um passatempo. Ele não me esqueceu… o quase beijo, que você interrompeu, era a prova disso. 
- Está vendo isso? – Lua mostrou a aliança de compromisso à Raquel – Isso é a prova de que estamos mais juntos do que sempre. e sabe o que ele me disse esta manhã? Que esta aliança só irá sair daqui, quando ele trocar ela por uma de casamento!

Raquel ficou engolindo seco, enquanto Lua pegou na minha mão e me levou pra dentro do carro, que tinha ficado na beira da estrada. Até casa, foi me xingando disto e daquilo. Eu me ria com a situação. Ela dizia coisas sem noção, mas eu sei perfeitamente que é o ciúme falando mais alto.

- E pode acreditar. Se estivéssemos em casa, no Brasil, você dormia na sala.
- Mas eu tinha o meu quarto – ri
- Mas eu ia trancar a porta e não ia deixar você entrar lá – ela deu de ombros – Estou de greve, fique sabendo!
- Greve? De quê? Baixo salário ou fome?
- Beijos!
- Ao menos não é sexo!
- Arthur! – ela me repreendeu – Beijos, sexo e abraços!
- Quer dizer que carinhos pode?
- Não, carinhos também não.
- Apertar a sua bunda, pode?
- Não Arthur! – ela tentava não rir
- E você apertar a minha?
- Arthur, pára! – ela cruzou os braços
- Não quer? Então eu vou pedir pra Raquel
- Vai lá!
- Vou mesmo! – peguei o celular e fingi escrever uma mensagem
- Vai nada! – ela pegou o celular das minhas mãos e jogou para o sofá – Quer morrer, é? – ela me provocou – Você é bobo! Eu estou irritada. Você devia tentar me beijar e me fazer deixar a bobeira de lado
- Eu prefiro que você deixe o orgulho de lado e a teimosia também. Você sabe perfeitamente que nunca ia querer mais nada com a Raquel
- Mas ela parecia tão confiante do que dizia… eu fiquei insegura.
- Eu te dou motivos para inseguranças?
- Claro que não…
- E então?! – olhei bem no fundo dos seus olhos e passei a mão nos seus cabelos. Ela fez bico. Eu mordi e beijei. 
- Então que ainda estou chateada! – ela voltou a me empurrar, após o beijo – Eu vi vocês próximos.
- Você acha mesmo que eu ia beijar ela?
- Eu não sei de nada!
- Estamos juntos a algum tempo já… você devia entender que quando eu estou com uma pessoa, estou com ela e mais ninguém. – dito isso, deixei ela na sala, pensando talvez no que eu tinha dito

A contagem regressiva para o novo ano, era feita com muita ansiedade. 
As pessoas mandavam mensagens umas às outras, desejando isso e aquilo, tudo de bom para a chegada de um novo ano.
Troquei mensagens com os meus amigos e família do Brasil. A minha irmã dizia que morria de saudade. 

- Eu também sinto saudade dela.
- Daqui a dois dias, você pode estar com ela – Lua me consolava
- Eu nem acredito que daqui a dois dias, já estamos trabalhando
- Passou rápido, né? – perguntou Lua
- Rápido de mais. Mas eu gostei.
- Qual foi a sua parte preferida?
- A parte em que você morre de ciúmes
- Bobo! – ela me deu um selinho, mas a puxei, e a beijei com vontade. 
- Seu celular… - disse ela, parando o beijo e esperando que eu fizesse alguma coisa
- Saco! – reclamei e tirei o celular do bolso. Vi o nome na tela e fiquei tenso. 
- De novo ela? – Lua se levantou do sofá – Mas será que ela não entende que eu e você estamos juntos? Eu tenho de lhe partir a cara toda? Aff! É que nem no ultimo do ano! – Lua saiu irritada com razão. Mesmo assim, eu atendi a chamada.

Ligação on

- Alô?
- Arthur? É a Raquel…
- Eu sei Raquel. Quantas vezes já te pedi pra não ligar?
- Eu sei… mas é que fiquei sabendo que você vai amanhã embora, bem cedo. Hoje é o ultimo do ano e eu gostava que a gente se encontrasse uma ultima vez.
- Eu não sei…
- Por favor. Eu não te peço mais nada. Nada mesmo.
- Eu não Raquel…
- É por causa da Lua? é só uma conversa de amigos, nada mais.
- Sem segundas intenções?
- Sem segundas intenções!
- Muito bem. Eu te mando mensagem a combinar a hora
- Obrigada lindo! Vou ficar esperando.
- Tudo bem…

Ligação off

Lua não gostou nem um pouco de saber que eu tinha combinado com a Raquel, às 8horas no caís do Funchal. Era um local calmo, com vista para o mar. não que eu quisesse que este encontro fosse romântico, mas é dos únicos lugares que eu sei ir sozinho.

- Ainda bem que você veio! – ela me abraçou logo – Adoro o seu perfume. Foi o perfume que um dia te ofereci
- Pois… - Lua havia me oferecido um também igual, mas resolvi não comentar isso
- Eu entendi que causei alguns problemas entre você e a Lua. eu não queria. Mas você foi especial para mim, você foi o primeiro homem da minha vida e…
- Raquel – a interrompi – Eu não vou mentir. Você foi especial para mim. Foi a primeira mulher a quem eu me entreguei tanto. Mas não vai voltar a acontecer. Eu estou com outra pessoa. Amo a Lua e quero ela pra sempre do meu lado. Você teve a sua oportunidade e deitou a perder… 
- Eu sei. Mas eu só pedia uma oportunidade
- Nem um, nem duas, nenhuma! Acabou…
- Tudo bem. Eu entendi a mensagem. Você vai amanhã para o Brasil, e do que depender de mim, irei ficar aqui, em Portugal, trabalhando e contruindo a minha vida. A gente, provavelmente, não se vai ver mais na vida. Eu pedi um ultimo beijo e…
- Não.
- Por favor! – ela pediu – É o ultimo. Ninguém precisa de saber. Eu só queria sentir de novo o seu cheiro, o gosto da sua língua e…
- Você não acha que isso é pedir de mais? – a encarei
- Um abraço?
- Tudo bem! Um abraço pode.
- Pronto, ao menos isso.

A abracei e senti ela levar os braços e apertar bem forte o meu corpo também. Ela deitou o rosto sobre o meu ombro e a ouvi chorar. Cochichou algumas palavras de sorte e felicidade para o resto da minha vida e depois de um beijo no rosto, eu vim embora.
Lua estava me esperando. Ela disse que não queria ver a nossa conversa, mas eu sei bem que ela estava lá, vigiando. 

- Era preciso mesmo aquele abraço? – ela me encarou
- Menos Lua, muito menos. – andamos na calçada indo até ao local onde iríamos ver o fogo da noite de fim de ano 
- O que foi?
- Nada…
- Ficou mexido?
- Um pouco triste, apenas
- Porque?
- Perdi uma grande amiga
- É preciso ter lata! – Lua ficou irritada com a verdade que eu disse. 

O Funchal começou a encher de pessoas. Aos poucos, ninguém se mexia naquela cidade. Estava arrasado de gente. as pessoas andavam com copos e champanhe na mão, para abrir segundos antes do novo ano que ai vinha.
Tiravam fotos, se abraçavam e beijavam.
Lua continuava longe de mim, de braços cruzados, chateada ainda.

- Tudo por causa da Raquel?
- Exatamente. – respondi à mãe dela
- Ah, não acredito! – Dona Blanco deu uns passos até a umas pessoas que chegavam perto de nós. Um casal com os supostos filhos, dois garotos com mais ou menos a minha idade. Todos se abraçaram e desejaram bom ano – Lua, olha quem está aqui. Reconhece?
- Eduardo? Não acredito! – Lua se levantou e foi abraçar o garoto e de seguida o irmão dele. Ficaram falando uns bons minutos. Eu fiquei um pouco de lado, enquanto todos se abraçaram
- Arthur, posso te dar um abraço? – Isabel pediu
- Claro, pequena. – ela me deu um abraço forte e eu retribui
- Eu me decidi… amanhã vou com vocês para o Brasil. Começar uma vida nova, quem sabe. Eu juro que não me vou meter entre você e a Lua, nunca mais. Você foi especial na minha vida
- Já é a segunda vez que eu ouço isso. Eu também gostei muito de te conhecer. – a abracei de lado, de novo – Graças a você, conheci a mulher da minha vida, que aproveita qualquer momento para me provocar ciúmes – olhei para Lua, que agora estava sentada no colo do tal Eduardo – Ela não sabe que eu estou vendo tudo? Poxa…
- Tá com ciúmes?
- Não… - cruzei os braços – Eu só…
- Relaxa! – riu Isabel – Eles são só nossos primos! – Isabel riu da minha cara e eu me senti um perfeito otário

Se comentarem muito, hoje tem mais!!

15 comentários:

  1. ameeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeei

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  2. ciumeira brava da senhorita Blanco kkkkkk
    ass Sofia

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  3. ++++++++++++++++++++++++

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  4. Ameiiiii posta maissss pfpf
    Ass:Karine

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  5. Ameeeeeeeeeeeeiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Posta Mais hojeeeeeeeeeeeee pfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpfpf

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  6. Ameiiii , mais pf. Essa web é dmaisss

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  7. A lua fazendo ciumes achando que ta abalando e ele ja sabe que é com o primo! Kkkkkk

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  8. Ta Mt Zika...Posta Maiiiis...By: Thaynná Dos Santtos *----*

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  9. Ameiiii X-*
    Ahahaha esses dois se merecem kkkkkl...
    Posta mais u.u
    Ass: Chris

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  10. Ameeeeeeeeeeeeeeeei +++++++++++++++++ By: Bruuuna

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