Foi apenas obra do destino - 10º Capítulo

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POV LUA

Passaram-se dois dias e eu continuei a sentir aquela distância entre mim e o Arthur. Ele andava triste, muito pensativo e calado. Até os colegas de trabalho comentaram o estranho comportamento dele.

- Ele deve ser daqueles que muda de humor em menos de um segundo
- Quando estou naqueles dias, eu fico assim
- Mas ele é homem, não tem esses dias
- Ele está apenas um pouco triste. – disse eu
- Ele mora com você né? Vocês não falam?
- Às vezes… - baixei o rosto

Quando íamos para casa, ele continuava na mesma.

- Se você continuar assim por muitos mais dias, eu vou me culpar para sempre
- Não precisa – ele suspirou
- Desabafa comigo Arthur. Eu sei que você está triste e a culpa é minha
- Eu acho que tenho o defeito de dar tudo para a pessoa que eu gosto e acho que vou receber o mesmo eu troca. Mas aí é que me fodo. Aí fico pensando que sou um idiota, babaca, sonhador, que acha que é só piscar os olhos e que tudo fica bem e um mar de rosas. Mas não é bem assim
- Eu sei que tudo o que você ia fazer naquela noite ia ficar perfeito, mas eu é que fui a equivocada. Eu é que não fui no jantar e eu é que sou a culpada de você estar assim
- Não, não é. A culpa é minha. Eu me iludo de mais
- A culpa é nossa, então. – dei a mão pra ele – Por favor, volta a ter aquele seu sorriso lindo, por favor – pedi, piscando várias vezes os olhos
- Estou um pouco desanimado, mas vai passar. – ele estacionou o carro em frente à minha casa e saímos 
- Eu acho que você precisa de beijos, carinhos… dorme comigo essa noite. – disse eu, antes de entrarmos em casa. Abri a porta e ele sorriu pra mim
- Não…
- Dorme, por favor. – entramos em casa
- Mas e a sua irmã?
- Arthur, sou eu que estou pedindo… - fechei a porta de casa e fomos até à cozinha – A minha irmã vai ficar no quarto dela. Além disso, vai ser só dormir, né? Só se você quiser algo mais que isso… - peguei a água da geladeira, deitei no copo e bebi, sempre olhando para o rosto dele
- Tudo bem, eu durmo. Mas o que vamos fazer enquanto o sono não chega?
- Poderíamos ver um filme, comer umas pipocas ou beber alguma coisa
- A senhora enfermeira aconselhando beber alguma coisa? Essa é muito boa! – rimos os dois
- É para marcar o dia, apenas.
- Tudo bem. No seu quarto ou no meu?
- Onde preferir
- Vamos para o seu então – ele disse, entre sorrisos

Passamos o resto da tarde olhando um para o outro. Mesmo ele ajudando a Isabel nuns trabalhos de casa, ele sempre olhava para mim, soltando um sorriso ou um piscar de olhos.

- Arthur, você tem alguma coisa nos olhos? Algo te está incomodando? – perguntou ela. Eu estava limpando o pó do armário, que estava em frente a eles e provavelmente o Arthur devia estar me olhando
- Não… deve ser do pó
- Você é alérgico? Podíamos ir para o meu quarto…
- Não, aqui estamos bem
- Vão! – disse eu – Assim eu arrumava melhor as coisas aqui
- Então vai subindo Isabel, eu vou à cozinha beber água
- Te espero lá, não demora – ela soltou um sorriso

Isabel pegou os livros e subiu, sorrindo, sem olhar para trás. Enquanto isso, Arthur ia em direção à cozinha, mas ficou na porta, esperando Isabel subir. Quando viu que o caminho estava livre, veio até mim, me puxando pela cintura.

- Você gosta mesmo de mim? – ele me perguntou, olhando nos meus olhos
- A que se deve essa pergunta? – sorri
- Responde!
- Claro que eu gosto de você, Arthur
- Então por quê me manda para o quarto com a sua irmã? – ele começou a rir, me soltando um pouco
- Bobo! – dei um tapa leve no ombro dele – Eu só não quero que ela desconfie de nada.
- Entendo, mas ela vai tentar ter algo comigo, você tem noção, né? – eu assenti – Sem eu querer, ela já me roubou alguns beijos. Eu te contei aquele, de quando ela estava bêbada? Ela bem que queria algo comigo, mas eu não deixei
- Eu sei. Ela ama você
- Você é que me devia amar
- E quem disse que eu não amo? – mordi a ponta da orelha dele. Quando senti as mãos dele se enrolarem na minha cintura, afastei ele – Vai com ela. 
- Vai ficar com ciúmes?
- Vou tentar não ficar. Mas fique bem longe dela. se não, à noite, não tem surpresa
- Estou desejoso, então. Prometo ficar longe dela – ele mordeu o meu lábio, dando um selinho demorado e indo embora

Fiquei fazendo o jantar enquanto eles ficavam no quarto. Ouvi montes de gargalhadas dos dois. Depois escutava um silêncio profundo e vinham de novo as gargalhadas.
Os dois desceram para jantar bem animados. Continuavam se tocando um ao outro, na barriga ou no braço, fazendo cócegas. 

- Bom, vou acabar os meus trabalhos. Arthur, me ajuda?
- Ahh Isabel… - ele olhou para mim, depois para ela – Eu tenho que ir dormir. Estou super cansado. Hoje foi um dia bem difícil lá na clínica
- Quié isso maninha, você não acha que está dando trabalho a mais, ao Arthur?
- Claro que não. Ele é forte, eu sei – pisquei pra ele
- Sou de mais. Mas o melhor está para vir. – ele piscou para mim
- Estou ansiosa!
- Não tarda… se prepare. 
- Estou preparada! – conversávamos entre indirectas, sem a Isabel perceber. 

Isabel subiu, Arthur subiu logo de seguida. Eu arrumei a cozinha minimamente e fui para o meu quarto. Ajeitei ele. Não queria que Arthur pensasse que eu era desarrumada. Mas quando arrumei o quarto, achei ele direitinho de mais e bagunçei um pouco. Não queria que Arthur pensasse que eu arrumadinha de mais. Faltavam 10 minutos para as 23horas e eu ainda não tinha vestido o pijama. Eu devia vestir um quente, porque estava frio, mas queria um sensual, para as coisas que podem vir a acontecer esta noite. 
Coloquei uma camisola, bem curtinha, desamarrei o cabelo, bagunçei um pouco ele e retirei a minha maquilhagem. Coloquei o portátil em cima da cama, escolhi uns dvd e ainda faltavam as pipocas. 

- Posso? – ele entrou bem rápido no meu quarto, sussurrando. Eu me assustei
- Aii, que louco! – por sorte, ele já trazia o que faltava. – Pipocas e… vodka?
- Foi o que arranjei mais rápido
- Onde tinha isso?
- No meu quarto
- No seu quarto?
- Estava na minha casa. Quando me mudei, trouxe para um momento especial
- Este momento é especial?
- Não sei se é… mas pode vir a ser – ele largou as coisas no chão, colocou as mãos no meu quarto e encostou os nossos rostos. Passou o seu nariz de um lado para o outro, depois me beijou. Foi um beijo bem calmo, calmo de mais – Vamos ver que filme? – ele parou o beijo
- Escolhe você
- Por mim não víamos filme nenhum
- Então?
- Conversavamos
- Sobre…? – sentei na cama e cruzei as pernas. Peguei a garrafa de vodka e tentei abri-la
- Não sei. Logo vemos
- Como vamos beber isso?
- À boca? – ele pegou a garrafa das minhas mãos e abriu. O primeiro a beber foi ele. Eu nunca tinha tocado vodka antes, aquela foi a primeira vez. Ao inicio foi estranho, mas depois eu até gostei – Vai me dizer que nunca bebeu?
- Já bebi apenas vodka-cola, muito bom. Mas vodka só, não
- Cuidado senhora enfermeira. Amanhã é dia de trabalho – ele riu
- Pra você também – bebemos mais um gole

Conversamos sobre coisas básicas da nossa vida. Talvez sobre mais coisas que tínhamos em comum, mais desafios da nossa vida e metas que gostávamos de ultrapassar. Sonhos que gostavam de realizar e medos a combater. O Arthur é um cara tão especial!

- Já vai dar 00:00h. A noite passou tão depressa
- A garrafa de vodka também – eu ri
- Deviamos parar de beber
- Também não falta muito – eu bebi o resto, deixando a garrafa cair no chão – Ops, eu não devia ter feito isso
- Calma. A Isabel já deve estar dormindo – ele passou a mão na minha perna
- Eu acho melhor agente também fazer o mesmo, você não acha? – puxei as cobertas para baixo. Eu estava de quarto, na cama, provavelmente com a camisola um pouco mais para cima, deixando o meu bumbum à mostra. Com certeza, que Arthur estava com os olhos parados lá
- Por mim, tanto faz. Desde que eu durma com você, ao seu lado – deitei na cama e senti ele deitar por cima de mim, me beijando

Fiquei virada para cima, passando as mãos pelas costas dele, arranhando de leve e puxando a sua blusa para cima. Ele estava bem em cima de mim, com os braços pressionados na cama, para que não tivesse tanto peso em cima de mim. Ele beijava a minha boca, descia os beijos para o queixo, voltava e mordia os meus lábios de leve, depois a minha orelha e por cima chupava o meu pescoço. Soltei leves gemidos, agitando ele também. 
Ele tirou a blusa dele, puxou a minha camisola para cima, tirando-a e de seguida indo com a mãos ao meu soutien. Mesmo por cima da roupa interior, ele apertava, massajava e beijava. Depois, logo as nossas únicas roupas ganharam um lugar principal no chão do meu quarto…

- Se quiser, eu paro
- Acha mesmo que eu quero que você pare? – sorri de leve. Ele sorriu, beijando o meu rosto – Você é especial pra mim
- Você também é… especial para mim – disse entre um gemido, provocado pela passagem da mão dele pelas laterais do meu corpo 

Quando senti ele se colocar numa posição melhor, pra me amar de verdade, parei.

- Arthur…
- Eu sei, é melhor parar mesmo e…
- Não – eu ri – Falta a camisinha
- Bolas! Só tenho no quarto
- Esqueceu que eu sou enfermeira? – tirei um pacote de camisinhas da mesinha de cabiçeira, mostrando a ele os 12 preservativos – Acha que dá?
- Tenho a certeza! – ele riu, pegando um 

Depois de protegidos, ele investiu em mim. Eu arranhei as costas dele, sem ser de propósito. Arranhei forte, conforme o prazer que eu sentia. Eu tinha de controlar os gemidos, para que a minha irmã vão viesse ao meu quarto, ver o que se passava. 
Arthur gemia que nem eu, controlando-os com beijos ou então puxando os lençóis para baixo, sabe-se lá porquê. Aqueles “vais e vens”, me provocavam sensações descomunais, únicas. Ele sussurrava ao meu ouvido que eu era única, linda, gostosa e mais alguma coisa e eu gemia em seu ouvido também, arranhando as costas dele… passamos a noite, fazendo amor. 


Primeiro hot, de muitos kkkkkkkkk
Amanhã eu não sei se vou conseguir postar, porque, como sabem, é natal. Mas vou tentar

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