MINI WEB: Mas mãe! Eu amo ele! - 2º Capítulo

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*Sim gente, eu assistia “Amor à vida” porque passa cá em PT ahaha e esta Web é inspirada na Valdirene. *

Enquanto a minha mãe trabalhava na sua mercearia, eu ficava em casa arranjando as minhas unhas, penteando o meu cabelo ou fazendo qualquer coisa parecida.
Detestava sair na rua, pois eu chamava a atenção de todo o mundo. Ou pelo meu cabelo grande loiro e cacheado, ou pelos meus saltos altos ou ainda pelo meu corpo escultural.
Estavam batendo à porta. Quem seria? Talvez a minha mãe falando que precisa de ajuda na mercearia. Eu estava sem a mínima paciência de ir para lá limpar ou arrumar caixas enormes de produtos.

- Mãe, nem pense que irei pra mercearia arrumar a… - abri a porta e levei uma surpresa. Não era a minha mãe. Era apenas o emplastro do Arthur, filho da dona do bar mais afamado dessa zona e ainda mais filho do maior traficante do mundo. – O que você faz aqui? Eu não quero comprar nada viu? Adeus! – quando eu ia fechar a porta na cara dele, eis que ele coloca lá o pé e empurra a porta – Se me tentar assaltar, eu te denuncio na policia, viu?
- Te assaltar? Você pensa que eu sou quem, hein? – ele me perguntou, me encarando com um kg de açúcar na mão e mais algumas coisas – Você tem ovos em casa por acaso?
- Eu sei que você é filho do…
- Maior traficante da cidade, sim, eu já sei que você vai dizer isso.
- Eu nem te ia dizer que o seu pai é o maior traficante da cidade.
- Ah não? – ele se admirou
- Não. Eu ia dizer que ele era o maior traficante DO MUNDO! – gritei – Agora dá licença que…
- Não! – teimou ele – Porquê não pára de pensar como todo o mundo? Eu não tenho culpa de ser filho dele. Assim como você não tem culpa de ter uma mãe que é pai também ao mesmo tempo
- E eu me orgulho muito disso, tá? – encarei ele
- Assim como eu me orgulho da minha mãe trabalhar sozinha e me educar sozinha. Não acha que estamos no mesmo balanço?
- É… por um lado sim. – pensei direito – Entra lá e fala o que você quer. – ele se acomodava muito bem. Seu eu perguntar se ele queria ou não se sentar, ele apenas se sentava e colocava os pés na mesa
- Quero ovos. – disse logo direto
- Não seja por isso. – fui até à geladeira buscar os únicos ovos que eu tinha. Entreguei pra ele logo – Pronto, pode ir embora.
- Eu queria fazer um bolo. Mas como não sei, eu vim te pedir. E como você é mulher, deve saber cozinhar…
- Você acha que eu vou colocar as minhas mãozinhas numa massa de bolo?
- Acho sim.
- Eu vou é colocar as minhas mãos na sua cara, seu desgraçado! – corri atrás dele para lhe bater. Quem ele pensa que é para me dar ordens? Está para nascer o cara que me irá mandar.

Corri atrás dele. Como ele viu que eu tinha umas belas unhas grandes e não tinha medo nenhum de lhe bater, colocou logo as coisas na mesa e começou a correr à volta dela. Enquanto corríamos, fazendo fintas um ao outro, eu me segurei na toalha e a puxei. Os ingredientes do bolo caíram no chão, fazendo os ovos e espalharem e partirem e ainda por cima, nós dois caímos em cima disso. A culpa era toda dele. Comecei a xingar ele de mais, até aquele corpo pesado sair de cima de mim. Na hora que ele ia sair, caiu de novo em cima de mim. De novo, de novo e de novo. Os olhos são a coisa mais escorregadia que eu já vi na vida.

- Aii Arthur, você é um emplastro mesmo! Sai de cima de mim, agora!
- Bem que eu estou tentando né? – eu sei, ele tentava, mas estava impossível de sair dali tão cedo. – Se bem que aqui eu não estou tão tal. – Ele estava encarando os meus seios. A minha blusa era decotada e com toda esta confusão, ela desceu ainda mais um pouco, deixando à mostra o meu soutien.
- Pára seu desgraçado! – dessa vez dei um tapa na cara dele e quando eu ia dar outro, ele segurou o meu braço
- A culpa é minha se você é distraída e atrapalhada? E pára de reclamar porque eu sei que você está gostando. – ele colocou as mãos dele de volta do meu corpo. Ele aproximou o rosto dele do meu. Eu estava querendo matar ele. – Que tal ficarmos aqui para sempre, nesta exata posição? – ele riu da situação

Quem não achou graça nenhum àquilo foi a minha mãe, que entrou pela casa toda animada com várias sacos na mão. Ela estava animada até encontrar eu e o Arthur caídos no chão daquela forma. Largou os sacos no chão e pegou Arthur pela blusa.

- VOCÊ ESTÁ LOUCO? SEU GAROTO OUSADO, SEU TRASTE, SEU EMPLASTRO! – ela xingava ele mais que eu. Pegou ele pelos braços e colocou ele na rua. Depois me encarou. Eu estava tentando me levantar, mas estava difícil. Ela me ajudou, puxando a minha blusa e depois me jogou para o sofá. – Você tá louca Lua Maria Blanco? É assim que você quer ser rica? É assim que você quer ter um milionário do seu lado? É com ele que você quer ser alguém na vida?
- Mãe, ele entrou aqui querendo fazer um bolo comigo e…
- Eu sei qual é o bolo que ele queria! – minha mãe baixou a cabeça e respirou várias vezes fundo – Eu aqui trabalhando para te dar uma vida decente e você aqui em casa com um cara vagabundo desses?
- Mãe, eu estive pensando. O Arthur não é assim tão vagabundo. Ele estuda na faculdade, tem uma mãe que tem um bar…
- E um pai que é traficante. Uau, que lindo exemplo!
- Mãe, se ele estudar tudo direitinho, ele vai conseguir ser médico e ser rico. Não acha?
- Até ele ser rico, você está casada, bem casada, com três filhos à porta.
- Você tem razão. – enquanto eu concordava, ela pegava nuns sacos que havia trazido da rua – O que é isso?
- Eu não disse que tinha os meus bens guardados?
- Mas que bens são esses?
- Dinheiro Lua Blanco, dinheiro. O dinheiro compra coisas, sabia? – ela jogou o saco para o sofá e eu abri. Haviam roupas lá e uns sapatos. E ainda uma caixa que eu calculei que fosse de make up.
- Mentira?! – comecei a rir que nem uma retardada. Eu queria pegar tudo e exprimentar, mas eu estava cheia de ovo e precisava de um banho urgente.
- Vá rápido tomar um banho, cabeça de vento. É hoje que você vai engatar o Thiago Amaral.
- Ahh, eu não acredito! – me levantei do sofá toda histérica. Eu tinha esquecido completamente do congresso que irá haver hoje.
- Vá se vestir rápido Lua, rápido.

Peguei aquele saco e fui para o banheiro. Eu estava entusiasmada com tudo.
Enquanto eu tomava banho, a minha mãe me explicava tudo. Para eu entrar na droga daquele congresso, eu tinha de mentir e dizer que era jornalista, para assim poder entrar. Eu irei levar um bloco de notas e uma caneta, fingindo que estou tirando apontamentos. Depois, enquanto o Thiago vai no banheiro ou fica sozinho, eu me encarrego de trocar de roupa e mudar de personalidade automaticamente. Depois, é só piscar os meus olhos lindos e mostrar o que tenho de bom.

- Por favor Lua, não se distraia com nada. Vá em frente. Não desista. Olhe o seu futuro. Olhe o seu futuro filho e olhe principalmente os vários números que irá ter na sua conta bancária. Vá em frente meu amor! Orgulho da mãe! – minha mãe me encheu de beijos. Eu estava feliz, por ela estar orgulhosa de mim.

Saí de casa com o cabelo preso e uma bolas com a minha nova roupa. Eu já levava uma maquilhagem leve no rosto, faltava apenas o batom vermelho bem carregado para fazer par com os sapatos altos pretos e o vestido curtinho e justinho preto também, com algumas tachas. Tudo a ver com o momento.

Na residencial do governo, gerava a maior confusão. Entrevistadores de um lado, revoltados do outro e mais ainda as revoltas da sociedade. Eu me coloquei atrás de uns repórteres importantes e baixando o rosto eu consegui entrar lá dentro da porra daquele congresso.
O assunto parecia sério lá dentro. Juízes de um lado, políticos do outro e o mais interessante: Thiago ao lado do pai, presidente. Ele estava lá com um rosto serio, de fato de gravata. Impossível não babar. Já imaginou como a bunda dele deve estar? Eu sei que não tem nada a ver a bunda de um garoto com politica, mas… vamos ao que interessa!

Tentei me desviar das perguntas chatas que eles estavam fazendo, para agarrar da minha bolsa e ir ao banheiro mais próximo para me trocar. Assim eu fiz.
Mas quando eu estava saindo do banheiro, já toca arranjada, levei um susto. O thiago estava vindo na minha direçao.

“Você já sabe. Endireita as costas, empina o bumbum, joga o cabelo para trás e mostra esse peito. Não se esqueça que piscar os olhos”. As palavras da minha mãe soavam a toda a hora da minha cabeça.

- Thiago, que saudade! – abracei ele. Ele não me abraçou, entendo. Está tímido. Mas daqui a pouco eu tiro a sua timidez – Então, não se lembra de mim?
- Não… quem é você? E o que faz aqui?
- Eu sou a sua prima, não se lembra?
- Da parte de quem mesmo?
- Do seu pai… na verdade não somos bem primos. O meu pai é aquele cara rico, amigo do seu pai. Nós éramos amigos na infância. Tenho tantas fotos nossas. Mas você cresceu, eu hein. – eu ri e ajeitei a gravata dele. Ele não estava entendendo nada. Mas realmente eu mentia bem. – Que tal sairmos daqui agora? Está um clima pesado né?
- É… - ele concordou comigo e saímos. Fomos para uma espécie de sala de estar. Sentamos no sofá e ele pegou duas águas para nós. – Me conte mais de você. Eu não me lembro do amigo do meu pai ter uma filha.
- Ahh, mas eu sou. Mas falemos de você… - peguei de novo a gravata dele – Está namorando? Está pra casar? Ou está a procura de uma menina bonita de olhos azuis ainda? – eu ri, para descontrair um pouco
- Eu estou solteiro… - vi ele um pouco incomodado.

Me haviam dito que ele era gay e sinceramente eu começava a acreditar nisso. Ele não olhou nenhuma vez para o meu decote. Quando eu colocava a mão na perna dele e trazia a mão dele para a minha perna, ele tratava de tirar logo.

- Mas que tal fazermos algo mais interessante? Tá calor aqui né? – cheguei o meu decote mais para baixo ainda e coloquei uma perna em cima da perna dele. Quando levei os meus lábios para os lábios dele, ele me deu um selinho e me jogou pró lado. – OH MEU GAY, AFINAL VOCÊ JOGA EM QUE TIME? ME AGARRA LOGO! EU TO NA SUA! – fiquei farta de ser ignorada por ele. Agarrei ele pela camisa e beijei-o à força. Mas o canalha chamou o segurança.

E ai, que nota vale a web? De 0-10?

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