O tempo cura tudo - 21º Capítulo

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POV NARRADOR

- Mas é verdade… - Lua insistiu na frase “dá tempo ao tempo”
- Olha, dá de mamar a ele e não me chateia! – ele estava extremamente irritado

Arthur colocou o Guilherme no colo de Lua e foi de novo para a cozinha. Ele sentia que estava nesta caminhada sozinho. Que nada nem ninguém estava do lado dele e que no final de tudo ele ainda ia acabar sozinho.
A verdade é que Lua o apoiava, embora que estivesse sempre com um pé atrás para uma possível recaída de Arthur.
Arthur continuou na cozinha comendo sozinho, enquanto Lua dava de mamar ao Guilherme. Depois disso, teria de colocar uma mascara no rosto dele, para que durante a noite ele respira-se melhor. 
Ele pensou que este ia ser um jantar de família, animação e diversão. Mas pelos vistos, o que rima com animação ou diversão é apenas discussão ou confusão. A verdade é que ele não imaginou que o jantar acabasse assim. 

Ele arrumou a cozinha e depois foi para o sofá. Lua se juntou a ele e com Guilherme, em silêncio. O Guilherme voltou a chorar e Arthur pegou nele e começou a fazer o bebé sorrir com as suas maluqueiras todas.
Ele tapava o rosto, depois destapava e fazia BUH, baixinho, para ele não se assustar. Depois voltava a fazer e tirava de Guilherme várias gargalhadas, assim como de Lua que se animava a ver Arthur tão interessado no papel de pai.

- Agora vai ser difícil pra ele dormir – Lua se apoiou no braço de Arthur – Ele está tão risonho. Não vai querer dormir tão cedo
- Eu também não tenho sono agora… se você quiser pode ir dormir, eu fico com ele
- Não. Eu quero ficar com vocês… - Lua sorriu

Arthur estava louco para se aproximar de Lua e beijar-lhe. Mas o seu orgulho era maior. Ele ainda estava chateado por causa da conversa do jantar e da expressão “dá tempo ao tempo”.

- Quer sorvete? – Lua perguntou
- Não, obrigado.
- Eu acho que mesmo depois de grávida eu continuou com aqueles desejos – Lua riu e foi buscar sorvete à cozinha – Tem a certeza que não quer?
- Tenho, Lua.

Ela não gostava de ver ele assim tão distante, tão frio e não ia desistir de vê-lo sorrir apenas uma vez.
Lua voltou para a sala, sentou-se ao lado de Arthur e colocou a cabeça no ombro dele. Ele segurava Guilherme que estava ainda de olhos abertos. Aqueles olhos lindos iguais aos de Lua.

- Tem a certeza que não quer? – ela colocou sorvete na colher e ficou fintando Arthur. Sinceramente, já lhe fazia água na boca
- Chata… - ele riu e comeu – Que delicia!
- Eu disse que era bom. É um dos melhores, um dos meus preferidos… - ficaram de novo em silencio vendo a novela da noite – Arthur, por favor, diz alguma coisa, eu não quero ficar assim
- Assim?
- Assim… chateados um com o outro
- Você me magoou
- Eu sei que sim… - ela suspirou, encarando o pote de sorvete – Mas eu pedi desculpas. Eu sei que não é o suficiente, mas é um começo. Eu prometo que não vou dizer mais aquela frase que você não gosta e prometo que em breve vamos voltar a ser como éramos de antes
- Promete mesmo? – Arthur perguntou, com um rosto fofo
- Prometo! – ela passou a mão sobre o rosto dele

Ambos sentiam carência. Faz uns bons dois meses que não se sentiam. Não tocavam um no outro, não trocavam beijos verdadeiros e carinhos apaixonados. Nem palavras comuns que os namorados dizem um ao outro.
Tudo bem, eles não são namorados, pois Lua terminou com ele. Mas a carência estava tomando conta do corpo de cada um. Eles estavam loucos para caírem nos braços um do outro mas o orgulho era maior.

- Vou colocar ele no quarto
- Será que ele vai chorar esta noite?
- Eu aposto que sim. Mas não se preocupe, eu vou depois vou ver ele – disse o pai dedicado – Já volto.
- Eu vou com você.

Entráramos os dois no quarto do Guilherme. Aquela parede laranja em frente deixa o quarto com mais harmonia. Arthur, delicadamente, deitou o pequeno no berço que nem estremeceu com a diferença de aconchego. O colo do pai ou da mãe é sempre melhor do que uma coberta ou um colchão molinho.

- Tão lindo dormindo. – disse ela com os olhos brilhando
- Ele é tao perfeitinho… nem parece que nasceu com aquele problema.
- Ele é prematuro, não é um problema. Ele vai recuperar
- Mas ele está recuperando. Você não acha que ele está bem?
- O que mais me preocupa é a respiração. Mas aquele aparelho que eu coloco todos os dias está ajudando ele a recuperar
- Mas ele já mama bem né?
- É… ele já não tem problemas com isso.
- Boa noite meu anjo! – Arthur beijou a testa de Guilherme
- Sonhos azuis. – disse a mãe coruja

Saíram do quarto do bebé e foram para o deles. Trocaram as roupas na frente um do outro, de cada lado da cama e na hora em que ficaram apenas de roupas interiores, se olharam. Lua ficou envergonhada e baixou o rosto, fazendo Arthur sorrir e fazer o mesmo. Ela pegou a sua camisola de dormir e estava vestindo enquanto Arthur ainda olhava para ela.

- Perdeu alguma coisa aqui?
- Perdi… a confiança.
- Tem um jeito de concertar isso…
- Tem?
- Tem! – confirmou ela

Lua estava cansada. Cansada de lutar contra o que sentia; cansada de sofrer de carência, mesmo tendo alguém tão gostoso em casa.
Ela deu passos largos até Arthur que não teve reacção ao se sentir agarrado por ela. No inicio, ele não se conseguia mover. Não sabia o que fazer. Não sabia se estava sonhando ou não. Os lábios dela haviam captado os dele com um beijo calmo e explorador. Lua mordiscou o lábio inferior de Arthur, fazendo o garoto perder o controlo.
Arthur pegou ela no colo, sentindo as coxas dela com vontade sobre as suas mãos. Lua colocou as pernas enroladas na cintura dele, enquanto, delicadamente os dois caíram na cama. As línguas de ambos não demoraram a entrar na batalha por dominação, acariciando e experimentado coisas que ambos estavam acostumados a fazer. Coisas que sentiam saudade à muito tempo.

- Porque vesti o raio dessa camisola? – disse Lua entre o beijo, parando-o para tirar aquela grande peça de roupa
- Para atrapalhar… - Lua riu com o comentário dele

Após tirar aquela maldita blusa, Arthur jogou os beijos para o pescoço, para o peito de barriga de Lua. a garota estava se sentindo nas nuvens, mas estava com pressa de recebe-lo dentro de si. Ela apertou o bumbum de Arthur fazendo o garoto quase soltar um leve gemido, que foi parado com um beijo quando Lua puxou a boca dele de novo para cima.
Eles sentaram na cama, Arthur tirou o soutien de Lua e beijou todo o seu peito, fazendo a garota gemer de novo. Passou a mão dele por toda a extensão do corpo da loira. Chegando à calcinha, tirou levemente, delicadamente e jogou longe. Enquanto Arthur tirava a sua cueca boxer branca, Lua pegou a camisinha da mesinha de cabeceira dele. Ele sempre guardava elas lá.
Depois dele coloca-la, começou com leves investidas, fazendo Lua prender o seu corpo contra o dele pedindo por mais. A garota pedia e ele investia, aumentando de minuto para minuto. Eles se beijavam, se amavam e ali mataram todo aquele desejo acumulado de quase dois meses de carência. 

Amanhã tem mais. Amanhã vou postar aqui um aviso menos bom para vocês :(
Amanhã a minha escola começa, aqui, Portugal, é diferente do Brasil, já sabem né?
Me desejem boa sorte pois o inferno vai começar para mim 

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