O tempo cura tudo - 15º Capítulo

|


POV ARTHUR

Arthur não gostou nem um pouco do que Lua fez com ele. Ela a usou. Fez amor com ele durante umas boas horas e no final diz que estava carente. Tudo bem. Ele entende! Afinal, ela está gravida, mas ao menos ela podia ter avisado que aquilo era só um momento de carência e não de amor. O iludido foi ele, que pensou que depois daquele momento, Lua ia ser para sempre dele.
Ele queria ficar chateado. Mas não conseguia. Lua é a mulher da vida dele. Impossível se irritar com ela, ainda mais grávida.

À dois dias atrás, Arthur recebeu em casa uma carta do tribunal, dizendo o que ele ia ter de fazer nas suas horas de trabalho comunitário. Ele irá ter de limpar uns jardins das praças. Nem é um trabalho tao duro como encarar vários anos de prisão.
Mas nem tudo são noticias más… Arthur conseguiu um trabalho numa especei de escritório. Ele não será advogado ou empresário. Ele será apenas secretário. Terá de organizar os papeis dos advogados, reuniões e afins. Arthur tem estudos para fazer muito mais, mas as empresas não aceitam ele nesses cargos por causa do seu cadastro no tribunal.

- Eu consegui um trabalho! – disse à Lua. a garota ficou radiante.
- É serio? – ela levantou só sofá – Mas… como?
- Eu tinha me inscrito em alguns na semana passada ou à duas semanas. Nem me lembro. Mas consegui – ele deu um sorrisão
- Fico feliz por você. Talvez assim possa endireitar finalmente a sua vida
- A nossa vida… - Arthur pegou a mão dela – O meu primeiro ordenado vai ser para o quarto do nosso pequeno
- Não fique tão entusiasmado. Lembra-se de que não namoramos. Apenas temos um filho em comum.
- Eu sei disso… - ele baixou o rosto – Mas ainda não perdi as esperanças. – Lua ficou sem jeito, meia confusa e desejosa de dar um beijo nele
- Quando começa a trabalhar? – ela andou até à cozinha. Se olhasse mais uma vez para Arthur, cometeria uma loucura
- Hoje de tarde…
- Tão cedo assim? Tão rápido?
- É… hoje é só duas horas. Para me habituar.

Bom, como sabem, Lua não sabe nada da historia entre Arthur e o Dr. Castro, o homem a quem ele deu uma valente sova. Lua não sabe que Arthur esteve em tribunal e não sabe de trabalho nenhum comunitário. Arthur não vai contar a verdade, não agora, nesse tempo difícil de gravidez. Ele vai mentir a ela para ir poder fazer esse trabalho comunitário.

- Amanha temos um nova consulta. – Arthur via nos papeis colocados na geladeira
- Será que o bebé está melhor?
- Eu acho que sim. Você nunca mais teve baixa tensão e tem tido muito descanso.
- Logico! Nem a louça você me deixa lavar
- Você não entende que faço tudo pelo seu bem?
- Eu sei… mas agora você terá de trabalhar a ainda tem de fazer tudo aqui em casa. Não acha que vai ser demais?
- Eu sei que vai valer a pena – ele sorriu – Eu tenho de ir embora. Dentro de duas horas eu estou de volta. Você já sabe…
- … não faz esforço nenhum, não arruma nada. Fica no sofá! Sim, já sei – ela bufou, toda irritada
- Linda! – ele adorava vê-la irritada

Arthur foi até às instalações necessárias para começar o seu trabalho. Lá, deram-lhe outra roupa e uma identificação. Depois dele pegar o material para limpar as ruas, meteu mãos à obra e foi trabalhar.
Este trabalho pode ir de duas semanas a 6 meses. Depende do comportamento dele. Esperemos que seja o menos possível. Ele terá de trabalhar todos os dias.

(…)

Arthur trabalha em casa. Arruma os quartos, a sala, o banheiro e a cozinha. Aspira o pó, limpa o pó, faz almoços e jantares. Passa a roupa, coloca pra lavar e ainda a secar. E para além disso tem de levar com as carências de Lua. é difícil pra ele ter de beijá-la ou amá-la quando sabe muito bem que no dia seguinte nada daquilo irá existir.
Além desse trabalho em casa, tem o trabalho da empresa, onde fica até tarde organizando reuniões, papeis e mais papeis. Muitas vezes ele faz o trabalho dos empresários, mas Arthur não se importa. Ele quer é receber o seu dinheiro no final do mês.
Para além disto tudo, ainda tem o seu trabalho comunitário, que está acabando pelos vistos…

- Arthur… - Lua a chamou, com uns papeis na mão, que encontrou na cozinha – O que é isto?
- O quê? – ele tinha acabado de se deitar no sofá, mas se levantou para ver do que se tratava
- “Você está suspenso do trabalho comunitário. Comporta-se…” e bla bla bla. Trabalho comunitário?
- Ahh, não é nada… acho que se enganaram quando mandaram isso
- Claro que não. Está aqui o seu nome… - ela apontou – Arthur, o que você fez?
- Nada Lua, nada
- Não mente pra mim! Me diz a verdade… por favor.
- Lua, está tudo bem agora. Não precisa se preocupar
- Se você não me contar, ai sim eu vou me preocupar
- Eu não quero te contar agora. Um dia eu te conto tudo
- Promete?
- Prometo! – ele deu um beijo na testa dela e pegou aqueles malditos papeis – Não pensa mais nisso, por favor
- Ok! – disse

Lua disse que não ia mais pensar, mas a verdade é que se passam dias e ela não consegue pensar em outra coisa.
Como ela não trabalha, por causa da gravidez de risco, sempre recebe uma pensão que é como se fosse o seu ordenado de trabalho. É com esse dinheiro que ela tem comprado algumas coisas para o bebé, como roupinhas, sapatos, bolsas, fraldas, mamadeiras e chupetas. Até agora, compraram apenas isso.

(…)

Certo dia, depois de Arthur chegar em casa, alguém tocou na campainha. A verdade é que antes desse alguém tocar na campainha, Arthur andava de um lado para o outro, toco sorridente e muito cúmplice de si mesmo. Lua desconfiava, mas por mais que perguntasse do que se tratava, ele negava lhe contar.

- Arthur, me conta. Porque tá assim?
- Não é nada Lua! juro! – ele riu. A campainha tocou – Vou abrir.
- Quem é a esta hora? Não estou à espera de visitas… você está?
- Estou! – ele riu e abriu a porta
- Boa tarde! – disse o homem – Podemos entrar?
- Claro. Precisam de ajuda?
- Não, obrigado. Onde é o quarto?
- Eu indico…

Guiado por Arthur, vários homens entraram para o quarto vazio da casa e pra lá levaram várias caixas. Pelos desenhos que continha nelas, Lua entendeu do que se tratava.
Depois das caixas entrarem todas, Arthur deixou os homens à vontade e saiu daquele quarto, indo até à sala, onde Lua estava.

- Eu não acredito que você fez aquilo… - ela ria e abraçou ele de imediato – Obrigada Arthur!
- Você merece! Alias, ele merece… - Arthur colocou a mão na barriga de Lua – Meu filho, em breve você terá o seu quartinho todo mobilado.
- Você deve ter gasto um dinheirão
- Sim, gastei todo para ser mais exato. Mas valeu a pena. Eu disse que o meu primeiro salario iria ser para o quarto do bebé
- Estou orgulhosa de você!

Umas três horas depois, os homens saíram do quarto e foram embora. O Arthur deu uma espiadinha pra ver como tinha ficado e depois foi buscar Lua para ver. Ele queria fazer uma surpresa e por isso tapou os olhos dela ao entrarem lá.

- Um, dois, três… - ele tirou as mãos da frente dos olhos de Lua e ela se emocionou ao ver coisa tão mais linda.

O berço de bebé era branco, assim como a comoda e o vestuário onde serão guardadas todas as roupas do bebé. Havia uma prateleira por cima da comoda onde poderão colocar brinquedos do bebé e nas mobílias haviam detalhes azuis.

- Arthur eu… - Lua tinha os olhos brilhando – Eu não sei o que dizer. Eu não sei o que… - ela estava sem palavras – Está tudo tão lindo.
- Ainda bem que gostou. Por enquanto, só tem as mobílias, mas eu vou encher esse quarto de roupas, brinquedos e decorações para o nosso bebé. Ele merece!
- Eu comprei algumas coisas…
- Eu sei, eu vi. E vamos ainda hoje colocar tudo aqui. Mas eu queria arranjar melhor esse quarto. Eu sei que você disse que tivesse laranja né? Então eu queria pintar essa parede de laranja. – ele apontou para a parede onde a comoda está encostada – Acho que vai ficar legal. Depois as roupas do berço podem ser azuis e brancos e…
- … Calma Arthur, um passo de cada vez! – Lua riu ao ver toda a agitação de Arthur

O quarto ainda estava simples, mas Arthur queria melhora-lo muito, pois o seu filho merece.

- Você tem me surpreendido. Voltei a acreditar que o tempo cura tudo. Você começou a trabalhar, se dedicou de mais a esta casa, mantendo tudo limpo e arrumado e nunca reclama de cansaço. Eu estou sem palavras Arthur… Arthur? – Lua olhou para o lado, no sofá, e viu que Arthur dormia, todo encolhido, de boca aberta. Ela não resistiu e deu uma tremenda gargalhada.

Hey, nao é preciso dizer que quero comentários né?
Hoje tem jogo de futebol. Portugal vs Brasil! QUEM GANHA?

11 comentários:

  1. Ahhh' web mais perfeita não existiii
    Parabéns está muuitissimooo boa a web
    Quero mais muitoo mais,o Arthur tá um anjo agr k espero qe eles voltem logooo :D

    ResponderExcluir
  2. Brasil vai ganha com certeza ... amei o capitulo

    ResponderExcluir
  3. ameeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeei
    Torcendo mt para Portugal ganhar
    ass Sophia

    ResponderExcluir
  4. ++++++++++++++++++++++++

    ResponderExcluir
  5. espero que eles voltei e sejam felizes

    Ana

    ResponderExcluir
  6. Uhuuu o brasil ta ganhando de 3×1

    ResponderExcluir
  7. O Arthur foi um tremendo babaca logo no começo, mas agora ele melhorou bastante, eles merecem a felicidade

    ResponderExcluir