O tempo cura tudo - 13º Capítulo

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POV NARRADOR

Arthur não sabia que o clima no tribunal ia ser tao tenso. Ele não tinha testemunhas nenhumas do seu lado. Mas o Dr. Castro, o psicólogo da Lua que foi agredido por Arthur, tinha uma monte de pessoas do seu lado. Arthur não sabe ao exato como, pois se bem se lembra, na rua àquela hora não havia quase ninguém. Mas também, Arthur estava bêbado, fora de si e deve ser por isso que não se lembra de nada.
O juiz explicou tudo o que se passou naquela noite.

- Agora quero ouvir as palavras do agressor e da pessoa agredida em questão. Pode começar você, Arthur Aguiar. Defenda-se!  – deu ordem, o juiz
- Bom. Eu sei que violência não leva agente a lado nenhum. Mas tenho passado dias muito mal, quase num ponto de suicídio mesmo, visto que entrei em maus caminhos, depressões, álcool e drogas. Quando eu vi a minha namorada com ele, que eu não sabia quem era, fiquei possesso de ciúmes! Bebi e quando encontrei ele na rua, senti uma raiva enorme e bati nele até ele cair para o lado. Eu sei que não é o certo, sei que não era isso que eu devia mesmo fazer. Mas acontece que eu estava bêbado e não estava a responder por mim
- Se arrepende então?
- Claro. Se eu sabia que aquilo era o psicólogo dela, que lhe ajuda, eu não faria nada daquilo. Mas eu não sabia.
- Não falou com a sua namorada?
- Não… alias, ela nem sabe que eu estou aqui. Ela não sabe de nada do que aconteceu. Ela está gravida e não se pode irritar, pois a gravidez é de risco.
- Mas e se eu decidir que você vai preso?
- Eu nem quero pensar nisso…
- Bem, passemos agora a palavra ao Dr. Castro. Pode falar
- Eu não queria mesmo que o Arthur fosse preso. Pois eu conheço a Lua, sei muito bem do que ela sofre por causa desse garoto e saber que ele vai preso seria a gota de agua. Ainda por cima no estado que ela está. Peço ao juiz que reconsidere. Eu sei que fiz queixa, pois no inicio achei o melhor. Casos como estes não podem voltar a acontecer. Mas que fique claro que só faço isto pela Lua.
- Obrigado! – agradeceu Arthur
- Mas uma agressão com tamanha violência como ela, não pode ficar invisível. Você terá de fazer um trabalho comunitário.
- Trabalho comunitário? – Arthur perguntou, pois não sabia exatamente do que se tratava
- Você não vai preso, mas vai receber uma espécie de castigo, que é esse trabalho que eu digo. Ainda não sabemos exatamente o que é. Mas pelo menos durante um mês você terá de trabalhar. Pode ser pelas ruas, pode ser num gabinete… mas você não vai receber nada em trocar, dinheiro ou assim. Irá apenas receber a suspensa da prisão.
- Prefiro fazer esse trabalho do que ser preso. Obrigado!

Arthur assinou uns papeis, leu uns testamentos e só depois disso conseguiu sair do tribunal. Aquele lugar metia medo. Alias, mete medo a qualquer pessoa que lá entre.
Foi para casa apé. Não queria gastar dinheiro num táxi, pois o que Lua lhe deu já não era muito.
Enquanto passava pelas ruas, olhava para as lojas, para os bares e empresas. Se arrependeu tanto por ter deitado a perder uma chance tao boa como aquela que ele tinha de trabalhar muda empresa que lucrava bem com os trabalhos que tinha. Arthur agora necessita de um trabalho e não tem. Mas quando viu vários anúncios numa parede feita para isso, anunciar empregos, não perdeu em retirar os números de lá. Enquanto ia para casa, ligava para aqueles números e pedia emprego. Tinha de dar algumas notas pessoais, mas nada de mais.

Quando chego a casa, viu Lua deitada no sofá. Pelos vistos ela se comportou bem e ficou quietinha tal como Arthur tinha pedido.

- Tenho uma novidade para você… - ele se aproximou dela e sorriu
- Que é o quê?
- Eu me inscrevi em vários locais onde precisam de empregados para trabalhar. Espero mesmo que consiga lugar em alguns deles.
- Em quantos exatamente se inscreveu?
- Uns seis ou sete. Não me lembro ao certo.
- Passou a tarde a fazer isso?
- Fui dar uma volta para espairecer e pensar na minha vida.
- Bem precisa. Nos últimos tempos a sua vida não lhe tem corrido muito bem
- Eu sei. Mas tudo vai melhorar.
- Isso não é comigo.
- Por favor… não fala assim comigo. – Arthur mordeu o lábio, quase contendo o choro. É Lua quem está gravida, mas ele ultimamente anda muito sensível – Eu preciso do seu apoio.
- Arthur, eu precisei de você e o que você fez? Foi beber, foi estragar a sua vida. Quando é você que precisa, eu já tenho de estar onde quiser, à hora que você quiser? Me desculpe! Mas não!
- Eu sei que não mereço respeito nenhum da sua parte, muito menos força. Mas não me abandone
- Você é que fez com que eu te abandonasse.
- Eu sei. Eu errei muito
- Erra foi pouco! Você ultrapassou todos os limites
- Desculpa…
- Não peça desculpa. Não vale mais a pena mesmo.

Arthur suspirou e olhou em sua volta, virando o rosto para esconder as lagrimas que rolavam o seu rosto. Ele nunca foi assim, nunca foi de chorar fácil, mas nestes últimos tempos, a vida tem lhe pregado partidas que parece que nem o tempo cura.
Ele foi até à varanda do seu apê. Seria tao mais fácil a vida se ele não estivesse vivo. Talvez assim não teria tantas preocupações. Mas morrer agora não era o certo, ele não podia deixar Lua no estado em que ela esta.

Arthur voltou a entrar em casa. Estar na varanda fazia mal a ele e aos seus pensamentos. Chegou na sala e não viu Lua, mas não demorou muito para que ela chegasse com o seu Notebook na mão.
Ela estava toda empenhada a ver algo lá. Ele nem quis incomodar, então foi até à cozinha buscar algo para comer.

- Lua, posso roubar um pouco da sua nutella? – Arthur gritou da cozinha
- Pode! – ela gritou de volta

Ele fez o seu pão com nutella e foi para a cozinha. Lua sentiu o cheiro e começou a olhar.

- Quer um pouco? – ele ofereceu
- Não… - ela fez careta. Colocou a mão na barriga, outra na boca e correu para o banheiro. Arthur foi atrás – Droga, você enjoou? – pouco depois, Lua saiu do banheiro
- Não Arthur, acha mesmo? – ela perguntou irónica
- Eu vou jogar a nutella fora…
- Não fala esse nome, por favor! – ela pediu.

Arthur notava ela meia pálida, então segurou o braço dela e acompanhou até ao sofá, ajudando ela a deitar. Depois pegou no notebook e colocou no colo dela.

- Nomes para bebés?
- É… eu estava vendo e tentando escolher. Mas não sei. Estou indecisa
- Quer ajuda?
- Claro né Arthur? – Lua sorriu – Você é pai dele. – ela colocou a mão na barriga
- Que nomes você gostou mais? – ele sentou por de trás dela. Ela sentou no sofá e encostou o seu corpo ao dele
- Estes aqui – ela apontou
- Ahhw, são todos lindos – ele sorriu – Mas e esse aqui, você não gosta? – ele apontou para outro
- Arthur, o meu filho não vai nascer com 80 anos!

Contrariar uma gravida? Nunca! A menos que queria morrer, claro.

AVISO: a Duda, que posta Plano B, ficou sem internet em casa. Nao sei se ela vai conseguir postar hoje, mas ela está tentando resolver esse pequeno problema.

6 comentários:

  1. quero mt que ele consiga um emprego e reconquistar a lua

    Ana

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  2. já chega de sofrer
    QUERO FELICIDADE E AMOR

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  3. +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

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  4. espero que ele mude e seja o homem que a lu merece e o melhor pai do mundo para o filhote deles
    ass Sophia

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  5. me emociono cada vez mais e sofro com a história deles, seria tão mais fácil se tudo fosse do jeitinho "felizes para sempre", mas nem tudo é como a gente quer. sofro junto com eles, quero mt que dê certo a familia deles, eles merecem tudo de bom

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