O tempo cura tudo - 11º Capítulo

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POR NARRADOR

Depois da toda aquela cantoria, os dois jovens voltaram a casa, cansados, animados e encantados com tanta coisa romântica. Bom, encantada estava Lua, com Arthur, por lhe ter cantado uma das suas músicas preferidas. Como poderia ele ter adivinhado? Só mesmo porque Arthur conhece muito bem a Lua.

- Eu estou tão cansada – desabafavam enquanto subia as escadas do prédio, até ao apê deles
- Normal. Está grávida, comeu, dançou e riu que se fartou
- Eu adorei o seu nervosismo. – Lua deu uma gargalhada, mas logo depois conteve porque eram 23horas da noite – Só não gostei de uma coisa…
- Do que? Da minha desafinação? Eu avisei que não sei cantar, mas você insistiu então…
- … não foi nada disso – entraram os dois em casa e fecharam a porta – Eu não gostei das meninas que estavam atrás de mim cantarem com você e ainda comentarem o seu estado físico. ‘Aii, olha que braços’; ‘Mas amiga, você já viu quele rostinho de bebé?’; ‘Ai, que coisa linda’… - Lua imitava as garotas que queriam pegar o Arthur
- Você é tão ciumenta – Arthur abraçou Lua e deu um selinho demorado nela, enquanto ria – Uma ciumenta linda. Minha ciumenta
- Alerta desejo! – ela levantou a mão – Tem nutella em casa?
- Eu acho que não…
- E morangos?
- Acho que ainda tem…
- E açúcar?
- Tem…
- Amor, vai comprar nutella para mim? – ela piscava os olhos, fazendo aquele bico que Arthur não resistia
- E o que eu não faço por você? – ele riu e roubou um beijo dela, pondo a mão sobre o bumbum dela
- Você é o melhor namorado do mundo! – Lua deu um super abraço nele – Não demora por favor.
- Vou ser recompensado?
- Hum hum. Muitos beijinhos – Lua bateu palminhas
- Bobinha! – ele riu, abrindo a porta e saindo
- Arthur… - Lua o chamou e ele voltou
- Juízo amor.
- Eu sei linda, não se preocupa. – ele mandou um beijo pelo ar

A sorte de Arthur é que perto da casa deles havia uma mercearia que estava aberta até às 24horas da noite. Em 15minutos ele foi lá e voltou. Quando chegou em casa, Lua estava na cozinha e junto com ela havia um cheiro a fritos.

- O que você fez?
- Pão com ovo, quer? – ela oferecia
- Mas e a Nutella?
- Amor… você demorou de mais.
- Jura? Eu vim correndo…
- Desculpa amor – ela riu e continuou comendo o seu pão
- Tudo bem. Eu vou deixar aqui para outro dia que você queira – ele colocou no armário e foi para a sala

Lua acabou o seu pão, limpou a sua boca e quando estava saído da cozinha deparou-se com Arthur sentado no sofá se preparando para dormir. Ele não estava feliz com aquilo, logico que não, mas não reclamava nunca. Lua sabia perfeitamente que ele não gostava de dormir ali. Tudo bem que ele já se tenha acostumado, pois já dorme lá a muito tempo. Mas toda a gente sabe que uma cama é bem melhor que um sofá.

- Amor… - Lua chamou, mordendo o lábio, encostada à porta da cozinha
- Diz… - ele respondeu, ainda sentado no sofá
- Você não está farto de dormir no sofá?
- Não… - ele se fazia de forte e deu um sorriso forçado. Depois se deitou e colocou um lençol por cima de si – Eu já estou habituado.
- Arthur, deixa de ser bobo. Vem dormir comigo – ela sorriu e ele sentou de novo no sofá, com um sorriso bobo no rosto – Você está falando serio?
- Muito serio Arthur… vem comigo! – ela o chamou, esticando a mão

Arthur parecia uma criancinha. Levantou do sofá, correu até Lua e abraçou ela. Entre beijos e muitos beijos, foram os dois para o quarto. Arthur se jogou na cama e abraçou o édredon e o travesseiro.

- Que saudade de vocês – dizia
- Bobo! – Lua trocou de roupa e deitou na cama. Se virou para Arthur e ficaram os dois se olhando, sorrindo
- Obrigado. Pensei que esse dia nunca ia chegar
- É merecido. Depois de tudo o que você fez.
- Amo você – disse Arthur
- Te amo! – Lua beijou Arthur e deitou a cabeça sobre o peito dele.

Flores, jantares românticos, noites longas de prazer, palavras carinhosas, “amo você” verdadeiros, cantigas… tudo conquistou Lua. tudo fez ela perceber que afinal as pessoas tinham razão. “O tempo cura tudo”. Cura uma ferida, uma perda de alguém querido. Cura a maior traição. Logico que não esquecemos, mas aquela dor pelo menos é apagada da nossa vida.

Arthur não parou de surpreender a Lua. Depois que as férias da loirinha acabaram, ele foi à procura de trabalho. Ele preferiu não ir para bares, pois tinha medo de ter recaídas. Ele procurou emprego nas coisas que ele trabalhava antes: empresas, fábricas ou hotéis. Não foi fácil encontrar, pois muita gente conhece a historia dele e não lhe aceita. Mas o facto é que ele está mudado.
Lua está gravida de quase cinco meses. Em princípio, será um menino, mas os médicos não têm a certeza. Os seus desejos não param e o seu humor está cada vez mais difícil, mas Arthur aguenta.

O psicólogo que Lua ia antes, pediu para eles terem uma nova consulta. Lua disse que não queria ter, pois a sua vida melhorou muito nos últimos tempos. Mas ele insistiu. Como não tinha vaga no consultório dele, decidiram ter uma conversa num parque. Mas Lua desmarcou e preferiu que fosse numa padaria, para matar os seus desejos de pão de queijo.

- Ainda bem que se quis encontrar comigo. Eu fiquei preocupado. Você ficou tanto tempo sem me dizer nada e pensei que o seu marido tinha feito algo de mau com você
- Antes de mais, ele não é meu marido. É meu namorado. Estamos agora melhor que nunca. Ele está diferente, parece outro Arthur. Cada dia me apaixono mais.
- Fico feliz por você. Você merece muito isso.

Sem Lua perceber, o psicólogo dava em cima dela. Chegava até fazer discretas cantadas. Mas Lua está gravida e não tem malicia nenhuma no que ele diz.
O psicólogo insistiu em levar ela a casa.
Arthur estava chegando na hora que parou um carro escuro à frente da casa deles. Ele estranhou. Não estava à espera de ninguém e se bem se lembra, Lua disse que ia fazer umas compras, por isso também não devia ser ela, muito menos num carro desses. Entrou em casa, mas ficou olhando para o carro.

- Está entregue! – o psicólogo disse, sorrindo para Lua – Não se esqueça que eu sempre estarei aqui para você! – ele pegou a mão dela – Aconteça o que acontecer. E trate bem dessa criança – ele colocou a mão na barriga dela – Ela merece todo o apoio, carinho e dedicação da sua parte. Caso algo de ruim acontecer, não se esqueça que estou aqui para tudo. Eu sou o seu psicólogo, mas também sou seu amigo.
- Eu sei. Obrigada por tudo. Adeus!

Lua pegou os seus sacos de compras e saiu do carro. Ela gostava do psicólogo, mas estava farta de ouvir a voz dele, sempre repetindo o mesmo.
Arthur viu que era um homem naquele carro e reconheceu as roupas de Lua. Antes que ela chegasse a casa, ele saiu do apê e se escondeu perto do correio. Viu Lua entrar e sentiu nojo. Ele se lembrou de quando o tal homem chegou perto dela, mas não conseguiu ver o que ele fazia, pois estava escuro dentro do carro. Ele sentiu raiva, nojo e naquele momento só lhe apetecia cometer uma loucura.
Andou pelas ruas pensando mil e uma coisas. Passou muita coisa por aquela cabeça louca, mas pensou em não cometer erro nenhum. Porém, quando parou na praia, se lembrou dos momentos em que ele desconfiava que ela tinha outro cara. E pensando nisso, tudo batia certo. Ela disse que ia fazer compras e mentiu. Chegou mais tarde a casa e ainda por cima, um vagabundo qualquer é que lhe trouxe de carro.

Lua, em casa, começava a ficar preocupada. Ligava para o celular de Arthur e dava caixa postal. O que teria acontecido? Ela queria tanto lhe mostrar as novas roupas que ela comprou para o bebé. A sua ansiedade para isso estava a mil. Mas ele não chegava…

Capitulos chocantes por ai... 

8 comentários:

  1. POSTA MAIS UM POR FAVOR TA LINDA A HISTORIA

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  2. tomara q eles nao briguem e que ele n volte a beber nem se drogar

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  3. Tomara qe ele nao beba,nem fume,apenas trate ela de modo diferente

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  4. Ah n deixa eles brigarem n!!!!

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  5. só de vc ter falando capitulos chocantes vem por aí eu já fiquei com medo
    ass Sophia

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  6. tava td tão perfeito, que tem sempre que acontecer alguma coisa para piorar tudo, que raiva

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  7. faz eles terem uma cena de ciumes e depois ficarem bem pf, eu nao quero que eles briguem e fiquem separados e mt menos que o arthur volte para os maus caminhos

    Ana

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  8. Qnd parece q a coisa vai dar certo! Ai vem a bomba

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