Não foi um erro - 41º Capitulo

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No capítulo anterior…

POV ARTHUR

- Ou seja, você não quer namorar comigo?
- Eu quero Arthur, juro que quero. Mas tenho medo de me envolver, é apenas isso.
- Tudo bem. Desculpa tudo isso então. Vamos para casa… - levantei, mas ela puxou a minha mão
- Não… não quero de maneira nenhuma estragar a surpresa que você tinha para mim. Pode continuar…
- Não Lua. Você babou o clima. Vamos embora!
- Arthur… por favor, vamos aproveitar que estamos aqui e… - ela se levantou e pegou o meu braço, me abraçando – E namorar. – ela deu um beijo no meu pescoço

Tudo bem, confesso. Eu tinha trazido ela pra cá porque queria ter uma noite especial com ela, queria dar aquele passo especial da nossa relação e nada melhor do que num hotel. Muito melhor do que em casa, onde podemos ser flagrados pela Yasmin.
Não esperei tal reação da Lua. Ela me deixa confuso. Hora quer, hora não quer.

- Hoje, eu comando – ela sussurrou no meu ouvido
- Eu deixo – provoquei

Entramos naquele quarto nos beijando. Eu aproveitei para fechar a porta de vidro que dava acesso à varanda do quarto e depois fui guiado pelos passos da Lua. Sentia ela tirar o meu casaco pouco a pouco. Parecia que ela queria aquilo tanto como eu. Me senti feliz por não ter sido só eu a querer aquilo. Ela também queria, eu sentia isso.
Ela jogou o meu casaco longe. O casaco foi caro, nem toda a gente faz isso com ele, mas como é a Lua, eu deixo. Parei o beijo para olhar para ela e respirar, pois eu começava a ficar sem ar

- É isso que você quer?
- É. – ela sorria
- Você não se vai arrepender? À pouco dizia que…
- … Arthur, não estraga o momento. Deixa acontecer. – ela selou os nossos lábios com um selinho longo

Enquanto nos beijávamos, eu pensava na rica mulher que tenho ao meu lado. Rica é um modo de dizer, claro. Aqueles beijos, aquelas pegadas, aqueles sussurros… que mulher era aquela?
Eu tinha saudade de ser acarinhado desse jeito. Tinha saudade de sentir que alguém gostasse de mim, não pelo que eu tenho, mas sim pelo que eu sou.

Nós beijávamos, fazíamos carinhos e trocávamos palavras amorosas, mas eu queria ação. Parei o beijo para tirar o vestido dela e até consegui tirar e enquanto isso, ela tirava a minha camisa desesperadamente e eu tratei das calças logo depois do vestido. Em menos de dois minutos ficamos em roupa interior e com várias marcas no pescoço. Tudo devido a esse maldito desejo.
Deitei ela na cama. Fiquei por cima, passando as mãos sobre as suas pernas, coxas, bumbum e apoiando depois a mão sobre o seu rosto, onde dei um beijo e fui descendo até chegar à sua barriga. Ela sentou na cama, me fez ficar de joelhos e assim tirei a sua roupa interior. O soutien, para ser mais exato. Eu não conseguia não olhar, era impossível. Ela ficava envergonhada. Fazia tempo que não ficávamos desse jeito assim, nus, um de frente para o outro.

Começamos de novo com os beijos. Lua levou as mãos sobre as minhas costas, descendo até a minha bunda. Perto e depois passou a mão sobre a minha cueca boxer azul e tirou de uma vez. Eu tirei a calçinha provocante dela. Joguei longe. Amanha será limpo para encontrar cada peça de roupa.

- Espera Arthur… - ela parou os beijos. Mas eu não conseguia. Eu fui beijando o seu pescoço, enquanto ela soltava fracos gemidos baixos
- Eu… cadê a camisinha? – eu parei de a beijar
- Droga!
- Que foi? – ela me empurrou para o lado
- Eu não tenho aqui… - olhei pra ela assustado
- E agora Arthur? Não há preservativo? Não há sexo! – ela sentou na cama, pegou um lençol e se cobriu
- Porr*! – bati com a mão na cama

Olhei em volta. Mas porque raio eu não ando com um pacote na carteira? Porque? A partir de manha, andarei mais protegido.

- Vou procurar… - eu levantei na cama, nu, eu sei. Mas estava desesperado
- Onde, num quarto de hotel, você vai encontrar um preservativo? Vai encontrar é usado talvez, de um empregado ou sabe-se lá…
- Lua, você está num hotel de luxo – gritei do banheiro – E não num motel barato de esquina
- Como você quiser! – disse irónica – Aii Aguiar, anda logo. Ou o meu desejo irá para o espaço.
- Olha o que eu achei… - sorri maroto, na porta do banheiro, abanando a caixinha de preservativos que havia no banheiro
- Mentira? – ela riu
- Verdade! – fui para a cama e tirei um do pacote
- Mas desde quando existe isso em hotéis? E o que tem mais lá? Isso esta dentro de prazo né?
- Docinho, jura que vamos discutir isso? – olhei irónico para ela

Este hotel não é um qualquer. É completamente equipado. Mas tudo bem, ninguém quer mesmo saber disso.
Abri o preservativo, coloquei e as investidas na Lua começaram. Eu comecei devagar. Não sabia se ela estava pronta para me receber todo de uma vez. Comecei devagar, enquanto ela metia as pernas de volta da minha cintura, fazendo mais pressão sobre mim. Eu chupava seu pescoço, ela arranhava as minhas costas. Eu aumentava as investidas, ela gemia. Eu gemia, ela fazia pressão da sua intimidade contra a minha.
Estávamos numa sincronia perfeita…

(…)

No outro dia de manhã, acordei com aquele peso no meu ombro. Era Lua. Dormia de boca aberta (risos). Coitadinha, devia estar cansada depois de ontem. Olhei em volta do quarto e reparei na confusão que aquilo estava. Fizemos amor em toda a parte do quarto ou um furacão passou por aqui? Bom, eu acredito na primeira opção. Eramos capazes disso ontem devido ao fogo que tínhamos no corpo.
Olhei pra mesinha ao lado e vi que o pacote de preservativos estava vazio. Pronto. A minha opção se confirma.

Levantei, peguei o telefone do quarto e pedi o café da manhã. Não queria que o criado se assustasse, então peguei nas roupas espalhadas e joguei tudo para cima da cama. Coloquei a minha cueca azul, que estava por cima da mesinha de lá e fui abrir a porta, quando tocaram à campainha.

- Bom dia senhor. Trago aqui o café da manha. – ele trazia um carinho com a bandeja em cima – Com licença. – eu me coloquei na frente da porta
- Desculpe, não precisa entrar. A minha namorada ainda dorme, não queira-lhe incomodar. Eu próprio levo o café. Peguei a bandeja, dei tchau e fechei a porta

Coloquei a bandeja na mesa e depois olhei para a Lua. o sol batia no seu rosto, projetado através da porta de vidro. Dentro de pouco tempo ela ia acordar, tenho a certeza. Roubei uma uva e fiquei lhe admirando.
Ela foi se mexendo aos poucos e a sua mão foi andando na cama de um lado para o outro. Estaria à minha procura?

- Arthur… - chamou manhosa – Cadê você?
- Aqui! – saltei na cama, fiquei por cima dela e beijei o seu pescoço
- To com fome… - ela ainda estava de olhos fechados
- Pow, que romântico você falar uma coisa dessas agora – sai de cima dela e fiquei sentado na beira da cama, olhando para ela – Também te amo! – ela saltou da cama. Se virou e sentou, se cobrindo minimamente com o lençol
- O que você disse? – ela me encarou e eu refleti
- Que… que estou com fome. Vem, vamos comer – fui até à bandeja, passando as mãos sobre os meus cabelos, meio nervoso
- Arthur, você não disse isso…
- Lua, sabe que hoje é um dia importante? Sabe que é a minha apresentação de modelo aqui no Brasil? Sabe que é hoje que começamos com aquela coisa por causa do seu pai? Sabia que…
- Olha, sabia que você é um idiota? – ela saiu irritada para o banheiro
- Eu lhe dou prazer, faço surpresas e ela me trata assim… mereço!

Não demorou muito para ela sair do banheiro apenas com as suas roupas intimas. Eu comi as uvas até de modo mais rápido, babando pela por completo. Ela ficou ao meu lado, de bumbum todo empinado, enquanto pegava uma torrada pra comer. Eu peguei ela pela cintura e a sentei no meu colo. Roubei um beijo dela, enquanto ela ria.

- Esquece o que eu disse à pouco… quero dizer – suspirei – Não que eu não te ame, mas é que tá cedo para dizer algo assim? Entende? Quando eu realmente me sentir à vontade, eu direi mil vezes por dia que te amo!
- Eu entendi… mas esperava que você disse-se primeiro. Mas tudo bem. – ela suspirou
- Hey, cadê a sua aliança? – procurava entre os dedos dela
- Eu não sei… - ela olhou para mim

Levantou do meu colo e começou a procurar na cama, entre os lençóis até encontrar.

(…)

Quando chegamos em casa, vimos um silencio total. Nada se mexia, ninguém falava, muito menos gritava. Estava tudo muito arrumado e quieto.

- Será que a Carla saiu?
- Vamos subir – disse eu

Fomos até ao quarto da Lua. entramos e nos deparamos com a Carla e a Yasmin deitadas na cama vendo fotos e álbuns antigos da Lua e da Yasmin. Tinha um monte de quando a Yasmin era pequena.

- Você nunca me mostrou isso – disse à Lua
- aii, que susto papai! – ela levantou, deu um pulo e veio para o meu colo – Estava com saudade. A casa sem vocês não é a mesma – choramingava no meu colo
- Ahh peste! – disse a Carla – E eu hein?
- Eu adoro você. Mas eu amo os meus papais
- Bobinha minha linda! – Lua pegou ela ao colo – Estava com saudade era?
- Sim – ela fez bico

Minha filha é um apego. Ela não saiu do colo da Lua até à hora do almoço. Lua andava com ela de um lado para o outro. Mas depois tivemos de nos separar e ir para o local onde se decorreria o grande evento de hoje.

- Mamãe, vocês vão de novo sair? – ela segurava a roupa da Lua, à saída de casa
- Sim meu amor. A mamãe já te explicou
- Mas porquê de novo? Você já não gosta de mim, é isso? – ela fez bico e tinha os olhos brilhando
- Não é nada disso meu amor. A mamãe tem de ir lá, ao lugar de senhores grandes e vai chegar um pouco tarde. Mas eu prometo que amanhã agente vai ficar sempre juntas
- Promete mesmo?
- Prometo linda.
- E você papai, promete?
- Prometo anjo, o papai promete.

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