Não foi um erro - Ultimo Capitulo

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No capítulo anterior…

POV LUA

- Nem precisa de perguntar. – sussurrei no seu ouvido – Que eu saiba… a lua-de-mel é so amanha…
- Quem disse que não… pode ser hoje? – perguntou ele em meio de um gemido

(…)

Na manhã seguinte, eu acordei com um novo ver das coisas. Me sentia diferente. Não sei se é por simplesmente ter um anel de ouro no dedo que signifique compromisso, amor ou se por apenas a minha vida estar ganhando uma nova direcção. Isto de ser mãe 24horas por dia, mulher trabalhadora e ainda mulher de um modelo a tempo inteiro não é tarefa fácil. 
Mas eu escolhi que a minha vida fosse assim. Eu é que escolhi acordar ao lado de alguém que passou a noite inteira com as suas pernas por cima de mim. Eu é que escolhi acordar e ser mimada. Eu é que escolhi partilhar a minha vida com alguém que amo. Eu é que escolhi amar e ser amada por alguém como o Arthur.

-  Acordar cedo e viajar deveria virar rotina – disse Arthur enquanto bebia o café. Havíamos acordado à pouco tempo. Tomamos um banho juntos, meios apressados para depois ir acordar a Yasmin que saiu sonolenta da cama. Estávamos prontos para ir pró aeroporto.
- Mas eu vou viajar? – Yasmin sabia que tinha uma surpresa a esperando, mas não sabia o que era
- Será que vai? – Arthur não contava nada o que a deixava mais curiosa
- Mamãe, você vai comer tudo isso? – eu tinha feito umas cinco torras com doce de morango e ainda café e quem sabe uma fatia de bolo que sobrou de ontem e eu não resisti em trazer para casa
- Claro. Preciso de me alimentar… - tentei disfarçar.
- Porque? – Yasmin se mostrava interessada e curiosa também…
- Porque… porque não quero passar fome no avião. – Na verdade, eu mentia. Mentia pra ela, porque não queria que soubesse agora da verdade. Nem ela, nem o Arthur, porque apesar de tudo, eu ainda não tenho a certeza. – Será que podemos passar naquela loja de doces a caminho do aeroporto? Acho que chocolate branco me fazia bem agora
- Tudo o que você quiser docinho da minha vida! – ele ainda estava acabando de mastigar o pão que comia para o café da manha. Se levantou e veio me abraçar por trás, beijando o meu rosto. Ele colocou as mãos sobre a minha barriga como se adivinhasse que lá poderia estar algo mais do que umas simples gordorinhas. Eu ainda não me tinha mentalizado de que…
- Mamaãe, vamos! – gritava a minha filha. Ela e o Arthur já tinham saído da cozinha e eu continuava perdida nos meus pensamentos.

Depois de sairmos de casa, à qual só volto daqui a duas semanas, partimos para o aeroporto. No dia anterior, ou seja, na festa do meu casamento, me despedi de algumas pessoas que me eram um pouco próximas. Mas aquelas que eu considero família, estariam hoje no aeroporto para se despedirem.

- Não sei porque vieram! Eu odeio despedidas. – eu mantinha no rosto os óculos escuros no caso de alguma lágrima estragar a minha reputação
- Porque adoramos você e vamos sentir saudades, que tal? – Sophia perguntou, vindo me abraçar. – Que tal as primeiras horas de casada?
- Muito prazerosas! – ri, safada. – Se é que me entende.
- Besta! – Mel falou, vindo até mim e me abraçando – Está arrependida de ter casado? Se quiser eu faço o Arthur perder o voo e você vai à sua vida
- Mel, e os comprimidos, você tá tomou hoje? – ri da garotinha louca – Se cuida!
- Se cuida você! E já sabe…
- O que?
- Se o Arthur errar, agente está aqui para meter ele na ordem! – Chay dizia acompanhado de Micael. Os dois ainda continuavam em cima de Arthur, apesar dele já ter provado para todo o mundo que me ama
- Vocês são tão bestas! – abracei os dois ao mesmo tempo. Enquanto isso, Arthur também se despedia dos pais dele que vieram cá pra irem de viagem com a Yasmin. A garotinha nem sonha a onde vai passar as próximas duas semanas.
- E que tal Disney? – perguntou a mãe de Arthur
- Disney é legal. O papai falou  uma vez que me ia levar. Mas acho que vai demorar. Né papai?
- Talvez sim, talvez não. – Arthur ria porque apesar de tudo Yasmin continuava sem entender que ia para a Disney com os avós. Eles queriam conhecer a neta melhor e para isso nada melhor do que uma viagem. Depois de Yasmin entender o que realmente lhe iria acontecer, o escândalo se deu!
- O QUE? MAS E AS MINHAS ROUPAS MAMÃE? E O PANDA, MEU CÃOZINHO? MAMÃE, ELE VAI MORRER, ELE VAI… - ela gritava que nem uma doida. Acabou até mesmo por chorar no meio do aeroporto fazendo todos olharem para nós. Arthur pegou ela ao colo e tentou acalma-la enquanto eu fui ao banheiro, me sentia enjoada. 

Eu já estive grávida uma vez e sei perfeitamente que sintomas uma mulher pode sentir. Aquele raio de ciúmes alterados, aquelas mudanças de humor e já para não falar nas vontades repentinas de comer coisas estranhas. E a quantidade de vezes que você vai no banheiro? Eu perdi já a conta! Mas o pior de tudo na gravidez são os enjoos. Eu não me vou acostumar nunca.
O Arthur não percebeu nada de diferente comigo, eu sei fingir bem. Não lhe queria contar agora, queria apenas fazer-lhe uma surpresa. Mas achava lindo a Yasmin estar presente. Mas será que era possível esperar estas duas semanas?

- Onde você foi? – depois de falar a minha boca, passando por água, voltei a ir ter com o resto da galera.
- Fui no banheiro.
- Desapareceu de repente e eu me assustei. – Arthur me abraçou pela cintura – Galera, está na hora da derradeira despedida. Yasmin…
- Sim papai? – ela estava empolgada com a viajem. Tenho muita pena de não poder viajar pela primeira vez com ela agora, mas a verdade é que lua-de-mel é importante para um casal que se acabou de casar e que não tem muito tempo para a vida íntima. Bom, tempo nós temos, muita privacidade é que não.
- Promete que não vai chatear os avos? Vão vai fazer birras e não vai se comportar mal?
- Prometo papai. Mas e você? Promete que vai trazer um irmãozinho pra mim? – estaria ela a sentir algum sinal?
- Quem sabe! – ele riu, olhou para mim e apertou a minha bunda, me deixando incomodada pelo facto dos pais dele estarem atrás de nós. – Te amo pequena! – Arthur deu um mega abraço na Yasmin.
- Também te amo papai! – ela abraçou o Arthur, o apertando fortemente e ainda fechando os olhos para sentir aquele abraço mais próximo de si. Me emocionei ao ver ela vir pra mim, com um bico enorme e de seguida me abraçar, chorando no meu ombro. – Promete que não vai esquecer de mim? Vai me ligar sempre mamãe?
- Claro minha princesa. – não consegui dizer mais nada devido ao meu choro. – A mamãe te ama!

Se desapegar de algo que é importante para você é super difícil, ainda mais quando esse “algo” se trata de uma filha. É… aquela menina que nos deu dor de cabeça, aquela menina que grita o seu nome quando precisa de uma toalha após o banho e aquela menina também que pede as coisas primeiro à mãe do que ao pai, pelo simples facto de ele ser um pai coruja.



- Ela irá me fazer tanta falta
- Não pensa assim. Pensa apenas que temos duas longas semanas por nossa conta. – ele passava os seus dedos sobre a minha barriga e enquanto me beijava foi subindo a minha blusa de leve. Podia sentir os seus beijos se intensificarem conforme o toque e a sua tensão toda para cima de mim.

Eu tinha me acostumado com aquela vida. Acordar tarde, sair e chegar de noite. No outro dia, acordar com o cheiro do café que o seu marido fez pra você ou então acordar durante a noite porque ele estava te incomodando porque roncava de mais ou então colocava as pernas por cima das suas.

- Lembra do dia em que casamos? – depois de um dia passado na água azul do mar calmo, voltamos cansados para as areias. Nos deitamos para aproveitarmos as ultimas horas de sol do dia.
- Como iria esquecer? – perguntei, rindo e me virando, ficando em cima dele.
- Foi um dia tão especial para mim. Te ver entrar naquela igreja com aquele vestido foi tipo um sonho sabe?
- Era o seu  único sonho?
- Não… eu tenho muitos mais. – ele sorriu – Agora retira as suas palavras.
- Que palavras?
- As palavras que você dizia a cerca de um ano atrás, quando dizia que eu era um erro. Quando dizia que nós éramos um erro e o facto de termos voltado era um erro.
- Pensei que essa fase já tinha passado…
- Diz. – ele insistiu
- Não foi um erro voltar a viver tudo de novo com você. Pelo contrário.
- Eu não sou um erro?
- Não! – disse e o beijei



- Erro talvez tenha sido aquele seu bolo ou sorvete… o que era aquilo mesmo?
- Eu não sei. Mas achei delicioso quando vi no cardápio. E por isso pedi.
- E não vai falar que engordou umas centenas de calorias?
- Não…
- Comer aquele bolo sorvete não foi um erro?
- Você por acaso pode esquecer a palavra ‘erro’? meu deus, que coisa chata! – levantei do seu colo indo até à varanda da casa. Detestava quando ele insistia em falar de assuntos que para mim estavam mais do que mortos. 
- Meu deus, que coisa mais estressadinha! – ele me zuou, vindo até mim de novo e me puxando pela cintura e me levando para mais um beijo. Naquele dia, fizemos amor umas duas vezes e lá íamos nós para a terceira.



Ele tinha a capacidade de me deixar louca em menos de três toques intensificados. Bastava ele sussurrar algo, ou morder a minha orelha ou então apertar a minha bunda, me chamando de “gostosa”. Eu não sei se é pela gestação ou por saber que eu estava aproveitando os últimos dias da lua-de-mel. Só sei que nos últimos tempos o Arthur tem me deixando louca muito rapidinho. Já para não falar mas novas posições e estratégias que ele insistia em fazer durante o sexo.

- Geme pra mim… - dizia enquanto me penetrava. Gemer era coisa que eu tinha feito desde o inicio, mas acho que para ele, aquilo era muito pouco. Ele adorava quando ele sussurrava o meu nome e depois me pedia para fazer coisas para que ele sentisse mais prazer. Parecíamos jovens que não se cansam de fazer sexo. Bom, eu também não me canso, mas haverá um dia certamente em que vou enjoar.
- Art-hur… - gemi, ofegante. Não tinha como controlar os gemidos. Eu pedia desculpa aos meus vizinhos da casa de praia, mas eu não me conseguia controlar. Era impossível. A menos que Arthur me beijasse. 

Depois de ter chegado a um ápice de prazer, ou melhor, de termos gozado juntos, eu corri pró banheiro onde lá passei os 10 minutos seguintes. Arthur veio de cueca boxer até mim todo preocupado. Colocou a sua camisa em mim, me ajudando a vestir e depois sentou-se ao meu lado, no chão do banheiro.

- Me fala que o você tem.
- Não é nada… deve ter sido do maldito bolo de sorvete. – eu dava desculpas para não dizer à verdade. Eu não via a hora de chegar ao Brasil e contar pra todos a surpresa que por ai vem. Eu queria que Yasmin estivesse presente. Queria que ela ficasse tão orgulhosa como eu acho que o Arthur vai ficar.



- MAMÃE, CHEGUEI! – ela gritou entrando em casa. Nós chegávamos ao aeroporto à mesma hora, mas como o avião dela atrasou, decidimos nos encontrar já em casa. Aproveitei o momento para chamar todos os meus amigos chegamos para compartilhar com eles a grande notícia.

- Alguém faz aniversario? – Arthur me perguntou, chegando à cozinha e ficando do meu lado, enquanto eu preparava do jantar
- Não. – respondi
- Entao porque está todo o mundo aqui? Eu pensei que íamos curtir a nossa chegada ao Brasil. – ele me abraçou novamente, me encoxando como sempre e depois deu uma leve mordidela no meu pescoço
- Você não pensa em mais nada se não sexo? – ri dele que me encarou e riu também
- Mamãe! – Yasmin chegou na cozinha – Eu adorei o presente de onde vocês estiveram. Lá em… - ela tentou pronunciar o nome, mas não conseguiu. – Naquele lugar que vocês sabem – ela riu
- Nós sabíamos que você ia adorar.
- Vão todos para a sala. Eu preciso de anunciar uma coisa pra vocês. Vão andando. – Arthur me olhou com cara de caso. Ele estava serio e quando eu passei na sala para ir ao quarto reparei no quanto nervoso ele estava porque batia com o pé sem parar. 

Chegando ao quarto, peguei a minha caixinha de simples recordações de onde tirei um sapatinho amarelinho que era da Yasmin. Foi a Carla que me deu aquele sapatinho de bebé. Deu em amarelo porque ainda não sabíamos o sexo do bebé, tal como acontece agora.
Será que me vou arrepender pelo facto de não ter contado ao Arthur?

- Aii, que demora! – reclamou Chay – Pode ir buscar outro bolo, eu acabei com esse por causa da sua demora
- Tem mais na cozinha. – eu ri. Eu tinha os sapatinhos de bebé nas mãos, atrás das costas. Arthur viu perfeitamente que eu escondia algo e continuava curioso. – Eu pedia a vossa atenção. – todos se calaram e me olharam, sérios também. Eu porém, continuava com um sorriso – Queria compartilhar este momento com vocês por serem as pessoas mais importantes da minha vida. Aos meus pais, por serem quem são. Aos pais do Arthur por fazerem parte da vida dele. À Carla, por ser mais que uma irmã. Aos meus amigos chatos. E por fim aos meus dois grandes amores. – olhei para Yasmin e Arthur. Yasmin estava sentada no colo dele. Ela tinha uma cara de “wtf? Não to entendendo nada”.
- Antes de mais, e sem mais demoras, queria vos dizer que estou esperando um nome fruto desse amor, com o meu delicinha – todos rimos. Todos se levantaram e bateram palmas, enquanto Arthur correu até mim. Ele estava sem acreditar.
- Como assim mamãe? O que os frutos têm a ver com o papai? Ele vai fazer alguma coisa com as maças, as peras e as laranjas?
- Essa menina é loira por acaso? – Chay perguntou
- Não Chay, ela é uma criança. Uma criança de 6 anos. – Mel o corrigiu
- Isso é verdade? – ele, ao colocar a mão por trás de mim viu os sapatinhos pequenos na minha mão.



Em pouco mais de 8 meses depois, o Raul se tornou no nosso mais que tudo. Em casa mês da minha gestação, Arthur me fazia mais feliz. Era a primeira vez que ele ia “ser pai” pelo facto de não ter acompanhado a minha gravidez da Yasmin. Ele ficava emocionado com tudo o que via de novo. As roupinhas, os sapatinhos, as mamadeiras, as chupetas e até os brinquedos. Tudo para ele era novo.
Para mim, o que era novo, era o facto da minha filha ser tão ciumenta. Ela pensava que por termos o Raul connosco, iríamos deixar de ama-la. 

- Quando o Raul crescer, ele vai ser forte e grande como o papai. Ok? – ela pegou na mãozinha do pequeno Raul, que olhava espertinho para ela. Ele tinha os olhos castanhos, assim como o seu cabelo era igual castanho também. Nasceu com um tamanho razoável e a sua situação era otima a nível de saúde. Era um bebé saudável e muito apaparicado pelos pais. – E depois quando os pais forem velhinhos, agente vai cuidar deles. 
- E quando ele crescer, ele vai espiar você na escola pra deixar de andar com os seus amiguinhos. – disse o pai coruja – Sim, porque eu não quero a minha filha namorando antes dos 30.
- É impossível uma pessoa ser virgem aos 30! – chutei
- Lua! – ele me repreendeu – Estamos falando a nossa filha – ele queira rir e brigar comigo ao mesmo tempo
- Amor, eu nem 30 anos tenho e já sou casada e mãe de dois filhos.
- Papai, você nunca me explicou como a cobrinha foi parar a dentro da mamãe. A cobrinha não ia de ferias?
- Ela voltou mais cedo e com força extra – disse eu
- Lua! – ele me repreendeu de novo – Ai ai Raul. Estamos tramados com estas mulheres das nossa vidas. Elas são loucas. – Arthur pegou o pequeno Raul ao colo e o mimou como sempre fazia. Yasmin abraçava o irmão com carinho e eu me emocionada ao ver tal coisa.

Depois de tantos altos e baixos, consegui encontrar um momento da minha vida favorável. Um momento em que todos os meus desejos se concretizavam dentro dos possíveis. Depois de todas as desavenças que eu tive nesta vida, aprendi a numa tirar conclusões precipitadas. Pois aquilo que antes era o erro da minha vida, acabou sendo a minha vida, para sempre. 


Dá para acreditar que acabou? 
O que acharam? Poderia ter sido melhor? Gostaram?
Quando à segunda temporada, não vai haver! Porque eles já estão casados, com dois filhos e já está bom assim. A partir de amanhã irei focar na outra web e semana que vem, eu vou começar a postar só aos finais de semana.

19 comentários:

  1. Para mim foi tudo perfeito no começo eu não ligava muito pra ler essa web pois achava que ia ser igual a muitas que eu li mais de repente eu me vi lendo e esperando ansiosa pelos próximos capítulos e apaixonada pela história tanto que eu comecei a ler tudo denovo , para mim a nota é 10000. Bis e aguardo a próxima web .

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Muito perfeita Cris! Parabéns por essa web *.*

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  4. Perfeita *------* Parabéns vc escreve MUITO bem S22 Acompanharei esse Blog até não poder mais

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  5. AMEI. Cris, agora é "O tempo cura tudo", né? ansiosaaaaaaaaaa

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  6. ameeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeei
    ass Sophia

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  7. aaaaahhh Eu amo essa web , pena que acabou ='( ...
    Mas o Cap ficou P-E-R-F-E-I-T-O ... Vc esta de Parabéns *__*

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  8. Muitoo Lindo! Parabéns Cris As Suas Web São Umas Melhores Que As Outras!

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  9. web simplismente perfeita ainda mais com o Niall e o Theo meus dois amores.

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