Little Anie - Cap. 82 | 5ª Parte

Little Anie | 5ª Parte

Eu encontrei um amor para mim

Oh, eu nunca soube que era você quem estava esperando por mim

Mas, querida, apenas me beije devagar

Seu coração é tudo o que eu tenho

E, em seus olhos, você está segurando o meu

Amor, eu estou dançando no escuro

Com você entre meus braços

Eu sussurrei bem baixinho

Mas você ouviu

Querida, você está perfeita essa noite

– Perfect | Ed Sheeran

Pov Lua

Londres | Sexta-feira, 20 de novembro de 2015 – Sete horas da manhã.

– Bom dia... – Me acordei com Arthur sussurrando no meu ouvido. Encolhi meus ombros e permaneci de olhos fechados. – Sua dorminhoca. – Ele brincou. – Você vai acabar se atrasando. Já são mais de sete horas. – Me avisou. – E eu já estou de saída. – Acrescentou e eu abri meus olhos rapidamente.

– Por que você só me chamou agora? – Perguntou ainda com sono.

– Eu te chamei na hora que acordei, mas parecia que você estava desmaiada. – Arthur respondeu e apertou minha coxa. – E nem fizemos nada pra você está tão cansada assim. – Enfatizou.

– Engraçadinho. – Retruquei – E por que você vai sair tão cedo?

– Preciso ir ao banco antes de ir para a produtora. – Me disse e beijou meu pescoço. – Volto só de tardezinha.

– Tá bom... – Respondi acariciando os cabelos dele, que ainda estava com o rosto no meu pescoço. – Vou te contar uma coisa. – Comecei e Arthur murmurou um ‘uhum’. – Já estou bem melhor. – Contei. E Arthur levantou o rosto para me encarar.

– Você quer dizer exatamente o que com isso? – Ele me indagou e eu quase rir.

– Você sabe exatamente o que eu quero dizer com isso. – Afirmei também fitando-o.

– Aah... Lua, você tá de brincadeira. Por que me diz isso só agora? – Ele continuou me encarando.

– Pena que você tá com pressa, né? – Provoquei segurando em seu queixo?

– Pena? Você tem é sorte de eu estar com pressa. – Me avisou com um sorriso maroto e beijou novamente meu pescoço, dando uma mordidinha de leve no final.

– Hahaha vai logo para o seu compromisso, querido.

– Meu compromisso é com você. – Ele disse e deu um tapa na minha coxa. – Mas a gente acerta isso quando nos encontrarmos à noite. – Finalizou.

– Certo. Aposto que você vai contar os segundos.

– Todos. Igual a você. – Arthur me provocou de volta. – Te amo. – Disse me beijando. Quase gemi quando Arthur se afastou e isso não passou despercebido por ele. – Deixa pra gemer mais tarde. – Ele sussurrou sorrindo.

– Idiota! Meus pais vão embora hoje. – Mudei de assunto e me sentei na cama.

– Eu sei. John falou comigo. – Arthur respondeu e foi pegar alguma coisa no criado-mudo que fica ao lado da cama. – Hahaha foi por isso que você me deu essa notícia só agora? – Ele me encarou com uma das sobrancelhas erguidas.

– Querido, eu não tenho problema nenhum em transar com os meus pais em casa. – Pontuei. – Diferente de você né? – Indaguei só para provoca-lo mesmo. – Ai Lua, seus pais estão aqui. É estranho... – O imitei e Arthur revirou os olhos. – Você sabe que perde sempre que começa a me provocar. – Falei me levantando.

– Eu já disse que você faz barulho, por isso não gosto quando tem gente no quarto ao lado. – Ele riu porque sabe que isso me irrita. Eu não faço barulho coisa nenhuma! Ai que vontade de bater nele toda vez que ele diz isso.

– Eu odeio quando você diz isso. Vontade de socar você! – Exclamei irritada e Arthur riu mais ainda. – Idiota. Idiota. Idiota.

– Estressada. Estressada. Estressada. – Ele continuou me irritando.

– Para de me irritar, Arthur! – Pedi e ele se aproximou. – Quero bater em você. – Sussurrei quando ele segurou meu queixo.

– Gosto de te irritar. – Disse baixinho e roçou os lábios nos meus. – Você fica linda quando me pede pra parar... – Ele continuou. – E eu tenho vontade de continuar. – Arthur sorriu pressionando os lábios contra os meus. – Você é uma mulher de sorte, Lua.

– Eu sei. Não são todas que tem um Arthur assim. – O puxei para mais perto e ele riu baixinho arrumando meus cabelos.

– Eu não estou falando de mim, Lua. – Ele riu mais ainda. – Estou falando da sorte que você tem de eu ter trabalho agora e você também. – Arthur explicou calmamente.

– Uhum... eu sei. Estou nervosa. – Provoquei.

– Tá bom. – Arthur me deu um beijo na testa. – Dá próxima você tenta me convencer disso. – Acrescentou divertido e eu lhe dei um tapa.

– Você tá me atrasando. – O avisei.

– Você que tá me agarrando. – Ele rebateu olhando para os meus braços que estavam em volta da cintura dele. – Mas eu gosto. – Afirmou me beijando. – Tchau.

– Tchau... – Falei soltando-o. – Te amo.

– Eu sei. – Arthur disse convencido e saiu jogando beijos no ar.

Fui para o banheiro; eu já estava muito atrasada. Na terça-feira não fui para o escritório. E na quarta-feira, não vi o Ryan o dia inteiro e ontem ele não foi trabalhar, e eu estava pedindo para que não visse ele hoje de novo. Eu quero evitar um novo estresse. Não tenho um pingo de paciência para esses tipos de atitudes.

Tomei um banho rápido e já pensei na roupa que usaria. O dia não tinha amanhecido tão frio quanto ontem. Provavelmente eu iria convidar Harry para jantar, e dessa vez eu não esqueceria de avisar Arthur. Saí do banheiro e fui até o closet, peguei um vestido azul claro de mangas compridas, o decote era V, uma lingerie da mesma cor, meia-calça com renda preta na coxa; o vestido não era tão comprido e se Arthur visse, com certeza falaria. Calcei um sapato preto de salto azul, com laço na lateral. Coloquei um relógio e depois fui pentear meus cabelos, em seguida passei rímel e blush, com certeza eu não conseguiria mais tomar café em casa, então passei logo batom. Peguei minha bolsa e a chave do carro do Arthur. Eu teria que resolver logo a situação do meu carro.

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Saí do quarto e fui até o quarto de Anie, como todos os dias eu faço. Ela ainda estava dormindo. Lhe dei vários beijos e saí do quarto fechando a porta com cuidado. Desci a escada e fui até a cozinha me despedi dos meus pais. Eu sentiria muitas saudades deles.

*

– Olá, querida. – Hanna entrou na minha sala com alguns papéis. – Bom dia.

– Bom dia. – Respondi e peguei os papéis que ela veio me entregar. – E como você está?

– Cheia de documentos para entregar e ligações para atender. – Ela sorriu de lado. – E você?

– Cheia de documentos para ler e rezando para não dar de cara com o Ryan por aqui hoje. Se isso acontecer, a semana finalizará bem. – Respondi e Hanna riu.

– Acho que ele está querendo te evitar também. – Ela comentou.

– Isso é bom. – Afirmei.

– Você contou para o Arthur?

– Sim. Foi uma situação séria. – Respondi e Hanna assentiu.

– Ele deve ter ficado bastante irritado. – Ela concluiu e eu apenas assenti. – Eu já vou indo, porque diferente de você, ele não está me evitando. – Hanna lamentou e saiu andando vagarosamente da minha sala. O que me fez rir.

Horas depois peguei meu celular e liguei para Harry. Já estava se aproximando da hora do almoço e eu gostaria de saber se ele poderia jantar comigo. Porque eu iria almoçar com Hanna, Rose e Adam.

LIGAÇÃO ON

– Fala, Lua.

– Fala, Harry. – O imitei. – Você já me tratou melhor.

– Oi, querida.

– Ridículo. – Revirei os olhos como se ele pudesse me ver. – Vamos sair hoje?

– Pra beber? – Ele riu.

– Não. Hoje não. Pra conversar mesmo. Não era você que queria conversar coisas sérias? – O lembrei e ouvi sua risada.

– Sim. Mas achei que você ia me enrolar.

– Eu não faço isso, querido. – Respondi.

– A tá, isso é o que você faz bem e nós sabemos. – Ele comentou entre risos. – Mas você quer sair agora? Nós já pedimos o almoço. Inclusive, seu marido sabe disso? Depois ele quer me matar e eu nem sei o porquê.

– Por favor, Harry. Vocês parecem duas adolescentes brigando pra ver quem vai ser a líder de torcida do time de basquete. Isso ainda existe?

– No seu tempo lembro que você participou da seleção. – Harry me provocou.

– Idiota! Eu nunca me prestaria a esse papel. Desde quando eu gosto de basquete? – Indaguei.

– Do basquete eu não sei, mas dos jogadores eu lembro bem. Brandon ou algo assim. – Harry riu alto.

– De onde você desenterrou isso? – Revirei os olhos sem acreditar.

– Você que começou falando de basquete.

– Vai poder jantar comigo ou não.

– Eu vou, meu amor. Eu vou. Onde você quer?

– Eu ainda não sei. Ainda não decidi.

– Passo aí... porque vou de táxi, já que eu emprestei meu carro para a Britney na verdade.

– E avisa a sua namorada, depois ela quer me matar e eu nem sei o porquê. – Comentei tentando segurar o riso.

– Até parece, você sabe que eu só namoro garotas que entendem a nossa relação. – Deixou claro.

– É, mas até agora eu não vi nem a cara dessa Britney, me pergunto se ela existe.

– Me poupe, Lua. Por que eu precisaria mentir? Você não viu porque mal me ver também.

– Exagerado. Mas até agora nem uma foto.

– Não exponho meus relacionamentos. – Ele disse, mas riu em seguida.

– Até porque depois vem outros né?

– Me respeita, Lua.

– Eu não estou falando nenhuma mentira. – Pontuei. – A gente se ver mais tarde então?

– Sim, Luh. Que horas?

– Umas seis. – Respondi.

– Tá ok. Passo aí...

– Vou te esperar, e ligar para o Arthur. Antes que eu esqueça de novo. E ele queira me comer viva depois.

– Comer eu sei como. – Harry riu.

– Me respeita, Judd.

– Ai, Lua... eu não consigo me controlar. – Ele riu alto.

– Eu vou desligar. Mais tarde a gente se ver, querido. – Falei antes que começássemos a falar sacanagem demais.

– Um beijo.

– Um beijo.

LIGAÇÃO OF

– Eu me pergunto o que o seu marido acharia dessa conversa. – Quase derrubei o celular no chão. Ryan estava na porta da sala e eu nem tinha visto. Levei um susto mesmo.

– Ele não perdeu nada que precise encontrar. Portanto, não acharia nada. – Respondi secamente e ele riu irônico entrando na sala.

– Deve ser bastante decepcionante ter um amigo que dar em cima da mulher né?

– Não sei do que você está falando, mas se for de você, você não é amigo do Arthur. – Rir óbvia.

– Você sabe do que eu estou falando, Lua.

– Eu achei que tinha deixado bem claro que não toleraria mais esse tipo de abordagem. Ou você esqueceu, Ryan? – Indaguei incomodada e ele colocou lentamente uma pasta sobre a minha mesa.

– Harry né Lua?

– Você costuma agora escutar conversas dos seus funcionários?

– Meus funcionários deveriam ser mais discretos.

– Eu não estou fazendo nada escondido. – Afirmei. – Não que eu precise te dar explicações.

– Hahaha... quem precisa nem sabe disso, Lua.

– Eu tenho homens que me respeitam, Ryan. – Falei enfática. E ele apoiou as mãos sobre a minha mesa.

– Mas eu respeito você, querida.

– Estou falando de homens! – Retruquei. E ele me fitou.

– Belas meias. – disse antes de sair.

– Droga! – Murmurei.

Pov Mel

Eu marquei de encontrar com Chay na hora do almoço. E eu tenho certeza de que ele não faz ideia do que realmente será dito. Embora ache que seja alguma coisa relacionada ao nosso término. No momento, o que está me deixando preocupada é o bebê, que ele nem sabe que já existe. Mas quanto a nós dois, eu ainda não estou me sentido preparada para ter esse tipo de conversa com ele e não quero passar mais raiva do que já passei quando descobrir a traição.

Agora eu estou grávida e é com isso que devo me preocupar e me cuidar. Mas a reação do Chay está me deixando ansiosa. Eu realmente nem imagino como ele irá receber essa notícia. Mesmo tendo convivido com ele anos, se ele me traiu, agora eu não faço mais ideia do que esperar dele. Tudo se tornou uma novidade.

Eu já tinha saído do trabalho e estava a caminho do restaurante que tínhamos combinado de nos encontrar. Ele já tinha me mandado mensagem de que já tinha chegado. O restaurante é tranquilo. Então podemos conversar com uma certa privacidade, sem nos preocupar se alguém vai estar nos olhando ou ouvindo nossa conversa.

Não demorei mais que meia hora até chegar no local combinado. Estacionei o carro e entrei. Dei meu nome para a recepcionista e ela me levou até a mesa que Chay já estava me esperando e me entregou o cardápio quando chegamos lá; embora comer fosse a última coisa que eu iria conseguir fazer durante essa conversa.

Chay estava sério e eu sabia que ele teria que voltar para a produtora, porque ele já tinha me explicado isso. Mas como eu não estava entrando em contato com frequência, ele sabia que teria que vim ao meu encontro quando eu marcasse.

– Boa tarde. – Ele disse assim que me sentei.

– Boa tarde. – Falei colocando a minha bolsa sobre a cadeira ao meu lado.

– O que você vai pedir? – Ele indagou.

– Eu pretendo ir direto ao assunto. – Respondi séria.

– Qual é, Mel?! Vamos almoçar primeiro. Eu tenho que voltar para a produtora ainda.

– O assunto é sério, e eu não estou com fome. – Expliquei e Chay me encarou.

– E por que marcou um almoço então? – Ele ergueu uma das sobrancelhas sem entender.

– É o tempo que eu tenho disponível.

– A é? E depois do trabalho você está fazendo o quê?

– Descansando. – Enfatizei e Chay riu.

– Então começa a falar, mas eu vou almoçar. – Ele deixou claro e eu dei de ombros. Chay chamou o garçom e fez o pedido. Pedi apenas um suco. – Então...? – Ele indagou para que eu começasse a falar. – Você sabe que precisamos conversar sobre nós. Você não vai morar na casa do Arthur para sempre. – Ele começou, mas eu o interrompi.

– Sobre isso, teremos que conversar em um outro momento. A gente tem um assunto mais importante para conversar agora.

– O que seria mais importante? Não estou te entendendo. – Ele me perguntou confuso e tomou um gole da bebida que tinha pedido.

– Estou grávida! – Contei. Eu não saberia fazer de outra forma que não fosse falando logo. Eu não estava mais aguentando ter que esconder isso dele. Embora não fizesse ideia do que iria escutar de volta. Mas com certeza não seria uma: Sério? Estou feliz, querida. Eu estava tremendo e minhas mãos soava. Chay me fitava completamente pálido.

– O quê? – Ele sussurrou. Parece que sua voz tinha sumido junto com a sua cor.

– Eu não aguentava mais ter que esconder isso de você. – Comentei.

– Como assim? Você tá louca? Nem estamos juntos... como aconteceu? – Ele indagou completamente nervoso. E depois soltou um riso. – Você não pode tá falando sério. Pelo amor de Deus! É tudo que não podia acontecer agora, Mel! – Chay exclamou.

– E você acha que eu estava esperando que você fosse me trair? Em toda a minha vida, isso foi o que mais me decepcionou, primeiro porque veio de você que eu nunca esperava, e eu digo isso do fundo do meu coração. E segundo que, eu jamais gostaria de estar passando por esse momento da minha vida, com tudo isso acontecendo. Você não está me perguntando se esse filho é seu né? Porque se for isso, ah Chay. Eu juro que jogo esse copo na sua cara! – Falei tentando me controlar.

– Eu estou tentando entender como foi que isso aconteceu!

– Aaah, você não sabe mais como se faz um filho? – Ironizei.

– Nunca transei pensando que estava fazendo um filho. – Ele retrucou. – Porra! Você tomava aquele remédio pra que então? Ah Mel, eu não acredito! – Ele exclamou passando as mãos nos cabelos. – O que vamos fazer agora? – Chay me perguntou completamente confuso. – A gente nem conversou ainda sobre como vamos ficar, como é que vamos ter um filho?

– Você eu não sei, mas eu vou ter esse bebê. E espero que você não me peça para fazer ao contrário. – Deixei bem claro.

– Eu nunca pediria uma coisa dessa! Você acha que eu sou o quê? – Ele disse irritado.

– Eu não sei mais o que esperar de você, essa é a verdade. – Esclareci.

– Não sou nenhum monstro, Melanie. – Ele pontuou chateado e ficou olhando para lado por alguns minutos.

– Com quantos meses você está?

– Quase três. – Respondi. E Chay me encarou.

– Quando você descobriu?

– Depois que nos separamos... Contei pra Lua... e depois para o meu irmão.

– E por que me contou só agora? Parece que sou o último a saber de uma coisa que interessa mais a mim do que aos que já sabem. – Disse e eu ri.

– É... geralmente somos os últimos a saber de coisas que interessam mais a nós do que aos outros. Digo isso por experiência própria, você deve saber. – Comentei irônica, mas Chay continuou me encarando sério. Como se não tivesse escutado o que eu tinha acabado de falar.

– Eu estou tentando não perder a paciência, mas você com esse tipo de comentário não está me ajudando muito. – Pontuou.

– Vamos lá... eu não sabia como te falar isso, sei que você nunca quis um filho.

– Hahaha agora mesmo não. E você sabia disso. – Chay afirmou. – Você deveria ter me contado antes. – Ressaltou.

– Porra! Eu não queria nem olhar na tua cara! – Falei indignada e ele ficou me fitando. – Como eu ia chegar para conversarmos sobre isso? Lua e Arthur queriam que eu tivesse te falado bem antes, mas eu não conseguia. Foi difícil pra mim, está sendo difícil. E eu tento parecer que está tudo numa boa. Mas não está nada fácil, Chay. – Desabafei. – Eles estão me ajudando e eu agradeço tanto. Mas pelo amor de Deus, podia está sendo tudo diferente. Eu sei que se não tivesse acontecido nada disso, estaríamos juntos e eu sei que você mesmo surpreso com a notícia, acabaria aceitado.

– Eu não posso mudar as coisas que fiz, Mel. E sei que está sendo difícil, porque estar sem você também não está sendo nada fácil pra mim. Aquilo acabou há um tempo... – Começou, mas eu o interrompi.

– Não, Chay. Não fazia tanto tempo e você não tinha o direito de me fazer de idiota. Enquanto todos sabia que você me traia.

– Harry e Arthur! – Ele exclamou. – Por que você tinha que perguntar a Lua? Você sabe que Arthur não consegue esconder nada dela.

– Porque eu precisava saber! E agradeço que ela tenha me contado toda a verdade, embora quisesse saber disso por você. Teria sido mais digno da tua parte. – Falei tentando controlar minhas emoções, não queria começar a chorar, não de novo na frente dele.

– Eu estou tentando digerir essa notícia. Eu realmente não estava esperando. – Chay confessou passando as mãos pelo rosto. – Eu nem sei como vamos fazer isso. Eu estou meio zonzo... eu nem sei... eu até gosto de crianças, mas dos outros. Um filho meu me dá desespero. Nem sei por onde começar, mas parece que já começou tudo errado. – Confessou ainda com as mãos no rosto. – Como vamos fazer isso, Mel? Parece difícil demais nessa situação que estamos. Eu não consigo pensar em nada.

– Eu vou continuar na casa do Arthur. Como você sabe, precisamos falar sobre a nossa relação, como ela ficará, mas agora pra mim não é o momento. Eu não posso passar por certas situações que eu sei que me deixarão bastante nervosa. Agora eu não posso pensar só em mim. E eu sei que será mais difícil ainda. Mas eu sabia também que não poderia esconder isso para sempre de você.

– Mel...

– Eu não cheguei aqui esperando que sua reação fosse surpresa e depois felicidade. Então você não precisa se preocupar. Eu aprendi a não esperar algumas atitudes de você e parece que está funcionando muito bem. – Concluí.

– Não é assim... você sabe. Eu realmente não sei como vamos fazer, pelo menos, eu não sei como eu vou fazer, mas... você sabe, que a partir de agora, quando o assunto for o bebê, pode falar comigo. Não sei como ajudar além do que você sabe que eu estou falando.

– Eu sei muito bem do que você está falando, mas o nosso filho não irá precisar só do seu dinheiro a vida toda. E eu sei que você deve saber disso muito bem.

– Eu sei... mas agora, eu nem consigo pensar. Não é uma notícia que me faça explodir de alegria. Estou surpreso e nervoso. – Confessou. Mas essas palavras não me surpreenderam. E eu não estava chateada. Eu já sabia o que iria encontrar, e pensei que seria pior. Suspirei e peguei minha bolsa.

– Já é um começo. – Falei.

– Você já sabe o que é? – Indagou curioso.

– Não. Talvez só mês que vem.

– Por que você fez isso, Mel? – Chay perguntou preocupado.

– Eu não fazia ideia de que nossa vida daria essa volta. Eu nunca imaginei que estaríamos como estamos agora. – Contei encarando-o. Chay também não desviava os olhos de mim.

– Um filho. Meu Deus! Um filho. Eu não sei ser pai, Mel. Como vou fazer isso? Eu te falava.

– Eu também tenho medo. Você acha que todo mundo nasce sabendo ser pai e mãe?

– Tem uma grande diferença entre quem sonha, quem quer, e que nem pensa nisso. Vê o Arthur, ele nunca teve medo e por ele já teria uns cinco filhos. Porque ele sempre quis isso. Eu nunca pensei, Mel. Nunca precisei pedir isso a você como ele faz com Lua.

– Porque existem pessoas que sonham coisas além delas próprias e parece que você não é uma dessas pessoas. – Pontuei deixando transparecer toda a minha decepção.

– Eu não acho que isso seja um defeito. Há coisas que você não quer e eu nunca te forcei a aceitar. Mas agora sei que não cabe mais a mim escolher, já está feito. – Concluiu. – Espero que pelo menos a respeito desse assunto, a gente possa conversar sem se desentender como vem acontecendo. Eu só não sei como vamos fazer isso. – Chay suspirou. – Eu não vou pedir coisas a você que eu sei que irei me arrepender. Mas a verdade, é que eu nem pensei nisso. E eu preciso que você saiba. Eu não seria capaz, Mel.

– Isso me deixa tranquila. Porque eu não suportaria outra decepção. E embora eu não tenha criado expectativas, eu sairei daqui surpresa. – Finalizei e Chay assentiu.

– Eu preciso voltar para a produtora. – Ele disse e chamou o garçom para pedir a conta.

– E eu para o consultório.

– Me avisa quando for a próxima consulta ou quando quiser conversar sobre a gente. – Pediu e eu me levantei.

– Eu aviso. – Respondi e me levantei. – Tchau.

– Tchau, Mel.

Minhas pernas estavam tremendo quando deixei o restaurante. Pelo menos ele não pediu para que eu tirasse o bebê, embora tenha ficado nervoso com a novidade. Sempre soube que ele nunca estava esperando por ela. Sei que Chay demoraria a aceitar essa nova realidade.

Pov Lua

Londres | Escritório de Advocacia – Cinco e cinquenta e dois.

– Boa tarde, Blanco. – Ouvi a voz séria do Harry e não segurei a minha risada.

– Você acha que consegue me enganar? – Perguntei ainda rindo.

– Tentei. – Ele riu e me beijou no rosto quando nos abraçamos. – E aí, vai demorar muito?

– Só mais um pouco... – Respondi e voltei a me sentar.

– Fiquei de passar na casa da Britney depois do jantar.

– Tudo bem. Dessa vez não vamos voltar para casa de madrugada. – Brinquei e Harry riu pegando o celular. – Ainda vou avisar o Arthur. – Acrescentei.

– Achei que já tivesse feito isso.

– Não. Meu dia foi bem corrido e eu me estressei com o Ryan novamente. – Contei.

– Novamente? E quando foi a outra vez? – Harry me indagou curioso.

– Foi essa semana, segunda-feira. Fiquei sem acreditar nas coisas que ele me disse e discutimos. Você acredita que ele tem ciúmes do Arthur? E Ryan é só meu chefe. Ele sabe que eu nunca dei esperanças de que seria mais que isso. Arthur ficou muito irritado quando contei.

– Imagino, Lua. Ainda mais que Arthur sempre achou esse seu chefe um pé no saco. – Harry me lembrou.

– Eu preciso ligar para ele antes de irmos. – Avisei. – Ou ele vai ficar me esperando para jantar como da última vez.

– É melhor avisar mesmo, ou dessa vez nós dois morreremos. – Harry ressaltou e eu lhe joguei uma caneta.

– Meu marido não é agressivo. – O defendi.

– Hahaha... eu tenho é medo de um dia ver ele nessa fase. – Harry deixou claro e eu peguei o celular para ligar para o Arthur.

– Faz horas que terminaram?

– Mais de meia hora.

– Uhum... então ele já deve ter chegado em casa. – Concluí e liguei.

LIGAÇÃO ON

– Oi, Lua. – Arthur atendeu com a respiração alterada.

– O que você tá fazendo?

– Brincando de guerrinha de água com a Anie. – Ele respondeu.

– Pelo amor de Deus, diz que não é dentro de casa. – Indaguei.

– Não. Eu sei que isso te deixaria bastante nervosa. – Ele riu ao terminar de responder.

– Ainda bem que você me conhece. – Respirei aliviada. Só o pensamento de ver a casa toda molhada me deixava nervosa. – Deixa eu te falar...

– Pode falar.

– Vou jantar com o Harry, ok?

– Ok, Lua.

– Mas não vou chegar tão tarde. – Afirmei. – Tudo bem?

– Tudo certo.

– Arthur.

– O que foi? Era só isso? – Ele me perguntou. E para uma mulher que conhece ele tão bem, Arthur estava se controlando para não deixar transparecer seu ciúme.

– Sim. É só isso. – Suspirei. – Diz que mandei um beijo pra Anie, tá?

– Tá.

– Te amo.

– Te amo. – Ele respondeu e encerrou a ligação.

LIGAÇÃO OF

– Vamos? – Convidei e Harry assentiu. Guardei minhas coisas dentro da bolsa e arrumei alguns documentos, colocando-os em pasta e deixando-os sobre a mesa. Depois retoquei o meu batom.

– Mulheres. – Harry revirou os olhos divertido.

– Homens. Vocês nunca entenderão por completo uma mulher. – Falei e peguei minha bolsa.

– Se todas forem com você, não mesmo. Fico surpreso com o Arthur.

– Se Arthur me entendesse por completo, nós não brigaríamos. Ele me conhece por completo. É diferente. – Expliquei.

– Você que é dona de uma tremenda teimosia.

– Eu sou decidida. É diferente. – Me defendi. – Vocês que confundem com teimosia. – Ressaltei.

Entramos no carro e eu dirigi até um movimentado restaurante que fica no centro de Londres. Se fôssemos em um pub, íamos beber e isso era fato. Coloquei minha bolsa sobre a cadeira ao meu lado e me sentei. Harry sentou de frente para mim. Pegamos o cardápio e começamos a escolher o que jantaríamos.

– Vou escolher batata recheada e fricassê de frango e pra beber, suco de uva. Que eu sou uma pessoa saudável. – Falei e Harry riu.

– Tá bom. Aposto que você está tentando se convencer disso também. – Harry comentou e eu o chutei por debaixo da mesa. – Ooow! – Ele reclamou. – Eu vou pedir bife à milanesa com batata suíça e suco de cenoura. – Harry falou e nós fizemos nossos pedidos. – E então, vamos começar pelo o quê?

– Pela ordem de acontecimentos. – Respondi divertida. – Quero conversar com você antes, porque eu não sei como começar a dizer isso ao Arthur. Eu não quero magoa-lo e nem nada parecido. Talvez ele fique triste, na verdade, essa é a única certeza que eu tenho. Mas você sabe que eu confio bastante em vocês dois, apesar de Arthur sentir ciúmes de quando eu te conto essas coisas também. – Contei e Harry riu assentindo. – Mas a gente já era amigo antes mesmo de eu conhecer Arthur. Então não temos como mudar isso, apesar de eu nem pensar em mudar. Bom, você sabe que Arthur é louco para ter outro filho, certo? – Falei e Harry assentiu novamente.

Nossos pedidos chegaram e é por isso que eu adoro esse restaurante. A rapidez deles é surpreendente, ainda mais para quem está com fome, que nem eu estou.

– Então... quando eu engravidei e perdi o bebê, acabou acontecendo alguns problemas e eu fiz alguns exames depois do ocorrido. Mas a minha médica disse que o pedido desse exame foi equivocado para aquele momento, porque eu tinha acabado de sofrer um aborto. Então não tinha como ter um resultado certo, daquele exame. Faz algumas semanas que eu voltei lá e que ela me disse isso, e durante todo esse tempo, acreditamos que eu não podia ter mais filhos. Eu acabei me sentindo muito mal com isso. Porque eu sabia que para o Arthur o sonho dele ser pai novamente tinha acabado ali, pelo menos, comigo. E ele fica muito chateado quando eu falo assim. Porque ele diz que eu sei que ele só quer filhos se forem comigo. Arthur foi na consulta comigo e Eliza nos explicou tudo direitinho, marquei os exames e tudo. Alguns eu já tinha feito quando estava tentando engravidar pela primeira vez. – Suspirei. – Enfim, no dia dos exames, eu não fui. Eu passei o dia na casa da Sophia. Eu literalmente fugi. Eu fiquei com medo e eu não tive coragem de dizer isso a ele.

– Lua, você sabe que o Arthur te entenderia. E eu tenho certeza que ele jamais te obrigaria a fazer esses exames.

– Nós dois sabemos que não. Eu sei, Harry. Mas... eu fiquei com medo do resultado mesmo. Dessa vez seria definitivo e Eliza deixou bem claro que se existirem chances, poderão ser poucas. Mas você sabe que se tiver, vamos querer tentar e eu não suportaria perder outro bebê. E sei que Arthur também não. Ele foi forte esse tempo todo mim, até me dizer o que realmente estava sentindo. E não pense que foi fácil, porque você sabe que brigamos.

– Eu me lembro exatamente de como Arthur estava. – Harry assegurou.

– Eu não quero tentar. Eu não me sinto preparada. Eu fico pensando que pode dar errado de novo. Eu não quero que ele crie esperanças e acabe se frustrando. Foi por isso que eu não fui. E eu não sei como dizer isso a ele, porque sinto medo. Arthur sempre me apoiou em tudo, ele sempre fez de tudo para realizar os meus sonhos e eu me sinto tão egoísta por não querer continuar realizando esse sonho com ele.

– Eu não acho que seja egoísmo. E é uma decisão que precisa ser tomada de cabeça fria. Vocês precisam estar calmos e dispostos a conversar. Já conversamos sobre isso, Lua. E é como se estivéssemos em dois mil e dez. – Harry sorriu e segurou a minha mão. – A diferença é que agora vocês já têm uma filha. Você é uma mãe maravilhosa, querida. Não deveria ter medo. Mas eu sei que você tem medo de dizer que esse nunca foi o seu sonho. Embora eu tenha certeza de que você não se arrepende de nada.

– Eu jamais me arrependeria, Harry. Anie é a minha vida. – Falei emocionada e Harry acariciou as minhas mãos.

– Não chora. Eu sei disso, meu amor.

– Eu amo tanto o Arthur que eu não suporto a ideia de vê-lo triste.

– Ele também te ama tanto, Lua. E é por isso que faz as coisas que você pede. Porque sempre está disposto e porque esse é o Arthur. Sempre foi. Mas a gente sabe que filhos são responsabilidades para a vida toda. Embora vocês mandem superbem. Você não precisa sentir medo de contar isso a pessoa que você sabe que mais te entende nessa vida.

– É por isso que não consigo contar... Por que não consigo fazer as coisas para ele sendo que ele faz de tudo por mim? – Indaguei esperando que Harry me desse respostas.

– São coisas diferentes, querida. Filho é melhor quando os dois estão decididos e a gente sabe que o Arthur jamais concordaria que você fizesse isso só por ele. Tem que ser porque você quer também. Será você quem irá passar por tudo isso. Não fica se culpando, eu odeio te ver assim.

– Ele quer muito um menino e conversamos sobre isso, e eu continuo querendo outra menina. Não porque torço contra...

– Outra menina? – Harry me perguntou sorrindo.

– Sim. É bem mais legal.

– Ainda mais se for como você. – Comentou. – Arthur está ferrado com três Luas. Porque Anie é você inteirinha!

– Eu amo aquela garota. Ela é muito geniosa. E eu adoro que ela tenha opinião para tudo. – Contei orgulhosa.

– Arthur ama muito aquela garota. – Harry pontuou.

– Sim. E ele sempre me diz isso. E que não trocaria ela por nada. E a relação deles é algo que eu tento entender até hoje. É como se tivessem vivido a vida inteira juntos e ao mesmo tempo em que Anie se parece comigo, ela se parece com Arthur. Eu nunca vou entender. Sempre penso que ele esperou a vida inteira por ela.

– Isso é verdade. Eu também não entendo. O ciúme com certeza ela herdou dele. – Harry riu alto e eu o acompanhei.

– Ela morre de ciúmes dele bem mais do que de mim. Mas tem vezes que ela está tão dengosa que só quer ficar comigo.

– Arthur tem orgulho de você, Lua. E ele diz isso para todo mundo. Você deveria estar mais segura, sabe que continuará sendo uma mãe e uma mulher incrível. Mas você não precisa se sentir na obrigação de ter mais filhos. Vocês só precisam conversar para se entenderem sobre esse assunto. Chegar os dois a uma decisão sem que precisem brigar.

– Eu também tenho orgulho dele, embora eu não diga a todo mundo. Arthur sabe. Eu sempre tive certeza que ele seria um ótimo pai e que continuaria sendo um ótimo marido. Eu nunca precisei me preocupar com isso. Eu não tenho do que reclamar. As vezes a gente se desentende, tudo bem que na maioria das vezes é por conta da minha falta de paciência, mas quando Arthur quer me irritar, ele consegue com eficiência. E ele sabe muito bem como fazer isso. Há algumas semanas nós brigamos por conta daquela puta ridícula daquela ex dele.

– A Kate.

– Sim. Essa safada mesmo. Por que ela tem que insistir em dar em cima do que é meu?

– Uhm... possessiva. – Harry pontuou sorrindo sem mostrar os dentes.

– Eu sou mesmo. Arthur é meu. E eu costumo sentir ciúmes do que é meu. – Deixei claro e Harry riu.

– Fica tranquila que ele sabe que é seu. – Harry me piscou um olho. – E se foi sobre aquela foto, ele jogou fora. Eu te disse isso.

– Eu sei. Ele me disse também.

– Não fica com medo de contar suas decisões ao Arthur, mesmo que isso tenha a ver com ele também. Acho que quando casa, isso se torna mais frequente. Nos preocuparmos pensando no outro, porque temos que dar satisfação a ele também. É por isso que eu não casei ainda.

– Você tem medo de compromisso. Isso sim. – Provoquei.

– O pensamento de ter que avisar a alguém que eu vou no parque levar o Luke para passear me dar agonia. Eu gosto de ter liberdade.

– Eu não me sinto presa. E quem é Luke?

– O nome do meu futuro cachorro. – Harry respondeu.

– Você não sabe cuidar nem de você. – Comecei a rir. – Ninguém daria um cachorro pra você cuidar. – Enfatizei.

– Deixa de graça, Lua. Você sabe que eu sou gente boa e super cuidadoso com os animais.

– Tá bom... um dia eu quero ver isso. – Falei tentando segurar o riso. – Vou pedir um mojito cubano.

– Você disse que não ia beber.

– Só um. – Afirmei. – Antes de irmos embora.

– Vou te acompanhar só pra você não beber sozinha.

– Hahaha ridículo! – Exclamei e Harry chamou o garçom.

– Vira-vira. Eu duvido! – Harry me desafiou quando trouxeram nossas bebidas.

– Esse eu não consigo. Vou me afogar. – Respondi rindo.

– Afoga nada, Lua. Vamos! Eu sei que você quer fazer isso. – Ele me provocou.

– Eu te odeio! – Exclamei pegando o copo. Eu não suporto que me desafiem.

– Um... dois.... três. – Contou e nós viramos nossos copos de mojitos. Meu Deus, eu queria mais!

– Aaargh!

– Eu viraria mais nove. – Harry comentou divertido. – Mas vou encontrar a Britney agora.

– Uhum... Britney. Você já tá assim é? Depois fica falando que é só quando casa.

– Engraçadinha... – Ele retrucou e se levantou e aproximou-se de mim. – Eu amo você, Lua.

– Eu sei. Eu também te amo, Harry. E ainda serei sua madrinha de casamento.

– Isso vai demorar viu?! – Ele disse pincelando o meu nariz.

– Espero que não seja muito. Ainda quero estar gostosa e vestir um vestido maravilhoso. Você não vai se casar quando eu estiver idosa né?

– Isso é uma boa ideia. Já vou estar maduro.

– Ninguém vai te querer velho. – Brinquei.

– Eu vou ser um coroa disputadíssimo. Você vai ser.

– Hahaha safado já é. – Pontuei.

– Só um pouco. Só quando elas pendem.

– E madrinha do seu filho.

– Isso vai demorar mais ainda. Quase como a distância daqui pra lua. E eu estou falando andando...

– Nunca vai chegar.

– Você é muito inteligente. – Afirmou me abraçando. – Nasci pra ser padrinho dos filhos dos meus amigos, querida. Obrigada por ter me convidado primeiro.

– Não seria outra pessoa, Harry. Você sempre soube. – Contei e ele sorriu. – Obrigada por ser o melhor amigo do mundo. E sempre estar por perto quando eu mais preciso de você tá? – Nós ainda estávamos abraçados.

– Eu sempre estarei quando você me chamar, Lua. Não importa o lugar, você sabe disso, querido. – Ele afirmou e se afastou. – Você é como uma irmã, e talvez se eu tivesse uma irmã, eu não seria tão amigo dela como sou eu.

– Eu sei. E se eu tivesse um irmão, talvez eu não conversaria com ele as coisas que converso com você. – Contei e Harry sorriu outra vez.

– É por isso que a gente se entende. Um dia teríamos que nos encontrar, ainda bem que isso já aconteceu há anos. – Harry disse divertido. – Obrigado por confiar em mim todas as vezes.

– É por isso que eu implico com algumas garotas que você já ficou. Porque você sabe que você merece uma pessoa tão incrível quanto você é. – Contei e Harry riu alto.

– Sempre soube que era implicância sua mesmo. – Pontuou. – Você só não implicou com uma.

– Sim. Pena que você só quer casar velho. – Falei chateada. – Arthur encontrou com ela há algumas semanas.

– Uhum... – Harry murmurou. – Me contaram que ela tinha casado. Contei a Arthur.

– Arthur chegou a comentar comigo eu acho... mas é estranho... ele não falou disso depois. Quem te disse?

– Uma amiga dela. Isso não interessa mais. – Harry se afastou. – Vamos?

– Vamos, querido.

– Vou pedir a conta. Última chance para virarmos mais um mojito. O que você acha?

– Acho que não. – Ri alto. – Não paro depois da segunda. – Admiti.

– Você precisa aprender. Precisamos marcar uma saideira de gente grande. – Falou chamando o garçom.

– Precisamos mesmo. Última vez que bebi foi semana passada. – Contei.

– Nossa! Depois fala de mim.

– Vocês bebem todo dia. Ou você acha que eu não sinto o cheiro quando o Arthur chega?

– Exagerada. Bebemos socialmente. Só rum da Jamaica, Lua. Você sabe. A bebida do John.

– Sei. Sei. E é por isso que estou falando. Embora ele chegue primeiro que eu, sai jogando a roupa pelo quarto, fica esse cheiro enjoado. Por que vocês homens são assim? Desorganizados.

– É bem mais divertido sair jogando a roupa. – Harry riu. – Faço isso e ainda bem que ninguém reclama.

– Não sei como você consegue entrar no quarto ainda. Deve tá uma zona.

– Zona é a noite, querida Lua. – Ele disse piscando um olho.

– Vamos tirar uma foto. Faz tempo que isso não acontece...

– Só se for pra você se declarar pra mim.

– Hahaha... – Ri e Harry se aproximou. – Você não existe, sério. – Pontuei e peguei o celular.

– Vamos tirar uma foto fofa. Que eu sou um amigo muito amável. – Ele comentou e eu o abracei pelo pescoço.

– Tira você então... que eu não paro de rir...

– Vou tirar com cara de galã.

– Para, Harry! – Pedi entre risos e ele tirou a foto.

– Deixa eu ver. – Falei pegando meu celular e vendo a foto. – Eu gostei.

– Claro. Eu saí um gato nessa foto. Faltou só miar. – Ele disse pagando a carteira o celular. – Vamos?

– Idiota! Vamos. – Concordei pegando a minha bolsa e fiquei com o celular na mão escrevendo a legenda da foto: O melhor amigo do mundo é meu. Postei e guardei o celular.

Link: Foto postada pela Lua no Insta | Clique aqui e veja.

– Você quer que eu te deixe na casa da Britney?

– Não. Não precisa, Luh. Vou de táxi. – Harry respondeu e nos despedimos com abraços e beijos no rosto.

– Obrigada, Harry.

– Sempre que precisar. Você sabe.

Pov Arthur

Já era quase nove e meia e Lua não tinha chegado. Eu já estava quase indo dormir, mas me prendi assistindo um programa de televisão sobre animais marinhos. Anie já tinha dormido. Depois da nossa farra de tarde, ela literalmente capotou. Eu estava cansado também, fazia tempo que eu não corria tanto. Mel já tinha ido para o quarto, ela ficou esperando para falar com a Lua, mas como ela estava demorando, resolveu ir dormir.

Peguei meu celular quando acabou uma parte do programa e entrou no comercial e vi algumas postagens, inclusive uma foto da Lua com Harry. Eu não fazia ideia de onde era o restaurante que eles estavam, mas eu só queria que Lua voltasse logo. Eu estava com sono e tinha certeza que se eu fosse deitar para dormir, ela ia me acordar quando chegasse.

Começou mais uma parte do programa e a porta foi aberta. Lua tinha chegado, mas eu fingi que nem tinha percebido. E senti ela se aproximar do sofá e jogar a bolsa no outro sofá ao lado.

– Boa noite, meu amor. – Ela sussurrou no meu ouvido quando me abraçou pelo pescoço e me deu um beijo ali.

– Boa noite. – Respondi de voltou e Lua sorriu dando a volta no sofá e parando na minha frente. – Lua! – Eu exclamei sem acreditar na roupa que ela vestia. – Eu não acredito que você passou o dia com essa roupa.

Link - Repost: Look da Lua | Clique aqui e reveja.

– Por que, querido? Você não gostou? – Ela apoiou as mãos na minha coxa e aproximou os lábios dos meus. – Eu estou me achando muito sexy e eu adoro quando chega o outono. A gente pode usar esse tipo de roupa.

– O problema é que com certeza não é só você e nem só eu que estou te achando sexy. Por que você faz essas coisas comigo? – Perguntei colocando uma mexa de cabelo atrás de sua orelha.

– Você é muito ciumento, querido. – Lua disse sentando em meu colo. E eu ainda não tinha notado que aquela meia era rendada na coxa.

– Você bebeu. – Comentei e ela sorriu.

– Você tá sentido? Foi só um mojito, Arthur. Estava delicioso. – Admitiu.

– Eu não acredito.

– Que eu bebi? – Lua perguntou segurando o meu rosto.

– Nessa roupa, Lua. Meu Deus! – Respondi. – Por que você faz assim, hein? – Indaguei roçando os lábios nos dela e apertando sua coxa.

– Porque eu posso. – Ela sussurrou puxando meu lábio inferior e iniciamos um beijo. – Eu não estou linda?

– Você é linda! – Falei acariciando seu rosto. – E eu achei que o seu melhor amigo fosse eu. – Comentei calmamente e Lua riu jogando a cabeça para trás. Uma das minhas mãos estava em sua cintura e a outra em sua coxa.

– Eu sabia que você ia falar disso... você é o meu melhor marido do mundo, neném. Você sabe. – Falou passando a ponta do dedo indicador sobre meus lábios.

– Sei é? – Tentei morder seu dedo, mas Lua tirou rapidamente.

– Sabe, Arthur. – Afirmou. – Todos já estão dormindo?

– Provavelmente... Eu ia também, mas tinha certeza que você ia me acordar quando chegasse. – Apertei seu nariz.

– Com certeza mesmo. – Lua concordou.

– Mel ficou esperando para falar com você, mas você demorou. Ela desistiu e foi deitar.

– Imagino o que seja. Mas amanhã eu converso com ela. – Lua suspirou. – Fiquei conversando com Harry, e acabamos nem ligando para a hora. Ele ainda ia na casa da Britney. Arthur? – Ela me chamou e se ajeitou em meu colo.

– Oi.

– A Naomi te disse que casou? – Perguntou curiosa.

– Quem me disse isso foi o Harry. – Respondi. – Por quê?

– Porque ele me disse isso também.

– Eu não sei, Lua. Mas acho que não, porque ela perguntou dele e depois falou que queria um homem pra construir uma família. Falou até que é estranho, porque geralmente ela ver camisinha naquele espaço do trocador de marcha. – Contei. – Falei que fazia tempo que não usávamos. E que provavelmente ela ia ver chocolate ali porque você e Anie adoram.

– Harry ainda gosta dela.

– Disso todo mundo sabe, Lua. Mas ele não quer casar. E todo mundo sabe também.

– Conversamos bastante...

– Percebi. – Falei e Lua sorriu.

– Mas a gente pode falar sobre isso amanhã... porque agora eu quero falar sobre outra coisa. – Ela me disse.

– Pode falar. – Respondi.

– Será que alguém vai pegar a gente aqui?

– Aah Lua... aqui, querida? – Indaguei beijando o seu pescoço.

– Eu tô morrendo de saudades, Arthur. – Confessou puxando meus cabelos levemente.

– Eu também e já te disse isso... está melhor mesmo?

– Estou. Já te falei. – Ela sorriu. – Mas não me importo se você for carinhoso.

– Mas eu sempre sou carinhoso, loira. – Assegurei apertando novamente sua coxa e Lua mordeu os lábios.

– Mas eu quero fazer uma coisa. – Ela disse se levantando.

– O que você vai inventar, Lua?

– Você tem que prometer que não vai rir. – Ela pediu, mas eu comecei a rir. – Arthur! – Lua exclamou um pouco alto e eu a puxei para o meu colo.

– Desse jeito você vai acordar todo mundo. – Falei mordendo seus lábios de leve.

– Você fica rindo. – Ela reclamou.

– Desculpa, meu anjo. Eu não aguento quando você me pede isso. É que provavelmente eu vou rir. – Tentei me defender entre risos.

– Você tá me zoando. Eu vou ficar chateada.

– Não fica. Você está linda. Pode fazer o que quiser. Vou ficar aqui. – Afirmei e Lua me olhou desconfiada. Eu já podia adivinhar o que ela ia começar a fazer. E isso me deixava ansioso.

– Eu vou fazer um strip-tease pra você. – Contou e eu assenti com um sorriso maroto nos lábios.

– Eu estou ansioso para ver isso, meu amor. – Confessei encarando-a. Lua não desviou o olhar, ela é muito boa nisso. E eu adoro.

– Você quer que eu tire primeiro o quê?

– Eu só sei de uma coisa, Lua. Que você fique com essas meias.

– Nada disso. Eu sei que você pode rasgar essas meias, querido. – Lua negou com o dedo próximo ao meu rosto.

– Eu jamais faria isso, querida.

– Hahaha... eu conheço o marido que eu tenho. – Pontuou desabotoando o primeiro botão do vestido, debaixo para cima.

– Eu não acredito nisso, Lua. – Falei quando ela abriu o vestido e deixou a lingerie à mostra.

– Pode acreditar. Inclusive... – Ela jogou o vestido em cima de mim. – Eu vou deixar que você abra o feixe desse sutiã. Sei que você é muito bom nisso. – Sussurrou com os lábios encostados nos meus, mas não me beijou e logo virou de costa. – Você não vai acertar abrir?

– Você sabe onde mais eu sou muito bom, querida. E eu tô louco para te relembrar de novo e de novo.

– Só duas vezes? – Lua provou e me olhou por cima do ombro. Dei um tapa em sua bunda antes de abrir o feixe doo sutiã.

– Quantas vezes você aguentar. – Provoquei de volta.

– Aposto que aguento mais que você. – Ela continuou.

– Veremos. Depois não diga que eu não avisei. – Lembrei e ela riu.

– Agora você vai só olhar.

– Hoje não, Lua. Hoje não. – Corrigi.

– Agora sim, Arthur. Agora sim. – Ela rebateu tirando o sutiã. Lua era a mulher mais linda que eu já tinha visto na vida. E eu não estou falando só do corpo, estou falando dela inteira.

– Eu não sei porque concordei com isso... – Murmurei e ela riu.

– Eu sou muito gostosa né? – Lua perguntou convencida.

– Demais. Eu te amo tanto. E para de fazer isso. – Pedi.

– Eu nem estou fazendo nada. – Ela se defendeu e se abaixou para tirar os sapatos. Embora não precisasse fazer isso, eu sabia muito bem o porque dela está fazendo. Essa posição estava me deixando louco. Lua sabia que eu adorava o bumbum dela.

– Lua! – Exclamei.

– O que foi, querido? Só falta um sapato.

– E só falta um pouco para eu perder o controle também. Não faz assim... – Quase perdi a voz.

– Você quer que eu tire a calcinha ou as meias?

– Se você tirar a calcinha, eu não vou deixar você tirar as meias. – Respondi e Lua sorriu colocando um pé sobre a minha coxa e começou a tirar um lado da meia. Embora eu desejasse que ela permanecesse com as meias; ela estava muito sexy assim. Eu provavelmente ia rasga-las. Lua tinha razão.

– Que apressado. – Lua ressaltou. – Essas coisas têm que serem feitas com calma e sensualidade. – Acrescentou.

– Lua eu tô duro. Porra e eu nem te toquei ainda! – Exclamei meio desesperado.

– Eu ainda não acabei... o que você está achando da minha performance? – Me perguntou colocando a outra perna em cima da minha ereção que eu não podia esconder. Lua não desviava o olhar do meu. E eu já estava ficando sem ar.

– Lua, por favor... não faz isso. – Segurei em seu pé.

– Eu não estou fazendo nada. – Ela tentou se defender se fingindo de inocente. Mas eu conheço muito bem essa mulher.

– Para, Lua! Você sabe exatamente o que está fazendo. – Afirmei e coloquei minha mão por cima da dela que tirava lentamente a última meia. – Deixa que eu termino. – Pedi e Lua assentiu.

– Devagar, Arthur. Bem devagar. – Ordenou com a voz calma. Lua estava controlada demais. E eu já estava suando.

– Devagar eu vou fazer outra coisa que vai te deixar sem fala. – Contei terminando de tirar a meia e Lua se afastou um pouco.

– Haha... – Ela riu baixinho. – Você quer que eu tire a calcinha de costas ou de frente?

– Deixa que eu tiro. – Respondi apressado e Lua negou com a cabeça. – De qualquer posição eu não vou me controlar mesmo. – Ressaltei.

– O que você vai fazer depois que eu tirar a calcinha? – Lua se aproximou e puxou minha camisa, me fazendo tira-la. – Responde, querido. Eu estou ansiosa para saber.

– Vou te beijar inteira. Você sabe que eu vou fazer isso, Lua. – Respondi e ela assentiu descendo o dedo indicador pela minha barriga e desabotoou a minha bermuda.

– Eu fiquei mais ansiosa ainda agora que soube. – Contou e beijou meu pescoço. O meu pescoço e a minha nuca eram os meus pontos francos. Lua sabia exatamente o ponto. – Mas antes... antes eu vou fazer uma coisa em você. Porque depois eu vou ficar sem condições. – Ela comentou e me fitou enquanto puxava a minha bermuda.

– Aah Lua... porra! Você sabe que assim... caramba! – Exclamei quando ela pegou em meu membro já ereto.

– Eu sei, Arthur. Há coisas que só eu sei, querido. Não se preocupe.

– Eu não estou preocupado. – Grunhi. – Droga! Você sabe que... que quando faz isso...

– Você perde o controle. – Lua completou. A voz dela estava muito calma. A minha respiração estava muito descontrolada. Eu estava muito excitado. Adorava quando ela fazia isso. Mas me fazia perder o controle bem mais rápido. – E é por isso que eu vou fazer. – Avisou passando a ponta da língua e depois sorriu antes começar a chupar.

Eu não sei quantos minutos tinham se passado, mas eu estava suando demais tentando manter o controle e não puxar com ainda mais força os cabelos dela para que ela fizesse isso mais rápido. Minha respiração estava acelerada e antes que eu pudesse pensar em outra coisa, senti meus pelos se eriçarem e soltei uma exclamação que fez Lua literalmente pular em cima de mim e me beijar.

– Depois você diz que eu que faço barulho. – Me provocou com aquele sorrisinho de lado. E eu fechei meus olhos. – Está suando, querido? Não consegue falar? – Ouvi Lua soltar um riso e depois acariciar o meu rosto. – Abre os olhos. – Pediu enchendo o meu rosto de beijos. – Agora você já pode me beijar inteira. – Completou.

– Preciso... recuperar a minha... respiração antes... – Falei e Lua continuou acariciando o meu rosto.

– Deixa eu ajudar você. – Me disse e encostou os lábios nos meus, abri a boca e iniciamos um beijo lento. Isso não iria me ajudar muito, mas eu jamais reclamaria.

– Você sabe que assim não ajuda... – Contei descendo uma das mãos pela suas costas até sua bunda e depois subindo de novo.

– Pelo menos eu tentei. – Ela se fez de inocente e eu neguei com a cabeça.

– Eu amo tanto você, mulher. Lua, talvez você nem tenha noção do tamanho. – Confessei.

– Eu também amo tanto você, Arthur. Me sinto a mulher mais sortuda do mundo por ter você comigo.

– Eu sou um homem de sorte, Lua. Você é a mulher mais incrível que já conheci na vida. E eu te falo isso sempre. – Falei roçando os lábios nos dela. – Agora... – Comecei, mas Lua me interrompeu e levantou do meu colo.

– Vou terminar o meu strip. Falta só uma peça. Ou você quer tirar? – Me provocou novamente.

– Eu adoraria? – Respondi e Lua se aproximou outra vez.

– Deixa eu te ajudar...

– Aah Lua... eu sei fazer isso muito bem. – Deixei claro e ela sorriu. Eu sabia que Lua só estava me provocando. Fui descendo a calcinha devagar pelas pernas dela e Lua apoiou as duas mãos em meu ombro. Quando terminei, puxei Lua para o meu colo. – Parece que agora, sou eu que mando. – Avisei.

– Uhum... então pode começar. Eu deixo você mandar nessas ocasiões. – Disse e mordeu os lábios.

– Não faz isso... porque sou eu que vou fazer. – Falei puxando pela nunca e começamos um beijo completamente rápido. Eu não pararia e tinha certeza que Lua também não. Mas o ar se fez necessário e ela encostou a testa na minha com a respiração ofegante.

– Eu acho... que depois você pode me beijar inteira. – Ela comentou e eu assenti, levantando-a um pouco antes de colocar meu membro em sua intimidade.

– Devagar... Lua... – Falei baixo e Lua começou a se movimentar. Depois eu a segurei pela cintura e deitei ela no sofá. – Te amo, tá? – Sussurrei roçando os lábios na bochecha dela. Lua estava de olhos fechados e a respiração estava acelerada enquanto eu me movia para dentro e para fora; lentamente. Lua apenas assentiu sem conseguir dizer nada. Distribuir vários beijos pela sua bochecha e pelo seu pescoço. Depois desci os beijos para os seus seios e comecei a beijar e depois chupar devagar, sem parar de me movimentar. Lua gemeu baixinho e eu subi os beijos para os seus lábios. – Você é o amor da minha vida, loirinha.

– Amo você Arthur... – Lua sussurrou arranhando minhas costas. Apertei sua bunda antes de acelerar as estocadas e Lua gemeu mais alto.

– Eu senti tanto a sua falta. – Confessei baixo e Lua me fitou. – Não importa o quanto a gente brigue, você precisa saber que eu te amo cada dia mais.

– Eu também... – Lua fechou os olhos e gemeu outra vez. – Você me faz feliz... podia ser mais rápido, amor... – Pediu no meio da declaração e eu lhe dei um beijo na testa antes acelerar mais um pouco as investidas.

– Você não existe... – Comentei lhe dando vários selinhos.

– Você não tá sentindo? – Ela perguntou me provocando. Lua era bipolar, uma hora estava quase sem fala e do nada ela voltava com as provocações.

– Aah, Lua... vamos sentir mais forte agora... o que você me diz? – Pressionei meu corpo contra do dela ainda mais forte. E Lua fechou os olhos me apertando dentro dela. – Não consegue falar? Eu já sabia... – Sussurrei intensificando os movimentos até sentir nossos corpos estremecerem. Lua não disse nada e eu acabei deitando minha cabeça sobre o peito dela, esperando minha respiração normalizar. Depois de alguns minutos Lua começou a acariciar os meus cabelos e eu me arrepiei quando ela arranhou minha nuca. – Uhum... meu ponto franco. – Murmurei e ela arranhou mais ainda. – Levantei minha cabeça e Lua estava sorrindo. – Te amo.

– Te amo. – Ela disse de volta e nos beijamos.

– Você é perfeita. Eu sei que esperei por você a minha vida toda. – Contei. – Tinha que ser você, querida.

– Tinha que ser nós, querido. – Lua sussurrou e voltamos a nos beijar.

Continua...

SE LEU, COMENTE! NÃO CUSTA NADA.

N/A: Boa tarde! Sei que deveria ter atualizado na quarta-feira, mas definitivamente, não teve como. Eu quis postar ontem, inclusive escrevi até tarde, mas como podem ver, terminei só agora. Desculpa.

Desde já agradeço aos comentários do capítulo anterior <3 eu estou AMANDO a interação de vocês. Não parem tá? Haha Podem continuar comentando!

Ai gente!!! Estou ansiosa para saber o que vocês vão achar desse capítulo. Ele tá bem grandão (como os anteriores) e cheio de coisas que sei que vocês gostam!

PS¹: O que vocês acharam da conversa da Mel e do Chay? Sei que estão esperando por essas “cenas” há muito tempo e pouco a pouco elas irão aparecer daqui para a frente. Ele já sabe do bebê e o que vocês acharam da reação dele?

PS²: Ryan continua sendo um escroto. Será que ele vai tomar uma atitude mais grave? Eu ainda estou ansiosa para que o Arthur encontre ele. Haha

PS³: O que acharam da conversa entre Lua e Harry? Que amigão né? É só eu que amo essa amizade linda deles? <3 (e que deixa Arthur com ciúmes? Haha)

PS4: E esse final? WOW! Que h o t hein? Eu estou esperando pelos comentários de vocês haha Eu não consigo escolher quem provoca mais desses dois. Mas sei que os dois são loucos um pelo outro. <3

Link¹: Viram o look super sexy da Lua? Arrasou né?

Link²: O que acharam da foto do post do insta? Tão lindos!!!

Comentem. Comentem. Comentem.

Um grande beijo e até a próxima atualização.