Little Anie – 4ª Parte
parceria (s.f.)
é quando alguém te pede a mão e você dá
asas. é uma torcida eterna e sem
intervalos
entre dois que torcem um pelo outro.
é saber que alguém acredita nos seus
sonhos.
é quando dois inteiros fazem algo
extraordinário. é atravessar as
dificuldades
da vida de mãos dadas.
É conhecer todos os lados de alguém e
Querer todos.
– João Doederlein
| @akapoeta
Pov Lua
Londres | Sexta-feira, 03 de junho de 2016.
A semana foi bastante
corrida. Pensei muito sobre algo para surpreender o Arthur. Nas últimas semanas
fui tão rude com ele. Agora quero preparar algo que o deixe feliz. Passamos bem
essa semana – não discutimos em nenhum momento.
Marquei uma consulta na
terça-feira com a Eliza. Fiz um ultrassom e está tudo bem comigo e com o meu
útero, na medida do possível, pelo menos eu não fui surpreendida outra vez.
Tanto eu quanto Arthur, ficamos aliviados. Ele me acompanhou à consulta como de
costume. Me sinto tão mais segura com a presença dele.
Voltando as minhas
ideias, decidi fazer um jantar – simples e em casa mesmo, no jardim –, eu
estava torcendo tanto para que tudo desse certo. Não sou expert na
cozinha, mas também não quero que dessa vez a Carla faça todo o jantar se a
surpresa é minha. É óbvio que vou precisar da ajuda dela, mas hoje, eu mesmo
quero fazer a comida.
Cheguei em casa cedo,
mais cedo do que de costume. Estacionei o carro na garagem e abri a porta de
casa. Não sei se Arthur já saiu de casa para levar a nossa filha ao balé.
Scott e Marli já voltaram
para San Diego. Até achei que eles ficariam um mês aqui em Londres, mas
precisavam voltar para casa.
– Lua? Aconteceu alguma
coisa? – Arthur me perguntou confuso ao me dar um beijo no canto da boca e em
seguida, olhou para o relógio. – Ainda é cedo. – Acrescentou.
Ele estava arrumado e
muito cheiroso. Se sentou na cama para calçar o tênis.
– Não. Eu só resolvi sair
mais cedo do trabalho. Hoje é sexta-feira, baby. Eu mereço. Você não concorda? –
Levei minha bolsa para o closet e depois voltei para o quarto.
– Uhm... É claro que
merece. Eu só não esperava te ver em casa nesse horário. Ainda vai dar quatro
horas.
– Eu achei que você já
estivesse a caminho da aula de balé com a Anie. – Comentei.
– Já estamos indo. –
Arthur se levantou da cama e passou as mãos nos cabelos.
– Inclusive, você está
muito lindo. – O elogiei me aproximando dele e segurando em sua cintura. – E
muito cheiroso. – Inspirei seu perfume.
– Uuhm... – Ele me olhou
com um meio sorriso. – Obrigado. Você está com ciúmes? – Se divertiu com a
pergunta.
– Sim. Eu tenho ciúmes do
que é meu. – Admiti. – Você já se esqueceu? – Indaguei e Arthur negou
balançando a cabeça.
– Sou seu. – Pontuou com
os lábios nos meus. – Muito seu. – Mordeu levemente meu lábio inferior. – Vem
com a gente. Anie vai adorar. – Me convidou.
– Tenho outros planos. –
Contei e Arthur pendeu a cabeça para o lado.
– Hoje você chegou cheia
de mistérios. – Ele observou.
– É pra você.
– Pra mim? Outra
surpresa? O que eu fiz para merecer uma surpresa assim do nada? – Perguntou curioso
e contente.
– Não é do nada. E você
sempre faz muitas coisas. – Acariciei seus cabelos. – Vai logo ou vai acabar
atrasando a nossa filha para a aula.
– Já vou. – Arthur me deu
um beijo. – Mas não estou entendendo nada.
– Quando você chegar,
você vai saber. – Coloquei o indicador sobre seus lábios.
– Quer ajuda para tirar o
vestido?
– Sempre que têm zíper ou
botões. – Respondi e Arthur deslizou uma das mãos pelas minhas costas e desceu
o zíper do meu vestido.
– Só não ajudo com o
resto, porque vou me atrasar.
– Amo você.
– Amo você. – Arthur
sorriu depois de me dar um selinho.
A porta foi aberta, e eu
já sabia que era a nossa filha – é ela que entra no quarto sem bater na porta.
Embora a gente sempre peça para que ela bata antes de entrar.
– Maamããee! – Anie correu
para os meus braços. A peguei no colo.
– Oi, meu amor. Você está
linda, pequena. – Lhe dei um beijo demorado.
– Que cor que é essa? –
Anie apontou para o collant dela.
– Bege.
– Eu pensei que era
marrom.
– São cores parecidas. –
Lhe dei outro beijo na bochecha e a coloquei no chão.
– A senhola vai com a
gente, mamãe?
– Não, meu amor. Tudo
bem?
– Tudo bem, mamãe. Mas eu
ia gostar muito que a senhola fosse.
– Semana que vem a mamãe
promete que vai em uma das suas aulas, ok?
– Ok, mamãe.
– Você já pegou a sua
garrafinha de água?
– Já tá na bolsa, mamãe.
Tudo arrumado.
– Muito bem.
– Vem, filha. – Arthur
pegou a chave do carro e estendeu a mão para que Anie segurasse. – Até mais
tarde, meu amor. – Ele me deu um beijo rápido.
– Tchau, mamãe.
– Tchau, meu amor. Boa
aula. – Me despedi dela com um aceno de mão e um beijo no ar.
Tirei o meu vestido e o meu
sutiã e coloquei no cesto de roupa suja que fica no banheiro. Depois fui até o
closet e peguei uma blusa e um short jeans. Vesti e caminhei para a cozinha.
– Carla.
– Oi, Luh.
– Vou precisar da sua
ajuda. – Comuniquei. – Quero fazer um jantar para o Arthur, mas eu mesma quero
cozinhar. – Nós duas rimos. – Só que você sabe que eu não sou nenhuma
especialista na cozinha como você.
– Deixa disso, Lua.
– Só estou falando a
verdade. – Afirmei. – Quero que você me ajude. Me explique como fazer.
– Já pensou no que quer
preparar?
– Nada muito difícil.
Arthur vai entender. Ainda mais se eu disser que fui eu que cozinhei. Nossa,
ele nem vai acreditar. – Ri.
– Ele vai zoar. – Carla
colocou uma jarra de suco na geladeira.
– É a cara dele fazer
isso, mas dessa vez, eu prometo não me irritar. – Assegurei. – Pensei em fazer
uma salada de macarrão e peito de franco com requeijão. Tem os ingredientes
aqui?
– Deixa eu ver se tem o
frango.
Carla abriu a geladeira e
eu fui até a dispensa pegar um pacote de macarrão e os outros ingredientes que
ia precisar. Aproveitei e já peguei os ingredientes para fazer um mousse de
chocolate – o preferido do Arthur, ainda mais se tivesse morango por cima.
Separamos todos os
ingredientes, cortei todos os temperos que vamos usar na salada, o frango já
estava no fogo, assim como o macarrão. Depois que fiz o prato principal, eu
passei para a sobremesa. Já estava quase levando para o congelador quando ouvir
a voz da Anie.
– Você pode pôr no
congelador? Não quero que Arthur entre aqui.
– Pode deixar, Luh. –
Carla pagou a taça com o mousse.
A hora tinha passado
muito rápido, nem me dei conta. Quase corri para a sala, não queria que Arthur
entrasse na cozinha.
– Já chegaram? – Falei
assim que os vi na sala. Anie já tinha tirado as sapatilhas e Bart pegou uma
pela fita e saiu correndo.
– Baaaaaaaartt... é meu
sapato! Volta aqui! – Anie correu atrás dele.
– Cuidado para não
escorregar. – Avisei. Ela estava de meias e o chão é liso.
– Já. – Arthur envolveu a
minha cintura com os braços e cheirou o meu pescoço. – Lua?
– O que foi?
– Você está com cheiro de
tempero. – Me disse e olhou para a minha roupa, óbvio que minha blusa estava
suja. – Está cozinhando? – Quase pude ouvir um riso, mas ele se conteve.
– Faz parte da surpresa.
Você pode subir para o quarto e me prometer que não vai sair de lá até eu
autorizar? – Pedi.
– É sério? – Arthur estava
desconfiado.
– É, Arthur. Mas também
nem é coisa de outro mundo. É coisa simples. – Deixei claro.
– Não me importo. – Ele
voltou a cheirar o meu pescoço. – É que você não cozinha com frequência. Só
fiquei surpreso. Mas eu vou esperar, pacientemente, no quarto, como você quer.
– Obrigada. – Sorri
lhe dando um selinho.
Arthur subiu para o
quarto e eu fui atrás da Anie. Provavelmente, ela já estava entretida na
brinquedoteca e ia fazer birra para não tomar banho.
– Achei você. – Entrei na
brinquedoteca. – Vamos tomar banho para jantar?
– Não, mamãe. Não quelo
ainda. Deixa eu blincar plimeilo?
– Primeiro tomar banho,
depois jantar e depois eu deixo você brincar trinta minutinhos antes de ir
dormir. Que tal? – Sugeri.
– Mas não quelo tomar
banho agola. Por que o Bart também não toma banho todo dia então?
– Porque ele é cachorro e
cachorros não tomam banho todos os dias. – Expliquei paciente. – Mas Bart toma
banho toda semana. Ele tá cheiroso.
– Eu também tô cheilosa,
mamãe. – Anie sorriu sapeca. Estava tentando me convencer de todos os jeitos.
Porém, já sei lidar com essa carinha fofa dela.
– Você tá suada, sua
danadinha. – Tentei fazer cócegas, mas ela se esquivou. – Vem, a senhorita não
vai conseguir me enrolar. – Pontuei e fiquei esperando Anie se levantar do
chão, onde estava com vários brinquedos espelhados, e me acompanhar até o
banheiro. – Não sou o seu pai e nem a Carol que fazem o que você quer. Eu estou
falando sério, Anie.
– Eu já vou, mamãe.
Espela aí!
Duas horas depois.
– Agora é com você. – Entrei
no quarto e apontei para o Arthur. – Tentei de tudo, mas ela só quer dormir se
for com você. Diz que não é só para me irritar? – Contei e ele riu.
– Claro que não, meu
amor. Aliás, quando vou poder sair daqui? Já estou com fome. – Reclamou e Anie
se aproximou da cama.
– O senhor conta uma
histolinha pra mim?
– Conto. Você trouxe o
livro?
– Eu vou buscar então. –
Anie saiu do quarto.
– Contei duas histórias e
ela não dormiu. Agora eu vou tomar banho e depois a gente pode descer, quando a
Anie dormir, é claro. – Enfatizei.
– É claro. – Arthur
repetiu cínico. Anie voltou para o quarto e entregou o livro ao pai. – Do
Aladim? Nunca li essa história.
– É novo, papai. É do
tapete que voa. Olha como a capa blilha. – A pequena contou super empolgada e
subiu na cama.
Caminhei para o banheiro,
tirei minhas roupas e tomei um longo banho – para dar tempo de Arthur fazer com
que Anie durma.
Saí do banheiro e ela já
estava adormecida no colo dele. Aposto que Arthur não leu nem a metade do
livro. Anie estava com sono, mas estava relutante.
– Aposto que nem foi
difícil. – Comentei penteando meus cabelos.
– Nenhum pouquinho. Não
cheguei a ler nem cinco páginas. – Ele me respondeu.
– E você ainda disse que
não era só para me irritar. – O lembrei.
– Não era, Luh. – Arthur
voltou a afirmar e depositou um beijo na testa da nossa filha. – Então eu já
posso me arrumar? Tomei um banho e vesti essa calça de moletom. Que roupa devo
usar para essa surpresa?
– Quero que você se sinta
à vontade.
– Posso calçar chinelo?
– Pode. – Dei de ombros.
– É aqui no jardim. E conhecendo nós dois, vamos acabar descalços e sem roupas.
– Pisquei um olho.
– Mal posso esperar. –
Arthur abriu um sorriso. – Ainda mais que a ideia veio de você. Vou só levar
esse anjinho para o quarto dela. Não quero que a nossa filha escute as nossas
indecências.
– Você que é indecente!
Não tem nem vergonha. – Ri baixo e fui para o closet.
– Uhm, tá. Você é
inocente por acaso?
Como não respondi, Arthur
saiu do quarto com Anie no colo.
Escolhi um vestido de
listras coloridas, uma calcinha preta de renda e uma sapatilha transparente com
detalhes bege e de brilho.
Arthur entrou no quarto
na hora que eu estava dando um laço na lateral do meu vestido.
– Uau! Que sexy. – Ele se
aproximou e me deu um beijo perto do ouvido. – Se eu puxar a ponta desse laço,
o vestido abre?
– Isso você só vai
descobrir mais tarde. – Apoiei as mãos, uma de cada lado, nos seus ombros. –
Está com pressa?
– Não. Só estou ansioso
para ver essa surpresa. – Arthur se afastou. – Consigo esperar, loira. – Ele me
olhou por cima do ombro. – Para descobrir depois do jantar. Vou comer a
sobremesa duas vezes.
– Depois eu que sou a
indecente.
– Agora estamos sozinhos.
Posso falar essas vulgaridades que você adora. Não se faça de rogada.
Ele tirou a calça de moletom
e pegou uma bermuda jeans claro.
– A cueca é nova, loira.
– Deixou claro.
– Não que eu estivesse
prestando atenção nela, mas é bom saber. – Respondi.
– E estava olhando para
onde?
– Quer mesmo que eu diga?
– Ergui uma sobrancelha e Arthur sorriu ao pegar uma camisa gola polo preta.
– Você não vai mesmo
achar ruim que eu calce um chinelo?
– Claro que não, amor. Já
disse que é para você se sentir à vontade. O jantar não é nada sofisticado. É
romântico.
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– Então é um jantar? –
Ele se passou perfume.
– Não se faça de desentendido.
Você já desconfiava.
– Você me conhece mesmo.
Mas era quase impossível não desconfiar, você estava cheirando a cebola e alho.
– Ele riu. – Então, pensando bem, não é panqueca.
– Paaaaraa, Arthur. – Fiz
um bico e ele segurou o meu rosto com as duas mãos.
– Meu bebê. – Me deu um beijo.
– Vamos logo. Você conseguiu me deixar muito ansioso.
– Vou só me passar
perfume. – Avisei.
– Tá. Eu aguardo. –
Arthur foi para o quarto.
Me passei perfume e
coloquei meus brincos.
Saímos do quarto e
descemos a escada, era quase nove horas da noite. A casa estava completamente
silenciosa. Passamos pela cozinha e seguimos até o jardim.
– Wow! – Arthur
exclamou. – Realmente estou surpreso. – Me deu um beijo carinhoso no rosto. –
Que lindo, querida. – Seus olhos estavam brilhantes.
Carla me ajudou a arrumar
uma mesa no jardim. Coloquei velas dentro de potes decorativos – vermelhos e
dourados –, taças de vinho, copos com água, pratos, talheres e alguns morangos
em uma travessa no centro da mesa.
Link: Surpresa | Clique aqui e veja.
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– Só esqueci das flores. –
Contei baixo e Arthur sorriu.
– Está tudo bem. Eu amei
desse jeito. – Garantiu e me olhou.
– Você já pode se sentar.
Vou só buscar a comida. Não vou demorar. – Avisei.
– Quer ajuda? – Ofereceu
gentilmente.
– Não. A surpresa é para
você. Não demoro.
– Prometo que fugir nem
passa pela minha cabeça. – Ele me disse divertido e sentou-se à mesa.
Entrei na cozinha e
peguei as comidas que estavam em travessas sobre uma bandeja e levei até o
jardim e coloquei sobre a nossa mesa.
– Está tão cheiroso. –
Arthur elogiou, e modéstia parte, está mesmo.
– Espero que esteja tão
bom quanto o cheiro.
– Acredito que esteja. –
Ele sorriu. – Já posso me servir?
– Pode. Eu também estou
com muita fome. Nos meus planos, o jantar era mais cedo. – Falei.
– As coisas nunca
acontecem, exatamente, como nos nossos planos. E está tudo bem. Isso não quer
dizer que não vai ser tão bom quanto estávamos pensando. Você concorda?
– Concordo. – Lhe joguei
um beijo. – Quero ouvir sua opinião.
– Sobre?
– Sobre a comida. Claro
que tive ajuda. Carla me auxiliou nas receitas. Mas fiz questão de fazer eu
mesma, porque a surpresa era minha para você.
– Você é demais. Sei que
não gosta muito da cozinha... mas eu amei. Amei tudo e... – Ele deu a primeira
garfada e levou a colher à boca. Fiquei ansiosa por sua resposta. Arthur fez
suspense.
– Arthur! Isso não se
faz! – Exclamei.
– Está uma delícia, Lua.
De verdade. – Arthur deu outra garfada. – Parabéns. Está tudo ótimo. – Elogiou
mais uma vez.
– Obrigada. – Sorri e só
então, dei a primeira garfada.
– Eu amei a surpresa,
Lua... mas ainda não entendi o motivo.
– Precisa de um motivo?
Parece que você está desconfiado.
– Não estou desconfiado.
Só não entendi...
– Quando você faz
surpresas, eu não fico perguntando o que eu fiz para merecer.
– Exatamente, você não
costuma fazer surpresas.
– Eu sei que não sou tão
romântica quanto você, porém, tenho os meus momentos. – Contei.
– Por mais momentos,
loira. Você sempre me surpreende quando resolve fazer algo.
– Nem sempre dá certo. – O
lembrei.
– Prefiro lembrar das
vezes que deram.
– Ainda tem a sobremesa. – Mudei de assunto.
– Deixa eu adivinhar...
– Duvido!
– Mas preciso de uma
pista. Fez pensando em mim também?
– É óbvio. A surpresa é
toda sua. – Respondi.
– Com certeza tem chocolate. – Ele começou. – Você não precisa de
muito para me agradar. Sabe que se tiver chocolate, eu vou gostar. –
Acrescentou e eu dei de ombros. – Um creme?
– Quase isso.
– Um mousse! Chocolate e
morango. – Ele disse animado e pegou um morango da travessa. – Eu te amo tanto,
Lua.
– Eu também te amo tanto,
Arthur. Eu fiquei pensando nesse momento a semana inteira. Queria fazer algo
especial para você. Eu sempre sou surpreendida, você nunca cansa. Às vezes
penso que eu podia ter feito ou fazer mais... mais alguma coisa.
– Nada do que eu faço
para você é pensando em receber algo em troca. Já te falei isso tantas vezes,
meu amor.
– Eu sei... só que eu não
sou assim tão, tão, tão romântica e compreensiva como você é comigo. Aí pensei
naquela semana que ficamos brigados, por minha culpa, eu sei disso e quis fazer
algo diferente e especial para você. Sei que não é um mega jantar, mas eu não
estava nem a fim de sair de casa e nem de fazer coisas elaboradas, até porque,
nem ia dar tempo.
– Está tudo maravilhoso.
Só preciso da sua companhia e não de coisas megas, hiper ou extraordinárias. –
Arthur acariciou as minhas mãos. – Obrigado. Me sinto amado e especial.
– Você é muito amado e
muito especial. – Garanti e ele sorriu.
– Eu gosto muito de saber
disso. Você também é muito amada e muito especial. – Declarou. – Eu não
esperava um jantar. Essa surpresa, realmente, me surpreendeu. Ainda mais que
você fez questão de fazer tudo do seu jeito. Eu estou muito feliz, pode
acreditar.
– Vou pegar a sobremesa.
– Posso te dar um beijo
antes?
– Você está pedindo?
– Sendo educado e quando
você for pegar a sobremesa, vou colocar a sua cadeira aqui do meu lado. Assim
posso roubar muitos beijos.
– Eu não demoro. – Me
inclinei para lhe dar um selinho e Arthur apertou a minha cintura. – Eu te amo,
baby. – Falei após o beijo.
Voltei à cozinha para
pegar as taças com o mousse.
– Isso está muito bonito.
– E gostoso. – Afirmei. –
Já provei. – Lhe entreguei uma taça e Arthur comeu logo um morango.
Minutos depois...
– Quer mais um pouco?
– Estou satisfeito de
comidas, Lua. – Arthur me disse divertido e piscou um olho. A noite não estava
tão fria e o céu estava muito estrelado. – Todo o jantar foi uma delícia. Se
você, eventualmente, quiser repetir, eu vou adorar.
– Uuuhm... já está mal
acostumado?
– Sempre quando são
coisas boas e que me satisfazem. – Me respondeu.
– Safado. Fica falando
tudo nas entrelinhas.
– Você entende tudo. Eu
deveria falar claramente? Estamos sozinhos mesmo.
– Gosto desses jogos. –
Confessei.
– Te deixam excitada. –
Arthur pontuou.
– Você está fazendo isso
desde lá do quarto.
– Hahaha... faço em todas
as ocasiões. – Ele me deu um beijo demorado na bochecha. – O que você sugere
que façamos agora?
– Você estava muito
curioso sobre o laço do meu vestido. – A pontei para a lateral do vestido.
– Eu não esqueci. Quer
que eu faça isso aqui? Sabe que eu gosto de lugares inusitados com você. Não
fico constrangido, já você... – Ele riu. – Me lembro da rede até hoje.
– Idiota! Por que você
lembrou disso agora? Estávamos em um momento de sedução.
– Ainda estamos. Foi só
um comentário. Estou errado?
– Moram sete pessoas
nessa casa, Arthur. O quanto isso é normal?
– Existem casas com mais
pessoas.
– Estou falando de
transar no jardim com esse tanto de gente em casa.
– Tirando nós dois, que
vamos transar, aqui ou aonde você quiser, só têm mais três pessoas que
entenderão se nos veem. Anie não vai acordar agora e o bebê, Luh, ele não vai
aparecer aqui no jardim, posso garantir.
– Não sei porque ainda me
surpreendo com essa sua tranquilidade.
– Nem eu sei. É algo tão
normal. Somos maiores de idade, casados e temos uma filha. Nem seria novidade. –
Ele deu de ombros. Coloquei minha taça sobre a mesa.
Tá, não seria a primeira
vez que iriamos transar no jardim ou na varanda. Mas fico apreensiva com a
possibilidade alguém nós ver. Eu ficaria constrangida, mas Arthur nem pensa
nisso.
– É só relaxar, Lua. Eu
sempre te digo isso. – Arthur sussurrou com os lábios colados no meu ouvido. –
Você sabe que eu nunca vou fazer nada para te deixar constrangida.
– Eu sei. – Encostei a
cabeça no ombro dele. – Você sabe que eu confio em você.
– Tá aí!
– O quê?
– Confiança. – Me disse e
eu franzi o cenho. – Que temos um no outro, Luh.
– É muita.
– Sim. E por eu confiar
em você e você confiar em mim, é que fazemos algumas coisinhas... – Arthur riu
baixo. – Você sempre me faz mudar de ideia. Me convence a fazer do jeito e o
que você quer.
– Ei, você não é
diferente. – O empurrei de leve. – Mas eu gosto. – Confessei.
– Eu também. Não estou
reclamando, só pontuei. Não precisa ter medo.
– Não tenho medo, Arthur.
Só não quero que alguém veja. Já pensou se isso acontecer? Eu ia ficar com
muita vergonha.
– Ninguém vai pegar.
Estamos sozinhos aqui. Você fechou a porta da cozinha?
– Sim.
– Então, se alguém abrir,
vamos ouvir. – Arthur falou tranquilo. – Esse vestido te deixou sexy. Ainda
mais que está sem sutiã. Uuhm... Acho que vou começar a preliminar por aqui. –
Ele mordeu o lábio inferior.
Arthur passou o indicador
sobre os bicos dos meus seios, que logo ficaram rígidos. Senti meus pelos se
eriçarem. Ele desfez o laço do vestido e me olhou.
– Descobri que não abre.
– Riu. – Mas não tem problema. Vem aqui... – Estendeu a mão para que eu
segurasse. Fiz o que ele pediu e sentei em seu colo, de frente para ele. Arthur
desceu as duas alças do meu vestido pelos meus ombros e envolveu meus seios com
as mãos.
– O que foi? – Perguntei
ao ver que ele tinha parado com as carícias.
– Eu lembrei de uma
coisa...
– Que coisa? – Indaguei e
Arthur desceu as mãos para a minha cintura.
– Eu esqueci de pegar
camisinha. – Contou. Passamos a semana inteira usando e Arthur está bem focado
em não esquecer de usar.
– Não vejo problemas...
usamos a semana toda.
– Aah, Lua... mas esse
foi o combinado. – Me lembrou. Dei de ombros e beijei o canto de sua boca.
– Só hoje. Agora é você que
tem que relaxar. – Falei. – Você vai querer ir buscar?
– Não. Se eu for, vai
cortar o clima. Se eu for para o quarto, você vai comigo. – Assegurou, mordendo
de leve meu queixo.
– Que mandão!
– É sério, loira.
– Eu não vejo problemas
em transar sem camisinha, eu até prefiro. Você sabe.
– Aah, Lua... você sabe
que eu também prefiro. Amo sentir você sem nada atrapalhando. Mas já
conversamos sobre isso.
– Vou voltar a dizer que é
só hoje. – Repeti. – E você pode tirar a tempo. – Sussurrei.
– Não vou tirar nada. –
Ele sorriu daquele jeito provocador.
– Eu também não vou achar
ruim. – Mordi meu lábio inferior. – Não vamos brigar por isso.
– Tenho certeza que não.
Arthur abaixou o rosto e
depositou um beijo molhado em um dos meus seios, depois passou a língua no bico
e o envolveu, chupando-o em seguida. Joguei minha cabeça para trás e puxei seus
cabelos da nuca. Ele parou por alguns segundos e tirou a camisa.
– Tirei. Sei que você
adora arranhar minhas costas. Eu não posso deixar marcas, mas você pode. Principalmente,
nas costas e no pescoço. – Me disse.
– Pra saberem que você
tem dona. – Murmurei.
– Aah, é assim?
– É. – Afirmei.
– Também quero que saibam
que você tem dono, mas onde eu costumo deixar marcas, as pessoas não veem.
– Safado.
Arthur voltou a chupar um
dos meus seios, enquanto acariciava o outro com uma das mãos. Meu corpo inteiro
suava. Queria poder gemer mais alto, mas me continha de todas as maneiras que conseguia.
Sentia um volume sob a bermuda de Arthur, e queria senti-lo dentro de mim, mas
sabia que ele ainda faria mais algumas coisas antes disso acontecer.
Ele desceu uma das mãos
para o meio das minhas pernas, por baixo do vestido, e soltou um suspiro contra
os meus lábios. Eu estava tão excitada que me movimentei em direção a mão dele
e beijei, apressada, seus lábios. Não queria que ele só me provocasse.
– Não rasga a minha calcinha.
– Pedi entre o beijo e Arthur riu ao descer os beijos para o meu pescoço.
– Eu não vou rasgar, Lua.
Sei que isso te deixaria irritada. – Contou. Não seria a primeira vez e era por
isso que eu estava avisando. – Eu poderia puxar só para o lado, mas... você
está tão molhada... acho que eu vou querer sentir na minha boca antes. – Roçou
os lábios no meu ouvido.
Ele me
segurou pela cintura e se levantou da cadeira, me colocando sentada em seu
lugar em seguida.
– Você é
a única mulher que eu me ajoelho. – Sussurrou com a voz rouca, puxou minha
calcinha para baixo e jogou sobre a mesa, depois afastou minhas pernas e
depositou beijos na parte interna das minhas coxas antes de passar a língua em
minha intimidade. Fechei meus olhos tentando controlar o som que saía da minha
boca. Puxei seus cabelos sem medir minha força.
Queria
gritar!
Arthur
estava me levando a loucura. Não parava de movimentar a língua e eu estava
prestes a ter um orgasmo e se isso acontecer, não vou conseguir me controlar.
Não enxergava muita coisa além da cabeça dele, na minha visão embaçada, subindo
e descendo. Envolvi meus seios com as minhas mãos e me contorci na cadeira. Eu já
estava perdendo o controle.
– Arth...
Não
consegui chamar o nome dele, só senti seus lábios quentes pressionados contra
os meus e meu corpo inteiro tremer com os movimentos de vai e vem dos
seus dedos, que tinham substituído sua língua.
Não
demorou muito para que Arthur voltasse a sentar na cadeira e me colocar sobre
ele. Minhas pernas ainda estavam bambas e eu ainda não conseguia formular uma
frase coerente. Arthur aguardou, pacientemente, subindo e descendo a ponta dos
dedos pelas minhas costas. Meu coração batia rápido e a respiração de Arthur
batia em meu rosto. Ele parecia tão tranquilo. Procurei com uma das mãos o
botão de sua bermuda e o abri.
– Do
jeito que eu estou aqui, queria tanto que você se ajoelhasse também... mas acho
que não vou aguentar. – Arthur segurou o meu queixo com o polegar e o indicador
e me beijou.
Coloquei
uma das mãos por dentro da cueca dele e puxei seu membro e o massageei antes de
encaixar em minha intimidade e Arthur o empurrar para dentro.
Comecei
a me movimentar, do meu jeito, e Arthur me puxou para mais perto. Sentia seus
dedos afundarem em minha cintura, me incentivando a continuar. Ele distribuía
beijos em meu pescoço e peito.
*
– Ajudo
você a levar isso para dentro. – Me disse, soltando um riso pelo nariz. Já era
tarde, bem tarde, e eu ainda estava sentada em seu colo, me recuperando. Não
era nada inteligente estar sentada onde eu estava, com ele ainda me preenchendo.
Mas eu não queria me mexer.
– Eu vou
aceitar. – Respondi. Arthur subiu as alças do meu vestido e me deu um beijo no
topo da cabeça. – Não quero me mexer. – Confessei. Ainda o sentia duro dentro
de mim.
– Não
acho ruim saber disso, só que essa posição não é nada confortável, meu amor. –
Provavelmente, as costas dele estavam doendo. Fechei meus olhos e me levantei.
Arthur me encarava quando abri os olhos.
– Nem
sei por onde começar. – Olhei para a mesa e senti Arthur se aproximar de mim.
– Pelo
menos não fizemos tanta bagunça. – Ele me deu um beijo no ombro e eu ri.
– Porque
não usamos a mesa. – Respondi e ele roçou os lábios no meu pescoço. – Vou levar
as travessas lá para dentro. Apaga as velas e depois leva as taças. – Pedi e me
debrucei sobre a mesa para pegar o que eu havia dito. Senti umas das mãos de
Arthur subir pelas minhas costas e parar em minha nuca.
– Eu
acho que vamos usar a mesa antes. – Sussurrou em meu ouvido e me virou de
frente para ele. – O que você me diz?
– É o
tipo de pergunta que você não vai ouvir um não. – Murmurei sentindo suas mãos
envolverem minha cintura e me colocarem sobre a mesa.
– Vou apagar
as velas... Não quero que a gente se queime. – Arthur riu e se inclinou sobre
mim e se esticou para apagar as velas.
– As
taças vão cair, amor...
– Não se
preocupe. – Ele assegurou e me beijou. Me puxou mais para a beirada da mesa e intensificou
o beijo antes de me penetrar. Os movimentos eram lentos e eu desci os beijos
pelo pescoço dele e depois subi mordendo o lóbulo de sua orelha.
– Eu te
amo. – Sussurrei.
– Eu te
amo. – Arthur apertou minha coxa e investiu mais forte.
O
barulho dos vidros sobre a mesa fazia um tilintar incessável.
Minutos depois...
Arthur
levou as taças e os pratos para a cozinha. Recolhi as velas e levei as
travessas até a cozinha.
– Vamos
lavar?
– É
melhor. – Respondi. Não quero deixar tudo para Carla arrumar amanhã. – Respondi.
Arthur me
ajudou com a louça, ele lavou e eu enxuguei. Não guardamos. A casa é minha, mas
a organização dos armários é da Carla.
– Um
programa bem aleatório depois de um jantar e duas transas. – Arthur comentou
divertido.
– Eu
também não pensei que terminaríamos a noite assim.
– E quem
disse que a noite terminou? Estou pensando em continuar no quarto se você estiver
com disposição.
– Então
o que ainda estamos fazendo aqui? – Indaguei e ele segurou em minha cintura e
me deu um beijo na bochecha.
– Que
noite, meu amor. Que noite!
Subimos
a escada com cuidado para não fazermos barulho. Chegamos ao quarto e lembrei
que estava descalço e sem calcinha.
–
Arthur!
– O que
foi, Luh? – Ele fechou a porta e me encarou.
– A
minha sapatilha e a minha calcinha ficaram lá embaixo. – Respondi. – Preciso ir
buscar.
– Deixa
que eu vou lá... esqueci minha camisa também. – Ele riu. – Enquanto isso, pode
ir tirando o vestido.
– Aah,
não quer perder tempo?
–
Nenhum segundo. – Pontuou e eu caminhei de costas até a cama e tirei
meu vestido na frente dele.
– Vou te
esperar aqui. – Me deitei na cama, completamente, pelada.
Pov Arthur
Londres | Sábado, 18 de junho de 2016.
– Ei, e
aonde vocês duas vão que nem me convidaram? – Questionei.
– É segredo.
– Lua respondeu.
– É surplesa!
Vamos complar seu plesente de dia dos pais! – Anie contou empolgada, o que era para
ser surpresa e Lua a encarou.
– Era
surpresa, filha. Não era para contar.
– Desculpa,
mamãe! – Anie bateu na própria boca. – Mas o meu papai nem sabe o que é ainda.
– E o
que é? – Ri.
– Eu
ainda não sei, papai. – Ela riu junto comigo.
– Uhm...
vem aqui. – A chamei. Anie se jogou em meu colo. – Você está tão linda, minha
boneca. – Lhe dei um beijo demorado na bochecha.
– Obligada,
papai. – Anie retribuiu o beijo. – Eu te amo.
– Eu te
amo.
Mel
desceu os degraus com Ethan no colo.
– Vocês
vão passear?
–
Complar o plesente do meu papai! Amanhã é o dia dos papais! – Ela estava muito contente.
– Aah,
que amor! – Mel sorriu. – Mas eu esqueci completamente do dia dos pais. – Ela
olhou para o filho.
– Ainda
dá tempo de comprar o presente se você quiser. – Lua disse despretensiosa.
– Não
sei... não quero sair com Ethan.
– Arthur
vai ficar em casa.
– Ér...
se você quiser deixar ele comigo, não tem problema. – Deixei claro.
– Chay
disse que vai vir daqui a pouco. – Mel se levantou e entregou o bebê para Arthur.
Será o
ponto alto do sábado dele, cuidar do Ethan sozinho, mesmo que só por algumas
horinhas.
– Ele já
mamou. Mas qualquer coisa, sempre deixo uma mamadeira com leite, caso aconteça
algo. Vou deixar ela aqui pra você. – Mel explicou. – Você me espera trocar de
roupa, Luh?
– Claro,
amiga. Pode ir. – Me sentei no sofá ao lado do Arthur.
– Será que
é uma boa ideia? – Ele parecia inseguro.
– Claro
que é. Você leva muito jeito. – Lhe dei um beijo carinhoso na bochecha e passei
os dedos levemente pelos cabelos do pequeno, que estava entretido demais com as
mãozinhas.
– Ei –
Arthur chamou a atenção da nossa filha, que estava parada ao lado do sofá e o
encarava. – Nada de ciúmes, meu amor. Vem aqui... – Ele a chamou.
– Mas eu
não tô mais com ciúmes, papai. – Anie se aproximou de nós.
– Isso é
muito bom, meu bebê. Vem aqui, deixa eu te dar um beijo, meu amor. – Arthur
abraçou a nossa filha com o braço livre, e lhe deu vários beijos. – Você é meu
único bebê, querida. Pode acreditar. – Ele garantiu.
Mel apareceu
na sala toda arrumada e deixou uma mamadeira sobre a mesinha de centro. Se despediu
do filho com um beijo na testa.
– Se ele
chorar sem parar, me liga.
– Não vamos
demorar, amiga.
– Já
cuidei de um bebê antes. – Arthur disse divertido.
Lhe dei
um beijo antes de levantar do sofá.
– Até mais.
– Até
mais, baby. Tchau, meu anjo.
– Tchau,
papai.
Dia dos Pais | Domingo, 19 de junho de 2016.
Acordei com beijos
nos meus lábios.
– Bom dia. –
Quando abri os olhos, pude ver um sorriso nos lábios de Lua.
– Bom dia. – Respondi
sonolento e passei o polegar por sua bochecha. – Acordou agorinha?
– Não fazem nem
dez minutos. – Me contou. – Feliz dia dos pais, querido. – Ela me beijou.
– Obrigado. –
Agradeci e retribuí o beijo.
– Daqui a pouco
a Anie aparece aqui saltitante!
– O que vocês duas
aprontaram? Ontem ela não me contou de jeito nenhum.
– São coisas
que você gosta. – Me disse passando o indicador sobre meus lábios. – Ei, você
nem me contou da sua experiência com o Ethan.
– Chay chegou
aqui uns trinta minutos depois que vocês saíram. – Comecei. – Ele ficou com o
filho. Então a minha experiência foi, basicamente, ficar com o nosso afilhado
no colo por trinta minutos. – Acrescentei.
– Ele é ciumento
demais. – Lua observou.
– Tudo bem. O filho
é dele. – Dei de ombros.
– Acho que eu
vou acordar a nossa filha. Até eu estou ansiosa para ver a sua reação com o
presente.
– Ela é o meu melhor
presente. Obrigado.
– Uhm! Você é
um ótimo pai, Arthur. Você é sensacional. Anie tem muita sorte. Nós temos
sorte. Eu te amo tanto.
– Eu amo você. –
Acariciei seu rosto com o dorso da mão e aproximei nossos lábios. – Gosto da
certeza de que nos escolhemos para viver juntos a vida.
– É incrível. –
Lua enfatizou e roçou o nariz no meu.
Anie bateu na
porta. Eu tenho certeza que é ela.
– Pode entrar. –
Respondi. A porta foi aberta lentamente. – Bom dia, meu amor.
– Bom dia,
papai. – Anie correu até a cama. – Eu vou pegar o seu plesente. Me ajuda, mamãe?
– É claro. –
Lua concordou e levantou-se da cama.
– E eu espero
aqui?
– É, papai. Não
sai daqui. – A pequena ordenou e eu concordei balançado a cabeça.
As duas saíram apressadas
do quarto. Eu estava ansioso. Não importa qual seja o presente, a intenção é
sempre melhor e especial.
Já tenho os
meus melhores presentes, e nenhum valor consegue estima-los. É mais, vale muito
mais do que qualquer coisa no mundo.
Não demoram
cinco minutos, e aparecerem de volta no quarto. Anie trazia uma caixa preta, em
formato de coração.
– Feliz dia dos
pais. – Ela me entregou a caixa de um jeito, extremamente, fofa.
– Muito
obrigado, meu amor. Eu te amo, te amo, te amo. – Ah, eu já estava emocionado.
– Eu te amo,
papai. Te amo, te amo. – Ela me abraçou e me deu vários beijos. Lua nos
observava atenta e sorridente. – Abe logo, papai.
– Calma, que
caixa grande. Não faço ideia do que tenha aqui. Você que escolheu? – Perguntei e
depois olhei para a Lua.
– Tudo eu, papai.
Abri a caixa e
fiquei surpreso. Eu amo chocolate e uísque e elas duas sabem disso. Quer dizer,
sobre a bebida, Lua sabe mais que a Anie.
Link: Presente do Arthur | Clique aqui e veja.
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– Super homem? –
Indaguei ao pegar a plaquinha.
– De super helói,
papai.
– Oow, muito
obrigado. Eu estou encantado. – Confessei. – E cuecas.
– Minha mamãe disse
que é desse tamanho. – Anie apontou para as peças e tanto eu quanto Lua, acabamos
rindo.
– Esse daqui é
de doce também. – Anie pegou um potinho que estava escrito ‘eu amo você’.
– Obrigado,
filha. É tudo o que eu gosto... o uísque, os chocolates, as cuecas... tudo...
Você. – Puxei ela para um abraço. Te amo demais.
– Gostou de
verdade?
– Amei. –
Assegurei.
À noite.
– Aconteceu
alguma coisa? – Lua deitou ao meu lado na cama.
– Não. Você quer
um chocolate? – Ofereci. Eu estava com a tevê ligada.
– Já escovei os
dentes. – Lua recusou. – Você está triste? Está calado... o dia todo calado.
– Claro que
não, Lua. Por que eu estaria? Ganhei chocolates e uísque no meu dia. Que aliás,
estou bebendo também.
– Chocolate com
uísque?
– É uma combinação
diferenciada. – Ri.
– Estranho está
você. Quer conversar?
– Não tem nada
para conversar. Quer assistir o filme comigo? – Sugeri.
– Que filme é
esse?
– É policial...
eu esqueci o nome. – Respondi.
Eu não estava
triste, mas realmente estava calado.
– Eu acho que
vou dormir, Arthur. Amanhã tenho trabalho.
– Você não
precisa ficar chateada. Realmente não está acontecendo nada.
– Quando sou eu
que não quero falar, você insiste. – Ela me lembrou.
– Hoje... –
olhei para o relógio – ainda é dia dos pais.
– Sim. – Lua afirmou.
Mas não falei mais nada. – Arthur?
– Oi.
– Só isso.
– Você sabe
aonde eu quero chegar. Mas eu não queria falar sobre isso não. Só foi um pensamento,
um lembrete na verdade.
– Sobre o bebê?
– Sim. Talvez...
– Talvez se
tivesse ocorrido tudo bem, ele estaria aqui com a gente hoje. Eu sei... eu nunca
esqueço disso.
– É por isso
que eu não queria falar. – Confessei.
– Você diz que
a gente precisa falar.
– É fácil falar
quando não é a gente que precisa desabafar... – Sorri sem mostrar os dentes e
Lua concordou com um balançar de cabeça.
– É o que eu
acho também. Vem aqui... – Me chamou e não me fiz de difícil. – Para de beber,
por favor. – Pediu.
– Só dois
copos, Lua.
– Odeio cheiro
de uísque, Arthur.
– E por que
você comprou? – Questionei.
– Porque você
gosta.
– Tá bom... vou
escovar os meus dentes então e a gente pode dormir. Certo?
– Certo. Estou com
muito sono. – Lua confessou e eu me levantei da cama para ir escovar os dentes.
– Pode desligar
a tevê. – Mandei.
Continua...
SE LEU, COMENTE! NÃO CUSTA NADA.
N/A: Olá? Boa noite,
leitores! <3
OBRIGADA pelos comentários do capítulo anterior. Vou repetir que
vocês são incríveis! <3
Espero que
tenham gostado desse capítulo. Fiz com muito carinho – e empolgação hahaha acho
que puderam notar pelo amor e fogo desse nosso casal, não é mesmo?!
O que acharam da surpresa da Lua para o maridão, hein? <3
O que acharam da surpresa da Lua para o maridão, hein? <3
Aaah, e que
amor essa surpresa da Anie? <3
e esse finalzinho? #Choroso não é mesmo?
Comentem, tá? Sempre fico ansiosa por esse retorno de vocês.
Ps: Abriram
os links? O que acharam? E os gifs hots? Huuuum!
OBS: Geeentee! Se preparem, o próximo capítulo já vai ser da
Anie na escola e irão ter se passado quase três meses. Sim, a fanfic finalmente
está mais perto do fim a cada nova atualização – e não, eu não estou preparada.
E vocês, estão? Me digam! #EraEsseAvisoQueEuQueriaContar
Um beijo
e até o próximo capítulo.
Sempre nos surpreendendo com suas atualizações! Obrigada por nos proporcionar sempre o melhor!
ResponderExcluirMuito feliz de ver, sempre, a cúmplices do Arthur e da Lua! Eles são tão perfeitos juntos, que até mesmo na dor eles conseguem se entender! Ansiosa para a próxima atualização, e repito, não estou preparada para o desfecho dessa história tão linda e especial! Um beijos 😘
Ansiosa pelos próximos!!!
Capítulo lindo do começo ao fim. Lua está de parabéns, fez coisas q o Arthur não espera dela como cozinhar e fazer surpresa ♥️. Lua e arthur são ousados, estão no maior love e esses Gifs fizeram minha imaginação ir longe kkkkkkkk. amorzinho está aprendendo a conviver com o ciúmes que tem do Arthur com o Ethan rsrsrs. Amor essa cumplicidade do as arthur e da lua, pena q eles ainda sentem muito pela perda do bebê 😔. Obrigada Milly o capítulo estava sensacional, e eu não estou preparada para o final da fanfic 😢
ResponderExcluirEsse capítulo esta maravilhoso do inicio ao fim ,gosto quando eles ficam nesse clima gostoso entre eles dois a Lua ela faz um esfoco pra ser mas carinhosa romântica pq o mas sabemos q o Arthur sempre foi e é ,E Annie acho q ela ta tentando conter o ciumes dela e entendo q o Arthur sempre será o paizinho dela e q o Ethan tem o dele .
ResponderExcluirMais um capítulo incrível como sempre! Eu amo esses momentos do Arthur com a Lua ♡
ResponderExcluirNão acredito que já está indo para o fim, eu acompanho essa história faz anos e não estou preparada pra esse momento :(
Ansiosa para o próximo capítulo
Anie sempre uma fofa, derrete o nosso coração. Sem estrutura para o fim dessa história, quando acabar terei que reler tudo outra vez
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