8° Capítulo
Narrado por Narrador Observador
A primeira semana foi mais uma forma de adaptação da nova
rotina e também as vistas, porque era uma pessoa sair e outra já tocava a
campainha.
Roberta teve a ajuda da sua mãe e também da Luli, que estava
sempre por perto lhe auxiliando em tudo. Sua sorte é Antonella era uma
bebezinha bem calminha só chorava quando estava com fome ou com a fraldinha
suja.
Ela tinha se tornado a xodozinha de todos que estavam por perto,
todos que iam lhe visitar, levavam uma pequena lembrancinha, por mais que
Roberta afirmasse que não precisava.
Antônio:
Olá!
O homem chegou com um grande embrulho em suas mãos e foi
recebido por Luli.
Luli:
Olá, como o senhor está?
Antônio:
Bem. Finalmente, vim visitar a minha bisneta!
Roberta:
Finalmente! Achei que o senhor só viria quando ela
fosse para faculdade.
Antônio:
Como você tem passado?
Roberta:
Estou bem ou melhor, estamos bem. Acho que já estou
adaptada a minha rotina. Vem? Vamos conhecer sua bisneta?
Antônio:
Estou ansioso para isso.
Eles sobem para o quarto onde a bebê dormia tranquilamente,
alheia a tudo ao seu redor.
Antônio:
Eu trouxe um presente!
Roberta:
Obrigada!
Agradece abrindo o embrulho e se depara com um enorme ursinho
de pelúcia.
Antônio:
Ela tem o seu nariz e sua boca!
Roberta:
Os únicos traços que são meus, de resto, ela puxou a sua família. Quer pegar?
Antônio:
Não, já faz muito tempo que não carrego uma criança no
colo.
Roberta:
Vem, senta aqui.
Ela aponta para a cadeira de amamentação e pega a filha nos
braços para logo colocar nos braços do seu avô de consideração. O homem ficou
com a criança no colo enquanto contava as histórias de quando suas filhas eram
menores.
Narrado por Diego
Eu sabia que a filha da Roberta tinha nascido, mas não tive
coragem de ir visitar, mandei uma lembrancinha para minha irmã entregar. Eu
precisava aceitar de uma vez por todas, que minha mulher seguiu a vida dela, agora,
eu precisava seguir a minha.
Gian:
Olha, o relógio dele voltou a funcionar!
Ele tenta ser engraçado, mas estava de mau humor para rir de
qualquer piada sem graça.
Alice:
Por que tão cedo?
Gian:
O pessoal da gravadora não gostou muito da banda ficar
com dois casais e o Diego sozinho. Segundo eles, os duetos são as melhores
partes dos shows.
Carla:
Tá, mas e agora?
Gian:
Eles estão à procura de uma nova integrante.
Pedro:
E se nós não aceitamos?
Gian:
Vamos ter que quebrar o contrato e procurar outro
lugar. Mas devo avisar que teremos que pagar uma multa enorme com a quebra do
contrato.
Tomás:
Vamos ficar!
Alice:
Quando a nova integrante chega?
Gian:
Em vinte minutos para um ensaio para ver se a voz dela
combina com a o Diego.
Gian nos deixou sozinhos para decidirmos entre nós o que
fazer. Alice foi contra, mas acabou aceitando fazer um ensaio e conhecer a nova
integrante da banda.
Gian:
Pessoal, essa é Amanda Cidade.
Amanda:
Olá.
O pessoal arrumou tudo no estúdio para nós. Amanda era uma
mulher alta, de cabelo cortado estilo chanel negros e olhos grandes também
negros, não podia se dizer a mulher mais bonita, mas ela tinha sua beleza.
Amanda:
Em meu corpo,
Em
minha alma,
Eu te
quero sempre,
Você é
como um anjo pra mim
Te amo,
Vem comigo pra ser feliz
Eu sei,
Eternamente vai ser assim
Você é
o melhor pra mim
Diego:
Quando me olha nada pode me parar
Em seu
corpo vejo o caminho
Que eu
quero seguir
Até me perder
(Até me
perder)
Diego
e Amanda: Em meu corpo,
Em minha alma,
Eu te quero sempre,
Você é como um anjo pra mim
Te amo,
Vem comigo pra ser feliz
Eu sei, eternamente vai ser assim
Você é o melhor pra mim
Depois de tudo eu aprendi o que é ser feliz
Não tenho medo de dizer
Você é tudo,
Tudo o que eu sempre quis
Eu te quero, baby
(Eu te quero, baby)
Como um anjo pra mim
(Como um anjo pra mim)
Eu te quero sempre
Você é como um anjo pra mim
Te amo,
Vem comigo pra ser feliz
Eu sei, eternamente vai ser assim
Você é o melhor pra mim
Eu sei,
Tudo pra mim
(Tudo pra mim)
Eu sei,
Vem ser feliz
(Vem ser feliz)
Então,
Como um anjo pra mim!
Gian:
Uau! Sua voz é linda.
Amanda:
Obrigada!
Alice:
Meus parabéns, eu acho que colocar ela para cantar as
músicas é uma afronta aos fãs.
Carla:
Realmente sua voz é linda.
Amanda:
Eu nem sei o que falar, sou louca pela banda de vocês e
ter essa oportunidade é incrível. E mesmo que eu não seja a escolhida, já é uma
vitória ter chegado até aqui.
Tomás:
Não precisa falar nada, porque acho que eles vão ficar
com você.
Amanda:
Ela realmente saiu? Fiquei sabendo que ela ganhou
neném?
Gian:
Saiu.
Amanda chegou realmente para acrescentar a banda, os ensaios
começaram puxados para ela aprender o novo ritmo. Também gravamos algumas músicas com a voz dela
para os fãs da banda começarem a se acostumar com a voz e a presença de uma
nova integrante.
A curiosidade chamou a atenção de muitos jornalistas que
queriam descobrir quem era a nova voz rebelde.
O primeiro show da banda com a Amanda chegou e todos estavam
ansiosos para saberem como os fãs receberiam a nova integrante.
Amanda:
Deus!
Carla:
Só tenta se acalmar. Você já cantou outras vezes.
Amanda:
Mas agora é diferente, vou cantar para milhares de
pessoas que podem me odiar.
Diego:
Ou te amar!
Respondi apenas para dar forças, eu já tinha passado por
toda aquela situação e não era nada legal. E também porque a Alice não fazia
questão de se mostrar simpática e Pedro preferia não se intrometer.
Tomás:
É só respirar fundo! Tudo isso faz parte e depois você
vai perceber que essa é a melhor parte.
Gian:
Está na hora. Estão preparados? Boa sorte, Amanda!
Esse show seria diferente. Ao invés de começarmos com a
música Rebelde, já começamos pelos duetos. O primeiro foi da Alice com o
Pedro e percebemos que todos estavam animados pela forma como gritavam. Carla
entrou com o Tomás, e em seguida, entrei para cantar a minha música solo e
deixamos por último o meu dueto com Amanda.
Na hora do meu dueto com Amanda, eu entrei cantando sozinho
e depois, no meio da música, a Amanda apareceu. A reação dos fãs não foi da forma
que esperamos. No primeiro momento, houve um silêncio enorme, mas continuamos a
cantar juntos, só que na hora que ela começou a cantar sozinha, todos começaram
a vaiar.
O choque foi tão grande que só percebi que Amanda tinha
deixado o palco e corrido, quando o Gian fechou as cortinas. Amanda estava no
camarim sendo consolada por Carla enquanto chorava.
Gian:
Meu deus!
Alice:
Eu avisei.
Pedro:
Branquinha, não é hora.
Diego:
Como isso foi acontecer? Todos não estavam curiosos
para saber quem era a dona da voz?
Gian:
Ainda não sabemos, sabíamos que a reação poderia ser negativa.
Amanda:
Eu fui vaiada por todos, não foi uma ou duas pessoas! Foram
mais de mil pessoas. Eu fui humilhada!
Ela chorava muito, sua maquiagem estava toda borrada.
Narrado por Amanda
QUE ÓDIO!
Eu odeio todos eles. Eles irão me pagar por cada vaia que
recebi hoje, aquela humilhação.
Xxx: O que você está fazendo?
Que pergunta idiota! Se você entra em um lugar e encontra uma
pessoa transtornada quebrando tudo, você vai perguntar o que ela está fazendo?
Me poupe.
Amanda:
Não me torra a paciência, Miguel.
Miguel:
Você não pode se descontrolar agora. Esqueceu do nosso
plano?
Amanda:
Não! Da mesma forma que não esqueci da humilhação que
passei há alguns minutos.
Se antes eu entrei nessa vingança sem motivos, agora eu tenho
um grande e não vou parar até atingir o meu objetivo.
Conheci o Miguel na penitenciária, eu estava visitando o meu
ex-namorado e acabei me apaixonando por ele, no começo foi um relacionamento
proibido, porque eu não podia ficar com um e ser namorada de outro, mas Miguel
deu um jeito de se livrar do meu encosto e aqui estamos nós, juntos e
apaixonados.
Ele me convenceu a fazer parte dessa vingança quando
descobriu a minha voz. Canto desde pequena, mas nunca tive uma oportunidade
como essa. Mas agora a vingança passou a ser minha.
Amanda:
Eu vou acabar com todos eles! Um por um e vou começar
pela sonsa da Alice.
Miguel: Alice?
Amanda:
Aquela garota ficou rindo da minha cara.
Miguel:
Pode deixar, amor. Alice vai ser a primeira com quem
eu vou me vingar por você.
Amanda:
Sério?
Miguel:
Muito! Eu cuido da Alice e você fica com a Roberta.
Amanda:
Por que? Ela nem faz mais parte daquela bandinha sem
graça.
Miguel:
Porque aposto que ela colocou os fãs contra você, ela
tem que pagar muito caro por isso.
Amanda:
Eu vou tirar dela aquilo que dói mais, a filhinha
dela!
Miguel:
Não, você está pensando com a cabeça quente. Você não
pode, simplesmente, achar que deve pegar a filha dela, não somos amadores. Isso
seria sequestro e a polícia chegaria facilmente em nós. A nossa vingança será
um prato que se come frio. Vamos aos poucos e acabaremos com todos eles.
Amanda:
Como?
Miguel:
Você vai destruir primeiro o Diego. Vai se aproximar dele
como quem não quer nada, deixa ele achar que você está caidinha por ele e faça
com que ele também fique por você. Ele foi alcoólatra e com um empurrãozinho
nosso, ele pode voltar a ser, vamos deixar ele viciado ao ponto dele querer acabar
com a própria vida, o vício vai tirar tudo dele.
Amanda:
Droga?
Miguel:
Bebidas, drogas e mulheres. Apresenta esse mundo para
ele. Deixa ele pensar que você também faz parte dessa vida e acertando ele, vamos
estar acertando a vadia da Roberta.
Amanda:
Te amo! Você é um gênio.
Miguel:
Eu sei.
Amanda:
Nós vamos nos vingar de todos eles.
Narrado por Narrador Observador
No dia seguinte todos falavam sobre a nova integrante da
banda que havia sido vaia da pelos fãs. Amanda adentrou o estúdio com o rosto
vermelho e com olheiras profundas.
Carla:
O que aconteceu com você?
Amanda:
Me desculpe a demora. Eu não estava conseguindo
entrar. Está uma bagunça lá fora com jornalistas e fãs.
Gian:
Não se preocupe. Nós sabemos! Como você está?
Amanda:
Er… Er…
Ela gagueja e com um pouco de fingimento, começa a chorar,
fazendo com que todos fiquem comovidos com tamanho drama.
Gian:
Não se preocupe com o episódio de ontem. Em pouco
tempo, todos vão esquecer.
Amanda:
Eu… Eu nunca vou esquecer!
Carla:
Nós sabemos! Mas pensa que tudo isso é apenas uma
forma para você mostrar o quanto é forte.
Alice:
Ou é a oportunidade perfeita para você desistir.
Pedro:
Alice!
O mesmo repreende a garota quase gritando, ele não queria
ter uma estranha em um projeto que foi criado entre amigos, mas estava
sensibilizado com o que aconteceu com a Amanda.
Alice:
Não grita comigo!
Pedro:
Desculpa, mas você não percebeu que não é o momento?
Alice:
Só porque ela está fazendo drama, eu tenho que
concordar que ela é bem-vinda na banda?
Amanda:
Eu não estou fazendo drama!
Fala escondendo a raiva que estava sentindo naquele momento.
Sua vontade era de agarrar aqueles cabelos loiros e puxar até que a mesma
ficasse careca, mas tinha que se controlar.
Diego:
Não precisam brigar, vem comigo! Gian, eu vou levar a Amanda
para esfriar a cabeça.
Gian:
Tudo bem, estou esperando a reunião acabar.
Alice:
Ele vai se arrepender! Aquela garota é uma cobra
pronta para dar o bote.
Carla:
Você cismou com essa garota.
Alice:
Alguma coisa nela me diz que ela é falsa.
Narrador por Diego
Eu não sei o que me deu, mas fiquei sentido ao ver Amanda
chorando e Alice tentando brigar com a mesma. Saímos do estúdio e fomos para a
praia.
Amanda:
Por que você me trouxe aqui?
Diego:
Eu gosto daqui.
Amanda:
Você tem família?
Diego:
Tenho. Moro com a minha irmã em um apartamento aqui
perto. Meu pai mora em São Paulo com minha madrasta e meus irmãos e, o pessoal
da banda, eles são a minha família todos eles.
Amanda:
Eu não tenho ninguém para me apoiar ou para me dar
conselhos em momentos como esse. Minha mãe trabalha como prostituta em um lugar
perto daqui. Eu cresci com ela sabe? Vendo cada noite ela se deitar com um
homem diferente, mas o pior é que todo o dinheiro ela usa com seu vício em
drogas e bebidas. Quando eu tinha 14 anos, ela me convenceu que aquela vida era
boa e que deveria experimentar, acabei me prostituindo e entrando para o mundo
das drogas e bebidas juntos com ela.
Ela para de falar por um instante deixando as lágrimas
descerem por seu rosto.
Amanda:
Faz pouco tempo que procurei ajuda para sair daquela
vida e recomeçar. Mas acho que a minha vida não tem recomeço!
Diego:
Não, todo mundo merece uma segunda chance e você
também pode. Eu também era viciado em bebida e olha para mim.
Amanda:
Era?
Concordo com a cabeça me sentindo à vontade para me abrir
com ela, ela tinha problemas parecidos com os meus.
Não estava sozinho em minha batalha, apesar se ter sempre
amigos comigo, me sentia sozinho na questão do vício.
Amanda:
Mas outro dia eu vi uma matéria sobre você que falava
que você estava em uma boate bêbado, como pode?
Diego:
Como eu disse, estou curado. Bebo apenas por diversão,
paro quando eu quiser. Não estou mais em um vício!
Amanda:
Então eu também posso?
Confirmo me levantando juntos com ela, seguro em suas mãos e
andamos até um quiosque que estava aberto e pedimos uma bebida.
Amanda:
Acho que não devemos!
Pego a minha bebida e viro de uma vez só para lhe
incentivar, ela acaba bebendo e depois daquele vieram um atrás do outro.
Narrado por Amanda
O idiota já estava desmaiado de tanto que bebeu, peguei meu
telefone e liguei para Miguel. Se fosse por mim, eu deixava esse idiota em
qualquer buraco por aí.
Miguel:
Perfeito!
Ele fala olhando para o idiota debruçado sobre mesa.
Miguel:
Vamos levar ele para o apartamento e você vai passar a
noite com ele, faça parece que vocês transaram.
Amanda:
O QUÊ?
Miguel:
Isso mesmo, tire a sua roupa e a dele também. Vai por
mim, eu conheço todos eles e em poucos dias, vocês estarão namorando.
Chamamos um táxi e entramos. Não sei como, mas Miguel sabia
exatamente o endereço do apartamento do Diego e também onde estava a chave.
Amanda:
E se a irmã dele chamar?
Miguel:
Não vai.
Colocamos o idiota na cadeira. Quando pensei que Miguel iria
embora, ele me puxou e começou a me beijar.
E eu pensei que ele ia embora e me deixaria ali, mas ele
estava ousado demais para quem iria embora.
***
Eu já tinha acordado e queria ir embora, mas não podia,
estava com nojo do meu corpo. Aquele idiota estava praticamente em cima de mim
com a mão no meu seio direito.
Ainda estava com a noite de ontem na cabeça, Miguel é louco!
Como fui deixar ele transar comigo aqui na mesma cama que um idiota bêbado
estava praticamente desmaiado.
Diego:
Droga!
Graças a deus!
O idiota acordou e saiu de cima de mim e se sentou na cama,
acho que ele ainda não se deu conta de que eu estava ali.
Amanda:
Bom dia!
A cara que ele fez quando me olhou, me fez quase gargalhar. Mas
tive que me conter ou colocaria tudo a perder.
Diego:
O que… Meu deus! A gente transou?
Não idiota! Tenho nojo demais de você, foi a resposta que
pensei em dizer, mas me controlei.
Amanda:
Você não lembra?
Diego:
Er…
Ele me encarava com se buscasse em sua mente lembranças,
passou os olhos em meu corpo ainda pelado em sua frente.
Diego:
Eu te machuquei?
Não entendi, mas ele apontou para o meu corpo a mostra e foi
aí que me toquei que estava toda marcada da minha noite com o homem da minha
vida. Minha pele estava marcada com chupões e marcas de dedos.
Amanda:
Ou não!
Com certeza não, tudo que sentir foi muito tesão com a noite
maravilhosa que tive, bem diferente de minha manhã, queria ter dormido nos
braços do meu homem e acordar com os braços dele ao redor da minha cintura ou
com beijos molhados em meu pescoço.
Diego:
Preciso de um banho!
Falou nervoso entrando no banheiro, joguei meu corpo na cama
e coloquei um travesseiro no rosto para abafar minha risada.
Continua...
COMENTEM!
NOTA: Obrigada pelos comentários.
Com mais de 10 comentários, posto o próximo capítulo.
Abriram o link?
Virão o quão fofa é a pequena Antonella?
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