1° Capítulo
Narrado por Roberta Messi
Faltava exatamente uma semana para eu terminar os meus
estudos no Elite Way, quando recebi um e-mail para participar de um concurso de
talentos nos Estados Unidos. No primeiro momento eu achei que fosse uma
brincadeira, mas depois fui pesquisar e encontrei o site oficial do concurso. Encontrei
meu nome ao ler a listra de participantes. Foi um choque, logo pensei em não
aceitar! Mas tudo mudou quando percebi que talvez eu devesse aceitar. Eu tinha
talento e a minha carreira musical não era pelo simples fato da minha mãe ser
cantora.
Meu segundo obstáculo foi contar. A minha mãe pulou de
alegria ao saber, porém foi a única. Meus cinco amigos e também meus parceiros
de banda foram a parte mais difícil, porque um deles era meu namorado. Alice e
Diego foram os que não entenderam os meus motivos.
Eu partiria depois do show da minha banda no colégio. Seria o
meu último show em parceria com a minha banda. Depois disso, adeus! A despedida
no aeroporto foi emocionante, mas no final eu parti sem olhar para trás.
Ficou combinado que eu moraria com o meu pai Leonel e sua
nova família! Se eu estava contente? Nem um pouco. Mas eu sou menor de idade e
nem o meu pai e nem a minha mãe assinaram minha emancipação. Eu queria ser
outra pessoa!
Passei a viagem toda com milhares de coisas na minha cabeça e
espero não me arrepender! Se tudo não desse certo, eu teria destruído minha
vida. Porque eu tinha perdido meu namorado e minha banda.
Quando desembarquei no aeroporto, eu tinha um único propósito,
eu queria ser normal. Pensei muito durante a viagem e percebi que morando com o
Leonel e no Estados Unidos, eu seria apenas uma pessoa normal sem fama. Eu
poderia ser a Roberta Messi, uma adolescente de 17 anos.
E essa Roberta tinha muitos sonhos e desejos que não poderiam
ser realizados por uma adolescente famosa, me aproximei com passos lentos assim
que avistei Leonel e sua atual mulher.
Leonel: Querida! – Meu pai. Era
estranho falar isso. Mais enfim, meu pai disse se aproximando com um grande
sorriso no rosto. – Quase não acreditei quando recebi seu email!
Apenas foi meu melhor sorriso, nós não temos intimidade e ele
esteve mais fora da minha vida do que outra coisa e se eu pudesse, estaria
morando sozinha, jamais moraria com ele.
Leonel: Minha filha, essa é Emma!
Emma: Olá…
Antes de responder tive que fazer uma análise. Foi mais forte
que eu! Emma era uma mulher alta e
extremamente magra, pele branca e cabelos negros. Era uma mulher bonita, de mais
ou menos 39 anos. Entretanto, minha mãe é mais bonita.
Foto da Emma Colisão - Clique para ver.
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Roberta: Oi…
Respondo quando percebo que eles estão me encarando, talvez
minha análise tivesse demorado mais do que eu pretendia.
Leonel: Vamos para casa?
Roberta: Casa?
De volvo a pergunta, seria mais dificil do que eu imaginei. A
casa dele jamais seria a minha casa.
Roberta: Claro.
Caminhamos até o carro e seguimos para a casa do Leonel,
vulgo minha nova casa. Emma ligou o rádio e uma canção em inglês invadiu meus
ouvidos, pelo menos ela tinha um bom gosto musical. Meus olhos estavam focados
na rua, queria poder andar por elas todos os dias sem ter segurança para
impedir que alguém se aproximasse demais. Eu amava os meus fãs, mas têm alguns
que esquecem que somos seres humanos.
Pelo que percebi a casa fica em um condomínio fechado e pelo
luxo das casas, era um condomínio de pessoas importantes. Eles não poderiam
moram em um apartamento?
A casa do Leonel era a última e bem afastada das outras, era
uma mansão linda. Assim que entramos, percebi porque eles não poderiam morar em
um simples apartamento, na sala estavam algumas pessoas.
Leonel: Filha, esses são seus irmãos!
Oi? Irmãos?
Só podia ser brincadeira! Eu estava de queixo caído olhando para
as pessoas na minha frente e algumas delas também não estavam felizes em me
ver. E eu reclamei do Franco, pelo menos ele só tinha a Alice!
Roberta: Irmãos?
Incrédula, eu estava incrédula com o que estava acontecendo.
Era só o que me faltava! E pensar que eu estava achando que tinha me livrado da
Alice, doce engano.
Emma: Eles são meus filhos!
Como se eu não soubesse!
Roberta: Imaginei!
Leonel: Vamos às apresentações, os gêmeos são
Adele e Adam. Eles têm 6 anos.
Foto da Adele e do Adan | Clique para ver.
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Leonel: Alana tem a sua idade! Mas ela faz 18
esse ano, então ela é mais velha que você.
Acho que meu pai se refere a garota de braços cruzados me
encarando como se fosse me matar.
Acho que teremos problemas!
Alana era uma jovem com estilo punk, cheia de piercing e
tatuagens. Eu amo rock, preto e essas coisa, mas eu não queria ser como a
garota na minha frente. Nunca!
Foto da Alana | Clique para ver.
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Leonel: E por último, Tobias. Mas ele você
não precisa se preocupar, ele não mora aqui como você pode ver, já é um homem.
Realmente Tobias era um homem com H maiúsculo. Era lindo com
olhos azuis e corpo de dar inveja em qualquer um, sentado ele é gigante não
quero nem imaginar de pé.
Foto do Tobias | Clique para ver.
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Leonel: Essa é a minha filha, Roberta!
Adele: Hello!
Roberta: Er…
Emma: Eu acho que deixamos ela assustada!
Minha madrasta resolveu fazer piadinha com a minha cara e
todos riram da minha cara, menos eu e Alana.
Leonel: Parecemos uma família de margarina, mas
somos legais.
Adele: Você pode ficar no meu quarto.
Adam: Ah não!
A garotinha me convidou sorrindo me mostrando suas janelinhas,
mas seu irmão não pareceu feliz, isso deve ser porque eles dormem juntos. E eu
concordo com o garotinho, não vou ficar no quarto de dois pirralhos.
Alana: Ela não entra no meu!
A revoltada resolveu falar e ainda acha que manda na casa,
acho que ela esqueceu que sou filha do dono da casa. Que garota irritante!
Tobias: Você pode ficar no meu! Como seu pai
disse, eu não moro aqui.
Emma: Mas meu filho, hoje você está aqui.
A mulher lança um olhar melancólico para o homem que parece
que o mesmo é uma criança. Minha mãe nunca me olhou assim. Posso ver com
clareza amor naquele olhar.
Roberta: Aqui não tem um quarto de hóspede?
Alana: Querida, isso aqui não é pensão!
Emma: Alana!
A mulher repreendeu a filha e se aproximou de mim, colocando
seus braços em meus ombros, como se fosse me abraçar.
Emma: Não! Como você pode ver, nossa família
é grande.
Leonel: Tivemos que adaptar os quartos e, também,
por causa dos empregados que dormem aqui.
Revirei os meus olhos, meu pai não me queria aqui. Sua casa
nem tinha um quarto de hóspede para eu ficar, eu teria que roubar o quarto de
alguém.
Tobias: Eu posso dormir no chão, já passei
coisas piores!
Leonel: Problema resolvido! Por que você só
trouxe uma mala? Você vai ficar por um ano!
Roberta: Eu não tenho nem quarto, onde
colocaria minhas roupas?
Minha pergunta saiu de forma rude, mas não estou nem aí. Quem
implorou para eu ficar naquela casa foram eles e eles nem se deram ao trabalho
de preparar a casa para mais uma pessoa.
Leonel estava mais me parecendo aqueles homens que fazem tudo
pela mulher, passando por cima das suas vontades e se esquecendo das pessoas
próximas.
Emma: Vai ser temporário! Nós vamos ao
shopping assim que resolvermos o problema do quarto.
Roberta: Que seja! Posso ir para o seu quarto?
Perguntei olhando para
o Tobias. Afinal, eu ia invadir o espaço dele. Ele afirmou com a cabeça falando
que ia me levar. Subi as escadas e pude ouvir os resmungos da implicante.
O quarto estava bem arrumado o que indicava que não tinha
ninguém dormindo nele ou a pessoa era muito organizada. Me sento na cama
respirando fundo, posso sentir quando Tobias entra deposita minha mala no chão
e senta na escrivaninha.
Tobias: Não liga para a minha irmã, ela pode
ser muito irritante quando quer.
Roberta: Não estou irritada com a sua irmã,
mas sim com o Leonel.
Tobias: Ele é seu pai. Por que você o chama
por Leonel?
Roberta: É o nome dele!
Eu não queria me abrir com alguém que conhecia a vinte
minutos, ele com certeza conhece meu pai melhor que eu.
Roberta: Posso usar seu notebook?
Tobias: Claro.
Tivemos que trocar de lugar para eu usar o notebook dele,
enquanto esperava o aparelho lugar, me incomodei com o fato de estar sendo
observada. A foto de papel de parede me chamou a atenção, era uma turma do
exército.
Roberta: Você é do exército?
Tobias: Fui, hoje trabalho no FBI. Não é como
os filmes americanos mostram, é como a polícia brasileira.
Roberta: Uau! Você já foi ao Brasil?
Tobias: Eu nasci lá. Mas me mudei há muito
tempo para cá e nunca mais voltei.
Roberta: Qual sua idade?
Tobias: 27.
Minha nossa!
Eu queria tomar da mesma água que esse homem na minha frente.
O homem tem 27 anos e estava com porte de alguém de 21.
Tobias: O quê? Pensou que eu fosse mais
velho?
Roberta: Na verdade, mais novo. 21 talvez?
Ele gargalhou alto e sua risada, assim como ele todo, é encantadora.
Por que eu estava pensando demais na beleza daquele homem?
Tobias: Acredite, com 21 eu era um delinquente.
Ok, vamos ao que interessa.
Entrei no meu email e imprimi algumas informações sobre o concurso
e também procurei algumas faculdades perto de mim, ou melhor, perto do lugar em
que eu moraria. Antes mesmo de levantar para pegar as folhas, Tobias as pegou e
leu.
Tobias: Você canta?
Roberta: Sim! Hey, isso é meu.
Tobias: Desculpa…
Ele me estendeu as folhas. Aposto que ele já tinha lido boa
parte das páginas.
Tobias: Você vai para a faculdade?
Roberta: Gostaria! Mas ainda não sei o que
fazer.
Tobias: Música?
Roberta: Não, eu amo cantar e música é a minha
vida, mas não quero fazer isso para o resto da vida.
Tobias: Eu entendo... administração? Você é a
única herdeira do seu pai, acho que no futuro é você quem vai administrar.
Roberta: Eu trabalhando com o Leonel? Não, obrigada!
Acho que ele daria a herança para um mendigo, mas não deixaria nada para mim.
Tobias: Você é jovem, já pensou em fazer
teste vocacional? As universidades oferecem.
Roberta: Na verdade, eu tenho duas coisas em
mente, só não sei qual escolher.
Tobias: Moda?
Roberta: Você já olhou para mim?
Perguntei com as sobrancelhas arqueadas, jamais faria
faculdade de moda.
Tobias: É, não combina com você.
Roberta: Quando eu era menor, eu queria ser
designer, mas meus pais na época falaram que desenho não daria dinheiro e com
15 anos, mudei de ideia e queria ser advogada. Foram os meus sonhos!
Tobias: Uau! Seus pais são uns monstros.
Sorrio com sua observação. Os meus pais não são os sonhos de
pais, mas são os meus. Eu não os trocaria por nada; talvez eu trocasse só o meu
pai.
Tobias: São duas áreas bem distintas. Você
sabe desenhar?
Roberta: Um cardiologista não entra na
faculdade sabendo operar um coração.
Tobias: Oh, seus argumentos são bons, doutora
Messi! Você daria uma ótima advogada!
Roberta: Eu desenhava, mas parei quando meus
pais me obrigaram.
Tobias: E você acha que eles vão aceitar
agora?
Roberta: Claro… Que não! Minha família é
composta por músicos e administradores. Minha tia foi a única que fugiu do
legado da família para ser médica e hoje vive no Canadá com o marido e os
filhos. Ela perdeu o contato com todos, acredita que tenho três primos que eu
não conheço?
Tobias: Você tem um problema enorme!
Brasil
Narrado pelo Narrador observador
As coisas estavam se ajeitando depois da viagem inesperada da
filha da Eva Messi. As coisas ainda estavam meio que embaraçadas, confusas para
alguns.
Leonardo: Bom dia!
O homem chegou na mesa de café com um sorriso radiante que
todos na mesa estranharam.
Márcia: Nossa, que humor! Nem parece que os
gêmeos choraram a noite inteira com cólicas. Qual o motivo de tanto sorriso?
Leonardo: Ah... O choro dos gêmeos são música
para os meus ouvidos.
Sílvia: Música?
A mulher chocada colocou a mão na testa do homem para medir a
sua temperatura. O homem odiava qualquer coisa relacionada a música e hoje
estava falando de música?
Sílvia: Você só pode estar com febre.
Leonardo: Eu estou apenas sentindo a
tranquilidade do local... vocês não perceberam o clima tranquilo? Sem brigas,
sem preto, sem cabelos loiros e enrolados? Faz uma semana que minha vida ganhou
paz.
O homem falou dramaticamente e as duas negaram com a cabeça.
Márcia: Pai, não seja maldoso. O meu irmão
está triste com toda essa mudança.
Sílvia: E a Roberta era uma ótima nora.
O homem continuou soltando seus venenos, enquanto as duas
mulheres apenas continuaram tomando o café em silêncio. No andar de cima, Diego
estava deitado na cama revendo as fotos do celular.
Diego: Ahh... — suspira derrotado — Estou
com saudades!
(...)
O clima ainda estava triste por conta da viagem
inesperada da Roberta, mas aos poucos as coisas estavam se ajeitando. Numa
manhã ensolarada Leonardo estava no aeroporto com os dois filhos mais velhos
ansioso para a chegada do irmão mais novo que ele não via há anos.
Márcia: Pai? Como é o meu tio?
Leonardo: Seu tio é um homem bom!
Em poucas palavras o homem de terno deixou claro que ele não
sabia muita coisa sobre o meio irmão.
Márcia: Por que eu não sabia da existência
dele? Eu já estou na família há quase um ano.
Diego: Eu estou há 18 e posso contar quantas
vezes vi o nosso tio.
Leonardo: Tudo que vocês precisam saber é que o
tio de vocês se chama Fernando, ele é fruto do segundo casamento do meu pai e
nós somos meio irmãos.
Márcia: Nossa!
Alguns minutos se passam e o voo que vinha de São Paulo
aterrizou na cidade do Rio de Janeiro. Leonardo nunca se deu muito bem com o
meio irmão e depois que ambos cresceram, cada um seguiu o seu caminho, e a vida
se encarregou de separá-los e agora está unindo novamente.
Márcia: Nós deveríamos estar com aquelas
plaquinhas com nomes!
Debochou cara de pau olhando para o seu pai que estava
nervoso olhando para todos que saiam do portão.
Leonardo: Marcinha?
Márcia: Desculpa!
Diego: Ela tem razão, pai. Nem sabemos o
rosto das pessoas que estamos esperando.
Leonardo: Eu deveria ter deixado vocês com os
gêmeos e ter trazido a minha esposa.
Márcia: Que fosse!
Eles ficaram ali até que pelo portão saiu um homem muito
parecido com o Leonardo, porém ele era mais baixo e menos sério. O homem estava
ao lado de uma mulher e duas garotas, uma morena alta e outra de cabelos
castanhos um pouco mais baixa.
Fernando: Leonardo?
Leonardo: Fernando!
Fernando: Quanto tempo! Como você está,
irmãozinho?
Leonardo: Estava muito bem até você me ligar.
Fernando: Pode ter certeza que eu também não
estou nada feliz. Mas como sou mais educado que você, vou lhe apresentar a minha
família. Essas são as minhas filhas, Bianca e Ana. E essa bonita donzela é a
minha esposa Branca.
Diego: Como vai, tio Fernando?
Fernando: Minha nossa, como o tempo passou. A
última vez que te vi, você era um garotinho de 5 anos.
Diego: Essa é a minha irmã, Márcia.
Fernando: Irmã?
Vejo que meu irmão andou se arrependendo dos seus erros.
Leonardo: Podemos ir?
O homem estava bastante impaciente com tudo que estava
acontecendo, todos concordam em irem. Assim que chegaram na casa do Leonardo, o
homem e o meio irmão se trancaram no escritório.
Beatrice Almeida Campos Maldonado | Clique para ver.
Continua...
COMENTEM!
NOTA: Obrigada pelos comentários! Continuem!
Abriram os links? Gostaram dos personagens?
Abriram os links? Gostaram dos personagens?
Com
mais de 5 comentários, posto o próximo capítulo.
adorei!
ResponderExcluirAdorei tá interessante
ResponderExcluirAlgo me diz que vai ter algum romance será ?
Não vejo a hora do próximo capítulo
ResponderExcluir#ansiisa
Será que Roberta vai se interessa pelo Tobias
ResponderExcluirAnsiosa pela atualização
E o Diego com uma das meninas
ResponderExcluirA espera do próximo capítulo
Oi amei a web
ResponderExcluirO Diego e a Roberta ainda vão conversa ? Mesmo a distância ?
#ansiisa
amei o capitulo, ansiosa para o próximo
ResponderExcluirJá estou amando posta o segundo capítulo
ResponderExcluirEstou amando
ResponderExcluir