O Poderoso Aguiar | 55º Capítulo

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O Poderoso Aguiar
55º Capítulo – In The End

Pov Arthur

Paciência.

Eu precisava de muita paciência. Força eu já tinha o bastante e sinceramente não estava disposto a usá-la agora. Estava cansado e irritado. Na verdade bem mais irritado que cansado. Balancei a cabeça ao ver a lerdeza com os rapazes separavam as mercadorias. Sei que estavam cansados, mas eu também estava porra! Será que não entendiam que quanto mais demorassem para fazer aquilo, mais cansados ficariam?

Pulei no meio da montanha de caixotes e comecei eu mesmo a separar tudo numa rapidez impressionante. Como se não bastasse conferir toda a carga ainda teria que chegar em casa, tomar um banho rápido e ir para o casamento do Chay.

Daria tudo para estar em Porto Rico novamente, onde fiquei por apenas uma semana com minha família. O nascimento prematuro de Alan, filho de Sophia antecipou nossa volta. Somente isso me fez voltar. Porque se fosse olhar minha vontade ainda estaria lá, descansando e curtindo minha família. Aliás, mais curtindo do que descansando. Lunna e John nos deram uma canseira daquelas.

Mas foi bom… muito bom. A única coisa desagradável foram as notícias assim que retornei. Meu pai havia voltado a traficar drogas. Uma semana apenas e ele deu conta do recado.

Velho bandido!

Ainda teve a cara de pau de me dizer que a máfia sem tráfico de drogas não é máfia. Tudo bem… na verdade eu concordo com ele. Acho que fiquei apenas meio molenga depois de tudo o que aconteceu, principalmente envolvendo Joseph. Mas não poderíamos dar brechas a outras organizações ou iriam pensar que estávamos amolecendo. Nada disso. Eu seguia firme e forte e mais duro do que nunca. Ninguém iria ocupar o lugar que alcançamos e seguramos com todas as garras durante esses anos.

Logicamente perguntei a opinião de Lua. Como se ela fosse ficar contra alguma decisão minha!

Ela também voltou com todo o gás e assim como eu, estava em um encontro de negócios. Mas com certeza voltaria antes de mim, afinal hoje era programa de mulherzinha: casamento.

Eu deveria estar mesmo muito apaixonado quando me casei com Lua. Definitivamente não era meu programa favorito assistir a um casamento.

Gastei quase uma hora ajudando os molengas e depois finalmente pude ir para casa. O carregamento das drogas infelizmente teria que ficar por conta deles.

Assim que entrei na sala Lunna apareceu correndo, as bochechas vermelhas e os olhos arregalados. Eu conhecia meu “gado” muito bem pra saber que aquelas mãozinhas pra trás significavam alguma coisa. Logo eu tive a confirmação. John apareceu correndo também e chorando.

– Carrinho…
– Lunna… devolva. – Ela me olhou com a cara mais inocente do mundo. – Eu sei que está escondido aí. Devolva agora ou vou te dar umas palmadas.

Logicamente eu jamais faria isso. Minha mãe sempre disse que palmada nunca resolvia. Mas funcionou porque ela esticou a mão e devolveu o carrinho a ele. Mas eu bem vi quando ela mostrou a língua disfarçadamente pra ele.

Balancei a cabeça e tirei a gravata no instante em que as duas babás, que eu jamais me lembrava o nome entraram na sala. Lunna tinha que ter alguém exclusivamente pra ela. Dava trabalho demais.

Acariciei os cabelos dela que estava agora deitada no sofá com o rosto entre as almofadas. Típico de quando queria fazer-se de vítima. Beijei John que já estava distraído com o carrinho e subi encontrando-me com Joseph na escada. Usava um smoking e parecia um homenzinho.

– Ei cara… está um homem.
– Eu sou homem pai. – Eu ri.
– Você entendeu o que eu quis dizer. Mas já está arrumado para o casamento?
– Sophia pediu para que eu ficasse pronto cedo. Agora vou ajudar a arrumar meus irmãos.
– Boa sorte. Sua mãe já chegou?
– Ainda não.

Isso era novidade. Lua chegando depois de mim. Fui em direção ao nosso quarto, mas parei ao ver Brigite deitada próxima à porta. Era isso mesmo: Brigite. No nosso retorno para casa ela acabou vindo conosco. E não foi uma decisão minha. Na verdade eu fui influenciado. Um dia antes de partirmos Lua e eu estávamos na varanda enquanto as crianças brincavam com Brigite sob a supervisão de Evangeline. Pouco depois ela foi até nós. Queríamos que víssemos uma cena.

Sorri ao me lembrar disso. John dormindo esparramado entre as almofadas e Lunna agarrada nas costas de Brigite como se fosse seu cavalo. Todos três dormindo. Nem mesmo Brigite resistiu ao cansaço.

Mas foi no dia seguinte que fui obrigado a tomar a decisão de trazê-la conosco. O jatinho já estava a postos para partirmos quando Lua deu a mão a Lunna. Ela ficou parada, o cenho franzido olhando para Brigite. Lua se ajoelhou a frente dela segurando suas mãozinhas e disse que a cadela não viria conosco. Meu coração doeu ao ver suas lágrimas que desciam pelo rosto rechonchudo. Lunna soluçava e o corpo pequeno tremia enquanto ela repetia: Bi… Bi.

Era assim que ela chamava Brigite. Lua me olhou com cara de piedade. Eu nunca negava nada a essas mulheres. E pensando bem eu nem sei porque ainda não tinha trazido Brigite pra casa. Estava tão velha e eu sentia que ela iria me deixar em breve. Melhor se estivesse por perto. Agora ficava aí, nessa preguiça andando ou dormindo pela casa.

– Hey, garota… Lunna cansou você novamente? – Ela levantou um pouco a cabeça e voltou a deitá-la sem dar importância à minha presença.

Entrei no quarto e já fui logo tirando minha roupa e entrando no banheiro em seguida. Cheguei a fechar os olhos ao sentir a água morna em meus músculos tensos. Daria tudo para não ter que sair de casa hoje, mas éramos padrinhos. E mesmo se não fôssemos, Chay me mataria caso eu não aparecesse. Mas eu daria um jeito de convencer Lua a voltar cedo para casa. Aliás nem havia motivos para ficarmos muito tempo. Tanto Chay quanto Mel optaram por não fazer festa. E tinha certeza que Chay queria partir logo em lua de mel com medo que eu desse serviço a ele. E eu faria isso mesmo.

Fiquei um bom tempo sob a ducha até que me dignei a sair. Fui para o quarto com a toalha em volta da cintura e no mesmo instante Lua entrou esbaforida no quarto. Primeiro deu uma secada, olhando-me de cima a baixo, mas em seguida jogou a bolsa na cama e se sentou para tirar os sapatos.

– Então é assim? A esposa chega em casa bem depois do marido?
– Talvez porque a esposa trabalhe mais que o marido. – Dei uma risada debochada.
– Nada disso. A esposa é mais lerda que o marido.
– Não comece.
– Ok… sem gracinhas. E aí? Foi tudo bem?
– Sim. Tudo sem problemas. E com você?
– Rolou um pouco de estresse, mas nada grave.
– Aposto que grande parte se deu pela sua impaciência.
– Vai começar?
– Não. Mesmo porque se eu começar irei me atrasar para o casamento do seu irmão.

Falou isso e foi tirando o vestido ficando apenas de calcinha à minha frente. Eu já tinha dispensado todo e qualquer pensamento. Só via aquele corpo cada dia mais perfeito pedindo para ser tocado. Dei dois passos em direção a ela, mas sua mão erguida me fez parar.

– Pode ir baixando esse pau aí. Temos um casamento pra ir.
– Dá tempo… – Eu falei continuando a andar em sua direção.
– Não dá. – Falou e correu em direção ao banheiro. Eu fui atrás, óbvio. Fiquei parado em frente ao box aberto olhando seu corpo sob a ducha.
– Está virando mulherzinha mesmo. Fugindo do pau literalmente.
– Não estou fugindo do pau, Arthur.
– Ah não? É o que então? – Ela me encarou, o olhar me queimando, me deixando ainda mais tarado nela.
– Hoje eu acordei com um puta tesão. E você já tinha saído. Então, quinze minutos de sexo não irão me sustentar.
– Puta que pariu… vadia… – Praticamente rosnei, fazendo menção de entrar no box e tirá-la dali.
– Se fizer isso eu jogo água em você.
– Faça isso será uma ótima desculpa para eu não ir.
– Arthur…. Por favor, me deixe tomar meu banho.
– Tudo bem. Mas já vou avisando que após o casamento eu fico pouco tempo por lá. – Dei as costas prestes a sair do banheiro.
– E se não vier comigo, eu saio e pego a primeira puta que achar. – Foi muito rápido. Já estava na porta quando senti algo acertando minha nuca com força.
– Au… – Olhei para o chão e vi o sabonete caído ali. Lua estava com os braços cruzados em frente ao peito, me olhando com raiva. Já vi que nossa noite seria quente. Amava deixá-la assim. – Isso mesmo. Bate que eu gamo ainda mais.
– Vadio.

Gargalhei e sai do banheiro. Terminei de vestir a roupa de pinguim e sai do quarto. Melhor ver como as crianças estavam porque se eu visse Lua saindo do banho isso não ia prestar.

Fui até o quarto de Lunna e vi Joseph e John, dois rapazinhos sentados comportadamente na beira da cama enquanto esperavam Lunna. Ela já estava vestida. O vestido branco e rosa levemente rodado deixando-a com um ar de boneca. Mas de boneca aquela ali não tinha nada. Tanto que fazia birra para arrumar os cabelos. Eu não entendia nada disso. Melhor voltar para o quarto e ver como Lua estava.

Novamente fiquei parado à porta do quarto, dessa vez do meu, olhando Lua já vestida num longo azul que moldava-se perfeitamente às suas curvas. Os cabelos já estavam presos e ela fazia uma maquiagem leve. Eu adorava provocá-la, chamando-a de mulherzinha, mas se tinha uma coisa que eu amava em Lua era justamente ser o oposto das mulheres “normais”. Ela não levava séculos para se arrumar. Estava sempre com os cabelos sedosos, unhas bem feitas e deliciosamente depilada. E não gastava horas num salão. Sinceramente eu não sabia qual era a mágica que ela fazia, mas nem queria saber. Melhor deixar assim antes que ela resolvesse mudar só pra me aporrinhar.

– Vai ficar babando aí até quando?
– Até você deixar eu erguer esse vestido e foder você. – Ela rolou os olhos e virou-se de frente pra mim. O decote do vestido era de deixar qualquer um louco. – Porra… desse jeito até o padre vai ficar de pau duro.
– Deixe de ser escroto. As crianças já estão prontas?
– Só Lunna está dando trabalho com o cabelo. Acho que deveria ir lá.
– Sempre ela, claro. A fêmea do poderoso.

Eu nem falei nada. Mas Lua sabia tão bem quanto eu que Lunna era uma mistura do gênio ruim de nós dois. Entretanto Lua sabia como colocá-la na linha. Só me restava esperar a briga das duas e sairmos para o casamento. E se Mel viesse com palhaçada de se atrasar iria se ver comigo.

***

Até que não foi tão mal assim. A cerimônia já chegava ao fim. Chay parecia ansioso demais. Não era pra menos. Mel estava linda. Lógico que quando disse isso Lua me deu um pisão com aquele salto enorme.

Incrivelmente nossos três bambinos estavam sentados comportadamente ao lado das babás e de Sophia que passou quase a cerimônia inteira dando de mamar ao bezerro dela. Micael estava mais babão que eu ainda. Rindo feito um idiota. Meus pais pareciam um casal de dezoito anos completamente apaixonados. Parecia que a nuvem negra que andou parada sobre nossa família desapareceu de vez. Essa calmaria me assustava às vezes.

Girei a cabeça quando Lua pegou algo em meu bolso e vi que se tratava de um lenço. Aliás, eu nem sabia como ele tinha ido parar ali. Rolei meus olhos ao vê-la limpando as lágrimas. Foi assim também no casamento de Sophia. Acho que eu sou um ogro mesmo. Será que só eu não conseguia me emocionar?

Eu só faltei suspirar alto quando foram declarados marido e mulher. Fiquei observando Chay beijar Mel como se tivesse medo de parti-la ao meio. Era um molenga mesmo. Como não poderia deixar de ser fomos cumprimentá-los. Mel e Lua se abraçaram, ambas chorando. Eu só balançava a cabeça. Dali seguimos para a casa dos meus pais onde seria servido bolo e champanhe.

– Você é duro mesmo hein, Arthur? Ainda por cima debochado.
– Eu não vou comentar com você a parte do ser duro porque seria inconveniente aqui Sophia. – Ela bufou e colocou Alan sobre o ombro para arrotar.
– E a Alana como vai?
– Arthur eu já pedi para parar com isso.

Sophia ficava irada quando eu chamava seu filho e meu afilhado de Alana. Na verdade isso era um deboche por ela ter sido tão tonta. Quis fazer uma surpresa para a família e resolveu fazer seu ultrassom com outro médico que não Mel. E o sujeito garantiu que seria uma menina. Sophia sempre disse que se chamaria Ashley e nunca falava o nome de menino. O engraçado é que Mel, como médica dela, claro que sabia que era um menino, mas pensou que Sophia apenas tinha uma preferência por meninas. Portanto, nunca disse nada. Essas mulheres complicadas!

Quando nasceu o garotão, Sophia nos contou a história. Eu não seria quem sou se tivesse deixado isso passar em brancas nuvens. Bobeira dela. Se não tivesse falado nada jamais saberíamos dessa história. Agora teria que aguentar as consequências. Ela se afastou antes que eu a aborrecesse mais e eu fui cumprimentar o Chay.

– Não vai fazer nenhuma piadinha, Arthur?
– O casamento já é uma piada Chay. Me conte daqui a dois meses.
– Sei que isso é só fachada. Você paga pau pra poderosa.
– Não nego. E será assim com você. Mel é da mesma laia da Lua. Conheço só pelo cheiro.

Ele gargalhou e eu acabei rindo também. Ele estava feliz. Como eu estive no dia do meu casamento. Lógico que o dele não seria perfeito como o meu, mas fazer o que se só existe uma Lua no mundo? Aliás… falando nela… Olhei ao redor e vi que conversava com meus pais. Fui até eles e abracei-a pela cintura, ficando atrás dela.

– Estava falando com a Lua filho. Vocês bem que poderiam deixar as crianças conosco hoje. Estamos sentindo falta delas.
– Na verdade, Rita está vendo seus filhos saírem da sua asa e está toda chorosa.

Eu amo meus filhos e não é segredo pra ninguém. Mas a possibilidade de estar a sós com Lua logo me atiçou, deixando-me bem animadinho.

– Hã… Lua quem sabe. Por mim tudo bem.
– Rita… esse seu filho é um dissimulado de marca maior. Sei que está vibrando com essa notícia. – Eu fiz cara de paisagem e meu pai gargalhou.
– Ah… poupem-nos desses detalhes.

Então ficou combinado que as crianças ficariam com meus pais. Meu pai iria buscar algumas roupas deles e Lua e eu teríamos a casa só para nós. Exceto os seguranças do lado de fora.

Alguns minutos depois Chay e Mel partiram o bolo e brindamos com champanhe. Somente quando eles se despediram para embarcar eu deixei meu lado grosseiro de lado e desejei o melhor para eles. Claro que eu sempre desejava, mas não necessitava ficar cheio de dengo dizendo a toda hora não é?

Duro foi nos despedir das crianças. Não por elas, que estavam pouco se importando conosco. Queriam mais é se lambuzar de bolo e paparicar o bebê de Sophia.

– Joseph, nem preciso dizer para ajudar sua avó não é? Você sempre faz isso.
– Não precisa mesmo pai.
– Principalmente você sabe quem. – Ele riu.
– Lunna me obedece.
– Que bom. O John é um anjo. Sei que não dará trabalho. – Dei um abraço forte nele.
– E você se cuide também hein? Durma bem.
– Boa noite pai.

Lua também se despediu deles e pouco depois chegávamos em casa. Minhas mãos vieram todo o percurso se enfiando no meio de suas coxas. Era mais forte que eu, fazer o quê?

Já entramos em casa atracados um no outro, mas só beijos. Meus seguranças não poderiam ver Lua em certas intimidades. Conheço a mente vagabunda dos homens e com certeza eles teriam pensamentos obscenos com ela.

– Me espere no escritório amor.
– Escritório? Mas por quê?
– Vá lá… quero ser fodida naquela mesa novamente. Só o primeiro round.

Ouvir isso foi mais que suficiente para que eu apressasse meu passo. Fui até o escritório, tirei terno, gravata e camisa, ficando apenas com a calça. Servi uma dose de uísque e no momento em que levei o copo à boca ela apareceu. Ainda com o vestido, porém descalça e com os cabelos soltos. Porra… ela estava sexy e quase me fez gemer somente com aquela visão. Chamei-a com o indicador e Lua se aproximou. Coloquei o copo sobre a mesa e no mesmo instante ela pulou em meus braços, as pernas se enrolando em volta da minha cintura e nossas bocas se atracando sem o menor pudor. Mordi seus lábios, chupei sua língua e enfiei a minha, percorrendo sua boca para depois enroscar-me em sua língua ávida de beijos. Gemi quando ela me agarrou pelos cabelos do jeito que eu gostava. Meu pau já pulsava e molhava minha boxer, quase estourando o zíper da calça. Com rispidez eu puxei seu decote e baixei a cabeça, abocanhando o seio farto. Mordi seu mamilo, assoprei e suguei fazendo Lua estremecer e gemer alto, rebolando seus quadris de encontro a minha ereção.

Coloquei-a sentada na mesa e abri rapidamente meu zíper, deixando minha calça juntamente com a boxer cair aos meus pés. Lua segurou meu pau com firmeza, espalhando meu pré-gozo pela cabeça inchada me fazendo gemer novamente. Inclinei-me sobre ela voltando a sugar seu seio, porém Lua me afastou e retirou o vestido, passando-o pela cabeça. Meu pau reagiu violentamente, a ponto de doer ao ver a calcinha vermelha, minúscula que parecia colada em sua pele.

– Porra gostosa…
– Tire minha calcinha, Arthur.
– Como sempre amor…
– Mas rápido… e com a boca.

Não entendi a urgência do pedido, mas eu faria isso com a boca com o maior prazer. Sentir o cheiro da boceta da minha mulher me fazia salivar consideravelmente. Empurrei seu corpo e Lua ficou meio deitada, apoiada nos cotovelos. Inclinei o corpo e coloquei minha boca na tira lateral da calcinha. Gemi, entre prazer e surpresa ao sentir o gosto doce derretendo em minha boca.

– Lua... o que…
– Calcinha comestível amor. De morango que você tanto gosta. Mas tem que tirar rápido. Dizem que em contato com a pele por muito tempo ela começar a derreter. E a minha está pegando fogo.
– Caralho mulher… você é louca.
– Tudo para agradar meu macho poderoso.

Isso era o que faltava para eu voltar a cair de boca nela, a maldita calcinha derretendo a cada passada de língua sobre ela. Não resistindo ao tesão que me corroía eu mordi sua boceta, sentindo o doce derretendo em minha boca. O gosto de morango aliou-se ao seu gosto natural e tão seu que por si só já me enlouquecia e me fez explodir, rosnando feito animal no cio. Voltei a devorar seu seio, meus dedos mergulhando em sua gruta ensopada, que já escorria gozo pelas suas pernas.

– Safada… você me enlouquece Lua. Cada dia mais.
– Então venha logo que hoje estou por conta do capeta.

Enlouquecido tanto pela delicia da mulher quanto pelas palavras eu a puxei pelas coxas e numa única arremetida forte me enfiei dentro dela, ambos gemendo alto e já remexendo nossos quadris num desejo gritante. Metia com força, colando minha pélvis em seu corpo permitindo assim uma penetração completa, profunda. Lua gemia e falava obscenidades nunca faladas e rebolava como se estivesse literalmente com o diabo no corpo.

– Porra… mais forte Arthur…mais … Aí caralho…
– Segure-se.

Puxei-a mais para a ponta da mesa e ela apoiou as mãos espalmadas sobre a superfície, deixando a bunda completamente fora da mesa. Ela não tinha medo algum. Sabia que mesmo que viesse a não suportar o apoio apenas das mãos ela estava muito bem segura por mim. Investi com mais força, rebolando os quadris, meus dedos quase abrindo um buraco em sua pele.

– Goza comigo amor… vem…

Sua boceta me prendia, mastigava meu pau e já em outro mundo pelo prazer inenarrável eu me joguei sobre ela, abraçando sua cintura e me liberando no mesmo instante em que ela gritou, gozando em meu pau. Engoli sua boca tentando abafar seu grito, mas tudo o que consegui foi uma forte mordida em meus lábios. Meu corpo suado estava praticamente colado no dela, ambos cansados e momentaneamente satisfeitos. Meu corpo, mesmo bem devagar ainda se movia dentro e sobre ela.

– Vamos continuar isso na cama, lógico.
– Não pretendo sair de lá tão cedo.

Ajeitei-a sobre a mesa apenas para vestir minha calça e peguei-a no colo, ainda nua, subindo até o quarto. Se Lua estava por conta do capeta, como ela disse… então estava por minha conta. Olhando seu corpo e sentindo seu calor infernal, eu me sentia o próprio diabo.

Merda.

Agora sim eu precisaria sair dessa banheira. A água começava a esfriar e a menos que quiséssemos pegar um resfriado o melhor seria sair. Na verdade a água morna misturada a uns sais estranhos foi a maneira que Lua encontrou de aliviar o torpor e a gostosa dor pós horas de sexo. Sem contar que, tenho que admitir, eu estava com sono. Passar a noite em claro foi meio inconsequente, mas quem disse que conseguíamos segurar nosso fogo? Há tempos não ficávamos dessa forma. Está certo que nosso desejo era constante, não diminuía nunca. Mas as vezes a correria do dia a dia fazia com que ficássemos apenas no sexo “normal”.
Lua se levantou parecendo adivinhar meus pensamentos e pegou o roupão. Eu acompanhei, olhando seu corpo cheio de marcas avermelhadas e algumas um pouco roxas.

– Está avaliando o estrago?
– Como sempre.
– Eu gosto disso, você sabe.
– E como sei.
– Venha… antes que adoeça. – Estendeu o roupão para mim e sai da banheira também. – Vou fazer alguma coisa para comermos. São quase nove da manhã e estou faminta.
– Sem contar que precisamos dormir um pouco.
– Hum… o poderoso está cansado?
– A fortaleza um dia cai, Lua. Antes que caia é melhor prevenir.
– Certo. O que quer comer?
– Você está no cardápio?

Ela rolou os olhos e se encaminhou para a porta. Entretanto o toque do meu celular a fez parar. Só queria saber quem era o infeliz que ligava a essa hora. Franzi o cenho ao ver que era de um dos meus homens.

– Diga.
– Chefe? Temos um problema.
– A essa hora da manhã? Só me diga se é um problema que irá me estressar muito.

Lua me olhava atentamente e com certeza percebeu minha expressão mudar da água pro vinho. Primeiro fechei meus olhos… de cansaço. Mas depois veio a raiva. Crispei meus lábios e apenas disse que já estava indo. Mal desliguei e liguei para o Bernardo. Demorou para atender, o vagabundo.

– Bernardo? Sei que deve estar dentro de alguma vadia, mas trate de sair agora. Encontre-me no galpão dois, dentro de no máximo uma hora. – Nem esperei que respondesse e desliguei.
– O que houve?
– Lembra-se do carregamento de ontem à noite?
– De… drogas?
– Sim. Acredita que muitas delas eram apenas… farinha?
– Não acredito nisso!
– Pois pode crer. Isso quer dizer que o sujeito além de filho da puta é burro. E que meus homens acertaram com ele antes de verificar a mercadoria. Cansei de dizer que com drogas não era para fazerem isso.
– E agora? – Já fui procurando uma roupa para vestir enquanto falava com Lua.
– Agora, vista-se. Irá comigo. – Em menos de vinte minutos estávamos prontos. Vestidos e armados.
– Vamos a caça do maldito. Ou ele me entrega a mercadoria correta ou…
– Hum… não se esqueça do chapéu que te deixa…sexy.

Eu nem precisava dizer nada a respeito dela. Ela estava pra lá de gostosa com a calça de couro grudada no corpo. Parecia que se respirasse ela iria se rasgar. Prendeu os cabelos num rabo de cavalo e descemos. Já na porta da sala ela parou.

– Espere. Não podemos nos esquecer do charuto. – Foi correndo até o escritório e logo voltou com um em mãos. Entramos no volvo e dei a partida.
– Tem tanta certeza assim que encontrarei o bandido dando sopa por aí?
– Claro. Eu estou aqui para ajudar.
– Convencida. Mas não precisava pegar esse charuto. Tem um grandão aqui pra você.
– Arthur…

Eu ri alto abismado com a cara de pau dela se fazendo de ofendida. Os olhos brilhavam e as bochechas estavam vermelhas. Após quinze minutos eu estacionava em frente ao galpão. Como sempre dei a volta e abri a porta do carro para Lua.

– Madame…
– Vamos lá. Adoro entrar em ação com você, poderoso. – Segurei sua mão enquanto caminhávamos até a entrada.
– Eu adoro toda forma de ação com você, poderosa. Seja ela qual for.

Sabíamos bem o que representávamos na vida um do outro. Estávamos juntos não só na cama, mas no amor, nas dificuldades, nas alegrias… e no crime. Tínhamos tudo. E esse tudo era o que sempre busquei sem ao menos me dar conta disso.

Continua...

Se leu, comente! Não custa nada.

Agora só falta o Epílogo </3 Saudades já me define e vocês?

Com mais de 10 comentários. Posto o último capítulo.

Bye...

13 comentários:

  1. Não acredito que já acabou, posta logo o epílogo por favor

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  2. Amei o capítulo vou sentir muita falta

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  3. Tomara que no epílogo a lua fiquei grávida de novo

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  4. Vou sentir saudade dessa web!

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  5. Ainda não acredito que já acabou

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  6. Faz segunda temporada por favor

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    1. Não tem como eu fazer uma segunda temporada. Pois a fanfic não é de minha autoria.

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  7. Capítulo perfeito já estou ansiosa para o epílogo

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  8. Me devulga ?? http://comosemprefitonuncaarthurelua.blogspot.com.br/2017/01/amor-mal-resolvido-cap-1.html

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