O
Poderoso Aguiar
14º
Capítulo – A Nova Aguiar
Pov
Lua
Minhas
pernas estavam tão bambas que eu mal conseguia me segurar de pé. A raiva que eu
sentia era tão grande que eu tinha vontade de avançar em Arthur e arrebentar a
cara dele. Sem contar a vagabunda loira, atrevida. Vir dar em cima do meu homem
na maior cara dura. Arthur encarou-a.
–
Sente-se. – Ele também se sentou e pegou seu Black Berry digitando rapidamente.
Depois encarou Tânia novamente.
–
Tem ideia do valor da dívida do seu filho?
Estranhamente
ele estendeu a mão na minha direção como se me chamasse. Eu não sabia o que
fazer, por isso continuei de pé, parada a uma pequena distância. Arthur olhou
para mim, o cenho franzido, provavelmente se perguntando por que eu não me
aproximei.
–
Aqui, Lua.
Com
o coração quase saindo pela boca eu estendi a mão e segurei a dele, que me
puxou até ele. Meus braços envolveram o pescoço dele, mas continuei de pé ao
seu lado. Seus braços envolveram minha cintura. Que merda! Eu não estava
entendendo mais nada. Arthur estava a fim de brincar comigo, era isso? Há
minutos estava analisando o corpo da lombriga loira a minha frente. Agora
estava abraçado a minha cintura? Era piada, só podia ser.
–
Não faço ideia, senhor Aguiar. Ele se recusava a falar e quando seus homens
estiveram em minha casa, eu fiquei tão nervosa que nem prestei atenção ao que
eles diziam.
–
Entendo. E onde está seu filho agora?
–
Desapareceu. Fez as malas e sumiu. Faz mais de um mês que não o vejo.
–
Vamos esperar o Chay chegar com as informações. E então verei o que faço com
você.
A
vagabunda deu um sorriso de orelha a orelha e cruzou bem as pernas deixando
quase o útero a mostra. Ahh… mas eu ia pegar essa vadia. Minha respiração se
acelerou um pouco, o que não deve ter passado despercebido a Arthur que
aumentou o aperto em minha cintura. Mas se o negócio era provocar… então vamos
lá.
–
Aceita alguma coisa, querida? Uma água, um café… suco? – Eu perguntei com um
sorriso falso no rosto. Seu olhar demonstrou espanto, mas rapidamente ela
disfarçou.
–
Um suco seria ótimo. – Fiz menção de me afastar, mas Arthur me segurou.
–
Peça para Desiree. Esse não é seu papel, Lua.
Eu
sorri. Era exatamente isso que eu esperava que ele fizesse, embora a essa
altura do jogo, eu não tivesse mais certeza de nada. Enterrei meus dedos nos
cabelos de Arthur, o que fez com que ele me olhasse.
–
E você, Arthur Aguiar?
Seus
olhos brilharam intensamente, me fitando. Olhei a boca carnuda e sexy e tive
vontade de mordê-lo.
–
Nada para mim, obrigado.
Peguei
o telefone que dava acesso à cozinha e pedi a Desiree que levasse o suco da
vadia. Chay chegou assim que desliguei o telefone.
–
Com licença, chefe. Lua…
–
Como vai, Chay?
–
Bem, obrigado.
–
Conseguiu o que eu pedi Chay?
–
Sim, chefe. Está tudo ai.
Entregou
uma pasta preta para Arthur. Desiree chegou com o suco. Era uma pena que não
tivesse colocado um pouco de veneno ali.
–
Chay… aguarde um pouco mais lá fora. É provável que eu vá precisar de você.
–
Tudo bem. Estou lá fora.
–
E pegue a limusine, Chay.
Olhei
para Chay que tinha o cenho franzido. Tanto eu quanto ele nos perguntávamos o
que Arthur faria com a limusine. Ele não gostava muito de sair com ela.
Preferia o volvo prata blindado.
–
Sim. Com licença.
Assim
que Chay saiu Arthur abriu a pasta e deu uma olhada nos papeis. Depois voltou
novamente ao começo e releu tudo mais lentamente. Eu não tirava os olhos da
vadia, que cruzava e descruzava as pernas, talvez de nervosismo, mas talvez
quisesse chamar a atenção de Arthur que parecia alheio a tudo, exceto aos
papéis em sua mão. Depois de alguns minutos ele finalmente ergueu os olhos.
–
Bom… aqui consta tudo o que seu Narruel andou fazendo e tudo o que ele me deve.
Quantos anos ele tem?
–
16 anos.
–
Tão jovem e tão problemático.
Revirei
meus olhos. Como Arthur era cínico. Ele também era culpado disso, uma vez que
fornecia drogas para esses pobre viciados. Mas eu nem ousava falar isso com ele
novamente. Eu não estava em boas condições para ficar provocando-o.
–
Ele me deve vinte mil dólares, apenas. – A vadia arregalou os olhos.
–
Vinte mil? E ainda diz apenas? – Arthur apenas ergueu as sobrancelhas e nada
respondeu.
–
Seu filho andou aprontando bastante, Denali. Por muito menos que isso vários já
foram parar debaixo da terra. – Dessa vez ela se assustou. Arfou e engoliu em
seco, os olhos arregalados.
–
Por favor, senhor Aguiar. Narruel é tudo o que tenho.
–
O que tinha, não é? Uma vez que ele sumiu.
–
Sim, mas… creio que está buscando um jeito de arrumar esse dinheiro.
–
Sei…
Arthur
jogou a pasta sobre a mesa e inclinou-se na direção de Tânia, os dedos das mãos
entrelaçados a sua frente.
–
Então vamos lá… está me oferecendo seus favores… hã sexuais?
–
Sim.
–
Está se oferecendo para ocupar minha cama todas as horas, todos os dias em
troca do perdão da dívida do seu filho?
–
Exatamente, senhor Aguiar.
–
Sexo de todas as formas por vinte mil dólares…
–
Pois muito bem… eu perdoo a dívida de vinte mil dólares que seu filho tem
comigo. E você fica.
Minha
cabeça girou. Meu estômago embrulhou e uma ânsia de vômito quase me fez
despejar todo meu asco ali mesmo, em cima de Arthur. A ordinária arreganhou
ainda mais a cara e só faltou abrir as pernas para ele. Eu estava congelada no
mesmo lugar, as mãos ainda nos ombros dele.
–
Não irá se arrepender, senhor Aguiar.
–
Você fica… MAS… – Prendi minha respiração. Quanto mais eu iria suportar?
–
Mas?
–
Mas não para me servir na cama… nada de sexo.
–
Co… como? Mas foi isso o que ofereci.
–
Você irá me prestar favores. MAS não sexuais.
–
Não estou entendendo. Pensei que quisesse…
–
Preste bem atenção, Tânia. Você mesma disse que me conhecia muito bem.
–
Sim… algumas “amigas” me contaram sobre você.
–
Então elas devem ter contado que eu JAMAIS fico com mais de uma mulher ao mesmo
tempo. E eu estou com Lua agora.
–
Sim, mas… e se eu esperasse? Quer dizer… elas não duram muito tempo em sua
vida. Você pode me cobrar juros, é claro…
–
Se você realmente for esperar eu me cansar da Lua para começar a pagar sua
dívida, ela ficará tão alta que nem se me der todos os seus orifícios 24 horas
por dia, você conseguirá me pagar. – Meu coração saltitou.
–
Mas…
–
Eu vou falar e pela última vez: Odeio repetição. Minha cama já está ocupada e
muito bem ocupada, diga-se de passagem. Não existe a mínima chance de outra
mulher vir a ocupar o lugar de Lua. Outra coisa que suas amigas não devem
ter-lhe dito: tem milhares de mulheres correndo atrás de mim, modéstia à parte.
Eu não gosto disso. Eu gosto de procurar a ideal para mim. Não gosto de nada
fácil demais. Mulheres que se oferecem demais beiram a vulgaridade e
definitivamente isso não faz meu gênero.
–
Está me ofendendo senhor Aguiar…
Ela
estava pálida e eu congelada. Eu tentava desbloquear meu cérebro e processar
tudo o que Arthur estava dizendo. Era quase irreal.
–
Não é uma ofensa. Mas há de convir comigo que ofendeu minha mulher. Resumindo,
em relação ao seu oferecimento: não estou
interessado. Tudo o que me ofereceu, eu já tenho e de sobra. Mas você
poderá me ser útil de outra forma. E se quiser usar seus “dotes”… ótimo! Desde
que atinja os meus objetivos.
–
E o que seria?
–Você
irá seguir com o Chay e ele te dirá tudo. E preste bem atenção: eu exijo
LEALDADE a mim. Nunca se esqueça de uma coisa: por muito menos que vinte mil dólares eu já matei.
Percebi
claramente como ela estremeceu de medo. Aliás só o tom da voz de Arthur dava
medo.
–
Mas… e se for alguma coisa que eu não concorde? Alguma coisa ilegal, escusa? – Arthur
suspirou fundo e a encarou tão seriamente que eu quase senti pena.
–
Então aconselho você a procurar um prostíbulo e oferecer o que você me
ofereceu. Vá juntando o que receber e me pague os vinte mil dólares.
–
Não… não… eu aceito. Seja lá o que for.
Ele
sorriu abertamente. Maldito, vagabundo…. Como podia ser tão lindo e tão
ordinário? Dois toques no seu Black Berry e três minutos depois Chay apareceu.
–
Chefe?
–
Chay… leve a senhorita Denali. Na limusine… você sabe para onde. Creio que ela
será de grande valia naquele nosso caso.
–
Don Matteo?
–
Exatamente. – Chay nem pestanejou.
–
Vamos senhorita? – Ela se levantou ainda encarando Arthur. Depois me olhou com
visível desprezo.
–
Foi um prazer, Tânia.
–
Igualmente, senhor Aguiar.
Ela
girou e saiu da sala com Chay. Só então percebi que eu estava com a respiração
suspensa. Olhei para Arthur e ele me encara, um brilho divertido nos olhos.
Raiva. Vontade de socar a cara dele.
–
Venha aqui…
Cruzei
os braços em frente ao peito e não me movi. Ele então se levantou e ficou a
minha frente.
–
O que foi? – Fechei minhas mãos e bati em seu peito.
–
Seu ordinário… por que fez isso comigo?
–
Isso o quê?
–
Ainda pergunta? Me fez acreditar que iria aceitar aquela mulher.
–
Eu fiz isso?
–
FEZ! – Eu berrei com ódio.
–
Lua… você me decepciona às vezes. Quantas vezes terei que repetir que não fico
com mais de uma mulher ao mesmo tempo?
–
Eu sei. Mas você poderia me mandar embora.
–
Acha que será fácil assim? Entenda uma coisa de uma vez por todas: Não existe mulher à sua altura. Mas é
como eu disse antes. Eu adoro aquela mulher atrevida, forte, destemida… é assim
que deve ser uma Aguiar. E onde ela está agora? Aqui na minha frente feito uma
gatinha assustada.
Ele
falava isso quase num sussurro, rouco, sexy e quase acabando com a porra da
minha sanidade.
–
Acha mesmo que eu deixaria você partir a troco de sexo fácil? Eu tenho você… para
que irei querer outra?
–
Você gritou comigo. Humilhou-me na frente dela.
–
Não foi minha intenção humilhar você… mas se sentiu assim, Me perdoe. – Engoli
em seco. Arthur Todo Poderoso Aguiar pedindo perdão.
–
Mas eu não podia deixar você espancá-la porque eu já tinha percebido que ela me
seria útil. E gritei também de raiva de você. Como pode pensar tão mal de mim
assim? – Encostei minha cabeça em seu peito. Eu tremia demais.
–
Lua, me entenda, por favor. Sei que sou um grosseirão, mas é meu jeito. Mas
isso não significa que eu seja um monstro totalmente insensível. A gente se dá
relativamente bem… quando você não apronta. – Eu ri baixinho, seus braços me
apertaram com mais força.
–Você
é bonita, inteligente… sexo entre nós é mais que fantástico. Agora me diga, para
que deixar você? Porra… eu… gosto de você. De estar com você.
–
Eu também… gosto de você.
–
Então? Deixa esse medo bobo de lado.
–
Foi isso mesmo… medo. Medo de perder você. – Ele segurou meu queixo e me fez
olhar pra ele.
–
Isso não vai acontecer. Confia em mim, pelo menos uma vez.
–
Eu confio. Mas… precisava ficar reparando no corpo dela e passando a língua nos
lábios?
Ele
gargalhou…. alto. Merda! Foi lindo ouvir isso. Por que ele tinha que ser tão
sério sempre? Sua boca roçou meu ouvido e mordiscou o lóbulo da minha orelha.
–
É bom ficar com ciúmes não é? – Olhei para ele incrédula.
–
Foi… por querer? Fez isso para me provocar, me fazer ciúmes?
–
Estava me devendo essa Lua. Aquele vestidinho ainda está atravessado na minha
garganta. – E eu cai feito um patinho idiota que eu era. Bandido!
–
Você não vale nada. – Empurrei-o, mas ele me puxou de volta.
–Sim…
eu não presto mesmo. Por isso você me adora…
Eu
me preparava para responder a altura quando sua boca buscou a minha e então não
me lembrei de mais nada. Nada mais tinha importância. Só queria sentir sua boca
exigente devorando a minha. A língua macia e atrevida percorrendo cada canto da
minha boca. Merda… ele me deixava em chamas.
–
Agora venha cá… prometi que iríamos conversar sobre seu irmão.
Arthur
foi até o sofá e me fez sentar em seu colo. Sentei-me e acariciei seus cabelos.
–
Não faça nada com ele, por mim.
–
Eu não farei nada com ele, Lua. POR VOCÊ. Mas é bom ele ficar longe de mim, de
nós. – Beijei sua boca com força.
–
Promete que não fará nada?
–
Mas… eu tenho duas condições. E ai passo uma borracha em tudo e esqueço tudo o
que o Pedro fez. – Eu sabia. Arthur nunca dava ponto sem nó.
–
Que condições?
–
Primeiro… eu quero que se case comigo. – Morri.
–
E segundo… quero ter um filho com você.
Morri
mais uma vez. Arthur Queiroga Bandeira de Aguiar queria se casar? Seria a
notícia do século. E antes que eu sequer raciocinasse, minhas palavras saíram
atropeladas.
–
Eu aceito. Eu me caso com você e te dou quantos filhos quiser.
Sua
boca buscou a minha e seu beijo foi tão suave e carinhoso que quase me fez
chorar.
–
Espere um instante.
Ele
foi até o cofre e voltou com uma caixinha na mão. Meu coração disparou. Pegou
minha mão direita e tirou o anel do meu dedo anelar e colocou em outro dedo. No
seu lugar colocou uma grossa aliança de ouro.
–
Pensei que o anel iria ser suficiente.
–
Eu não posso usar um anel desse, Lua.
–
Como?
Ele
me entregou a caixinha onde estava a aliança DELE. Peguei-a e coloquei no dedo
dele, uma estranha emoção me percorrendo. Estava surpresa por ele usar aliança.
Como se adivinhasse meus pensamentos, ele falou.
–
Faço questão de usar aliança, Lua. Quero que todo mundo saiba que tenho DONA.
Aliás… temos que ir até minha casa. Será apresentada como a nova Aguiar. Agora
oficial. – Beijei sua boca.
–
Adoro você, Arthur.
–
Não vai mais sair da minha vida, Lua.
Eu
queria chorar… gritar de felicidade. Ao invés disso eu descansei minha cabeça
em seu ombro, enquanto ele beijava meus cabelos. Arthur não fazia ideia, mas me
casar com ele e dar a ele um filho era tudo o que eu queria. Era meu sonho que
em breve viraria realidade.
Continua...
Se leu,
comente! Não custa nada.
N/M: OMG! Que condições foram
essas? Óbvio que Lua aceitaria, não? Seria louca se não aceitasse. Que lindo
esses dois <3 amam se
provocar... testar um ao outro. Casamento e filhos... mal sabe ele... um já
está feito... Shhhhhhhhh...
Obrigada
a todos os comentários do capítulo anterior.
Com mais de 7 comentários, postarei o
próximo capítulo.
Beijos!
Ahh que lindos!! Continuaa..ta muito apaixonante!!..rs
ResponderExcluirArthur sempre surpreendente, fofo pedindo à em casamento e ainda que lhe dê filhos♥♥
ResponderExcluirThur fazendo ela sentir ciumes so pelo vestido que ela usou...rsrs
ResponderExcluirMas ele que disse que sentia falta da Lua Topetuda
Mds,esses dois gostam de se provocar...
ResponderExcluirWont que lindo, ele pedindo ela em casamento e pedindo filhos...
Como assim um já está feito ? '-'
O Arthur tem um poder surreal. Misericórdia... que homem.
ResponderExcluirEntre as provocações o amor só cresce! Q condições maravilhosas foram essas, amo ver esse lado do Arthur.
ResponderExcluirAmandooo... posta mais
ResponderExcluirAí meu Deus meu coração
ResponderExcluirAdorando!! Arthur consegue ser surpreendente, uma hora todo rude e grosseiro, depois mostra um lado romântico. Claro que a Lua já está apaixonada, quem não estaria por esse homem!!
ResponderExcluirameiiiiiiiiiiii
ResponderExcluirpostaaa maissssssssss, to loucaaaa pelo próximo
ResponderExcluirMaisss
ResponderExcluirToma puta!kkkkk
ResponderExcluirEu definitivamente amo o jeito do Arthur de resolver certas coisas!
Eles van se casar o coisa boa assim a lua acaba com a paranóia dela
Qnd vc vai postar little anie?
ResponderExcluir"Anônimo" Eu não posso dizer uma data, ou hora exata. Estou tentando terminar logo o capítulo. Pois não quero dividi-lo.
ExcluirMds,n acredito q ela ta gravida,q lindo.Amei
ResponderExcluir