O Poderoso Aguiar | 12º Capítulo

|

O Poderoso Aguiar
12º Capítulo – Apenas Vingança?

Pov Lua

Há quanto tempo eu estava nessa mesma posição? A cabeça baixa entre minhas mãos? Eu não ousava levantar meus olhos e encarar Arthur. Ele tinha inúmero defeitos. Assim como tinha inúmeras qualidades. Mentiroso ele não era. Cada palavra dita por ele vinha carregada de verdades. Meu pai e meu irmão… assassinos e estupradores. Era quase impossível de se acreditar. Eu não queria, mas era necessário perguntar. E eu sabia que Arthur esperava isso. Ele já tinha se levantado e estava a minha frente, encostado na mesa do escritório.

– Arthur?
– Sim?
– Por que? Por que eles fizeram isso? Eu não me lembro de meu pai ser um homem violento.
– O que eu consegui descobrir, foi que Pedro queria a Alice e tentou pegá-la a força. Mas ele não estava conseguindo. Seu pai ajudou. Talvez tenha se excitado, sei lá… mas o principal era que… ambos estavam drogados.

Levantei-me de um pulo, a cadeira caindo com um baque surdo. Meu coração estava disparado e as palmas das minhas mãos suavam.

– Meu pai? Meu pai… usava drogas?
– Não sabia disso?
– Não.

Sentei-me onde Arthur estivera há minutos atrás. Era coisa demais para minha cabeça.

– Como descobriu isso?
– Uma garota… que também já havia sido estuprada pelo seu irmão, viu tudo. Ela acabou fugindo com medo. Levei um longo tempo até encontrá-la e agora ela está sob minha proteção.
– Onde?
– Na casa dos meus pais. Você não a viu, ela não sai do quarto. Raramente faz isso.
– Por isso matou meu pai?
– Não.

Ele disse simplesmente. Por que Arthur tinha que ser assim? Parecia que ele gostava. Por que não me dizia logo de uma vez?

– Por que então?
– Pelo roubo. Eu só descobri o caso da Alice há pouco tempo.
– E meu irmão?
– O que tem seu irmão?
– O que irá acontecer com ele? Agora que já sabe a verdade?
– Seu irmão vem me desafiando há muito tempo. Terá o mesmo fim que seu pai.
– Não… não, Arthur… faça outra coisa… qualquer coisa… matar não.

Ele me encarou. Seus olhos eram frios e tive medo dele. Como há muito tempo não sentia. Como eu podia amar esse homem? Definitivamente ele não tinha sentimentos. Não via o mal que iria infligir a mim? Pedro era meu irmão, merda.

– E por que eu faria isso? Por que eu preservaria sua vida inútil?
– Por mim. – Ele continuou me encarando.
– Eu espero que você não se intrometa nesse assunto, Lua.

Dizendo isso, ele saiu, batendo a porta, sem ao menos me olhar. Sua resposta estava bastante clara. Ele iria matar o Pedro. Minha família estava sendo dizimada pelo homem que me incendiava, que me alucinava, que me deixava louca de paixão.

E agora? Está certo que tudo foi uma grande surpresa para mim. Meu pai e meu irmão drogados, assassinos… E eu sozinha nessa história. Foi então que um pensamento tomou conta da minha mente: Vingança.

Era isso, então? Arthur planejou se vingar e… me trouxe para cá, para a sua cama? Eu não passei de um sentimento frio e calculista? Comecei a chorar os soluços escapando de dentro de mim sem que eu conseguisse conter.

Iria embora dessa maldita casa, antes que Arthur voltasse. Corri ao nosso quarto e qual não foi minha surpresa ao vê-lo, somente de calça, sem camisa. Pensei que tivesse saído. Ele me olhou, assustado ao me ver chorando daquele jeito. A raiva me impeliu contra ele. Ainda por cima era cínico. Esmurrei seu peito, ainda chorando alto.

– MALDITO, DESGRAÇADO… EU ODEIO VOCÊ. VOCÊ NÃO PASSA DE UM VERME, ARTHUR QUEIROGA BANDEIRA DE AGUIAR… TENHO NOJO DE VOCÊ!
– O que deu em você agora?

O ódio me cegou e ergui a mão esbofeteando sua face. Suas garras de aço prenderam meus pulsos e ele me sacudiu com força.

– O que é? Perdeu a noção do perigo? Quer se juntar ao seu pai?
– VAGABUNDO!!EU TE ODEIO! EU VOU MATAR VOCÊ. – Ele riu.
– Mata nada… – Mordeu meu pescoço.
– Só se for de prazer.
– PARE! ME SOLTE, SEU PORCO.
– LUA! – Ele berrou me sacudindo. – Acabou a palhaçada. Pare com esse ataque de garotinha. O que deu em você agora? Virou uma drogada também?

Eu explodi num choro convulsivo novamente. E esperei pela ira de Arthur, que incrivelmente, não veio. Pelo contrário. Ele me abraçou e beijou meus cabelos.

– ME LARGA… NÃO SE CANSOU DE RIR DA MINHA CARA?
– CANSEI! – Ele berrou também me arrastando até a cama.
– Me solta, Arthur!
– Vou manter essa boca fechada… só sai besteira daí.

Antes que eu pudesse impedir ele rasgou minha roupa e me jogou na cama. Rapidamente tirou sua calça também. Encolhi-me na cama.

– Não se atreva. Eu vou gritar. – Ele sorriu. Desgraçado. Amava aquele sorriso.
– É claro que vai. Como sempre faz quando estou dentro de você.

Avançou sobre mim e me pegou com força, beijando meus lábios. Não me movi, nem permiti a entrada da língua afoita em minha boca.

– Não cansa de medir forças comigo não é?

Virou-me de quatro na cama e antes que eu esboçasse qualquer reação seu pau me penetrou com força. A força que usou jogou meu corpo para frente e fiquei próxima demais a cabeceira da cama. Suas mãos seguraram meus quadris enquanto estocava com força.

– Aí… grita agora… é assim que você gosta.

Mordi meus lábios… nenhum gemido… nenhum gemido. Eu me obrigava a isso, ou pelo menos tentava. Um rugido escapou dos lábios de Arthur e ele me empurrou com mais força, as mãos dele apoiadas na parede acima da cama. Metia com tanta força que eu sentia literalmente minha carne se rasgando a sua passagem. Senti gosto de sangue de tanto tentar segurar meu gemido. Mas meu sexo me entregava, se contraindo, cada vez mais encharcando, mastigando o pau de Arthur. Mas não gemi… nem rebolei. Arthur segurou minha bunda e rebolou seu pau dentro de mim. Fechei meus olhos com força. Maldito… ele sabia que eu gostava disso.

– Que pena… – A voz rouca soou próxima ao meu ouvido me fazendo arrepiar. – Será preciso quebrar minhas regras e me aliviar com outra. Não curto necrofilia…

Lentamente seu pau foi saindo de dentro de mim, abandonando meu corpo. Automaticamente levei minha mão para trás segurando sua bunda, impedindo que saísse.

– Por que isso? – Ele entrou lentamente dentro de mim.
– Porque… porque…
–Porque? Quer que eu continue?
– Sim.
– Mas você não queria… – Saiu novamente, só a cabeça dentro. Rebolei e ele gemeu.
– Eu quero… quero você. – Deu uma estocada funda e saiu novamente.
– Não acho que queira…
– Por favor, Arthur… não pare… – Ele rebolou seu pau novamente e dessa vez gemi alto.
– Está quase me convencendo a não parar. – Segurei sua bunda novamente e seu pau se enterrou em mim me fazendo gritar.
– Agora sim, delícia. – Arthur curvou seu corpo sobre o meu segurando meus seios e bombeou com força.
– Assim…Arthur… – Empinei minha bunda, nossos quadris se chocando com força, o som ecoando pelo quarto.
– Isso… geme para mim… mostra o que faço com você.
– Só você, Arthur. Só você…

Segurou-me pelos cabelos e assim que girei minha cabeça sua língua invadiu minha boca. Dessa vez não houve resistência. Devastou cada canto da minha boca antes de efetivamente se enroscar na minha. Meu sexo latejava tanto que chegava a doer. Eu rebolava e gemia totalmente sem pudor.

– Goza comigo agora, meu amor…

Eu gritei, jogando minha cabeça para trás, devorando a boca dele. Meu corpo se convulsionou no momento em que seu jato quente e abundante penetrou meu corpo.

Meu corpo exausto caiu na cama e assim fiquei de bruços, enquanto Arthur se jogava ao meu lado. Ficamos em silêncio até nossa respiração voltar ao normal. Arthur então me virou de frente pra ele, minha cabeça em seu peito.

– Desculpe-me. Não queria dizer aquilo.

Merda... comecei a chorar novamente. Doía saber que eu não passava de um joguinho para ele. Continuei chorando, a cabeça em seu peito, sentindo seus lábios em meus cabelos.

– Por que, Arthur? Por que fez isso comigo?
– Do que está falando, Lua?
– Por que me usar desse jeito? Acha que as pessoas não tem sentimentos? Eu sou um ser humano, Arthur. Não sou uma pecinha num jogo de xadrez.
– Explique-se melhor, não estou entendendo.
– Por que me usar? Tudo por uma simples vingança?

Eu perguntei, erguendo minha cabeça e encarando seus olhos. Eu vi o choque neles.

– Então é isso o que pensa de mim? Que estou com você para me vingar?
– E não é?
– Lua… seu irmão está pouco se lixando para você… e seu pai está morto. Quem iria ver minha vingança?
– Não… não sei, mas…
– Lua… por que se colocar tão baixo assim? Você acha que você serviria apenas para isso? Acha que não é boa o suficiente para ser desejada?
– Eu…

Não soube o que dizer. Nem podia. Com Arthur me olhando tão intensamente como se visse minha alma.

– Eu tenho muitos defeitos, Lua. Talvez até mais que qualidades. Mas acha mesmo que eu usaria uma mulher, ou melhor… eu usaria você para uma vingança? Eu poderia usá-la sim, apenas para me satisfazer, o que não é o caso. Nunca para me vingar.
– Arthur…eu…

Ergui minha cabeça novamente para olhá-lo e seus lábios devoraram os meus. Minhas mãos voaram até seus cabelos e retribui seu beijo, como se aquilo fosse essencial para minha sobrevivência.

– Uma última coisa, Lua. Se fosse apenas vingança… acha mesmo que eu teria dispensado Pérola? Se você não fosse continuar aqui comigo?
– Não sei…
– Pare com isso. Onde está aquela garota atrevida e topetuda que entrou aqui? Estou sentindo falta dela. – Olhei em seu rosto e vi que ele sorria.
– Você é tão lindo… por que não sorri sempre?
– Eu faço isso quando estou com você.
– Às vezes. – Ele me abraçou com força e mais uma vez beijou meus cabelos.
– Eu preciso sair e logo mais os rapazes virão para a partida de poker.
– Não sabia disso.
– Está sabendo agora.

Ele se levantou e foi até o banheiro. Tomou um banho rápido e se vestiu. Eu continuei na cama, apenas observando seus movimentos. Depois ele sentou-se ao meu lado.

– Lua, eu posso confiar que quando eu voltar você estará aqui?
– Pode. – Ele me encarou como se buscasse algum indício de mentira.
– Vou acreditar em você.  – Puxou meu corpo nu e me colocou no colo. – Pare com essa birutice de vingança. Você está aqui porque eu quero VOCÊ. Mas nós iremos conversar melhor a respeito do seu irmão.

Não resisti e enlacei seu pescoço, inspirando e sentindo seu cheiro penetrar meu organismo.

– Eu não conseguiria ir. Eu… gosto daqui… de você. – Ele riu levemente e escovou meus cabelos com os dedos.
– Eu gosto de tê-la aqui. Me faz… feliz. – Apertou os lábios em minha cabeça e me colocou novamente na cama.
– O que eu devo fazer? Para receber seus homens?
– Use sua criatividade… – Olhou meu corpo.
– E nada de roupa indecente. Apesar do que… qualquer coisa em você fica indecente. – Sorri internamente. Gostei de ouvir aquilo.
– Não me demoro.
– A que horas eles vêm?
– Às oito. Mas eu volto a tempo de fazer amor com você antes que cheguem.

Sorriu e saiu do quarto. Meu coração disparou. Talvez pelo sorriso dele… mentira. Era por ele ter dito fazer amor.

Estiquei meu corpo na cama, feliz. Arthur estava certo. Pedro estava pouco se lixando para mim. Não ia esquentar minha cabeça com isso agora. Pelo contrário… iria investir em Arthur. Queria esse homem pra mim… apaixonado por mim. Ele estava com saudades da Lua topetuda e atrevida… que bom. Dessa vez eu iria arrebatar o coração de Arthur Aguiar para sempre.

Continua...

Se leu, comente! Não custa nada.

N/M: Aqui está mais um capítulo, só porque retribuíram muito rápido haha até me surpreendi. #Confesso

Arthur sendo um amor <3 raro, raro... mas sempre tem um “mas” haha ele sabe ser carinhoso... o jeito é meio diferente, mas ainda sim, carinhosos ...

O que acharam? Lua sua boba, Arthur te ama, mana!

Obrigada a todos os comentários do capítulo anterior.

Com mais de 7 comentários, postarei o próximo capítulo.

Beijos!

11 comentários:

  1. O Arthue é um fofo também,ele tem seu lado rude, mas também é carinhoso e romântico do jeito torto deve mas é!!

    ResponderExcluir
  2. Maissss tô super ansiosa pro próximo capítulo

    ResponderExcluir
  3. A Lua não consegue resistir aos encantos do Arthur. Estou amando. Continua ainda hoje please.

    ResponderExcluir
  4. A Lua vai mudar ainda mais a vida do Arthur. Aguardo o próximo capítulo ansiosamente.

    ResponderExcluir
  5. Eles se amam pra cacete.Louca pro primeiro "eu te amo" deles.

    ResponderExcluir