Ugly Love
Capítulo 27:
Pov. Lua
Eu fecho a porta do meu
carro e caminho até as escadas que conduzem até o segundo andar do meu prédio.
Eu estou aliviada de não ter mais que usar o elevador, mas eu não posso ajudar,
mas eu sinto um pouco a falta do Cap, mesmo que seus conselhos não façam
sentindo pra mim a maioria das vezes. Era legal apenas tê-lo lá para desabafar.
Eu continuo me mantendo ocupada com o trabalho e a faculdade, tentando ficar
focada, mas tem sido difícil. Eu estou no meu apartamento há duas semanas, e
embora eu deseje ficar sozinha, eu nunca estou. Toda vez que caminho até a
minha porta, Arthur ainda está em todo lugar. Ele ainda está em tudo, e eu
continuo esperando até ele não estar. Eu continuo esperando pelo dia quando vai
doer menos. Quando eu não vou sentir tanto a falta dele. Eu poderia dizer que o
meu coração está quebrado, mas não está. Eu não acho isso. Na verdade, eu não
poderia saber, porque meu coração não está no meu peito desde que eu o deixei
deitado na frente do seu apartamento no dia que eu me despedi dele. Eu digo pra
mim mesma que é um dia por vez, mas é muito mais fácil dizer do que fazer.
Especialmente quando esses dias se transformam em noites, e eu tenho que deitar
na minha cama sozinha, escutando o silêncio. O silêncio nunca foi tão alto até
eu dizer adeus pra Arthur.
Eu já estou temendo
abrir a porta do apartamento, e eu nem estou na metade da escada ainda. Eu já
posso dizer que essa noite não vai ser diferente das outras noites desde
Arthur. Eu alcanço o topo das escadas e viro à esquerda em direção ao meu
apartamento, mas meus pés param de trabalhar. Minhas pernas param de trabalhar.
Eu posso sentir as batidas de um coração em algum lugar do meu peito de novo
pela primeira vez em duas semanas.
—
Arthur?
Ele não se move. Ele
está sentado no chão na frente do meu apartamento, escorado contra a porta. Eu
caminho lentamente na sua direção, sem certeza do que fazer com a sua aparência.
Ele não está de uniforme. Ele está vestido casualmente, e a barba por fazer no
seu rosto prova que ele não tem trabalho por alguns dias. Há também o que
parece um machucado recente embaixo do seu olho direito. Eu estou com medo de
andar até ele, porque se ele está agressivo como ele estava da primeira vez que
eu encontrei com ele, eu não quero lidar com isso. Mas mais uma vez, não há
maneira de eu poder passar por ele e entrar no meu apartamento sem eu caminhar
até ele.
Eu olho pra cima e
respiro profundamente, me perguntando o que eu faço. Eu estou com medo de que
se eu caminhar até ele, eu irei desmoronar. Eu deixarei ele entrar, e eu darei
pra ele o que ele está aqui pra pedir, o que definitivamente não é a parte de
mim que eu quero dar pra ele.
—
Luh...
— ele diz. Eu olho pra ele, e ele está acordado agora,
se levantando, me olhando nervosamente. Eu dou um passo pra trás uma vez que
ele está em pé, porque eu esqueci o quão alto ele é. O quanto ele se tornou
tudo quando ele está parado na minha frente.
—
Há quanto você está aqui? —
eu pergunto pra ele.
Ele olha para o celular
na sua mão.
—
Seis horas. —
Ele olha para mim. —
Eu preciso muito usar o seu
banheiro.
Eu quero rir, mas eu
não lembro como. Eu me viro para a minha porta, e ele sai da frente para eu
pode destrancá-la. Minha mão tremendo empurra a porta aberta do meu
apartamento, e eu entro, então eu aponto para o corredor.
—
À direita.
Eu não olho de volta
pra ele enquanto ele anda naquela direção. Eu espero até que a porta do
banheiro se feche, e eu caio no sofá e enterro meu rosto em minhas mãos. Eu
odeio que ele está aqui. Eu odeio que eu o deixei entrar sem nenhuma pergunta.
Eu odeio que assim que ele sair do banheiro, eu vou ter que fazer ele ir
embora. Mas eu não posso mais fazer isso comigo.
Eu ainda estou tentando
me juntar quando a porta do banheiro se abre e ele caminha de volta para sala
de estar. Eu olho pra ele e não posso olhar longe. Alguma coisa está diferente.
Ele está diferente. O sorriso no seu rosto... a paz nos seus olhos...o jeito
que ele se comporta como se estivesse flutuando. Só faz duas semanas, mas ele
parece tão diferente.
Ele se senta no sofá e
nem se incomoda de colocar um espaço entre nós. Ele senta bem perto de mim e se
inclina na minha direção, então eu fecho os meus olhos e espero quaisquer
palavras que ele está prestes a dizer que irão me machucar de novo. Isso é tudo
que ele sabe fazer.
— Luh. — ele sussurra. — Eu sinto a sua falta.
Uau. Eu não estava
absolutamente esperando ouvir essas palavras, mas elas já se tornaram minhas
novas palavras favoritas. Eu e sinto e a sua e falta.
—
Diga isso de novo, Arthur.
—
Eu sinto a sua falta. —
ele diz imediatamente. —
Tanto. E não é a primeira vez. Eu
tenho sentido a sua falta cada dia que nós não estivemos juntos desde o momento
que eu conheci você.
Ele envolve seu braço
ao redor dos meus ombros e me puxa pra ele. Eu vou. Eu caio no seu peito e me
seguro na sua blusa, apertando meus olhos quando eu sinto seus lábios
pressionados contra o topo da minha cabeça.
—
Olhe pra mim. —
ele diz gentilmente, me colocando
no seu copo para eu olhar pra ele.
Eu faço. Eu olho pra
ele. Eu realmente o vejo dessa vez. Não há proteção. Não há a armadura
invisível me bloqueando de aprender e explorar tudo sobre ele. Ele está me
permitindo vê-lo pela primeira vez, e ele é lindo. Tão mais bonito do que
antes. O que quer que tenha mudado nele, foi grande.
—
Eu quero dizer algo pra você. —
ele diz. — Isso é muito difícil pra eu dizer, porque você é a
primeira pessoa que eu já quis contar isso.
Eu estou com medo de me
mover. Suas palavras estão me aterrorizando, mas eu aceno.
—
Eu tinha um filho, —
ele diz calmamente, olhando para as
nossas mãos agora enlaçadas. Essas palavras são entregues com mais dor do que
quaisquer das palavras que eu já ouvi. Eu inalo. Ele olha pra mim com lágrimas
nos olhos, mas eu permaneço em silêncio por ele, embora suas palavras tiraram o
meu fôlego.
—
Ele morreu há seis anos. —
Sua voz é suave e distante, mas
ainda é sua voz.
Eu posso dizer que
essas palavras são algumas das mais difíceis que ele já teve que dizer. E o
machuca muito admitir isso. Eu quero dizer pra ele parar. Eu quero dizer pra
ele que eu não preciso ouvir isso se isso machuca. Eu quero envolver meus
braços em volta dele e arrancar a tristeza da sua alma com minhas mãos vazias,
mas ao invés disso, eu o deixo terminar. Arthur olha de volta para nossos dedos
interligados.
—
Eu não estou pronto para dizer pra
você sobre ele ainda. Eu preciso fazer isso no meu próprio ritmo. —
Eu aceno e aperto suas mãos tranquilizando-o.
— Eu
falarei sobre ele pra você. Eu prometo. Eu também quero falar pra você sobre
Rachel. Eu quero que você saiba tudo sobre o meu passado.
Eu nem sei se ele
terminou, mas eu me inclino pra frente e pressiono meus lábios nos dele. Ele me
puxa contra ele com tanta força e empurra de volta contra a minha boca tão
forte que é como se ele me dizendo que ele sente muito sem usar as palavras.
— Luh, — ele sussurra contra minha boca. Eu posso senti-lo
sorrindo. — Eu não
terminei.
Ele me levanta e me
arruma perto dele no sofá. Seu polegar circula meu ombro enquanto ele olha pro
seu colo, formando quaisquer que sejam as palavras que ele precisa dizer pra
mim.
—
Eu nasci e cresci num pequeno
subúrbio nos arredores de San Francisco. — ele diz, trazendo seus olhos de volta pros meus. —
Eu sou filho único. Eu realmente
não tenho nenhuma comida favorita, porque eu gosto de quase tudo. Eu quis ser
piloto desde que eu posso lembrar. Minha mãe morreu de câncer quando eu tinha
dezessete anos. Meu pai está casado há um ano com uma mulher que trabalha com
ele. Ela é legal, e eles são felizes juntos. Eu sempre meio que quis um
cachorro, mas eu nunca tive um... — Eu olho pra ele, hipnotizada. Eu olho pros seus olhos
enquanto eles vagueiam pelo meu rosto enquanto ele fala. Enquanto ele me diz
tudo sobre a sua infância e seu passado e como ele conheceu o meu irmão e sua relação com Micael. Suas mãos encontram as minhas, e
ele as cobre como se ele estivesse se tornando o meu escudo. Minha armadura. —
A noite que eu conheci você, —
ele finalmente diz. —
A noite que você me encontrou no
corredor. — Seus
olhos vão em direção ao seu colo, incapaz de manter contato com os meus. —
Meu filho faria seis anos naquele
dia.
Eu sei que ele disse
que queria que eu o escutasse, mas nesse momento, eu apenas preciso abraçá-lo.
Eu me inclino pra frente e envolvo meus braços ao redor dele, e ele permanece
no sofá, me puxando pra cima dele.
—
Isso levou tudo que eu tinha para
tentar me convencer que eu não estava me apaixonando por você, Luh. Toda vez
que eu estava ao seu redor, as coisas que eu sentia me apavoravam. Eu passei
seis anos pensando que eu tinha controle da minha vida e meu coração e que nada
poderia me machucar de novo. Mas quando nós estávamos juntos, eram momentos que
eu não me importava se eu seria machucado de novo, porque estar com você quase
valia a pena a dor em potencial. Toda vez que começava a me sentir desse jeito,
eu apenas empurrava pra longe a culpa e o medo. Eu sentia como se eu não
merecesse você. Eu não merecia a felicidade, porque eu a tirei das duas únicas
pessoas que eu já tinha amado.
Seus braços se apertam
ao meu redor quando ele sente seus ombros tremendo pelas lágrimas que caem.
Seus lábios encontram o topo da minha cabeça, e ele respira continuamente
enquanto ele me beija, por um longo tempo e com força.
—
Eu sinto muito que me levou tanto
tempo. — ele
diz com uma voz cheia de remorso. — Mas eu nunca serei capaz de agradecer o suficiente por
você não ter desistido de mim. Você viu algo em mim que te deu esperança em
nós, e você não desistiu disso. E Lua? Isso significa mais pra mim do que
qualquer coisa que alguém já fez. —
Suas mãos encontram minhas
bochechas, e ele me afasta do meu peito para que ele possa me ver rosto no
rosto. — Pode ser
um pequeno pedaço do tempo, mas meu passado é seu agora. Todo ele. Qualquer
coisa que você quiser saber, eu quero dizer pra você. Mas somente se você me
prometer que eu posso também ter o seu futuro.
As lágrimas rolam pelo
meu rosto, e ele as enxuga, embora eu não precise que ele faça isso. Eu não me
importo que eu esteja chorando, porque elas não são lágrimas tristes. Não
mesmo. Nós nos beijamos por tanto tempo que minha boca começa a doer tanto
quando o meu coração. Meu coração não está machucado por dor dessa vez. Dói
porque ele nunca se sentiu preenchido assim. Eu traço meus dedos sobre a sua
cicatriz na sua mandíbula, sabendo que ele eventualmente irá me contar como ele
a conseguiu. Eu também toco a área suave sob seu olho, aliviada que eu posso finalmente
perguntar sem ter medo que estar aborrecendo-o.
—
O que aconteceu com o seu olho?
Ele ri e deixa sua
cabeça cair pra trás no sofá.
—
Eu tinha que perguntar pro Chay
pelo seu endereço. Ele me deu, mas levou muito tempo para convencê-lo.
Eu imediatamente me
inclino pra frente e gentilmente beijo o seu olho.
—
Eu não acredito que ele bateu em
você.
—
Não foi a primeira vez. —
ele admite. —
Eu tenho bastante certeza que será
a última. Eu acho que ele finalmente está bem com nós dois juntos depois de eu concordar
com algumas das suas regras.
Isso me deixa
nervosa.
—
Quais regras?
—
Bem, em primeiro lugar, eu não
tenho permissão de quebrar o seu coração. — ele diz. — Segundo, eu também não tenho permissão de quebrar o
seu maldito coração. E por último, eu não tenho permissão de porra quebrar o
seu maldito coração.
Eu não posso conter
minha risada, porque isso soa exatamente como algo que Chay diria pra ele.
Arthur ri comigo, e nós aproveitamos um ao outro por alguns momentos em
silêncio. Eu posso ver tudo em seus olhos agora. Cada emoção.
—
Arthur, —
eu digo com um sorriso. —
Você está olhando pra mim como se
você tivesse se apaixonado por mim.
Ele balança sua cabeça.
—
Eu não me apaixonei por você, Luh.
Eu voei.
Ele me puxa pra ele e
me dá a única parte dele que ele nunca foi capaz de me dar até agora.
Seu coração.
N/A: Hello Hello! :)
Quem aí ficou feliz, por enfim esses dois terem se acertado? <3
Querem o último capítulo ainda hoje?
COMENTEM!!!
Último ainda hoje !!!!! Pleaseee !!
ResponderExcluirÚltimooooo ainda hojeeee!!!!!! por favorrrrr
ResponderExcluirAaaaaaaa mds que perfeito
ResponderExcluirArthur seu lindo vc e d+,to super feliz com esse cap ta muito bom,vc escreve muito bem,por favor posta o ultimo cap hoje!
ResponderExcluirAleluia... Até que enfim... Esperei tanto por esse momento.
ResponderExcluirEles merecem ser felizes juntos.
ResponderExcluirO Chay foi mal em...
AHHHHHHHHHHHHHHHHH EU QUERO HJ, VC TEM MÃOS DE FADAS PRA ESCREVE ESSA FIC, MUITO LINDA
ResponderExcluirXXCRIS
MEU DEUSSSSSSSSSSSS, TÔ ATÉ EMOCIONADA, MUITO LINDOOO E FINALMENTE JUNTOS
ResponderExcluirARTHUR FALA UMAS COISAS TÃO LINDAS
EU QUERO MUITO HJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJ
EU QUERO HOJEEEEEEEEEEEEEE SE NÃO VOU FICAR LOUCA KAKAKA
ResponderExcluirBRENDA ESSE FINAL JA TÔ VENDO QUE VOU CHORAR
ResponderExcluirMEU DEUSSSSSSSSSSSS, ARTHUR VC ESCOLHEU A MULHER CERTA
FELICIDADES MEU DEUS
XXCACAU
Me quebrou. E quando penso q é no penúltimo sofro ainda mais!
ResponderExcluirMEU DEUUS!! Finalmente se acertaram e estão todos bem com isso (inclusive o Chay)!! Não to preparada pra fic acabar ��
ResponderExcluirHelena
ai que lindooo, pô to emocionada.Ele finalmente deixou de ser turrão, ufa tava doida pra que eles se acertassem.
ResponderExcluir