Ugly Love
Capítulo 18:
Pov. Lua
Eu trabalhei todo o
final de semana, então eu não vi nem falei com Arthur desde quinta à noite. Eu
continuo dizendo a mim mesma que é o melhor, mas é certo como o inferno que eu
não sinto dessa forma com o jeito que eu deixei ele me comer. Hoje à noite é
segunda, e é o primeiro dos três dias quando Chay não está em casa e Arthur
estará. Eu sei que ele sabe que Chay está fora, mas baseado no modo que ele
deixou as coisas na quinta, eu duvido que ele se importe muito. Eu meio que
espero que ele eventualmente explique se eu fiz alguma coisa errado ou pelo
menos me diga o que o deixou tão chateado, mas a última coisa que eu tive dele
foi a porta do seu quarto batendo depois dele se afastar.cEu posso ver por que
ele não esteve em um relacionamento por seis anos. Ele é, obviamente, sem noção
sobre como tratar uma garota, o que me surpreende, porque eu recebi essas
vibrações dele de que ele realmente era um cara decente. No entanto, suas ações
durante e depois do sexo parecem contradizer o seu caráter. É como se as peças
do cara que ele costumava ser manchassem o cara que ele está tentando ser. Se
qualquer outro homem me tratasse como ele me tratou, seria o único e uma única
vez. Eu não tolero as coisas que eu vi um monte de amigas tolerar. No entanto,
eu me vi continuando a fazer exceções pra ele, como se alguma coisa pudesse
realmente justificar suas ações na semana passada.
Eu estou começando a temer que talvez eu não seja tão resistente afinal de
contas.
Esse medo é
imediatamente confirmado com o salto do meu coração assim que eu saio do
elevador. Há um bilhete colado na minha porta, então eu corro até ele e o puxo.
É apenas um pedaço de papel dobrado com nada escrito do lado de fora. Eu o
abro: Eu preciso executar uma missão. Eu irei parar às sete se você quiser
vir comigo. Eu leio o bilhete diversas vezes. É obviamente dele, e é
obviamente pra mim, mas a bilhete parece tão incrivelmente casual que por um
segundo, eu começo a duvidar se a quinta realmente aconteceu.
Ele estava aqui, no
entanto. Ele sabe como aquela noite terminou entre nós. Ele sabe que eu devo
estar chateada ou com raiva, mas nada no seu bilhete revela nada disso. Eu jogo
minhas coisas dentro do apartamento e leio o bilhete mais uma vez, dissecando
cada coisa da sua caligrafia até a sua escolha de palavras. Eu amasso o bilhete
em minhas mãos e o jogo na direção da cozinha, completamente puta da vida. Eu
estou puta da vida porque eu já sei que eu irei com ele. Eu não sei como dizer
não.
***
Há uma batida suave na
porta exatamente às sete horas. Sua pontualidade me irrita, e não há razão para
isso. Eu não tenho nada contra pontualidade. Eu tenho um pressentimento que
cada pequena coisa que Arthur fizer hoje à noite vai me irritar.
Eu caminho até a porta
e a abro. Ele está parado no corredor, alguns passos afastado. Ele está
provavelmente mais perto da sua porta do que da minha. Ele está olhando para os
seus pés quando eu abro a porta, mas ele finalmente levanta os seus olhos pra
mim. Suas mãos estão enfiadas nos bolsos da sua jaqueta novamente, e ele não
levanta totalmente sua cabeça. Eu levo isso como um sinal de submissão da sua
parte, mesmo que seja mais do que provável do que não.
—
Quer vir?
Sua voz me invade. Me
enfraquece. Me transforma em líquido de novo. Eu aceno enquanto saio para o
corredor e fecho a porta atrás de mim. Eu a travo e me viro para encará-lo. Ele
acena sua cabeça na direção dos elevadores, silenciosamente me dizendo que ele
seguirá atrás de mim. Eu tento ler a expressão nos seus olhos, mas eu deveria
saber melhor. Eu caminho em direção ao elevador e pressiono o botão de descer.
Ele fica perto de mim,
mas nenhum de nós fala. O elevador leva o que parecem anos para chegar até nós.
Quando ele finalmente se abre, nós respiramos aliviados, mas assim que nós
estamos dentro do elevador e as portas se fecham, nenhum de nós pode respirar
novamente. Eu posso sentir ele me olhando, mas eu não olho pra ele. Eu não
posso. Eu me sinto estúpida. Eu sinto como se quisesse chorar novamente. Agora
que eu estou aqui e eu não tenho ideia pra onde estamos indo, eu me sinto como
uma idiota por permitir que chegasse até aqui.
—
Me desculpe. —
Sua voz é fraca, mas é também
surpreendentemente sincera.
Eu não olho pra ele. Eu
sequer respondo. Ele dá três passos pelo elevador, e então chega do meu lado e
aperta o botão de emergência. Seu dedo permanece no botão enquanto ele olha
para mim, mas eu mantenho meus olhos abaixados. Meu rosto está no nível do seu
peito, mas minha mandíbula está tensa, e eu não olho para ele. Eu não.
— Luh, eu sinto muito. — ele repete. Ele ainda não está me tocando, mas ele
está me invadindo de novo. Ele continua parado tão perto de mim que eu posso
sentir sua respiração e ele e o quanto ele realmente sente muito, mas eu nem
sequer sei sobre o que eu supostamente devo perdoá- lo. Ele nunca me prometeu
nada mais do que sexo, e isso é exatamente o que ele me deu. Sexo. Nada menos e
definitivamente nada mais.
—
Me desculpe. —
ele diz novamente. —
Você não merece isso.
Dessa vez, ele toca o
meu queixo, levantando meus olhos para os dele. O toque dos seus dedos no meu
rosto faz minha mandíbula ficar ainda mais tensa. Eu estou fazendo tudo que eu
posso para manter minha armadura, porque eu estou achando difícil lutar contras
as minhas lágrimas.
A mesma coisa que eu vi
em seus olhos quando ele me beijou na sua porta na quinta à noite está de
volta. Algo não dito que ele queria poder dizer, mas as únicas palavras que
saem da sua boca são suas desculpas. Ele estremece como se ele estivesse
experimentando uma dor física real, e ele pressiona sua testa na minha.
—
Me desculpe.
Ele pressiona suas mãos
contra a parede do elevador e se inclina em mim até que nossos peitos estão se
tocando. Meus braços estão do meu lado, e meus olhos estão fechados, e por mais
que eu sinta como se fosse chorar agora, eu me recuso a fazer isso na frente
dele. Eu ainda não tenho certeza pelo que especificamente ele está se
desculpando, mas isso não importa, por que soa como se ele estivesse se
desculpando por tudo. Por começar algo comigo que nós sabíamos que não acabaria
bem. Por não ser capaz de se abrir sobre o seu passado. Por não ser capaz de
ser abrir sobre o seu futuro. Por me arruinar quando ele caminhou para o seu
quarto e bateu a porta.
Uma das suas mãos
agarra o lado da minha cabeça e ele me puxa pra ele. Sua outra mão vai para as
minhas costas, e ele me aperta, pressionando sua bochecha contra o topo da
minha cabeça.
—
Eu não sei o que é isso, Luh. —
ele confessa. —
Mas eu juro, eu não tive a intenção
de machucar você. Eu apenas não sei o que diabos eu estou fazendo.
O pedido de desculpas
na sua voz é o suficiente para fazer meus braços quererem abraçá-lo. Eu os
levanto e agarro as mangas da sua camisa, então pressiono meu rosto no seu
peito. Nós ficamos assim por alguns minutos, ambos completamente perdidos.
Completamente novos nisso. Completamente confusos.
Ele finalmente me solta
e aperta o botão para nos fazer ir pro térreo. Eu ainda não falei, porque eu
não tenho certeza sobre quais palavras usar nessa situação. Quando as portas do
elevador se abrem, ele pega minha mão na sua e a segura durante todo o caminho
até o carro. Ele abre a minha porta e espera que eu entre, então a fecha e
caminha para o seu lado. Eu nunca tinha estado no seu carro antes. Eu estou
surpresa com a simplicidade disso. Eu sei que Chay faz uma quantidade razoável
de dinheiro e geralmente ele gosta de gastar com coisas agradáveis, Esse carro
é discreto como Arthur.
Ele sai do estacionamento,
e nós dirigimos em silêncio por alguns quilômetros. Eu estou cansada do
silêncio e cansada da curiosidade, então a primeira coisa que eu digo pra ele
desde que ele me arruinou é:
— Onde estamos indo?
É como se a minha voz
fizesse o constrangimento se desintegrar completamente, porque ele respira como
se estivesse aliviado de ouvir isso.
—
Ao aeroporto. —
ele diz. — Não a trabalho, no entanto. Eu vou lá algumas vezes
para ver os aviões decolando.
Ele chega através do
console e pega a minha mão na sua. É reconfortante e assustador ao mesmo tempo.
Suas mãos estão quentes, e faz com que eu o queira segurando todo o meu corpo
nelas, mas me assusta o quanto eu quero isso.
Está completamente
quieto novamente até que nós chegamos ao aeroporto. Há sinais de acesso
restrito, mas ele passa por eles como se ele soubesse exatamente onde ele está
indo. Nós finalmente estacionamos em um lugar com vista para a pista de
decolagem.
Vários jatos estão
alinhados, esperando para decolar. Ele aponta para a esquerda, e eu olho,
justamente quando um dos aviões começa a acelerar. Seu carro se enche com o som
dos motores uma vez que ele passa por nós. Nós assistimos ele fazer sua
ascensão, até o trem de pouco desaparecer e o avião ser engolido pela noite.
—
Você vem muito aqui? —
eu pergunto pra ele enquanto eu
continuo a olhar pra fora da minha janela.
Ele sorri, tão
naturalmente, eu me viro pra ele.
—
Isso soou como uma cantada. —
ele diz, sorrindo.
Seu sorriso me faz
sorrir. Seus olhos vão para a minha boca, e meu sorriso faz o seu sorriso
desaparecer.
—
Sim, eu venho. —
ele diz enquanto ele olha pra fora
da sua janela novamente para observar o próximo jato se preparar para
decolagem.
Eu percebo nesse
momento que as coisas não são as mesmas entre nós. Alguma coisa grande mudou, e
eu não posso dizer se isso é bom ou mau. Ele me trouxe aqui porque ele quer
falar. Eu apenas não sei sobre o que ele quer falar.
—
Arthur. —
eu digo, esperando que ele olhe pra
mim novamente. Ele não olha.
—
Não é divertido. —
ele diz silenciosamente. —
Essa coisa que nós estamos fazendo.
Eu não gosto dessa
sentença. Eu quero que ele a retirem porque como se estivesse me cortando. Mas
ele está certo.
—
Eu sei. — eu digo.
—
Se nós não pararmos agora, vai ser
apenas pior.
Eu não concordo verbalmente
com ele dessa vez. Eu sei que ele está certo, mas eu não quero parar. O
pensamento de não estar com ele de novo faz meu estômago se sentir vazio.
—
O que eu fiz que o chateou tanto?
Ele coloca seus olhos
em mim, e eu não os reconheço por causa do gelo acumulado atrás deles.
—
Isso é tudo sobre mim, Luh. —
ele diz com firmeza. —
Não pense nem por um segundo que
meus problemas são por qualquer coisa que você fez ou não fez.
Eu encontro uma pequena
dose de alívio na sua resposta, mas eu ainda não tenho ideia do que está errado
com ele. Nós mantemos nossos olhos um no outro, esperando o outro preencher o
silêncio novamente. Eu não tenho ideia
do que ele sofreu no passado, mas deve ter sido bem difícil se ele não pôde
seguir em frente após seis anos.
—
Você age como se fosse uma coisa
ruim para nós gostar um do outro.
—
Talvez seja. —
ele diz.
Eu meio que quero que
ele pare de falar agora, porque tudo que ele diz está apenas causando mais
sofrimento e me fazendo ficar ainda mais confusa.
—
Então você me trouxe aqui para
terminar?
Ele respira
pesadamente.
—
Eu só quero que isso seja
divertido, mas... Eu acho que você tem diferentes expectativas por mim. Eu não
quero machucar você, mas se nós continuarmos fazendo isso... Eu irei. —
Ele olha pra fora da sua janela de
novo.
Eu quero bater em
alguma coisa, mas ao invés disso, eu corro duas mãos frustradas pelo meu rosto
e caio pesadamente contra o meu banco. Eu nunca conheci alguém que pudesse
dizer tão pouco quando falasse. Ele é definitivamente perfeito na arte da
evasiva.
—
Você tem que me dar mais do que
isso, Arthur. Uma simples explicação, talvez? O que diabos aconteceu com você?
Sua mandíbula se aperta
tão firme quanto seu aperto no volante.
—
Eu pedi que você fizesse duas
coisas por mim. Não me perguntasse sobre o meu passado, e nunca esperasse um
futuro. Você está fazendo as duas coisas.
Eu aceno.
—
Sim, Arthur. Você está certo.
Porque eu gosto de você, e eu sei que você gosta de mim, e quando nós estamos
juntos, é fenomenal, então isso é o que pessoas normais fazem. Quando elas
encontram alguém que é compatível com elas, elas se abrem para elas. Elas as
deixam entrar. Elas querem estar com elas. Elas não fodem com elas contra a sua
mesa da cozinha e então se afastam e as fazem se sentir como uma merda completa.
Nada. Ele não me dá
nada. Nenhuma reação.
Ele encara em frente e
liga o carro.
—
Você está certa. —
ele diz. Ele dá ré no carro e se
prepara para sair do estacionamento. — É uma coisa boa que nós fomos amigos primeiro. Isso
teria feito isso um pouco mais difícil.
Eu me viro pra ele
porque eu estou constrangida como suas palavras me fazem ficar com raiva. Eu
estou constrangida que está me machucando como está, mas tudo com Arthur
machuca. Isso machuca porque eu sei o quão bom nossos bons momentos são, e eu
sei o quão facilmente os maus momentos vão embora se ele apenas parasse de
tentar de lutar com isso.
— Luh. — ele diz com remorso.
Eu quero arrancar sua
voz da garganta. Sua mão encontra o meu ombro, e o carro não está mais se
movendo.
— Luh, eu não quis dizer isso.
Eu tiro a sua mão.
—
Não. — eu digo. — Ou você admite que me quer mais do que apenas pro
sexo, ou me leva pra casa.
Ele está calado. Talvez
ele esteja pensando no meu ultimato. Admita isso, Arthur. Admita isso. Por
favor.
O carro volta a se
mover de novo.
***
—
O que você esperava que fosse
acontecer? — Cap
pergunta, me entregando outro lenço de papel.
Quando Arthur e eu
voltamos para o prédio, eu não podia suportar subir no elevador com ele, então
eu peguei um lugar perto do Cap e o deixei ir sozinho. Ao contrário do exterior
forte que eu tentei mostrar pra Arthur, eu estava completamente destruída
derramando todos os detalhes sobre o Cap, sem saber se ele se importaria em
escutar ou não.
Eu limpo meu nariz
novamente e jogo o lenço de papel, adicionando-o a pilha perto de mim no chão.
—
Eu estava delirante. —
eu digo. — Eu disse pra mim mesma que eu poderia lidar com isso
se ele nunca quisesse mais. Eu acho que eu pensei que se ele tivesse tempo, ele
poderia eventualmente voltar atrás.
Cap alcança a lata de
lixo ao seu lado e coloca entre nós então eu posso ter algum lugar para atirar
meus lenços de papel.
—
Se aquele garoto não pode ver a
coisa boa que ele tinha com você, então ele não vale o seu tempo.
Eu aceno, concordando
com ele. Eu tenho um monte de coisas mais importantes para fazer com o meu
tempo, mas por alguma razão, eu sinto como se Arthur pudesse ver a coisa boa
que ele tinha comigo. Eu sinto como se ele desejasse poder fazer isso funcionar
entre nós, mas alguma coisa maior do que ele ou eu ou nós está segurando-o. Eu
apenas gostaria de saber o que é.
—
Eu já te falei sobre a minha
brincadeira favorita? — Cap pergunta.
Eu balanço minha cabeça
e agarro outro lenço de papel da caixa em suas mãos, aliviada por ele ter
mudado de assunto.
—
Toc, toc. — ele diz.
Eu não esperava que sua
brincadeira favorita fosse ser uma brincadeira de toc, toc, mas eu jogo com
ele.
—
Quem é?
—
Interrupção da vaca. —
ele diz.
—
Interrup...
—
MUU! — ele grita alto, me cortando. Eu o encaro.
Então eu sorrio. Eu
sorrio mais do que eu sorri em muito tempo.
Pov. Arthur
6 anos antes
Meu pai diz que precisa
conversar conosco.
Ele me diz pra pegar
Rachel e encontrar ele e Lisa na mesa de jantar. Eu digo pra ele okay, que há
algo que nós queremos conversar com eles, também. A curiosidade brilha em seus
olhos, mas só por um breve segundo. Ele está pensando em Lisa de novo, e ele não
está mais curioso. Seu tudo é Lisa.
Eu vou até o quarto da
Rachel e digo pro meu tudo que eles querem conversar conosco.
Nós nos sentamos à mesa
de jantar. Eu sei o que ele vai dizer. Ele vai nos dizer que ele fez o pedido.
Eu não quero me importar, mas eu me importo. Eu me pergunto por que ele não me
contou primeiro. Isso me deixa triste, mas só um pouco. Isso não vai importar
depois que nós dissermos pra eles o que nós temos que dizer.
—
Eu pedi pra Lisa casar comigo. —
ele diz. Lisa sorri para ele. Ele
sorri de volta. Rachel e eu não estamos sorrindo.
—
Então nós fizemos. —
Lisa diz, seu anel cintilando.
Então. Nós. Fizemos.
Rachel suspira
baixinho. Eles já estão casados. Eles parecem felizes. Eles estão olhando pra nós, esperando por uma
reação.
Lisa está preocupada.
Ela não gosta que Rachel pareça tão chateada.
—
Querida, foi para aproveitar o
momento. Nós estávamos em Vegas. Nenhum de nós queria um casamento grande. Por
favor, não fique furiosa.
Rachel começa a chorar
em suas mãos. Eu passo meu braço ao seu redor e tento consolá-la. Eu quero
beijar Rachel, tranquilizando-a, mas meu pai e Lisa não entenderiam isso. Eu
preciso contar pra eles. Meu pai olha confuso que Rachel esteja tão chateada.
—
Eu não pensei que nenhum de vocês
iria se importar. — ele
diz. — Vocês
estarão na faculdade daqui a dois meses.
Ele pensa que nós
estamos furiosos com eles.
—
Pai? — eu digo, mantendo meu braço ao redor de Rachel. —
Lisa? — Eu olho pra ambos. Eu vou arruinar o dia deles.
Arruinar. — Rachel
está grávida.
Silêncio. Silêncio.
Silêncio.
Silêncio ensurdecedor.
Lisa está em choque.
Meu pai está consolando
Lisa. Seu braço está ao redor dela, e ele está esfregando as suas costas.
—
Você não tem nem um namorado. —
Lisa diz para Rachel. Rachel olha
pra mim. Meu pai se levanta. Ele está com raiva agora.
—
Quem é o responsável?
Ele grita. Ele olha pra
mim.
—
Me diz que ele é, Arthur. Que tipo
de cara engravida uma garota e não tem colhões para estar com ela quando ela
conta pra própria mãe? Que tipo de cara deixaria o irmão da garota ser o
responsável pela notícia?
—
Eu não sou irmão dela. —
eu digo pro meu pai. Eu não sou.
Ele ignora o meu
comentário. Ele está andando para a cozinha ele odeia a pessoa que fez isso com
Rachel.
—
Pai. — eu digo. Eu me levanto. Ele para de andar. Ele se vira
e olha pra mim. — Pai...
— Eu de
repente não estou confiante como eu estava quando eu me sentei Para fazer isso.
Eu tenho que fazer isso.
—
Pai, fui eu. Eu sou o cara que a
engravidou. — Minhas
palavras são difíceis para ele engolir. Lisa está olhando de mim para Rachel.
Ela não pode engolir o que eu estou falando também.
—
Isso não é possível. —
meu pai diz, tentando empurrar pra
longe todos os pensamentos que estão dizendo pra ele que isso é possível. Eu
estou esperando ele processar.
Sua expressão muda da
confusão para raiva. Ele está olhando pra mim como se eu nem fosse o seu filho.
Ele está olhando pra mim como se eu fosse o cara que engravidou a sua enteada.
Ele me odeia. Ele me odeia.
Ele realmente me odeia.
—
Saia da minha casa.
Eu olho pra Rachel. Ela
agarra a minha mão e balança sua cabeça, Me implorando em silêncio para não
sair.
—
Saia. — ele diz de novo. Ele me odeia.
Eu digo pra Rachel que
eu devo ir.
—
Apenas por pouco tempo.
Ela implora que eu não
vá. Meu pai caminha ao redor da mesa e me empurra. Ele me empurra em direção à
porta. Eu solto a mão da Rachel.
—
Eu estarei no Micael. —
eu digo pra ela. —
Eu amo você.
Essas palavras são
obviamente demais para o meu pai, porque seu punho imediatamente vem em minha
direção. Ele puxa sua mão para trás e olha quase tão chocado quanto eu que ele
me deu um soco.
Eu saio, e meu pai bate
a porta. Meu pai me odeia. Eu caminho até o meu carro e abro a porta. Eu sento
no banco do motorista, mas eu não ligo o motor. Eu olho no espelho. Meu lábio
está sangrando. Eu odeio o meu pai.
Eu saio do meu carro e
bato a porta. Eu entro em casa. Meu pai corre para a porta. Eu levanto minhas
mãos. Eu não quero bater nele, mas eu vou. Se ele me tocar de novo, eu baterei
nele. Rachel não está mais na mesa. Rachel está no seu quarto.
—
Eu sinto muito. —
eu digo pra eles. —
Nós não queríamos que isso
acontecesse, mas aconteceu, e agora nós temos que lidar com isso.
Lisa está chorando. Meu
pai está abraçando-a. Eu olho pra Lisa.
—
Eu a amo. — eu digo. — Eu estou apaixonado pela sua filha.
Eu vou tomar conta
deles.
Nós temos isso.
Lisa não pode nem olhar
pra mim. Os dois me odeiam.
—
Isso começou antes mesmo de eu
conhecer Lisa. Eu a conheci antes de saber que você estava com o meu pai, e nós
tentando parar. — Isso
é meio que uma mentira.
Meu pai caminha em
minha direção.
—
O tempo todo? Isso está acontecendo
o tempo todo que ela está vivendo aqui?
Eu balanço a minha
cabeça.
—
Isso está acontecendo desde antes
dela morar aqui.
Ele me odeia ainda mais
agora. Ele quer me bater de novo, mas Lisa está o puxando pra trás. Ela diz pra
ele que eles vão resolver isso. Ela diz pra ele que ela pode “cuidar
disso.” Ela diz pra ele que tudo vai ficar bem.
—
É tarde demais pra isso. —
eu digo pra Lisa. —
Ela está longe demais.
Eu não espero meu pai
me bater de novo. Eu corro pelo corredor e vou para Rachel. Eu tranco a porta
atrás de mim. Ela me encontra na metade do corredor. Ela joga seus braços ao
redor do meu pescoço e chora na minha blusa.
—
Bem, — eu digo. — A parte mais difícil terminou.
Ela sorri com seu
choro. Ela me diz que a parte mais difícil não acabou ainda. Ela me diz que a
parte mais difícil é fazê-lo sair. Eu sorrio. Eu amo tanto você, Rachel.
—
Eu amo tanto você, Arthur. —
ela sussurra.
N/A: Hello Hello! :)
É a coisa não está fácil pra Lua, tadinha, Arthur terminou tudo o que eles tinham :/
Vou dar um spoiler, no próximo capítulo tem ciúmes do Arthur, HOT e Chay descobrindo a verdade sobre eles...
COMENTEM AÍ!
Posta maiss
ResponderExcluirQuero q o Arthur fique sozinho , tadinha da Lu
ResponderExcluirAi meu Deus !!!
ResponderExcluirPosta logo Jesus !
Posta mais!! To louca pro proximo!! Posta hoje mesmo
ResponderExcluirQuero ver a reação do chay com isso
ResponderExcluirPor que o Arthur não se declara logo? Seria tudo tão mais fácil pra Lua...
ResponderExcluirJá quero o próximo!!!
Helena
Essa história dos dois é uma caixinha de surpresa. Quando penso q vai acontecer algo, acontecer outra! Coitada da Lua
ResponderExcluirPOSTA MAIS, POR FAVOR!!!
ResponderExcluirTirando a parte que o Arthur terminou tudo com a Lua, que bad :(, mas contudo aprendendo a gostar cada dia mais da história.
Muito Boa mesmo Brenda, parabéns!!!!!
Lays
Eu pensando que as coisas iam melhorar e o Arthur se redimir com a Lua e ele faz isso. Mas que bom que ele fique com ciumes e enxergue a burrada que fez!!!!
ResponderExcluirCris *-* <3
Ooh meu Deus luinha sofrimento ..
ResponderExcluirAí mais que raiva estou sentindo do Arthur. Que merda ele está fazendo. É um otário... por que não assume logo o que está acontecendo. Já estou imaginando tanta coisa. ( A Lua arranjando um apartamento loge do Arthur, o Arthur trabalhando feito um louco, a Lua tentando seguir a vida ) aff não aguento isso.
ResponderExcluirEsperando ansiosamente pelo próximo capítulo.
Que louco esse passado do Arthur.. lua não merece oque ele tá fazendo. Qual será a reação do chay quando descobrir? :o
ResponderExcluirFany
A Lua deveria seguir em frente para o Arthur ver o que ele perdeu e para ele se morder de ciúmes!!
ResponderExcluirSerá que o chay vai querer bater no Arthur, quando souber da relação que eles tiveram................doida para ler o próximo capítulo!!!!