Ugly Love
Capítulo 9:
Pov. Lua
Pov. Lua
—
Enfermeira! —
Chay grita. Ele entra na cozinha, e
Arthur segue atrás dele. Chay fica de lado e aponta para Arthur. Sua mão está
coberta de sangue. Está pingando. Arthur está olhando pra mim como se eu
devesse saber o que fazer. Isso não é uma emergência. Essa é a cozinha da minha mãe.
—
Uma pequena ajuda aqui? —
Arthur diz, agarrando com firmeza a
sua mão. Seu sangue está pingando por todo o chão.
—
Mãe! — eu grito. — Onde está o seu kit de primeiro socorros? —
Eu estou abrindo as gavetas,
tentando encontrá-lo.
—
No banheiro do andar de baixo! Em
baixo da pia! — ela
grita.
Eu aponto em direção ao
banheiro, e Arthur me segue. Eu abro a gaveta e pego o kit. Fechando a tampa da
privada, mando Arthur sentar, então eu sento na beira da banheira e pego sua
mão.
—
O que você fez? —
Eu começo a limpar e inspecionar o
corte. É profundo, bem no centro da palma da mão.
—
Agarrei a escada. Estava caindo.
Eu balanço minha
cabeça.
—
Você deveria ter deixado cair.
—
Não poderia. —
ele diz. — Chay estava embaixo.
Eu olho pra ele, e ele
está olhando pra mim com aqueles intensos e contrastantes olhos azuis. Eu olho
pra baixo pra sua mão.
—
Você precisa de pontos.
—
Você tem certeza?
—
Sim. — eu digo. — Eu posso levá-lo na emergência.
—
Você não pode dar os pontos aqui?
Eu balanço a minha
cabeça.
—
Eu não tenho os suprimentos certos.
Eu preciso de suturas. É muito fundo.
Ele usa a outra mão
para esvaziar o kit de primeiro socorros. Ele pega um carretel de linha e
entrega pra mim.
—
Faça o seu melhor.
—
Não é como eu estivesse costurando
um maldito botão, Arthur.
—
Eu não vou gastar meu dia todo na
emergência por causa de um corte. Apenas faca o que você puder. Eu vou ficar
bem.
Eu não quero que ele
passe o dia na emergência também. Ele significaria que ele não estaria aqui.
—
Se sua mão infeccionar e você
morrer, eu vou negar qualquer parte disso.
—
Se minha mão infeccionar e eu
morrer, eu estarei bem morto para culpar você.
—
Bom ponto. —
eu digo. Eu limpo seu corte de
novo, então pego os suprimentos que precisarei e os coloco no balcão. Eu não
consigo pegar um bom ângulo do jeito que nós estamos posicionados, então eu me
levanto e apoio minha parte na ponta da banheira. Eu coloco sua mão na minha
perna. Eu coloco sua mão na minha perna. Oh, inferno. Isso não vai funcionar
com seu braço envolto na minha perna assim. Se eu quero que minhas mãos
permaneçam calmas e não tremam, eu vou precisar nos reposicionar.
—
Isso não está funcionando. —
eu digo, me virando pra ele. Eu
pego sua mão e encosto no balcão, então eu fico diretamente na frente dele. O
outro jeito funcionar melhor, mas eu não posso tê-lo tocando na minha perna
enquanto eu faço isso.
—
Isso vai doer. —
eu aviso. Ele ri como se ele
conhecesse a dor e para ele, isso não é dor. Eu furo sua pela com a agulha, e
ele nem sequer vacila. Ele não faz nenhum som. Ele me observa trabalhar em
silêncio. De vez em quando, ele olha pra minha mão e pro meu rosto. Nós não
falamos, como sempre. Eu tento ignorá-lo. Eu tento focar na sua mão e no seu
corte e como ele precisa desesperadamente ser fechado, mas nossos rostos estão
tão perto, eu posso sentir sua respiração na minha bochecha toda vez que ele
expira. E ela começa a expirar muito.
—
Você tem uma cicatriz. —
eu digo num sussurro. Eu me
pergunto pra onde foi o resto da minha voz. Eu forço a agulha uma quarta vez.
Eu sei que dói, mas ele não deixa isso transparecer. Toda vez que eu furo a sua
pele, eu tenho que parar para estremecer por ele. Eu deveria estar concentrada
no seu corte, mas a única coisa que eu posso sentir é nossos joelhos se
tocando. A sua mão que eu não estou suturando está descansando no topo do seu
joelho. Uma das pontas dos seus dedos está tocando meu joelho. Eu não tenho
ideia de como tanta coisa pode estar acontecendo agora, mas tudo que eu posso
focar é na ponta daquele dedo. Ele parece quente contra o meu jeans como um
ferro em brasa. Aqui está ele com um corte sério, encharcando a toalha de
sangue, minha agulha furando sua pele, e tudo que eu posso focar é no pequeno
contato entre meu joelho e seu dedo. O que me faz pensar como esse toque seria
se não houvesse uma camada de roupas entre nós. Nossos olhares se encontram por
dois segundos, e então rapidamente eu olho para sua mão. Ele não está olhando
para sua mão agora. Ele está me encarando, e eu estou fazendo o meu melhor para
ignorar o jeito da sua respiração. Eu não posso dizer se sua respiração acelerou
porque eu estou perto dele ou porque eu estou o fazendo sofrer. Duas das pontas
dos seus dedos estão tocando o meu joelho. Três. Eu inalo novamente e tento
focar em terminar os seus pontos. Eu não posso. Isso é de propósito. Seu toque
não é um olhar acidental. Ele está me tocando porque ele quer me tocar. Seus
dedos trilham o meu joelho, e sua mão desliza por trás da minha perna. Ele
coloca sua testa contra o meu ombro com um suspiro, e ele aperta a minha perna
com sua mão. Eu não tenho ideia como eu estou de pé.
—
Lua. — ele sussurra. Ele diz meu nome dolorosamente, então eu
paro o que estou fazendo e espero que ele me diga que está doendo. Eu espero
que ele me peça um minuto. É por isso que ele está me tocando, não é? Porque eu
o estou machucando? Ele não fala de novo, então eu termino o último ponto e dou
um nó na linha.
—
Acabou. — eu digo, recolhendo os itens do balcão. Ele não me
solta, então eu não me afasto dele.
Sua mão lentamente
começa a deslizar pela parte de trás da minha perna, pela minha coxa, em torno
do meu quadril até a minha cintura. Respire, Lua. Seus dedos agarram a minha
cintura, e ele me puxa pra perto, ainda com sua cabeça pressionada em mim.
Minhas mãos encontram seus ombros, porque eu tenho que agarrar alguma coisa
para me equilibrar. Todo músculo do meu corpo de alguma forma esqueceu como
fazer o seu trabalho. Eu continuo de pé, e ele ainda está sentado, mas eu estou
posicionada entre suas pernas agora que ele me colocou perto dele. Ele
lentamente começa levantar sua cabeça do meu ombro, e eu tenho que fechar os
meus olhos, porque ele me deixa tão nervosa que eu não posso olhar para ele. Eu
o sinto levantando sua cabeça para olhar pra mim, mas meus olhos ainda estão
fechados. Eu os aperto com mais força. Eu não sei por que. Eu não sei nada
agora. Eu só sei de Arthur. E agora, eu
acho que Arthur quer me beijar. E agora, eu tenho bastante certeza que eu quero
beijá-lo. Sua mão lentamente trilha todo o caminho pelas minhas costas até ele
tocar atrás do meu pescoço. Eu sinto como se sua mão estivesse deixando marcas
em cada parte do meu corpo que ela toca. Seus dedos estão na base do meu
pescoço, e sua boca não está a mais de um centímetro da minha. Então eu não
posso distinguir se são seus lábios ou suas respirações que estão arrepiando a
minha pele. Eu sinto que estou prestes a morrer, e não há nada no kit de
primeiro socorros que possa me salvar. Ele aperta mais meu pescoço...e então
ele me mata. Ou ele me beija. Eu não posso dizer qual, desde que eu tenho
bastante certeza que ambos me fariam sentir do mesmo jeito. Seus lábios contra
os meus parece como tudo. Como viver e morrer e renascer, tudo ao mesmo tempo.
Bom Deus. Ele está me beijando. Sua língua está na minha boca, acariciando a
minha, e eu não lembro como isso aconteceu. Eu estou bem com isso, no entanto.
Eu estou bem com isso. Ele começa ficar de pé, mas sua boa continua na minha.
Ele anda em minha direção até a parede atrás de mim substituir a mão que estava
atrás da minha cabeça. Agora ele está tocando a minha cintura. Oh, meu Deus,
sua boca é tão possessiva. Seus dedos estão espalhados de novo, procurando o
meu quadril. Oh droga, ele simplesmente gemeu. Sua mão se move pra minha
cintura e desliza para minha perna. Mate-me agora. Apenas me mate agora. Ele
levanta minha perna e a envolve em torno dele, então se pressiona em mim tão
bem que eu gemo em sua boca. O beijo para abruptamente. Por que ele está se
afastando? Não pare, Arthur. Ele solta minha perna, e a palma da sua mão bate
na parede ao lado da minha cabeça como se ele precisasse de apoio para
continuar de pé. Não, não, não. Continue. Coloque sua boca de volta na minha.
Eu tento olhar pros seus olhos novamente, mas eles estão fechados. Eles estão
se arrependendo disso. Não os abra, Arthur. Eu não quero ver você se
arrependendo disso. Ele pressionar sua testa contra a parede ao lado da minha
cabeça, ainda encostado em mim enquanto ficamos em pé quietos, tentando
retornar o ar aos nossos pulmões. Depois de várias respirações profundas, ele empurra
a parede, se vira, e caminha pra balcão. Felizmente, eu não vi os seus olhos
antes dele abri-los, e agora ele está de costas pra mim, então eu não posso ver
o arrependimento que ele obviamente sente. Ele pega um par de tesouras médicas
e corta um rolo de gaze. Eu estou presa na parede. Eu acho que ficarei aqui
para sempre. Eu sou o papel de parede agora. É isso. É tudo que sou.
—
Nós não devíamos ter feito isso. —
ele diz. Sua voz é firme. Dura.
Como metal. Como uma espada.
—
Eu não me importo. —
eu digo. Minha voz não é firme. É
como líquido. Evapora. Ele enrola sua mão ferida, então se vira e me olha. Seus
olhos estão firmes como sua voz estava. Eles também são duros, como metal. Como
espadas, cortando através das cordas que prendiam a pouca esperança oscilante
que eu tinha por mim e por ele e aquele beijo.
—
Não me deixe fazer aquilo de novo.
— ele
diz.
Eu quero que ele faça
isso de novo mais do que eu quero o jantar de Ação de Graças, mas eu não digo
isso pra ele. Eu não posso falar, porque seu arrependimento está preso na minha
garganta.
Ele abre a porta do
banheiro e sai. Eu ainda estou presa na parede. O.Que.Diabos?
***
Eu não estou mais presa
na parede do banheiro. Agora eu estou presa na minha cadeira, convenientemente
sentada na mesa de jantar perto do Arthur. Arthur, com quem eu não falo desde
que ele se referiu a ele ou a nós ou ao nosso beijo como “aquilo”. Não me deixe
fazer “aquilo” de novo. Eu não poderia pará-lo se eu quisesse. Eu quero “isso”
tanto que eu não quero nem comer, e ele provavelmente não imagina o quanto eu
amo o jantar de Ação de Graças. O que significa que eu quero “aquilo” muito, e
“aquilo” não se refere ao prato de comida na minha frente. “Aquilo” é Arthur.
Eu beijando Arthur. Arthur me beijando. Eu de repente estou com muita sede. Eu
agarro meu copo e tomo metade da água em três grandes goles.
—
Você tem namorada, Arthur? —
minha mãe pergunta. Sim, mãe.
Continue fazendo perguntas como essa, já que eu estou muito assustada para
fazê-las.
Arthur limpa sua
garganta.
—
Não, senhora. —
ele diz.
Chay ri baixinho, o que
provoca uma nuvem de decepção no meu peito. Aparentemente, Arthur tem a mesma
visão de relacionamentos que Chay tem, e Chay acha engraçado que minha mãe diga
que ele é capaz de ter um relacionamento. Eu de repente acho o beijo que nós
compartilhamos um pouco menos impactante.
—
Bem, você vai capturar uma em
seguida. — ela
diz. — Piloto
de avião, solteiro, lindo, educado.
Arthur não responde.
Ele sorri vagamente e empurra um pouco de batata na sua boca. Ele não quer
falar sobre ele mesmo. Isso é ruim.
—
Arthur não tem uma namorada há
muito tempo, mãe. — Chay
diz, confirmando minha suspeita. — Não significa que ele seja solteiro, no entanto.
Minha mãe inclina sua
cabeça confusa. Eu também. Arthur também.
—
O que você quer dizer? —
ela diz. Seus olhos imediatamente
crescem. — Oh!
Desculpe-me. Isso é o que eu ganho por ser intrometida. —
ela diz a última parte da sentença
como se ela tivesse alguma percepção que eu ainda não tive. Ela está se
desculpando com Arthur agora. Ela está constrangida. Ainda confusa.
—
Estou perdendo algo? —
meu pai pergunta.
Minha mãe aponta seu
garfo para Arthur.
—
Ele é gay, querido. —
ela diz. Hum...
—
Não é. — meu pai diz firmemente, rindo da sua hipótese. Eu
balançando a minha cabeça. Não balance a cabeça, Lua.
—
Arthur não é gay. —
eu digo defensivamente, olhando
para minha mãe. Por que eu disse isso em voz alta? Agora Chay está confuso. Ele
olha para Arthur. Uma colher cheia de batatas está parada no ar na frente de
Arthur, e sua sobrancelha está levantada. Ele está encarando Chay.
—
Oh, merda. —
Chay diz. — Eu não sabia que era um segredo. Cara me desculpe.
Arthur abaixa sua
colher cheia de purê no prato, ainda olhando para Chay com um olhar perplexo.
—
Eu não sou gay.
Chay acena. Ele levanta
as mãos até a boca.
—
Desculpe-me. —
como se ele não quisesse revelar um
segredo tão grande.
Arthur balança sua
cabeça.
—
Chay, eu não sou gay. Nunca fui e
tenho bastante certeza que nunca serei. Qual o problema, cara?
Chay e Arthur olham um
para o outro, e todo mundo olha pra Miles.
—
Mas... — Chay gagueja. — Você disse...uma vez você me contou... —
Arthur larga sua colher e cobre sua
boca com a mão, abafando sua risada alta.
Oh, meu Deus, Arthur.
Risada. Risada, risada, risada. Por favor, pense que esta é a coisa mais
engraçada que já aconteceu, porque sua risada é ainda melhor do que o jantar de
Ação de Graças.
—
O que eu disse que fez você pensar
que eu fosse gay?
Chay senta de volta na
sua cadeira.
—
Eu não lembro, exatamente. Você
disse algo sobre não estar com uma garota em mais de três anos. Eu apenas
pensei que o seu modo de dizer que você era gay.
Todo mundo está rindo
agora. Até eu. Chay continua confuso.
— Mas... — Lágrimas. Arthur tem lágrimas por rir tanto. É lindo.
Eu me sinto mal por Chay. Ele está meio constrangido. Eu gosto de como Arthur
acha que é engraçado. Eu gosto que isso não o deixou constrangido.
—
Três anos? —
meu pai pergunta, ainda preso no
mesmo pensamento que eu ainda estou presa.
—
Isso foi há três anos. —
Chay diz, finalmente rindo junto
com Arthur. — Provavelmente
faz seis anos agora.
A mesa lentamente fica
quieta. Isso envergonha Arthur. Eu continuo pensando sobre o beijo no banheiro
mais cedo e o fato que se passaram seis anos desde que ele esteve com uma
garota. Um cara com uma boca possessiva e que sabe como usar, eu tenho certeza
que ele usou muito. Eu não quero pensar
sobre isso. Eu não quero que minha família pense sobre isso.
—
Você está sangrando de novo. —
eu digo, olhando para a gaze
ensanguentada que ainda está enrolada na sua mão. Eu me viro pra minha mãe. —
Você tem algum curativo líquido?
—
Não. — ela diz. — Essas coisas me assustam.
Eu olho pra Arthur.
—
Depois que comermos, eu olho isso.
— eu
digo. Arthur acena, mas nunca olha pra mim. Minha mãe me pergunta sobre o
trabalho, e Arthur não é mais o centro das atenções. Eu acho que ele está
aliviado sobre isso.
***
Eu desligo minha luz e
rastejo pra cama, sem ter certeza sobre o que fazer sobre hoje. Nós nunca nos
falamos novamente depois do jantar, embora eu tenha passado uns bons dez
minutos cuidando do seu corte na sala de estar. Nós não nos falamos durante
todo o processo. Nossas pernas não se tocaram. Seus dedos não tocaram o meu
joelho. Ele nunca olhou pra mim. Ele apenas olhou pra sua mão o tempo todo,
focado se ele não iria cair se ele olhasse. Eu não sei o que pensar sobre
Arthur ou sobre aquele beijo. Ele obviamente está atraído por mim, ou ele não
teria me beijado. Infelizmente, é o suficiente pra mim. Eu nem me importo se
ele gosta de mim. Eu só quero que ele esteja atraído por mim, porque o gostar
pode vir com o tempo. Eu fecho meus olhos e tento dormir pela quinta vez, mas é
inútil. Eu me viro de lado e encaro a porta a tempo de ver a sombra dos pés de
alguém se aproximando. Eu olho pra porta, esperando ela abrir, mas a sombra
desaparece, os passos continuam pelo corredor. Eu tenho quase certeza que era
Arthur, mas somente porque ele é a única pessoa na minha mente no momento. Eu
solto algumas respirações controladas a fim de me acalmar o suficiente para
decidir se eu quero segui-lo. Eu estou somente na terceira respiração quando eu
pulo da cama. Eu me questiono se devo escovar meus dentes de novo, mas só faz
vinte minutos desde a última vez que eu os escovei. Eu confiro meu cabelo no
espelho, então abro a porta do meu quarto e caminho em silêncio até que posso
entrar na cozinha. Quando eu chego perto do canto, eu posso vê-lo. Ele todo.
Ele está inclinado contra o bar, de frente pra mim, quase como se estivesse me
esperando. Deus, eu odeio isso. Eu finjo que é apenas coincidência que nós
acabamos aqui ao mesmo tempo, embora seja meia noite.
—
Não consegue dormir? —
eu caminho passando por ele até a
geladeira e alcanço o suco de laranja. Eu o pego, e coloco um copo, então me
encosto no balcão na frente dele. Ele está olhando pra mim, mas ele não
respondeu minha pergunta.
—
Você é sonâmbulo?
Ele ri, me absorvendo
da cabeça aos pés com seus olhos de esponja.
—
Você realmente ama suco de laranja.
— ele
diz, divertido.
Eu olho para o meu
copo, então olho de volta pra ele, e dou de ombros. Ele dá um passo na minha
direção e mostra o copo. Eu o entrego pra ele, e ele o leva até os lábios, toma
um gole, e devolve pra mim. Todos esses movimentos são feitos sem ele jamais
quebrar o contato comigo. Bem, eu definitivamente amo suco de laranja agora.
—
Eu amo também. —
ele diz, embora eu nunca tenha
respondido a sua pergunta. Eu coloco o copo do meu lado, agarrando a beira do
balcão, e me impulsionando pra cima até sentar no balcão. Eu finjo que ele não
está invadindo todo o meu ser, mas ele está em todo lugar. Preenchendo a
cozinha. Toda a casa. Está muito silencioso. Eu decido fazer o primeiro
movimento.
—
Realmente faz seis anos desde que
você teve uma namorada?
Ele concorda sem
hesitar, e eu estou chocada e extremamente agradecida pela sua resposta. Eu não
tenho certeza porque eu gosto. Eu acho que é muito melhor do que eu imaginar
sua vida com uma esposa.
—
Uau. Você pelo menos teve... —
eu não sei como terminar essa
pergunta.
—
Tive sexo? —
ele intervém.
Eu fico feliz que a
única luz acesa é aquela sobre o fogão, porque eu estou totalmente envergonhada
agora.
—
Nem todo mundo quer as mesmas
coisas pra vida. — ele
diz. Sua voz é suave, como um edredom. Eu quero rolar em torno dele, me
envolver naquela voz.
—
Todo mundo quer amor. —
digo. — Ou pelo menos sexo. É a natureza humana. —
Eu não posso acreditar que estou
tendo essa conversa.
Ele cruza seus braços
sobre o peito. Seus pés cruzam na altura do tornozelo. Eu tenho notado que essa
é a forma da sua armadura pessoal. Ele está colocando seu escudo invisível de
novo, guardando-se de entregar muita coisa sobre ele.
—
Muitas pessoas podem ter uma sem a
outra. — ele
diz. — Então
eu acho que é fácil apenas desistir de ambas. — Ele está me estudando, calculando minha reação as suas
palavras. Eu faço o meu melhor para não dar-lhe uma.
—
Então qual das duas você não quer,
Arthur? — Minha
voz está embaraçosamente fraca. — Amor ou sexo?
Seus olhos permanecem
os mesmos, mas sua boca muda. Seus lábios se curvam um pouco em um sorriso.
—
Eu acho que você já sabe a resposta
pra isso, Lua.
Uau.
Eu sopro uma respiração
controlada, sem me importar que ele saiba que aquelas palavras me afetaram. O
jeito que ele diz o meu nome me faz sentir tão confusa como o beijo dele. Eu
cruzo minhas pernas nos joelhos, esperando que ele não perceba minha armadura
pessoal. Seus olhos vão pras minhas pernas, e eu o vejo respirando suavemente.
N/A: Eai, quem gostou do beijo?? Só não foi legal o que o Arthur fez depois, aff.
Próximo capítulo tem mais beijo e pegação hahaha.
Se tiver bastante comentários, eu posto outro quando eu chegar da aula.
Beeeeijo!
Meeeeeuu Deeeeuuus !!
ResponderExcluirTem que postar hoje, agora, nesse momento
Necessitando do próximo
Kkkkkkk
ResponderExcluirEu sou o papel de parede agora,de onde a Lua tirou essa?
Kkkkk o beijo gente que beijo foi esse,e ela custurando a mão dele?
Serio gente esse homem e de ferro o ou o que?
Não sente dor?
Capitulo incrível, anciosa pelo o próximo.
Gostei mt do beijo,mas o Arthur foi bem escroto depois.PE-GA-ÇÃO ??? Ahhh postaaa msm pelo amor de Deus.
ResponderExcluirQual é Arthur a baixa a guarda
ResponderExcluir— Se sua mão infeccionar e você morrer, eu vou negar qualquer parte disso.
ResponderExcluir— Se minha mão infeccionar e eu morrer, eu estarei bem morto para culpar você.
Um tanto óbvio kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
"Um cara com uma boca possessiva e que sabe como usar, eu tenho certeza que ele usou muito."
Também tô bem curiosa para o 'tanto mais' de coisas que o Arthur poderá fazer com essa boca. Huuuuuuum (emoji carinha de lua)
Amiga linda, posta mais tá? love u <3 kkkkkkk
Posta mais hoje!!! Por favor! To louca pra saber o final dessa conversa!! O Arthur podia dar uma chance né?!
ResponderExcluirPosta mais, curiosa demais próximo cap.
ResponderExcluirAdorei!! Quero logo próximo cap, Arthur já está se sentindo atraído pela lua!!
ResponderExcluirQue capítulo foi esse meu povo? Maravilhoso hahaha !continuação por favor, a viciada aqui necessita
ResponderExcluirAí meu Deus, cadê essa continuação que não vem? Hahaha ansiedade tá matando aqui
ExcluirUrruul quero mais pregação heim.. que ridículo Arthur disser aquilo sendo que ele quem começou.. fica fazendo esse joguinho ao invés de beijar ela logo
ResponderExcluirFany
Que capítulo!!! Maravilhoso esse beijo, só não foi muito legal a reação dele pós-beijo. 6 anos sem ninguém é muita coisa, ele realmente n deve ter tido ninguém depois da Rachel.
ResponderExcluirEsses dois sozinhos no escuro e com essa conversa não vai dar muito certo hahaha
Helena
Pooosta maiis
ResponderExcluirEles vão ficar juntos logo?
ResponderExcluirVAI TER HOJEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE???
ResponderExcluirE assim, começa os jogos! Kkkk
ResponderExcluir