Little Anie | 6ª Parte – Final
Pov Lua
A sexta-feira havia chegado. Abri meus
olhos lentamente, tentando me mexer, mas Arthur estava com um dos braços em
volta da minha cintura, o corpo colado ao meu, e uma das pernas sobre as
minhas. Não me perguntem como conseguimos dormir assim. Só sei dizer que em
seus braços me sinto segura. É como se nada mais de ruim pudesse me atingir
quando ele estava junto a mim. Ali era meu porto seguro, meu aconchego. Eu
amava aquele gesto de carinho. Às vezes eu acabava me acordando com suas
carícias inocente, ele por achar que eu estava dormindo, aproveitava na maioria
das vezes, para se declarar. Pode parecer estranho ele fazer isso enquanto
estou dormindo. Mas eu gostava, era um jeito sincero dele dizer certas
palavras. Eu me sentia bem com isso, mesmo ele jurando que eu nunca as escutei.
Tentei mexer um de meus braços, até que
consegui colocar uma das mãos sobre a mão de Arthur, que estava espalmada em
minha barriga – ele sempre acabava colocando a mão sobre a minha barriga,
quando dormia agarrado a mim.
Ele se mexeu, chegando para mais perto,
como se fosse possível. Sua perna roçou sobre a minha, até ele consegui mudá-la
de posição e colocá-la no meio das minhas pernas, e me abraçar agora mais
forte, depositando um beijo terno, em meu ombro nu, já que na noite passada,
ele havia feito a alça da minha camisola escorregar – e agora ela estava caída
em meu braço. Eu não me importava com isso. Até me divertir com os amasso que
demos ontem à noite. Arthur estava impossível, porém deixou claro que só queria
dar uns beijos nada inocentes. E que não era para eu ficar preocupada, que ele
não\ iria insistir em ter uma noite de sexo, mesmo que quisesse, ele iria se
controlar. E isso me fez relaxar, saber que não precisaria me procurar em
mandá-lo parar.
– Bom dia, linda. – Sussurrou próximo
ao meu ouvido, me dando um beijo na bochecha.
– Bom dia, amor. – Sussurrei de volta.
– Arthur?
– Uhm. – Murmurou roçando os lábios
levemente em meu ombro.
– Você bem que podia levar a Anie, no
balé hoje. – Pedi baixo, fechando os olhos, já prevendo a resposta que vinha.
– Não tô afim, Luh... – Respondeu. –
Sério, querida. Além do mais, não
quero ficar discutindo com você quando chegar. – Justificou.
– Não vou ficar discutindo com você. –
Revirei os olhos, e Arthur me virou de frente para ele. Sem tirar uma das mãos
da minha cintura.
– Eu te conheço, Blanco. Muito, muito,
muito. – Afirmou beijando a ponta do meu nariz.
– Argh! – Exclamei empurrando-o. – Por
favor! – Pedi fazendo um bico. Me sentindo a minha própria filha fazendo manha.
– Eu fui a semana toda, Arthur. – Falei. E ele riu.
– Só mais hoje, Luh... Não vai mudar em
nada, linda. – Disse baixo, me encarando.
– Você não vai mesmo? – Perguntei e
Arthur negou. – Aaaaiii! – Comecei a bater no peito dele enquanto me recusava a
aceitar a ideia de que eu teria que sair de casa naquele frio, com Anie. Arthur
começou a rir, tentando se esquivar de meus tapas.
– Paaaraaa, Lua! Oow! – Exclamou rindo.
– Você endoidou, mulher? – Arthur segurou meus punhos. – Eeii... – Ele
continuava rindo. – Me agredir não vai adiantar de nada. – Comentou divertido.
– Tá frio, Arthur. – Reclamei
sustentando um bico. Na tentativa de convencê-lo a ir no meu lugar.
– Eu esquento você. – Falou convencido.
– Vem aqui. – Me puxou para o colo dele.
– Você é um marido muito mau. –
Retruquei, sentindo-o passar a ponta dos dedos em minhas costas, uma vez que eu
estava sobre ele. Fechei os olhos, e acariciei sua nuca, ouvindo sua risada
baixa ao me ouvir reclamar frustrada.
– Tá bom. Eu sou um marido muito mau,
Luh... – Admitiu irônico. Descendo a mão distraidamente – ou intencionalmente –
até meu bumbum. Abri os olhos, lhe dando um tapa ao desconfiar de suas
intenções.
– Pode parar! – Mandei. O ouvindo rir
novamente.
– Sou mau, Blanco. E pessoas más, não
obedecem as outras. – Comentou baixo, ainda insistindo em descer uma das mãos
que eu estava segurando.
– Você é um mau moderno. – Encolhi os
ombros tentando segurar o riso ao encará-lo.
Arthur balançou a cabeça negando, e a
ergueu, aproximando os lábios dos meus para me beijar. Soltei sua mão, e levei
as minhas para sua nuca, aprofundando o beijo, enquanto o sentia deslizar as
mãos para baixo da minha camisola, acariciando e apertando meu bumbum, sempre
nessa ordem. Arfei, pressionando o corpo ainda mais contra o dele, que mordeu
meu lábio inferior. Suspendendo minha camisola lentamente, até chegar em minha
cintura, Arthur levou a outra mão até minha calcinha, e começou a tirá-la.
Minha respiração já estava completamente descompensada. Segurei com uma mão em
um de seus braços, apertando-o, enquanto a outra mão permanecia em sua nuca.
E num piscar de olhos, senti Arthur me
virar rapidamente e ficar sobre mim. Ele me olhou meio assustado, e suas mãos
agora estavam espalmadas no colchão. Talvez eu estivesse bem longe dali,
aproveitando o momento, que nem escutei a porta sendo aberta. Fechei meus olhos
desejando que eu ainda estivesse de calcinha. Já falei que estava aproveitando
demais? É, e nem me lembro se Arthur conseguiu tirá-la.
– Eu não tirei. – Como se estivesse
lendo meus pensamentos, ele me disse baixo. E voltou a deitar ao meu lado, e
olhar para a direção onde nossa filha estava. Anie permaneceu parada, indecisa
se subia ou não na cama.
– Ai meu Deus! – Murmurei. E Arthur me
olhou.
– Ela não viu nada, Luh. – Assegurou.
– O que foi, filha? – Perguntei baixo,
ao erguer meu corpo para conseguir olhar direito para a garotinha que
permaneceu parada nos encarando.
– O que vocês estavam fazendo? – Nos
perguntou. E Arthur cerrou os olhos encarando a filha.
– Você disse que ela não tinha visto
nada. – Comentei.
– E não viu. – Ele retrucou.
– A gente não estava fazendo nada. –
Arthur respondeu sério, tentando manter o tom de voz normal. Escondendo toda a
sua irritação e frustração, para não descontar em Anie. A final, ela não tem
culpa. É só uma criança. Eu o conhecia muito bem para apostar nisso. A menina
riu divertida e logo subiu na cama, e se jogou em cima de mim. A abracei, lhe
distribuir beijos pelo rosto.
– Filha? Você... viu alguma coisa? –
Perguntei. No fundo eu queria ter certeza de que ela não tinha visto nada.
– Não. – Disse rápido. Negando com a
cabeça. – Só o meu papai abraçando você. – Completou.
Embora Arthur não estivesse de fato me
abraçando, saber que minha filha tinha imaginado isso, me deixava aliviada. E
pelo visto, deixava Arthur também, já que ele soltou o ar pausadamente, e de
olhos fechados. Me fazendo ter a leve sensação de que ele não tinha tanta
certeza assim, de que Anie não tinha visto nada.
– Sim, a gente só estava conversando. –
Comentei. E olhei para Arthur, que me encarou com um bico.
– Tá. – A menina murmurou me dando um
beijo na bochecha.
– Vamos tomar um banho, meu amor? –
Perguntei depositando um beijo em sua cabeça.
– Está frio, mamãe. – A menina me olhou
manhosa. E eu tinha que concordar com ela. Estava frio. Muito frio!
– Eu sei, filha. A mamãe está com frio
também. – Lhe disse.
– Não quer ir hoje, filha? – Arthur
perguntou baixo, mas Anie não respondeu. Apenas se acomodou em meu colo,
deitando a cabeça sobre meu peito. Arthur me encarou. – Anie? Aconteceu alguma
coisa? – Perguntou preocupado. Arthur sempre se preocupava quando Anie
amanhecia quieta demais. Hoje, mais do que em outros dias, além de preocupado,
ele estava inquieto. Nervoso, talvez. Anie negou com um manear de cabeça. Ele
coçou a nuca denunciando seu incômodo.
– Ela está estranha. – Foi só o que ele
comentou ao encarar a filha em meu colo, e em seguida me lançou um olhar
culpado.
– Ela só está sonolenta. – Tentei
convencê-lo. – Está frio. – Completei, apertando Anie em meu colo. Arthur
assentiu, levantando da cama e indo para o banheiro. Anie permaneceu quieta.
Comecei a cantarolei a primeira música que surgiu em minha mente, enquanto
passava as mãos levemente pelas costas da pequena. – Molly
smiles, and she radiates the glow around her halo. When she plays, Molly
smiles. On a summer day, Molly smiles. A new day, Anie smiles *
– Finalizei o trecho da música, fazendo uma pequena
alteração, acrescentando o nome de Anie. Que ergueu o rosto e me olhou sorrindo
carinhosamente.
Molly
sorri, e ela irradia com brilho de sua auréola. Quando ela brinca, Molly sorri.
Em um dia de verão, Molly sorri. Num novo dia, Molly sorri. *
– O que você tem, amor? Está tão
tristinha, filha. Você não quer que seu pai saiba? – Insisti. Mas ela nada me
disse. – Pode contar para mim, filha. Você sabe que pode! – Finalizei. E Anie
sentou-se na cama, e me olhou.
– Mamãe... – Começou indecisa, mexendo
nervosamente os dedos sobre a perna. Como eu sempre acabava fazendo quando
estava nervosa.
– Oi. Pode falar, amor... Estou aqui. –
Assegurei, lhe dando um pequeno sorriso. E logo segurando suas mãozinhas.
– Não quelo mais dançar. – Disse baixo,
me encarando.
– Como não? Você estava feliz com a
apresentação. Amanhã até iríamos ver a roupa, Anie. O que aconteceu? – Falei
confusa.
– Só não quelo mais, tá? – Pediu
triste, vindo para meu colo.
– Hey! Deve ter acontecido alguma
coisa, meu amor. Pode falar. – Pedi baixinho, enquanto a abraçava. Arthur saiu
do banheiro e caminhou até a cama.
– Eu disse que tinha acontecido alguma
coisa. – Ele acariciou os cabelos da filha, se sentando na cama. – O que foi?
– Ela não quer mais dançar. – Respondi.
– Por que não, filha? – Arthur a pegou
no colo. – Fala para mim. – Pediu calmo, encarando a menina.
– Eu tô nervosa. Não quelo errar,
papai. – Confessou abraçando-o. Arthur sorriu, abraçando mais forte a filha.
– Você não vai errar, amor. Está
ensaiando, e indo muito bem. – Garantiu ele. Passando segurança para a pequena.
– Eu tô com medo de esquecer na hola de
dançar. – Comentou olhando-o.
– Eu e sua mamãe vamos está lá, meu
anjo. Não precisa ficar nervosa, e nem ter medo, filha. Você não vai esquecer a
coreografia. Sua professora também vai ficar lá com vocês. – Arthur lhe
explicou. Me aproximei dos dois, tocando os cabelos de Anie. Decidida a
ajudá-la a botar sua insegurança e seus medos para correr.
– Olha para mim, amor. – Pedi e Arthur
a ajeitou em seu colo. De modo que ela conseguisse me olhar. – Você sabe que a
mamãe gosta muito de dançar, não sabe? – Lhe perguntei e Anie assentiu, me
dando um pequeno sorriso. – Então, eu só não sei dançar muito bem, balé. Na
verdade, eu nunca tentei dançar. – Rir, e os dois me acompanharam. – Mas sabe,
eu acho que posso fazer isso por você, filha. – Comentei. E seu olhar se
iluminou. Arthur alargou o sorriso, olhando da filha para mim. – Eu já sei a
maioria dos movimentos, só de ficar olhando para vocês, amor. Só não posso
garantir que vou ser a melhor professora do mundo, mas prometo tentar te
ajudar. Tá bom? A gente pode fazer isso a tarde. Todos os dias, até o dia da
apresentação. E você não vai errar nada. E nem sentir mais medo quando chegar o
dia. – Garanti.
– De verdade, mamãe? – Me perguntou
tentando segurar o sorriso.
– Sim, meu amor. De verdade. Você quer?
– Sim. Sim. Eu quelo, mamãe. – Anie
praticamente pulou em meu colo.
– Oow! – Exclamei rindo ao segura-la.
Arthur nos abraçou.
– Acho que agora você não tem mais
motivos para não querer mais dançar, não é amor? – Perguntou a ela que
assentiu, ainda me abraçando. – Ao contrário da sua, mãe. Eu sou um péssimo
dançarino. A verdade é que eu evito até dançar. – Rimos. Fazendo Arthur revirar
os olhos. – Talvez eu mais atrapalhe do que ajude, realmente. – Comentou
divertido. – Mas se vocês quiserem, eu também posso tentar fazer isso por você,
filha. – Completou. E Anie abriu a boca um pouco surpresa, mais pelo fato de
que o pai lhe ajudaria a dançar, já que ele não dançava nada. – Vendo a reação
de vocês, acho que foi uma péssima ideia. – Falou triste nos encarando.
– Claro que não! – Exclamei sorrindo. –
Eu só fiquei chocada com você se disponibilizando para dançar. – Comentei
rindo.
– Ha-ha sua engraçadinha. – Me mostrou
língua, rindo sem vontade.
– Você vai me ajudar também, papai?
– Só se você quiser, meu anjo.
– Eu quelo, papai. – A pequena bateu
palmas e o abraçou.
– Então vai ser um baita mico, por um
motivo maior ainda, que trará felicidade a minha pequena, não é? – Ele pincelou
o nariz da menina que sorriu. – Posso fazer isso, sim. Farei mil vezes se for
necessário. – Deixou claro. Me fazendo abraça-lo.
– Tenho os melhores pais do mundo, não
é? – Anie nos perguntou.
– Acho que sim. – Arthur lhe respondeu.
E eu beijei os dois.
Minhas duas vidas. Ela sim, é a melhor
filha do mundo. E ele, o melhor marido do mundo.
Pov Arthur
Sexta-feira – 16h.
– Paaaapaaaaaaiiii! – Ouvi Anie gritar ao
descer os degraus, com uma caixinha nas mãos.
– Oi, filha. Precisa gritar, Anie? –
Cerrei os olhos ao finalizar a pergunta.
– Sim, papai. Para você me escutar. –
Ela riu se jogando no sofá.
– O que você quer? – Perguntei olhando
para a caixa.
– Vamos montar esse brinquedo de caixar?
– Comecei a rir e Anie me encarou séria.
– O que foi? – Perguntou colocando as
mãozinhas na cintura.
– É encaixar, filha. – Corrigi.
– Foi o que eu falei. – Respondeu dando
de ombros, e abriu a caixa.
– E é quebra-cabeça. – Falei. – Não
brinquedo de encaixar. – Ri de novo.
– Mas caixa. – Ela bufou.
– Sim, encaixa – Frisei. – Mas esse não é o nome correto.
– Você vai me ajudar? – Ignorou minha
explicação e sentou-se no sofá, colocando a caixa sobre as pernas. Juro que
enxerguei uma Lua ao meu lado. Por que Anie tinha que ser tão tolerante quanto
a mãe? Para não dizer ao contrário.
– Por que você não convida a sua mãe?
Ela ama montar quebra-cabeça. – Comentei. Óbvio que menti. Lua não tinha paciência
nem para ficar 1h30 assistindo filme, que dirá para ficar mais de 2hrs montando
um quebra-cabeça. E pensando bem, até sei quem mandou Anie vim me procurar.
– Porque ela disse que é você que ama
blincar de caixar isso. – Apontou para a caixa com as peças e eu não consegui
controlar meu pensamento perverso ao ouvir a palavra “encaixar” mesmo errada,
claro que com Lua, óbvio, e eu bem sabia o que ela amava que eu encaixasse. Lua me pagaria!
– Claro, encaixar. Ela sabe disso muito
bem. – Comentei distraidamente e a pequena me encarou com o cenho franzido.
Fazendo-me arrepender do que havia falado.
– Não entendi. – Me disse.
– Graças a Deus! – Exclamei. – Você não
precisava entender mesmo.
– Você tá me enloando. – Se embolou nas
palavras e ficou irritada com isso. – Que doga! – Exclamou, me fazendo franzi o
cenho com a tamanha falta de paciência daquele pequeno ser.
– Calminha aí, filha. Sem estresse. – Pedi
tentando segurar o riso. – É enrolando. – Falei devagar. Anie abriu a boca
tentando me acompanhar, mas acabou desistindo.
– Não consigo. – Confessou fazendo um
bico.
– Você vai conseguir, pequena. É só ter
calma. Você é muito estressada para uma criança da sua idade. – Falei.
– Não sou isso, não. – Retrucou emburrada.
– Claro, nem uma mulher admite isso.
Nem mulher você é ainda, é uma criança. Ainda bem, nem quero imaginar o tamanho
da sua autoridade quando crescer. Tenho que conversar sobre isso com a Lua. –
Falei pensativo. E a pequena me encarou novamente.
– Do que você tá falando, papai? –
Perguntou confusa.
– Nada não. – Falei negando com a
cabeça.
– Então vamos começar. Olha... Vou
colocar aqui.
Apontou para a mesa e desceu do sofá,
ficando de joelhos não chão e se apoiando na mesinha de centro. Nem esperou
minha resposta. Quem foi que disse que eu queria montar quebra-cabeça em plena
16h30min da tarde de uma sexta-feira, que eu poderia muito bem está tomando um whisky
ou dormindo? Sim, ela mesmo, a minha – autoritária – filha – da Lua, só para
deixar claro o quanto elas eram sim, parecidas.
– Vem, papai. Senta aqui no chão. –
Mandou apontando para o espaço ao lado dela.
– Filha, meu anjinho mais lindo. –
Comecei. Não que eu estivesse mentindo, minha filha era linda, embora não fosse
100% um anjo, porque ela tinha seus dias de traquinagem, que acabavam deixando
Lua tremendamente irritada, já que eu não me incomodava com isso, ela
descontava em mim também.
– Papai! – Exclamou calmamente, como se
estivesse me repreendendo. – Eu não vou mudar de ideia. – Me surpreendeu com a
resposta. E eu nem tinha falado nada.
– E quem disse que eu ia propor uma
ideia diferente para você? – Indaguei erguendo uma sobrancelha.
– A mamãe disse que você ia me chamar
de anjinho lindo, para não me ajudar com isso. – Finalizou apontando para as
peças que ela havia jogado sobre a mesinha. Eu já devo ter comentado algo do
tipo: “Lua vai me pagar!”
– Muito esperta a sua mamãe. – Comentei
naturalmente – ELA DEVE TER UMA BOLA DE CRISTAL. NÃO É, BLANCO? – Gritei a
pergunta para que onde quer que ela estivesse naquela casa, me escutasse. Anie me
encarou como se eu fosse um louco, mas riu divertida quando ouvimos a risada de
Lua. – ENTÃO QUERIDA, VÁ ADIVINHANDO
O QUE EU VOU FAZER COM VOCÊ DEPOIS DE EN-CAI-XAR – Falei devagar, porém ainda
alto – ESSAS PEÇAS AQUI. – Concluí.
– Então você vai me ajudar, papai? – A
pequena me perguntou medindo um sorriso. Não tinha outro jeito mesmo.
– Vou né?! – Encolhi os ombros me
aproximando dela.
Espalhei – ainda mais – as peças do
quebra-cabeça sobre a mesa, e peguei uma, começando a dar formas para o que quer
que nós fossemos montar. Acho que era uma floresta, pelo que vi na caixa, e
tinha muito verde.
– Quem te deu isso, filha? – Perguntei
distraidamente, encaixando duas pecinhas.
– Minha mamãe. – Respondeu empolgada,
ao observar que já dava para ver melhor o que estávamos montando.
– Uhm... A conta dela só tá crescendo. –
Murmurei.
– Essa é aqui? – Anie me perguntou em
dúvida. E eu neguei, ajudando-a a encontrar a peça certa. – Pai?
– Eu. – Respondi em um tom divertido.
– Você vaia amanhã vê minha roupinha de
balé, junto comigo e com a mamãe. – Perguntou me olhando.
– Ainda não sei. Você realmente quer
que eu vá?
– Sim, papai. – Assentiu balançando
freneticamente a cabeça.
– Então eu vou, amor. – Sorri, e a
pequena sorriu junto comigo.
– Tá bom. Você acha que a roupa vai
ficar bonita, papai?
– Acho que a roupa deve está linda,
filha. – Garanti e Anie assentiu distraída, olhando para a figura que estamos
formando. Era uma floresta mesmo, com todo tipo de bicho.
– Eu não estou mais com medo de dançar,
papai. – Disse do nada, parando para me olhar.
– Que bom, amor. Isso é muito bom
mesmo. – Assegurei lhe dando um beijo no topo da cabeça.
– É, papai.
– Olha como tá ficando maneiro. –
Comentei junto mais uma peça na outra.
– É, tá ficando lindo. E foi bem rápido.
– Lembrou.
– Tá sendo rápido mesmo. – Concordei
olhando para o relógio. Ia dar 18hrs.
– A gente vai terminar hoje? – Me
perguntou.
– Acho que sim, se você quiser.
– Tá bom. – Ela encheu as bochechas de
ar, e depois soltou. – Tô com sede. – Falou se levantando.
– Quer que eu vá pegar para você? –
Perguntei já me levantando.
– A Carol tá lá, papai. – Me disse e se
levantou indo para a cozinha.
Olhei para as peças, e depois para a
figura. Devia estar faltando umas 30, ou 35 peças. Ainda bem! Só Anie para me
fazer brincar disso, fazia um tempo que eu não perdia tempo montando essas
coisas.
– Achei que ia ficar lá. – Disse assim
que notei Anie se sentar ao meu lado.
– Olha, Carla me deu bolinho. – Ela
estendeu a mão em minha direção. – É de chocolate. Você quer? – Me ofereceu.
– Não, amor. Obrigada! – Agradeci acariciando
seus cabelos.
– O que sua mãe estava fazendo, filha? –
Perguntei sentindo falta daquela folgada, mas com aquele silêncio, Lua devia
estar dormindo, enquanto eu montava quebra-cabeça, e quebrava a minha para
encaixar a pecinha certa. Bufei!
– Ela tava arrumando as roupas, papai. –
Respondeu. E me lembrei que viajaríamos.
Eu ainda tinha que ligar para a minha mãe.
– Aah, eu tinha esquecido. – Comentei.
– A gente vai ver a vovó?
– Sim. Ela quer muito ver você. – Falei
sorrindo, e Anie sorriu.
– É legal lá?
– Sim, meu amor. A gente vai fazer vários
passeios legais. Você vai gostar.
– E comer doces?
– Sim, muuuitooo doces, mas sua mamãe não
pode saber desse plano. Shh! – Coloquei o dedo indicador sobre meus lábios.
– Shh! – Anie me imitou, colocando o
dedo indicador sobre os lábios também.
*
– Aaahaa! – Exclamei fechando a porta
do quarto e Lua se assustou, virando rapidamente para a porta. – Que feio,
ficar induzindo a sua filha, a me obrigar a fica caixando as peças. – Revirei
os olhos me jogando na cama ao lado dela.
– Caixando? – Lua riu.
– Sim, segundo ela, é encaixando.
Porque quebra-cabeça é difícil.
– Foi divertido?
– Muito, você não tem noção. –
Ironizei. – Se encaixar aquelas pecinhas foi divertido, imagina a comédia que vai
ser se a gente encaixar outra coisa? Agora só eu e você, huuuum?!
– Huuuum! – Me imitou, se aproximando e
colocando os braço em volta do meu pescoço.
– E aí, a gente deixa rolar igual de
manhã? – Perguntei abraçando-a e depositando um beijo em seu ombro.
– A gente deixa Arthur? – Sussurrou.
– Por mim já tinha rolado... – Ri, e
Lua me acompanhou.
– Cadê a Anie? – Me perguntou se
afastando.
– Está com Carol, devem estar
aprontando alguma. – Comentei.
– Ela pode aparecer aqui. – Lembrou.
– Eu seeeiii... – Choraminguei me
aproximando dela novamente, e beijando seu pescoço.
– Sabe, correndo esse perigo é bem mais
excitante. – Murmurou próximo ao meu ouvido, mordendo o lóbulo da minha orelha.
Quase gemi. Sim, eu já estava ficando excitado.
– Não faça isso... amor... a gente nem
vai finalizar. Vou ficar só batendo na porta. – Enterrei meu rosto no pescoço
de Lua, que começou a rir.
– É divertido, amor. Você não gosta? –
Perguntou.
– Eu amo. Amo muito, mas amo ainda mais
entrar e finalizar tudo, do jeito mais gostoso que a gente pode fazer. – Falei
sentindo-a jogar uma das pernas por cima da minha e arranhar minhas costas de
um jeito bem excitante.
– Eu também amo desse jeito. – Admitiu,
e eu fechei os olhos, agradecendo por notar que não tinha nada de errado.
– Eu sei... – Virei, ficando sobre ela.
Seu peito subia e descia, denunciando
sua respiração descompensada. Lua estava corada, e tinha um sorriso sexy nos lábios.
Sim, ela queria me matar, de tesão, ou do coração – Cheguei a essa conclusão.
Ela entreabriu os lábios, me provocando enquanto passava a língua lentamente, umedecendo-os.
Sorri de um jeito maroto, tomando seus lábios para mim, de um jeito bem sexy,
um pouco selvagem, devido a nossa maneira de roçar nossos corpos, em um vai e
vem incessante. Senti os pelos do meu corpo se eriçarem, quando Lua passou a
arranhar minhas costas, aproveitando para tirar minha camiseta. Me afastei para
terminar de tirar a mesma, e logo depois, meus lábios já estavam sobre os dela
novamente, agora o beijo era mais rápido e intenso. Apertei sua cintura com
força, sentindo Lua roçar as pernas nas minhas, e erguer o corpo para se juntar
ainda mais ao meu, de um jeito bem provocador, daquele jeito que ela vinha me
torturando há semanas.
Sorri ao alcançar uma de suas coxas, e
puxá-la para cima, apertando-a e ouvindo Lua gemer meu nome. O calor que
invadiu meu corpo me fez pensar que eu não me controlaria, mas eu tinha que
pensar com a cabeça que pensava. Pelo amor...
– Luuh... – Gemi mordendo seus lábios com
força ao finalizar o beijo.
– Uhm... – Murmurou de olhos fechados,
e mordeu o lábio inferior.
– Eu não sou um marido mau. – Comentei.
Ela assentiu sorrindo.
– Não... Não é... – Concordou.
– Mas você é uma esposa bem mau. – Lhe
disse, fazendo-a abrir os olhos.
– Sou?
– Sim. – Peguei uma de suas mãos,
levando até meu membro por cima da bermuda. – Sente o quanto você é mau? –
Fechei os olhos ao senti-la massageá-lo.
– Acho que hoje é seu dia de sorte. –
Ela o apertou por cima da bermuda e sorriu.
Abri meu olhos procurando por um rastro
de brincadeira. Mas ali não havia. Então eu sorri, crente que era, até vozes se
aproximarem do quarto, e se eu tivesse desesperado, acho que tinha chorado de frustração.
Encarei Lua que fitou a porta, e tirou a mão do local que massageava e estava tão... tão... tão gostoso.
– Acho que não é não. – Saí de cima
dela antes que abrissem a porta do quarto e Lua se sentou na cama, onde permaneci
deitado com o travesseiro sobre meu rosto, impedindo que eu gritasse. Sim, eu
estava irritado. Será que nem transar eu podia mais?
Continua...
Se leu, comente! Não custa nada.
N/A: Demorei mais cheguei haha! Boa leitura.
Desculpem o atraso. Não me deixem
falando sozinha haha deem o ar da graça aí nos comentários, sejam mais
interativos, estou sentindo falta disso, amores. <3
Beijos! Boa semana a todos!!
Ahhh como tava com saudade dessa fic,mds.Tadinho do Arthur kkkk ele vai entrar em depressão por falta de sexo,quando a Lua desisti da promessa,algo da errado,a nem,ta dando até dó.
ResponderExcluirOBS:ele é bem mente poluída né kkk (n sei se foi com intenção para tal pensamento da parte dele q ela falou pra Anie ir brincar com ele de :encaixar: o quebra cabeça,mais tudo bem né kkkk)
Não kkk Ela só convidou a Lua para brincar. Porém ela estava ocupada arrumando as malas para a viagem. Ela não sabia que Anie tinha falado "caixar" em vez de "encaixar ou quebra-cabeça" , não teve nenhuma outra intenção, Anna! ;-) Ela só mandou a menina ir atrás do Arthur e como prévia, ele ia tentar convencer a filha a trocar de brincadeira. Por isso orientou a menina, só para implicar com ele haha ;D
ExcluirAh ta kkkk
ExcluirAmei o capítulo sinto muita falta dessa web
ResponderExcluirComo eu tava com saudades dessa web eu amei o capítulo ficou lindo e fofo demais.
ResponderExcluirQueria te falar uma coisa espero que não fique com raivaa, eu amo a web mais ta ficando muito repetitivo algumas coisas tipo as cenas de luar, sempre acaba com essa enrolaçao e ngn faz nada. bom foi só uma dica. continuando gostando da web
Não. Não fiquei com raiva. Porém, já deixei claro uns capítulos atrás, que ia demorar para acontecer um hot. Também não posso escrever um hot em cada capítulo postado. Ia ficar repetitivo do mesmo jeito. Eu pesquisei algumas coisas, e essa fase de "enrolação" como você chamou. Ela acontece com algumas mulheres que perdem filhos. Bom, mas logo as coisas se ajeitaram.
ExcluirQue bom que continua a gostar da história.
Beijos!
Que bom que voltou !!
ResponderExcluirNão aguento mais essa enrolaçãoooo hahahaha
Adoro! Muito bom! Estava com saudade! Já pode postar mais haha!
ResponderExcluirCada vez melhor a web!! Quero logo viagem para casa da mãe dele!! Lua e arthur muito fofinhos!! Pena que só vai posta domingo!!
ResponderExcluirHAhahaha eu fico rindo muito com a Lua meu deus, o Arthur brincando com a Anie é a coisa mais fofa
ResponderExcluirE a, eu tô adorando isso de "enrolação" o Arthur fica louca, eu me alegro sempre com oq vc escreve, e sempre vou gostar pq vc me surpreende, e eu amo ser surpreendida, como acho q vai acontecer, vem uma bomba Hahaha
essa pegação desse dois ia dar nisso, alguém interromper Haha
Arthur ainda vi morrer de tanta vontade de fazer, vai morrer de ansiedade KKKK
ME APAIXONANDO A CADA CAPÍTULO!!!
Estou amando a web cada dia mais.
ResponderExcluirAcho que a Lua e Arthur vão brigar por causa que não rola sexo, vai dar alguma tretinha básica ainda. Mal posso esperar pelo cap que tem hot, estou criando muito expectativas hahaha
Talvez eu esteja um pouco boa esses dias, e adiante um hot, mesmo que não seja aquele hot mega esperado haha :D Porque eu estou pensando em escrevê-lo em outro momento, na viagem a Brighton. Ainda se lembram dela? Vai ser uma surpresa do Arthur. <3 Espero que quando esse capírulo chegar, lhe supreenda positivamente e espero que a tenha valido a pena toda a demora.
ExcluirBeijos!
Foi quaseee Arthur kkkkkkk...
ResponderExcluirSó acho que quandovrolar uma cama de cimento por favor pra esses dois kkkkkkkk....
Adorando u.u
Arthur todo carente , num fogo só, louco pra pegar a lua de jeito mas a Anie ñ deixa kkkkkkkk . queria muito q aparecesse um homem no meio de toda essa historia, so pra deixar o thur com ciúmes da luh. junta o tempo sem sexo e o novo homem caidinho pela luh , isso deixaria o thur louko Xx adaline
ResponderExcluirOlha só, Adaline quer plantar a discordia kkkkk gente, vocês amam ver o circo pegando fogo, não é? kkkk Ai, ai... Bom, acho que isso não vai ocorrer, não da parte da Lua, no máximo que pode acontecer é Arthur sentir ciúmes do Ryan, lembram do chefe da Luh? kkk O problema mesmo é a Islaputiane kkkkkkkkk Papo OF'
ExcluirBeijos!