8 Segundos - CAP. 6

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8 Segundos


Capítulo 6: 


Lua

— Meu Deus! — gritei irritada. Fazia uns cinco minutos que algum louco estava batendo na porta do quarto sem parar. Ou a fazenda estava em chamas, ou a Terceira Guerra Mundial havia chegado naquele fim de mundo. BAM! BAM! BAM! Coloquei o travesseiro na cabeça tentando abafar aquele barulho horroroso das batidas na madeira. BAM! BAM! BAM! — Já vai, já vai! — respondi para quem quer que estivesse na porta, na esperança de que o filho da mãe parasse de me azucrinar. Olhei para o relógio na penteadeira e ele ainda marcava meio-dia. Joguei minhas pernas para fora da cama e me levantei. O maldito ou a maldita não iria parar de martelar a porta, então eu não tinha opção, a não ser abri-la. Coloquei um robe por cima da camisola e caminhei ainda sonolenta. — O que foi? — perguntei assim que abri a porta. Melanie estava parada e me olhava como se eu fosse um E.T.

— Achei que você estava morta. — Ela apontou para mim e fez uma careta. Minha vontade era de chutar a bunda dela, mas, desde que descobri no dia anterior que o gostosão do veterinário era seu primo quase irmão, tive que me conter; afinal, teria que me aproximar da roceira para chegar até o cara que garantiria meus orgasmos.
— Ainda não — eu disse, tentando soar gentil, mas, porra, aquela garota tinha que resolver me acordar tão cedo?! Abri a porta para ela entrar e fui direto para o banheiro. Já que tinha que me levantar, nada melhor do que um banho demorado para despertar. Pena que na fazenda não tinha hidromassagem. Eu me lembrei de quanto o meu apartamento era perfeito. Paris! Paris! Sussurrei o mantra que criei para sobreviver à situação. — Já volto — gritei de dentro do banheiro. Entrei no boxe e liguei a água no morno. Não muito quente a ponto de ressecar minha pele e meu cabelo, nem muito fria. Vinte minutos depois eu saí e Melanie não estava mais no quarto. Enrolada na toalha, fui até a porta para trancá-la. Quem sabe ela não tinha desistido de me importunar? Talvez eu pudesse até voltar a dormir. Assim que cheguei à porta, escutei Melanie conversar com alguém. Não sabia com quem era, porque até aquele momento eu só ouvia a voz dela.
— Por favor, maninho — ela pediu para alguém de forma manhosa. Sorri, pois também usava aquele tom de voz quando queria algo do meu pai. Quem diria, eu e a caipira usando as mesmas armas de convencimento.
Andei até o parapeito da escada e olhei para a sala na tentativa de ver com quem ela conversava. De onde eu estava, eu só conseguia ver Melanie.
— Já disse que não, pequena. — Aquela voz me fez arrepiar. Toda a minha pele se acendeu. Meu Deus! Que voz sexy. Era o Arthur. Melanie olhou para cima e me pegou no flagra espiando a conversa deles. Não me importei, estava na minha casa e os intrusos ali eram eles. Vi quando um corpo perfeito, debaixo de um grande chapéu, deu dois passos para a frente e entrou no meu campo de visão. Assim que Arthur me olhou, fechou a cara. Gostoso demais com aquele jeito de menino mau.
— Na cidade não te ensinaram que ouvir a conversa dos outros é falta de educação? — ele perguntou, mas na verdade eu prestei mais atenção em seus lábios se movendo do que propriamente nas palavras que ele dizia. Como não respondi, ele se virou para Melanie e voltou a negar o que ela tinha pedido antes de eu chegar.
— É por isso — disse ele apontando para o alto da escada onde eu estava — que você não vai levá-la — completou. Droga, eles estavam falando de mim. Desci as escadas correndo e, quando cheguei aonde estavam, coloquei as mãos na cintura esperando uma explicação. — E pelo visto ela também não aprendeu a usar roupas. — Apontou para minha toalha. Nem dei bola para o que ele falava e continuei encarando aqueles lindos olhos azuis.
— Aonde eu não vou? — Desviei o olhar para a Melanie, ignorando Arthur completamente. Arthur bufou e Melanie levantou a mão direita pedindo que ele a deixasse falar. Fiquei aguardando alguém me dizer alguma coisa e já não aguentava mais esperar. Paciência não era uma das minhas virtudes.
Lua, acontece que na cidade existe um bar chamado Taurus. Hoje à noite vai ter um cantor que fará cover de músicas country — ela me explicava e eu não entendia onde o Arthur entrava naquela história. — O maninho prometeu me levar para dançar, mas eu não posso ir sem você. Combinei com seu pai: 24 horas por dia. — Então entendi o motivo da discussão. Para ir ao tal show, Melanie teria que me levar, pois eu não sei por que merda meu pai tinha contratado alguém para me fazer companhia. Até aquele momento eu odiava isso, mas, olhando pelo ângulo dessa conversa específica, passei a adorar. O problema era que, pelo andar da carruagem, Arthur não queria que eu os acompanhasse.
— A que horas? — perguntei olhando para os dois. Arthur balançou a cabeça e Melanie começou a dar pulinhos batendo palmas. Eu mereço, viu?
— Às sete horas o Arthur vem nos pegar! — ela disse em uma explosão de alegria. Arthur estava inconformado. Ele colocou a mão no chapéu e o abaixou tapando o seu rosto. Melanie e eu sorrimos como cúmplices.
Cúmplices? Sério que eu disse isso? Aquele homem me faz perder o juízo. Quando ficava perto dele, só pensava em coisas nada inocentes, e isso incluía ele nu na minha cama. Sacudi a cabeça para espantar aqueles pensamentos; caso contrário, o banheiro seria o meu destino novamente.
— Então, combinado — Melanie respondeu e saiu, deixando Arthur e eu sozinhos na sala. Sua presença me incomodava. Ao mesmo tempo que eu o odiava por ser tão... tão... tão... tão caipira, eu tinha uma vontade louca de descobrir o que aquela calça apertada escondia. Na verdade, eu tinha uma bela visão, porque o jeans era muito justo e, como de pau eu entendia, o dele estava duro. Arthur mantinha o olhar baixo e percebi que, assim como eu o encarava, ele estava secando minhas pernas.
— Gosta do que vê? — perguntei, passando a língua nos meus lábios. Ele deixou de encarar minhas coxas e voltou seu olhar para o meu rosto. Seus olhos estavam arregalados e suas bochechas enrubesceram. O desgraçado corou! AI. QUE. DELÍCIA. Nunca em toda a minha vida tinha visto um homem corar. Aquilo me deixou com ainda mais vontade dele. Arthur era muito gostoso, e eu realmente não perderia a chance de brincar um pouquinho com ele. Sua calça apertada combinava perfeitamente com a camiseta preta que ele usava. Botas e chapéu completavam o look “eu sou gostoso”. Sempre achei aquilo brega demais, mas no Arthur caía como uma luva.
— Tem certeza de que você aguenta o arrocho? — questionou atrevidamente, me olhando de cima a baixo. — Talvez você não seja mulher para frequentar esse tipo de lugar. — Fiquei muito puta com seu comentário, mas me segurei.
— Se a Melanie vai, eu também vou. — argumentei em vez de brigar. Encarei-o e não desviei o olhar. Arthur fez o mesmo. Se ele queria guerra, eu estava pronta para lutar com todas as minhas armas. O caipira se aproximou de mim e ficou a poucos centímetros da minha boca. Podia sentir sua respiração e o hálito fresco de menta que ele exalava. Meu Deus, eu queria que ele me beijasse naquele momento. Seu olhar pousou na minha boca, e senti um arrepio por toda a minha pele. Estava pegando fogo. Fechei os olhos e fiz meu famoso biquinho aguardando o beijo. Segundos se passaram e nada aconteceu. Abri os olhos e pulei de susto quando vi Melanie com uma expressão de puro espanto na minha frente. Ela olhou de um lado para outro, tentando entender por que eu estava naquela posição ridícula.
— Desgraçado! — gritei. Sem dar satisfação a ela, subi correndo as escadas em direção ao meu quarto. Chegando lá, eu me olhei no espelho e encarei a imagem refletida. Soltei meus cabelos molhados que estavam presos em um coque. Pensei no quase beijo trocado na sala e imaginei o quanto Arthur devia estar rindo de mim naquele instante. — Arthur... Arthur... Você não sabe com quem está brincando.

N/A: Olha quem voltou, hahaha!!!
To morta de tanto ri com esse final de capítulo, Arthur deixou a Lua a ver navios hahaha Coitada, porém ela mereceu! O que será que vai acontecer na famosa festa country? Estão curiosas? Querem mais um capítulo? 
Meninas, tirando algumas dúvidas de vocês, algumas pessoas chamam o Arthur de "Ranger", por ele montar em touros, aí quiseram apelidar ele com isso, mais pra frente vocês iram entender. 


COMENTEM!!!

11 comentários:

  1. Lua se deu mal kkkkkk ADOREI. Agora entendi o motivo do apelido, já quero luar se beijando

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  2. Xiiiii lua n foi dessa vez

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  3. Ameeeei Brenda vc arrasa, sempre escolhe as melhores histórias pra adaptar

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  4. Huum jurei que ele a iriam se agarrar ali msm... kkk

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  5. Arthur deixou Lua na vontade hahahha aposto que ela vai provocar ele até na noite!!
    Helena

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  6. Arthur tem q ser difícilmesmoo... Fazer ela se apaixonar!! KKkkkkkkkkkk.. Amandoooooooo essa webb!!

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  7. Kkkk o Arthur é duro na queda kkkkk n vai ser facil n Luinha kkk vai ter que suar o modelito pra conseguir pegar o caipira gostoso kkkk

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  8. E Luinha Vai ser difícil vc pega o Aguiar,essa Noite pode acontecer Tudo hahaha

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