15 dias para confessar - Ciúmes

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POV Narrador


     Os casos dos últimos tempos continuavam a ser investigados pelos mais profissionais inspectores ou agentes da polícia judiciária. Lua mantinha-se a par de tudo o que era descoberto ou duvidado. A dado momento, os profissionais detectam uma pequena pista que os levam a querer que o assassino das jovens mulheres pode ser o mesmo vilão que anda por detrás de todas as maldades que têm acontecido a Arthur e Lua. Porém, tudo não passa de uma simples desconfiança.

     O carro destruído foi substituído por um novo e mais potente. Um dos sonhos de Arthur. Lua deixou-o escolher sozinho o carro para que o marido finalmente se pudesse distrair de todos estes últimos problemas. 

     Outras das novidades era o facto de Bella ter apresentado sérias melhorias levando Arthur a decretar à mesma alta. Finalmente a jovem famosa poderia sair do hospital e festejar esta oportunidade que Deus, quem sabe, lhe deu. 


- Eu já disse que não precisa de se desculpar com nada. - Disse Bella pela milésima vez. - Você não teve culpa e isso já está registado e mais que registado. - Ela gargalhou, enquanto caminhava devagar no corredor com a sua pequena bolsa de pertencentes em direção ao elevador. 

- Mesmo assim... se não lhe tivessem visto a tempo...

- Que pessimista! - Insistiu Bella.

- Deixe-me ao menos levá-la a casa. 

- Aceito. Com a condição de eu poder preparar um café para nós e assim poderá contar-me os preparativos para os bebés. - Apostou Bella fazendo com que Arthur franzisse o rosto. - Desculpe... mas ouvi nos corredores. 

- Meu deus... - Arthur espantou-se enquanto clicava no botão do elevador - Neste hospital sabe-se de tudo. 

(...)

     Arthur contou a Bella o que acontecerá com o seu antigo carro e a mesma pediu que evitassem conversas com energias negativas. Arthur concordou e começou a falar dos seus futuros filhos e possíveis nomes. A rapariga mostrava-se animada e esperançosa de que um dia pudesse ser ela.

     Entraram no apartamento de Bella onde Arthur pôde observar a vista que a mesma tinha da varanda da sua sala. Neste cómodo, tinha um quadro com imensas fotografias onde demonstrava a sua profissão de actriz e outros trabalhos que fez durante os seus anos de carreira. Conversaram sobre isso e o assunto voltou-se novamente para a gestação de Lua.

- Os nomes ainda estão em stand by. - Arthur gargalhou com a chávena do café nas mãos. - A Lua anda muito duvidosa e um tanto stressada com estas coisas. Acho que todas as grávidas são assim. O facto de andar a trabalhar naquele maldito escritório de advocacia também não lhe faz nada bem, mas quanto a isso não posso fazer nada. 

- Ela bem que podia aproveitar o facto do marido ser médico para apresentar ao serviço uma baixa...

- Sim, mas ela não gosta dessas coisas. Odeia se aproveitar e eu também tenho receio em fazer essas coisas. Mas a partir do momento em que ela começar a sentir-se mais cansada eu farei isso de imediato. Licença de parto ou coisa assim. Veremos. 

- É tão bom ver um casal como vocês feliz com as coisas que estão a chegar. 

- Sim, apesar de tudo de mau do que nos tem acontecido...

- Há de passar. Lembre-se que tem dois filhos vindo aí que lhe proporcionar-lhe-ão bons dias e ótimos sorrisos. 

- Com certeza. - Arthur gargalhou.

Nisto, o telemóvel de Arthur toca. Era Lua.

(...)

     Passados quinze minutos, Arthur chegou a casa no seu novo carro. Lua já o esperava com a sua bolsa na mão e com um sorriso contagiante nos lábios. Assim que o marido parou o carro à porta de casa, Lua nem o deixou estacionar e entrou no carro, dando um beijo leve sobre os lábios de Arthur.


- Vamos dar uma volta neste bebé novo! - Dizia Lua entusiasmada balançando-se de um lado para o outro. - Que tal cinema?

- Pode ser... - Arthur estranhou o demasiado bom humor da mulher mas começou a guiar.

- Agora andas com lenços? - Lua juntou do chão, ao lado dos seus pés, um lenço de seda com padrões em tons de azul e vermelho. - De quem é isto? - Perguntou Lua e depois cheirou. - Perfume de mulher? - Ela simplesmente gritou. - Quem é? Quem é ela? - Começou Kim a perguntar sem parar com altos tons de voz obrigando Arthur a parar o carro para que ela se pudesse acalmar. - Arthur Aguiar...

- Lua, calma! - Arthur segurou-lhe a mão e tirou-lhe o lenço da outra. - Este lenço é da Bella. Ela saiu hoje ao hospital e eu fui pô-la a casa.

- O quê? - Voltou a perguntar ela num tom ciumento. - Ela andou neste carro primeiro que eu? Não... espera... - Disse ela. - Porque raio foste levar ela a casa? Arthur, ela é actriz. Tudo o que mais tem por aí é gente a querer levar-lhe a casa. Ela não tem namorado? Marido? Família? É preciso ir se meter com o marido das outras?

- Marido das outras? Lua, pelo amor de deus... - Arthur baixou o rosto e levou a mão à testa.

- Sim, marido das outras. O que é que és a mim? Vais me dizer que disseste a ela que eras solteiro? - Nisto, Lua deu com a mão no braço dele fazendo com que Arthur começasse a gargalhar. - Eu não estou a rir! - Disse Lua agora com a voz mais trémulo. Arthur levantou o rosto e viu os olhos de Lua cheios de lágrimas. 

- Lua, pelo amor de deus... olha a cena que estás a fazer, amor.

- Não me chames de amor. - Ela levantou o indicador em direção a ele. - Vamos para casa! - Ela colocou a bolsa sobre o colo e cruzou os braços olhando em frente.

- Mas e o cinema?

- Vamos para casa! - Voltou a dizer ela.

(...)

     Lua entrou em casa como um foguete em direção ao céu. Não disse mais qualquer palavra e de lá não saiu até à hora do jantar. Arthur, super paciente que é, implorou que a advogada lhe abrisse a porta do quarto e só depois de cinco minutos é que conseguiu entrar.

- Vais continuar assim até quando?

- Até quando me apetecer. 

- Lua, tu sabes que ela é só uma paciente...

- Paciente com a qual tens gasto horas dos teus dias com ela. Ela não tem mais médicos? - Perguntou Lua com o garfo na mão e o tabuleiro com o jantar sobre o colo. - Eu estou grávida, Arthur. Preciso de atenção, preciso de ti. E tudo o que tu fazes é dizeres que estás preocupado com ela porque pode estar em risco de vida e blá blá blá. - Lua suspirou. - Para piorar, ainda levas ela a casa e agora entendo a razão de teres chegado mais tarde a casa. Tiveste com ela, não foi?

- Lua, eu só fui lá tomar café como forma de agradecimento por... - Arthur foi interrompido com a saída repentina de Lua pelo quarto fora.

(...)

Notas finais:

Estou de volta!

Precisamos de esclarecer umas coisinhas, nomeadamente o horário de eu postar aqui esta fic porque agora na faculdade fica muitooooo difícil de eu conciliar os estudos com as postagens aqui no blog. Pensei que à Terça seria bom postar porque saiu cedo mas mesmo assim é o único dia que eu consigo estudar direito. Sendo assim, agora passo só a postar aos fins de semana :(

Espero que entendam.

Hoje posto mais um.






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