15 dias para confessar - Grávida?

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Pov narrador

      Um dia destes, Arthur estava nas suas redes sociais e encontrou um grupo de chat com os seus amigos da faculdade. Lembrou-se que também tinha um assim com os seus amigos do secundário e decidiu procurá-los para voltarem a falar como nos velhos tempos.

      Michael tinha emigrado e à muito tempo que não se falavam. Gaspar era o caso perdido de sempre. E bom, sobrava John. John apenas quis terminar o secundário e não concorrer à faculdade por vontade própria pois sempre confessava o fascínio pela oficina do seu pai. 

     Contacto puxa contacto e lá Arthur encontrou um meio de falar com o seu amigo de longa data. Não se falavam à uns bons meses, mas com certeza que a amizade não havia sido perdida. Ligou para ele e marcaram um encontro. Estavam agora a viver em cidades diferentes, o que não facilitava nada, então decidiram escolher um sítio que fosse justo para os dois. 

- Anda lá amor. Temos um longo caminho pela frente. 

- Por favor Arthur. São meia dúzia de kilometros. Fazes isso num abrir e fechar de olhos. - Disse ela toda confiante.

- Agora já gostas que eu conduza rápido? - Provocou ele.

- Eu não disse isso. - Respondeu ela com um sorriso matreiro. É claro que adorava velocidade, mas não queria correr riscos. Não agora. 
- Vamos já! - Antes de ela entrar no carro - forço a ideia de que ele abriu a porta do carro para ela -, Arthur deu-lhe uma palmada no rabo. - Esta é a melhor fase da gravidez. A sério! Devias ficar sempre assim.

- Por quê? - Ela mordeu o lábio. Sabia perfeitamente a resposta.

- Porque estás gostosa! - Confessou ele.

Entraram finalmente no carro e deram assas ao mesmo para irem de encontro a John, que estava a caminho provavelmente. 


- O que achas de Chloe? - Perguntou Lua.

- Não gosto.

- Sophia? - Opinou ela. Ele negou. - Jasmine? - Ele voltou a negar. - Jasmine é porreiro. Eu tenho uma prima com esse nome.

- Quem te disse a ti que vão ser meninas? Podem ser meninos. - Disse ele.

- Harry? James? Lucas? Por favor Arthur, eu amo Lucas. Diz-me que se for menino, podemos pôr Lucas. Por favor. - Pediu ela.

- Tudo bem... Lucas nem é mau. Mas se escolheres esse, o próximo quem escolhe sou eu. 

- Combinado! - Acordou Lua. - Estou desejosa de saber o sexo. Vou encher o armário de roupinhas e tudo mais. Imagina que são duas meninas. Meu deus! - Lua sorriu. - Não vou enchê-las de rosa... mas irei caprichar nas coisinhas para meninas. Vestidos, sapatinhos fofinhos,...

- Nunca te vi tão inspirada para nada, quanto para isso... nem mesmo para mim.

- Até parece. - Lua cruzou os braços. - Tu és a coisa que eu mais amo. A coisa que eu mais quero por perto. E ainda dizes isso? É claro que agora vou dar importância aos meus bebés, mas tu continuas a ser especial.

- Primeiro. São os nossos bebés. Tu não os fizeste sozinha. Segundo. Isso foi uma declaração?

- Não. Declaração é eu dizer-te que tu és o marido com o qual eu sempre sonhei. És a tampa para a minha panela, és o sol que me aquece, és...

- Para! - Pediu Arthur às gargalhadas.

- Estou a gozar! - Confessou Lua. - Tu sabes que te amo. E não precisas de declarações da minha parte para saberes que te amo. 

(...)


     Após uma hora de carro, finalmente o casal encontrou-se com John, a sua mulher e o bebé de apenas cinco meses. 
     John era da idade de Arthur. Estava com barba, cabelos jogados para os lábios e um pouco mais bem constituído desde a última vez. A sua mulher chamava-se Emma. Era mais baixa que ele, de olhos castanhos, cabelo claro e um tanto elegante. 


- John!

- Arthur! - Os dois abraçaram-se. 

- Olá, eu sou a Lua.

- Olá. Eu estou a Emma. - As duas cumprimentaram-se. Lua aproveitou para tocar na mãozinha do bebé que estava dormindo no carrinho. 

- Então Lua, como estás?

- Estou bem. E tu, como vais?

- Lindamente! Este é o meu campeão. Chama-se Tomás. - Apresentou ele todo orgulhoso.

- Caramba. Parece que foi ainda ontem que me disseste que ias ser pai.

- Não é? O tempo passa a correr. - Brincou John, colocando de volta o bebé no carrinho e empurrando-o para dentro do restaurante onde iam jantar. 


     Sentaram-se na mesa onde foi marcada a reserva e admiraram o restaurante. Conversa puxa conversa e, mais uma vez, os homens da mesa falavam dos seus trabalhos e objetivos em diante.


- Ouvi falar daqueles crimes que aconteceram lá na vossa cidade... coisa de filme, não?

- Para além de ter sido na nossa cidade, os corpos ainda vieram para o nosso hospital. Eu vi alguns corpos e foi uma cena... horrível. - Arthur suspirou. - Soubeste da Britney, não?

- Sim. Porra, essa matou-me. Não estava nada à espera. À mais ou menos uma ano atrás eu vi a Britney com o Gaspar e...

- Com o Gaspar?

- Sim. - Respondeu John como se fosse óbvio. - Eles estavam juntos, não soubeste?

- Não. - Respondeu agora Arthur todo admirado. 

- Quem diria. - Disse Lua metendo-se na conversa.

- Até é estranho. Fui ao funeral e não encontrei o Gaspar lá. A verdade é que estava bastanta gente.

- É normal. - John gargalhou. - A Britney andou com meio liceu e a outra metade era apaixonada por ela. Por isso...

- Não sejas mau! - Arthur gargalhou. 

- Volto já! - Lua levantou-se por um instante.

- Outra vez à casa de banho?

- Coisa de grávida. - Arthur balançou a cabeça aos risos enquanto dava uma chapada discreta no rabo de Lua. Ela desatou a rir junto com John e Emma.

- Tu estás grávida? - Surpreendeu-se John.

- Bom, eu já tinha reparado. - Confessou Emma. - Mas como ainda não temos nenhuma intimidade, eu tive vergonha de perguntar.

- Ahw, que giro! Alguém parou! - Lua voltou a sentar-se.

- Quando é que descobriram?

- Na altura em que fui preso, mais ou menos... - Respondeu Arthur. - Mas só estes dias descobrimos que eram gémeos. - Comentou o futuro pai todo orgulhoso de si e da sua mulher.

- Parabéns rapaz! - John levantou-se para o abraçar, assim como Emma parabenizou Lua.

- Obrigado! - Agradeceu Arthur beijando a bochecha de Lua.

- Mas agora é a sério! Preciso de ir ali. - Lua riu e levantou-se para ir novamente à casa de banho. 

- Trabalho a dobrar. Estás preparado? Mudar a fralda, dar o biberão, noites em branco, cólicas e...

- Calma. Não me assustes com a ideia. - Pediu Arthur entre risos. - Nós vamos conseguir.

- É claro que vão. Fico mesmo feliz por vocês! - Confessou John.

(...)
Notas finais:

Bom dia!
Hoje começam as minhas aulas mas antes de ir para a faculdade decidi postar um aqui porque este fim de semana estive ausente.
Desculpem se tiver algum erro, estou com um pouco de pressa. Hoje passo para postar mais um.

Lots of love, Cristina




2 comentários:

  1. Mt bom.Acho que o Arthur pode vir a desconfiar de Gaspar,porque john o disse que eles estavam juntos e Gaspar não demonstrou nenhum tipo de sentimento a respeito da morte de Britney,o que é bem estranho e mt frio.

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