Sentimentos traiçoeiros - Discussão

|



Lua

Noutro dia...

- A Lua... o Arthur... beijinho... - Thiago dizia algumas palavras que a muito custo foram percebidas por quem estava na sala.
- O que é que ele disse? - A minha mãe questionou um tanto confusa.
- Nada! - Respondi logo.
- Meu amor, diz outra vez à mamã. Foi a mana?
- Sim... - Ele rabiscava a folha com um lápis e respondia com toda a inocência.
- E o amigo dela... o Arthur?
- Sim... - Ele respondeu novamente.
- Lua Maria Blanco! - Ouvi de seguida a minha mãe gritar. - Tu achas que eu sou assim tão tapadinha? É claro que eu já andava desconfiada destas coisas. E agora o inocente do teu irmão veio dizer a verdade.
- Ele nem sabe o que está a dizer. Ele é um bebé.
- E é por isso que acredito mais nele do que em ti! O que te custava dizer que namoras realmente com o Arthur?
- Para que é que eu ia dizer? Para o insulares novamente? Só porque tem mais dois anos que eu?

     A minha mãe suspirou e sentou-se ao meu lado no sofá.

- Houve filha... tu estás na idade das descobertas e tudo mais... o Arthur já passou por isso e tenho medo que te leve a fazer coisas que não queiras.
- Mas ele é o meu melhor amigo, mãe. Entendes?
- Entendo. Porém, se é teu melhor amigo, porque é que se beijam?
- Porque podemos passar a ser algo mais. Não é assim tão difícil de perceber.
- Só não quero que te arrependas de nada. E se ele te obrigar a alguma coisa, falas imediatamente comigo.
- Ele não é capaz disso. Ele é um anjo de pessoa. - Sorri.
- Então estão mesmo a namorar?
- Mais ou menos. - Ri-me.


[...]


- Então quer dizer que vamos deixar de nos ver todos os dias. - Concluí.
- Sim... mas ainda falta tanto tempo. Além disso, a Universidade fica a duas horas daqui. Nem é o fim do mundo. E sempre que eu poder, vou te ver à escola.
- Vai ser uma seca sem ti. - Suspirei e fiz bico.

     Estávamos na praia. Passava pouco das 2h da tarde.
     Estávamos debaixo do guarda sol que ele trouxe. Eu contei-lhe a conversa com a minha mãe e ele ficou um tanto preocupado.

- Depois da nossa primeira vez, nada nos garante que isto continue. Entendes isso? Eu não quero que fiques triste. E caso ficares, a tua mãe vai perceber e, claro, a culpa será minha.
- Claro que não. Vai tudo correr bem. Sei perfeitamente que isto é só um pacto.
- Sabes mesmo?
- Claro que sei. - Disse-lhe eu, nem um pouco segura disso.

     Fomos comer um gelado, logo de seguida, e regressamos à toalha num passo lento. Andamos com os pés sincronizados e de mãos dadas. Vimos, pelo caminho, algumas pessoas conhecidas que nos olharam de forma estranha. Pois é. O nosso namoro não é assumido perante todos.
     Chegando à toalha, sentamo-nos para eu ainda acabar de comer o gelado.
     Nisto, Arthur olha pra mim e solta uma gargalhada. Depois aproxima-se e beija-me o pescoço, enquanto pousa uma mão no lado interior da minha perna. Quase deito o meu gelado no chão. Chupa-me o pescoço e distribui beijos por aquela região. Fico louca.

- Thur... é melhor parares ou não me controlo.
- Não quero que te controles.
- Mas tem muita gente.
- Vamos para a água. - Sugeriu ele.

     Ele ajudou-me a acabar o gelado dando uma dentada que o devorou por completo. Seguimos para a água após fecharmos as bolsas.
     Nem reclamamos ao entrar naquela água fria. Nadamos para um local reservado, de modo a ficarmos sozinhos e podermos namorar à vontade.
     Entrelacei as minhas pernas à volta da cintura do Arthur enquanto ele subiu a minha cintura com as mãos pressas no meu rabo. Beijávamo-nos calorosamente, mas não ferozmente. Como explicar? É aquele gênero de beijo lento, apaixonado e com uns "dedinhos" de hot pelo meio.
     Explorei toda a sua boca com a língua e ainda tive tempo de morder o pescoço dele.

- Não estou a conseguir controlar... - Ele admitiu. - Não sei o que vai em mim hoje mas... quero-te tanto. - Ele confessou finalmente.


Notas finais

Será que vão ter a primeira vez, finalmente? 
Sim, dei uma fugida dos meus estudos para vir postar mais um.
O próximo capítulo sai terça feira.

7 comentários: