Milagres do Amor - Cap. 39º

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Milagres do Amor
Descoberta

Pov Narrador

Lua acordou com a boca seca e uma dor em sua barriga, tentou levantar mais percebeu as agulhas em sua veia.

– Argh – reclamou.
– Não precisa reclamar mais, logo vamos embora. – responde Arthur saindo do banheiro.

Lua ri e abre os braços o chamando, ele vai a sua direção lhe lançando seu sorriso torto acolhedor, a abraçando e lhe dando um selinho, tenta aprofundar o beijo mais ela não deixa.

– O que foi? – pergunta confuso.
– Eu preciso escovar os dentes – diz corando.
– Ah, para com isso, eu quero um beijo direito – diz indo tentando a beijar novamente.
– Não – responde colocando sua mão em sua boca.
– Ok, mais depois eu vou cobrar. – diz fazendo bico, Lua ri.

Logo o próprio médico entra e tira a agulha e faz um novo curativo em sua barriga, lhe dá um remédio pra dor e lhe dar alta.

– Você está liberada, mas sem fazer grandes esforços, você vai ser bem cuidada tem um médico em casa – diz rindo – Bem… Eu poderia te pedir algo? – pergunta temeroso.
– Sim.
– Poderia me dar um autógrafo? É que minha filha adora você. – pergunta meio tímido, tirando de seu jaleco um bloco de notas e uma caneta.
– Claro – responde meio surpresa – Como é o nome de sua filha?
– É Lola, ela vai pirar. – diz sorridente.

Lua autografa e lhe entrega.

– Obrigado.

Lua assente e Arthur apenas observa, e depois a ajuda a sair da cama.

– Consegue andar? – pergunta depois de tirá-la da cama.
– Sim.

Mas ele apenas coloca um braço em volta de sua cintura, apoiando-a.

Eles passam pelo corredor e várias pessoas falam com Lua ou dão um tchau acompanhado de um sorriso.

– É, virou uma estrela amor. – sussurra Arthur em seu ouvido, ela apenas ri.

Eles entram no carro onde Ray e Chay os esperam.

– Formiguinha, é bom ver você bem. – diz Chay dando partida no carro.
– Sem dúvidas Lua, foi difícil controlar a imprensa, eles estão em cima, falei que você estava com uma crise alérgica – diz Ray sorrindo.
– Tudo bem, Ray.
– Mel está pirando, andando de um lado ao outro da casa.
– Por quê?
– Seu casamento. Arthur quer para o mês que vem. – responde a Lua e Arthur a aperta em seus braços.
– Ela deve estar adorando isso.
– Sem dúvidas amor.

Eles chegam após alguns minutos na mansão, todos a recebem com sorrisos e abraços, até mesmo Alexia que se sente culpada pela irmã, mas Alana apenas lhe deu um abraço falso e se afastou.

Lua subiu e foi ajudada por Arthur, que tomou banho junto com ela e a deitou na cama, ficando frente a frente.

Lua suspirou e sorriu pra ele que retribuiu.

Arthur a observou bem, mas algo o incomodou desde que colocou os olhos nela, sua boca estava machucada no canto direito, uma ferida já meio cicatrizada, viu em seus pulsos marcas roxas, já quase desaparecendo e não pôde se controlar mais.

– O que aconteceu enquanto eu estive fora?

Lua dá de ombros e abaixa o olhar.

– Onde você conseguiu esse machucado na boca? – tenta novamente.
– Eu vivo mordendo-os, talvez foi isso – tentou esconder a verdade, mas sem sucesso Arthur deixou passar.
– Aham, e essas marcas roxas? – perguntou colocando a mão em seu pulso.

Lua abre a boca e fecha logo depois, mas não tem nenhuma desculpa, estava na cara que aquelas marcas foram feitas por alguém e não sozinha com sua falta de equilíbrio ou um esbarrão em algo, ela engole em seco, suas expressões sendo observada de perto por Arthur.

– Vai continuar mentindo pra mim? – pergunta se levantando da cama e andando pelo quarto.
– Eu não…
– Lua, você é uma péssima mentirosa. – diz irritado, ela senta com dificuldade na cama e o encara aflita, mexendo suas mãos nervosamente.
– Eu só não quero mexer em algo que já passou. – diz mordendo os lábios e olhando para suas mãos.
– Se você não quer, eu vou falar com o Chay, ele deve saber de algo – diz indo para porta, mas quando coloca a mão na fechadura Lua o chama.
– Não… Eu te conto. – Arthur torce a boca e gira esperando com os braços cruzados e uma expressão sombria.
– Senta aqui – pede estendendo a mão.
– Eu prefiro ficar em pé. – diz firme.
– Então eu não falo.
– Então, eu vou falar com o Chay – os dois se encaram por alguns minutos, Lua dá um suspiro cansado e desvia o olhar.
– Você é tão turrão. – diz fazendo uma careta – Ok senhor Aguiar se é o que você quer ouvir eu vou te falar.
– Estou esperando – diz seco na mesma posição.

Lua bufa e balança a cabeça, não há outra alternativa e mentir estava fora de cogitação.

– Eu estava descendo as escadas... – e começou a contar, omitindo as partes em que sua prima estava no meio, ela não queria brigas agora que tudo estava resolvido.

Arthur estava com uma expressão indecifrável em seu rosto após Lua contar.

– E você não planejava me contar?
– Ele prometeu não fazer novamente, mas ai ele voltou.
– Ah claro, você estava esperando ele te violentar pra me contar? Ou melhor, nem me contar não é? – pergunta altamente irritado, passando as mãos pelos cabelos. As veias de seu pescoço pulavam, suas narinas extremamente infladas.
– Não, eu só achei... – disse começando a chorar.
– Você preferiu acreditar na palavra dele a me contar? Como você acha que eu iria me sentir, se ele tivesse conseguido alcançar seu objetivo Lua? Você não poderia ter escondido isso de mim… Eu sou a merda de um homem e não um rato. – diz agressivo.
– Arthur, por favor, eu só não queria que acabasse em tragédia.
– Por favor? Lua isso foi muito grave, você preferia que ele te tivesse te estuprado e você ficar com essa marca para sempre em sua vida? Ou você o queria vivo? Ou então você estava gostando? – seus olhos eram puro ódio, suas palavras saíram sem que ele ao menos percebesse.

Lua levou a mão à boca chocada com o que acabou de ouvir, chorando ainda mais.

Arthur sai do quarto, batendo a porta com força, fazendo-a estremecer. Colocou a mão na parede tentando se acalmar, quando a nuvem negra sai de sua cabeça é que as palavras ditas se chocam em sua mente.

Ele soca a parede e volta para o quarto, encontrando Lua na mesma posição chorando horrores.

– Lua... – tenta dizer.
– Sai daqui – diz entre os dentes.
– Me perdoa, eu não queria ter dito aquilo – diz arrependido.
– Mas disse, você não confia em mim? Acha que eu vou sair me esfregando com o primeiro homem que eu ache? Acha que eu sou uma vadia?
– Não Lua… Eu…
– Eu amo você Arthur, jamais faria algo do tipo, se ele tivesse alcançado seu objetivo eu não estaria aqui agora… Eu estaria morta.
– Não fala isso – diz pesaroso.
– Eu não poderia conviver com isso, iria me sentir suja, impura eu teria nojo de mim mesma…Jamais vou permitir que outro homem me toque a não ser você. – diz limpando as grossas lágrimas de seus olhos.
– Eu sou culpado por tudo isso Lua – diz sentando-se ao seu lado – Não deveria ter te deixado por tanto tempo, me sinto um lixo por isso. Eu deveria estar aqui protegendo e amando a coisa mais importante na minha vida que é você

Continua...

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Vooooooooooooooolteeeeeeeeeeeeiiiiiiiiiiiii! Hahaha Not já tá com o navegador que preste. Estou nas nuvens haha

Beijos...

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